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Justiça decreta prisão de PM que dirigiu carro de mulher bêbada e a estuprou

Sargento foi denunciado por atentado violento ao pudor, por ter constrangido uma mulher, mediante grave ameaça para conjunção carnal

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Polícia Militar de Goiás (PMGO). PGR alega que limite de vagas na PMGO é discriminação contra mulheres
1 de 1 Polícia Militar de Goiás (PMGO). PGR alega que limite de vagas na PMGO é discriminação contra mulheres - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – O sargento da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) Bruno Rocha Prado teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Militar, acolhendo pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), feito pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial. O policial foi denunciado por atentado violento ao pudor, em razão de, em serviço, ter constrangido uma mulher, mediante grave ameaça, e a estuprou.

De acordo com a apuração do caso, no dia 3 de abril deste ano, o sargento Bruno e o cabo José dos Reis Gonçalves – denunciado por deixar de praticar ato de ofício, para satisfazer interesse pessoal -, abordaram uma mulher, que estaria embriagada, dentro do carro, que estava parado na porta de um bar, no município de Mineiros, a cerca de 425 km da capital goiana. Na ocasião, a mulher estaria limpando um ferimento na perna, provocado pela queda do copo em que bebia.

Conforme o MPGO, o sargento ofereceu para levar a mulher, dirigindo o carro dela, até a casa onde ela morava. Embora a mulher estivesse conduzindo o veículo embrigada, o policial não fez o registro da ocorrência. Segundo o órgão, ele apenas a repreendeu.

Inicialmente, a vítima teria recusado a oferta do sargento, mas, diante da insistência e, por ter bebido, ela aceitou. Nesse momento, Bruno entregou a viatura policial para o cabo, que não tem habilitação, e assumiu a direção do veículo. Como consta na denúncia, já no percurso até a casa da vítima, o policial teria se aproveitado da situação e acariciado as pernas da mulher, que afastou a mão do policial.

Forçou entrada na casa

Ainda de acordo com a denúncia, ao chegar na residência, a vítima tentou entrar e foi seguida por Bruno que forçou a entrada no local. Em seguida, ele teria conduzido a mulher até o quarto, onde praticou os atos libidinosos. Como estava com medo, a vítima não esboçou reação.

Enquanto o policial estava na casa da mulher, o cabo José dos Reis Gonçalves ficou dentro da viatura, estacionado na porta da residência, por aproximadamente 10 minutos.

Para o MPGO, os elementos probatórios comprovam, de forma objetiva e clara, a materialidade e a autoria dos crimes. A denúncia destaca que, nos crimes contra a liberdade sexual, a palavra da vítima detém especial relevância, uma vez que esses delitos normalmente são cometidos às escondidas, com uso de violência e grave ameaça, como meios de calar a pessoa agredida.

A vítima, em todas as oportunidades em que foi ouvida, prestou declarações coerentes e não alterou sua versão. Além disso, sempre afirmou que sargento Bruno ficou em sua residência por cerca de 10 a 15 minutos, alegação confirmada pelos dados de georreferenciamento do carro policial.

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