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A primeiras-damas, Janja critica “falta de moderação” de plataformas

Janja Lula da Silva enviou carta à Aliança de Primeiras Damas da América Latina e tratou de democracia, desinformação e crise climática

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Janja Lula da Silva durante posse da ministra cultura Margareth Menezes - metrópoles
1 de 1 Janja Lula da Silva durante posse da ministra cultura Margareth Menezes - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em carta enviada à Aliança de Primeiras-Damas da América Latina (Alma), nesta segunda-feira (27/2), a primeira-dama brasileira, Rosângela da Silva, a Janja, levou três pontos para debate, entre eles uma crítica ao que chamou de “falta de moderação adequada” das redes sociais.

A organização, presidida atualmente pela primeira-dama da Costa Rica, Signe Zeikate, realizou, nesta segunda, seu primeiro encontro do ano, de forma virtual. Janja não pôde participar da reunião porque esteve presencialmente no evento de lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O evento sanitário ocorreu na tarde desta segunda, no Guará (DF).

À organização latino-americana, Janja discorreu sobre três temas:

  1. Democracia e instituições democráticas e de participação;
  2. Internet, big techs e desinformação; e
  3. Crise climática e a necessidade de uma nova governança global.

No primeiro ponto, Janja classificou os atos de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, de “tentativa de golpe da extrema direita”. Ela considerou que há uma “janela histórica” aberta que chama os líderes a agir pela proteção da democracia e de suas instituições.

No segundo tópico, ela tratou das Fake News e falou que a desinformação tem servido “como ferramenta de manipulação da população em tornos de temas importantes como voto, direitos, fundos públicos, corrupção, e pautas morais como religiões, questões de gênero e sexualidade e com a difamação de pessoas específicas”.

“A divulgação de notícias e informações falsas ganhou outra relevância e potencialidade com o advindo das redes sociais como Facebook, Instagram, WhatsApp e outros. A forma como essas redes sociais funcionam e a falta de moderação adequada, aliadas a ausência de normativas e legislações de regulação dessas plataformas, tanto no nível nacional quanto global (devido ao caráter transnacional da internet), as colocam no centro desses processos de desinformação. Isto não apenas afetou grandemente o Brasil nos últimos anos, como agora me afeta pessoalmente ao me encontrar na posição de Primeira Dama do Brasil”, escreveu Janja.

No terceiro ponto da carta, Janja defendeu uma governança global, onde os países da América Latina possam participar com mais igualdade na tomada de decisão que envolva questões como guerras, sanções e bloqueios, planos de cooperação e ação multilateral, e diretamente sobre soluções para a crise climática.

“Desse modo, trago aqui a importância de pensarmos em formas de fazer uso de nossas posições para promover e defender a necessidade de uma transformação da governança global, sempre trazendo o papel fundamental da presença de povos e populações que estão sendo afetadas desproporcionalmente a outras na busca e construção de soluções.”

Fundada em 2019 por iniciativa da primeira-dama do Paraguai, Silvana Abdo, a aliança de primeiras-damas reúne as cônjuges de chefes de Estado da região. A presidência tem sido rotativa, e já foi exercida pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Michelle Bolsonaro coordena grupo com primeiras-damas de 9 países

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