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A uma semana da eleição, 3 nomes disputam uma vaga na eleição de São Paulo

Prefeito Bruno Covas (PSDB) está confortável e vê Russomanno, Boulos e França brigando por segunda vaga

atualizado

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Arte: Gui Prímola/Metrópoles
Candidatos a prefeito de SP em montagem
1 de 1 Candidatos a prefeito de SP em montagem - Foto: Arte: Gui Prímola/Metrópoles

São Paulo – Entrando em sua última semana antes do primeiro turno, a campanha eleitoral na maior cidade do país está aberta. O único candidato com relativa tranquilidade é o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), na liderança segundo todas as pesquisas. O que mais tem a temer é Celso Russomanno (Republicanos), que enfrenta um derretimento consistente em suas intenções de voto e entra na reta final empatado na margem de erro com Guilherme Boulos (PSol) e Márcio França (PSB)

O candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), tem 28% das intenções de voto segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada na quinta-feira (5/11). Russomanno, que caiu 4 pontos em relação ao último levantamento do instituto, divulgado em 22 de outubro, tem 16%.

Mantendo os 14% que tinha nessa rodada anterior, Boulos está empatado com Russomano tecnicamente, assim como Márcio França (PSB), que oscilou de 10% para 13% e quer aproveitar a tendência de alta para surpreender no final.

França tem trunfos na manga. Na última eleição para governador do Estado, em 2018, não foi eleito, mas ficou à frente do adversário João Doria (PSDB) na capital por mais de 1 milhão de votos. Além disso, tem uma base de apoio homogênea pela capital, enquanto seus adversários precisam lidar com pontos fracos.

O de Russomanno são os jovens, apontam as pesquisas. A intenção de voto do candidato que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro  entre eleitores de 16 a 24 anos, segundo o Datafolha, despencou de 20% para 9% da pesquisa anterior para cá. Ele é rejeitado por 56% desse grupo, e também por 60% dos que têm curso superior.

Nessa faixa de público mais jovem e universitária, quem se dá bem é Boulos, que alcança 29% nesses públicos, mas ainda patina nas áreas periféricas, onde o PT, que é nanico nesta eleição com Jilmar Tatto, abocanha a maior parte do eleitorado de esquerda.

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De acordo com o candidato, o setor de turismo é um dos mais importantes para São Paulo
Guilherme Boulos, do PSol, tenta ir ao segundo turno
Candidato critica os rivais
Fernando Haddad acompanha Jilmar Tatto em carreata na Vila da Saúde.
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Bruno Covas no Parque do Ibirapuera

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De acordo com o candidato, o setor de turismo é um dos mais importantes para São Paulo

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Guilherme Boulos, do PSol, tenta ir ao segundo turno

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Candidato critica os rivais

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Fernando Haddad acompanha Jilmar Tatto em carreata na Vila da Saúde.

Filipe Araújo/Divulgação

Estratégias

Sem conseguir segurar a tendência de queda nas pesquisas e correndo o risco de ficar fora do segundo turno, Russomanno resolveu apostar forte no alinhamento ao presidente Jair Bolsonaro nesta reta final da campanha. O candidato levou ao ar nesta semana propagandas ao lado de Bolsonaro. O apadrinhamento do presidente na peça, porém, se dá no campo dos costumes e não toca em propostas para a cidade.

“Nossas bandeiras são as mesmas”, introduz Russomanno, para exemplificar em seguida: “liberdade econômica, defesa da família, não é isso, presidente?”. Bolsonaro, então, segue enumerando: “o conservadorismo, a questão da criança em sala de aula ser respeitada também. Não podemos admitir um currículo ou uma doutrinação em sala de aula”, discursa o presidente.

O Metrópoles mostrou nesta sexta que a principal promessa de Russomanno na campanha para a prefeitura, o Auxílio Paulistano, depende de uma negociação incerta com o governo federal e não tem nem valor definido.

Sem debater

A tática do ainda segundo colocado nas pesquisas também inclui evitar embates diretos com os adversários. Em debate realizado pela Veja na sexta (6/11), em que um candidato pergunta para o outro, Márcio França aproveitou para questionar a ausência de Russomanno a Joice Hasselmann (PSL). “Um do princípios da democracia é o debate. É uma ausência enorme não estar aqui o Celso Russomanno. Era obrigação dele. Não é ruim, Joice?”

“É ruim. Como ele vai explicar que ele é o Itacaré da lista da Odebrecht, como é que ele vai explicar que deu calote em garçom, como ele vai explicar que apoiou Dilma e o PT em passado recente e agora está agarrado no presidente Bolsonaro?”, respondeu Joice, que tem chamado, em seu programa eleitoral, o candidato do Republicanos de “cavalo paraguaio”.

Já o líder das pesquisa Bruno Covas, que foi ao debate da Veja, até virou alvo dos demais concorrentes, mas tem adotado a tática de “jogar parado”, sem responder a polêmicas, já que vem crescendo nas pesquisas.

Seu ponto fraco, porém, é o padrinho João Doria, que tem rejeição alta na cidade. Em um ato falho, o candidato tucano chegou a afirmar não ter nenhum problema em “esconder” o apoio de Doria à sua candidatura. “Não tenho nenhum problema em esconder o apoio do governador João Doria, mas o candidato sou eu. As pessoas precisam analisar o meu currículo, minha vida, o que eu fiz…”, disse Covas na última semana, em sabatina realizada pela Folha de S.Paulo e Uol.

Mais debates

Nesta última semana, porém, há três debates para ajudar o eleitor paulistano que ainda estiver indeciso: Na terça (10/11) promovido pelo Estão, na quarta (11/11), promovido por UOL e Folha de S.Paulo, e quinta (12/11), promovido pela TV Cultura.

 

 

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