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À PF, jornalista preso nega motivação antidemocrática e cita infiltrados

Oswaldo Eustáquio, que foi preso em 26 de junho no Mato Grosso do Sul, prestou depoimento nesta quinta-feira

atualizado

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Blogueiro Bolsonarista Oswaldo Eustáquio
1 de 1 Blogueiro Bolsonarista Oswaldo Eustáquio - Foto: Reprodução/Twitter

Preso desde o último dia 26 de junho, quando foi levado por policiais federais de um hotel em Campo Grande (MS), o jornalista Oswaldo Eustáquio prestou depoimento à PF nesta quinta-feira (2/7) e negou envolvimento em atos antidemocrátcos. Ele é investigado no mesmo inquérito que resultou na prisão de Sara Winter e outros integrantes dos “300 do Brasil”, que já estão soltos, mas cumprindo medidas restritivas.

O jornalista, casado com uma assessora do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e que trabalhou informalmente na transição do governo de Jair Bolsonaro, no fim de 2018, responsabilizou “infiltrados” por ataques mais virulentos a ministros do Supremo Tribunal Federal e a tentativa de furar bloqueios policiais em manifestações que vem ocorrendo em Brasília aos fins de semana.

“[Eustáquio] afirma que as pessoas que proferiram tais falas não pertencem a nenhum movimento conhecido pelo declarante, que tais pessoas foram identificadas pelo movimentos como infiltrados; que as pessoas se referiam ao ministro do STF Alexandre de Moraes como ‘cabeça de ovo’, ‘cabeça da minha piroca’ e ‘advogado do PCC'”, diz trecho do depoimento.

Ele também disse que “fez parte do governo executivo federal de transição do atual presidente da República até 31 de janeiro de 2019” e que “atuou na assessoria de comunicação do governo executivo federal de transição”.

O jornalista, que tem atuação pró-governo em um canal do YouTube e participação ativa em movimentos bolsonaristas de rua, alega que atua não por um sentimento golpista, mas “pelo Brasil, pelas instituições, pela manutenção da tripartição dos Poderes e pela intervenção popular”, que seria “a utilização do direito ao voto de forma consciente e colocar no Parlamento pessoas que tenha desejo de mudar a história da nação brasileira”.

No último dia 30, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou por cinco dias a prisão temporária de Eustáquio. Ele é o único preso neste inquérito no momento e tem sido usado pela militância bolsonarista como símbolo do que alegam ser uma perseguição judiciária.

Eustáquio poderia fugir, segundo a PF, porque estava perto da fronteira com o Paraguai. Antes da prisão, ele chegou a fazer posts nas redes sociais informando que estaria perto da fronteira com o país vizinho, mas em uma investigação jornalística.

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300 do Brasil
300 do Brasil após manifestação pró- Bolsonaro. Grupo realiza feijoada
Apoiadores de Bolsonaro do grupo 300 do Brasil agridem verbalmente jornalistas na frente do Ministério da Defesa
Manifestantes estão reunidos ao lado do Ministério da Justiça
Manifestantes pró-Bolsonaro ficam acampados na Esplanada
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Protesto contra a Corte feito por manifestantes bolsonaristas

Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
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300 do Brasil após manifestação pró- Bolsonaro. Grupo realiza feijoada

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Apoiadores de Bolsonaro do grupo 300 do Brasil agridem verbalmente jornalistas na frente do Ministério da Defesa

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Manifestantes estão reunidos ao lado do Ministério da Justiça

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Manifestantes pró-Bolsonaro ficam acampados na Esplanada

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Grupo 300 do Brasil em frente à Polícia Federal

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Acampamento do 300 do Brasil na Esplanada dos Ministérios

Hugo Barreto/Metrópoles

O jornalista estava acompanhado do amigo Hugo Alves dos Santos quando foram cumpridos mandados de prisão temporária – por um período de cinco dias – e de busca e apreensão. Ao Metrópoles, Santos detalhou como foi a ação da PF.

“Saímos de Brasília, onde Oswaldo mora há pouco mais de um ano, e seguimos para Ponta Porã (MS) para visitar os tios dele. Era algo que estava programado. Em seguida, iríamos para São Paulo ajudar o Jurandir e o Bronze”, disse.

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