PF: ex-comandante da Aeronáutica envolve Torres no plano golpista
O militar afirmou que Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, dava embasamento jurídico para Jair Bolsonaro decretar estado de defesa
atualizado
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Em depoimento de cerca de 10 horas à Polícia Federal (PF), o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica, afirmou que Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, era a cabeça por trás do embasamento jurídico na trama golpista.
De acordo com o brigadeiro, o ex-ministro dava embasamento jurídico para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decretar estado de defesa ou de sítio. A informação é da coluna de Bela Megale, do jornal O Globo.
A expressão “estado de defesa” chamou a atenção dos investigadores da PF por também estar presente na chamada “minuta do golpe” encontrada, no ano passado, em um armário na casa de Torres.
Prevista na Constituição Federal, a medida é um regime excepcional que pode ser acionado pelo presidente da República, com o objetivo de preservar ou restabelecer a ordem pública ou a paz social, em locais restritos e dirigidos.
Militar estava na reunião da “minuta do golpe”
Assim como o general da reserva Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, Baptista Junior confirmou ter participado da reunião para tratar da “minuta do golpe”.
No entanto, durante o debate com os chefes das Forças Armadas, o brigadeiro disse que se posicionou contra a medida.
Baptista Junior rejeita fraude nas eleições
O militar reforçou aos investigadores que não teria acontecido fraude nas eleições presidenciais, tendo em vista as conclusões do relatório militar sobre as urnas eletrônicas.
Baptista Junior ainda teria afirmado a Bolsonaro que não houve fraude no pleito de 2022.