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À polícia, enfermeiras dizem que bebês foram trocados no quarto

Polícia Civil colheu nesta quarta (31/07/2019) o depoimento de quatro profissionais do Hospital de Urgências de Trindade e de duas mães

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1 de 1 Hutrin Trindade - Foto: André Borges/Especial para o Metrópoles

Enviado especial a Trindade (GO) – A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Trindade, município na região metropolitana de Goiânia, ouviu seis testemunhas que podem ajudar a entender como ocorreu a troca de bebês no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin).

A delegada Renata Vieira, responsável pelo caso, colheu o depoimento de quatro funcionários do hospital e de duas mães que estavam internadas no mesmo quarto que Pauliana Maciel, 27 anos, e Aline Alves, 20 anos, que tiveram os bebês trocados.

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Renata ouviu, na tarde desta quarta-feira (31/07/2019), a chefe da enfermagem do hospital, a técnica que participou dos atendimentos, a técnica de enfermagem do berçário e a enfermeira responsável pelas gestantes após o parto. Nenhuma delas teve o nome divulgado.

A delegada contou ao Metrópoles detalhes do depoimento. “As enfermeiras não confirmam o que foi dito pelas mães. Elas não acreditam que os bebês possam ter sido trocados por uma falha delas”, destaca.

Para as enfermeiras, segundo Renata, a confusão ocorreu durante o pós-parto e sem a participação de nenhum profissional do hospital. “Elas acreditam que os bebês possam ter sido trocados no quarto por outras pessoas, e não por falha delas”, diz.

Ainda de acordo com a delegada, as enfermeiras não confirmam a versão de que foram acionadas após as avós encontrarem um pulseira de identificação caída no chão nem que Pauliana retornou ao quarto com seu bebê já à espera. “Elas garantem que o bebê sempre espera no berçário até a mãe retornar ao quarto”, concluiu a delegada.

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Depoimento das avós
As outras duas gestantes disseram que não se lembram de detalhes daquele 9 de julho e não confirmaram nenhuma das versões.Nesta quinta-feira (01/08/2019), Renata pretende ouvir as supostas avós dos bebês.

Inicialmente, as elas foram responsabilizadas pela troca, mas os advogados das famílias negam a versão. Eles aguardam o resultado dos exames de DNA para definir os próximos passos da defesa. A principal hipótese é pedir indenização por danos morais.

Nesta quinta-feira, o Hutrin divulgará o resultado de dois exames que certificarão a paternidade e outros dois que descartarão com o parentesco com as famílias.

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Em nota, o Hutrin confirmou a troca dos bebês e disse que afastou quem estava trabalhando nas datas de nascimento e alta das mães e crianças. A unidade de saúde também informou que apura internamente o caso e está em contato com as famílias.

As crianças nasceram em 9 de julho. Na mesma data, nasceram 16 bebês. O suposto pai de uma delas, Genésio Vieira, 43 anos, desconfiou da paternidade e pediu um exame de DNA. O teste confirmou que ele não tem parentesco com o bebê. Ele procurou a mãe de uma outra criança que ficou internada no mesmo período, iniciando assim a investigação do caso.

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