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À PF, Moro cita 3 ministros que poderiam apresentar provas contra Bolsonaro

Ao todo, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública indicou sete provas que podem complicar a vida política do presidente da República

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1 de 1 Sérgio Moro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ex-ministro Sergio Moro teria apresentado à Polícia Federal, durante as oito horas de depoimento que prestou na sede da corporação em Curitiba (PR), no sábado (02/05), novos indícios sobre a denúncia de que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), teria tentado interferir na PF.

Em suas declarações, Moro teria citado, ainda, três ministros de governo, que poderiam confirmar supostas práticas ilícitas do chefe do Executivo. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.

Moro, segundo a reportagem, teria indicado pelo menos sete provas contra o mandatário, entre elas os nomes de Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), ministros de Bolsonaro ligados à ala militar. Há, também, segundo o ex-ministro, documentos comprobatórios que devem ser apresentados durante a investigação.

O principal elemento contra o mandatário é o celular de Moro, entregue aos agentes federais para cópia das conversas com o presidente e com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP). O conteúdo se restringe aos últimos 15 dias, pois Moro relatou que costumava apagar os textos com medo de um novo vazamento feito por hackers.

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Em uma das conversas que não foram apagadas, e que foi revelada pelo Jornal Nacional, Bolsonaro diz, após enviar o link para uma reportagem que indica investigação de parlamentares ligados ao presidente, que esse seria “mais um motivo para troca” do então chefe da Polícia Federal, Maurício Valeixo, assunto pivô do desentendimento entre Moro e o presidente. 

Outra suposta prova mencionada pelo ex-ministro é um vídeo, feito durante reunião ministerial em 22 de abril, no qual Bolsonaro fala em trocar o comando da PF no Rio de Janeiro e ameaça demitir Moro caso ele discordasse da ação. Ainda, o ex-ministro usou o histórico das falas públicas de Bolsonaro que indicavam a intenção de fazer a mudança no Rio, além do pronunciamento pós-denúncia do presidente, em que admitiu a vontade das trocas.

Por fim, Moro indicou uma suposta existência de documentos na PF e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que comprovariam a intenção do presidente de interferir politicamente na corporação.

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