À espera pelo corte de gastos, dólar vai a R$ 5,81
Na última semana, o dólar fechou em alta de 1,09%, a R$ 5,73. Mercado segue aguardando o anúncio de corte de gastos pelo governo
atualizado
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O dólar opera em alta na manhã desta segunda-feira (11/11), com pico de R$ 5,81. O mercado iniciou mais uma segunda-feira à espera do anúncio de um pacote detalhado de cortes de gastos públicos pelo governo federal. Houve uma bateria de reuniões na semana passada, mas integrantes do governo não chegaram a nenhum consenso.
Há novas reuniões esperadas para esta semana e forte expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bata o martelo.
Às 11h, o dólar opera a R$ 5,796. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, também sente os efeitos das incertezas fiscais e começou a operar em baixa, a 127.552 pontos (- 0,22%), mas já reverteu o viés de queda, e está operando a 127.653 pontos às 12h35.
Nesta segunda, o Banco Central (BC) divulgou que o setor público consolidado do Brasil — formado por União, estados, municípios e estatais — registrou déficit primário de R$ 7,3 bilhões em setembro.
Em 12 meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 245,6 bilhões, equivalente a 2,15% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,11 ponto percentual inferior ao resultado negativo acumulado nos 12 meses até agosto.
Impacto da inflação
Na sexta-feira (8/11), a moeda norte-americana fechou em alta de 1,09%, a R$ 5,73, em alta por conta do risco fiscal brasileiro e da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país.
Segundo o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA mostra que os preços subiram 0,56% em outubro de 2024, o que representa alta de 0,12 ponto percentual em comparação a setembro (0,44%). Com isso, o Brasil tem inflação acumulada de 4,76% nos últimos 12 meses — 0,26 ponto percentual acima do teto da meta para 2024. No ano, o IPCA acumulado é de 3,88%.
Na semana, o Ibovespa fechou em queda de 1,36%, aos 127.911 pontos. Perto do fim do pregão, a alta mais expressiva das ações da Petrobras ajudou a minimizar a queda do Ibovespa. Por volta das 16h50, o principal índice da bolsa brasileira recuava 1,45%. No mesmo horário, os papéis preferenciais da petroleira subiam 2,17%, a R$ 36,29, bem perto da máxima do dia, de R$ 36,32, enquanto os ordinários avançaram 1,90%, a R$ 39,13.