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“A mão estava no gatilho”, diz mulher que teve casa invadida pela PCGO

Policiais cumpriam mandados de prisão, mas erraram endereço da casa. Moradora teve arma apontada para o rosto e pescoço segurado

atualizado

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1 de 1 Briga - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“Pensa se a arma dispara”; “Uma hora acontece uma tragédia”; “Ela estava com a mão no gatilho”. As frases são repetidas em tom de revolta e preocupação por uma família de Aparecida de Goiânia (GO), alvo de uma ação deflagrada por engano pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). Os agentes arrombaram o portão da casa errada e, com truculência, tentaram intimidar uma mulher, o marido e os dois filhos, que foram acordados bruscamente pelas autoridades, na última quinta-feira (11/4).

O empresário Thassio Silva ainda questiona a abordagem policial. Em entrevista à TV Anhanguera, relembrou os minutos de terror que passou sob a mira de uma pistola. Ele diz que questionou os policiais do que se tratava a ação e sobre o que era o mandado que estariam cumprindo. Mas, segundo o empresário, os agentes não respondiam e só gritavam.

“Só passava na minha cabeça que era bandido. Queremos só Justiça e que isso não aconteça mais”, contou o empresário. O episódio foi todo gravado. Durante a invasão, Thassio questionou a todo momento se eles estavam no endereço certo.

“Ela estava com a mão no gatilho”, afirmou a esposa de Thassio, a também empresária Tainá Fontenele. Além de ter uma arma apontada para a própria cabeça, a moradora teve o pescoço segurado por uma policial durante o episódio.

“Na hora da raiva, eu estava tão traumatizada, tão assustada com a arma que ela entrou dentro da minha casa. Minha filha estava atrás de mim, com meu filho no colo. Poderia ter acontecido uma fatalidade dentro da minha casa. Quem ia arcar? Ia ser mais uma fatalidade do estado, mais um erro de operação”, assinalou a empresária.

Em um segundo vídeo, registrado por câmeras de segurança, é possível ver a ação da policial, bem como a reação da moradora.

Veja as imagens:

 

A casa errada

A moradora filmou a discussão com os policiais. Na gravação, ela afirma que tem dois filhos, uma menina de 9 anos e um menino de 2 meses que, segundo ela, acordaram e estavam chorando por causa do barulho e do susto quando os policiais arrombaram o portão.

“Quero a minha advogada, eu tenho direito. Ela meteu a mão no meu pescoço. Olha o que vocês fizeram no meu portão”, afirma a moradora na gravação.

Durante a discussão, os moradores pedem para falar para quem era o mandado. Após os policiais revelarem o nome, a moradora alerta: “Quem é [essa pessoa]? O mandado está na casa errada”. Na gravação, é possível ouvir o choro de um bebê ao fundo e ver a mão da mulher tremendo.

A discussão intensifica e a gravação para após eles pedirem para ver o endereço do mandado. Os moradores registraram um Boletim de Ocorrência (BO) na tarde de quinta-feira (11/4).

Apesar das imagens, a Polícia Civil de Goiás insiste na versão de que os “mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos dentro da legalidade, conforme deferimento de ordem judicial”. Em nota, a corporação informa que a Superintendência de Correições e Disciplina apura os “supostos abusos” cometidos.

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