“A culpa é da pobreza”, diz secretária sobre desabamento no Salgueiro
Para Laura Carneiro, tragédia ocorre porque “as pessoas estão vivendo em condições miseráveis, sub-humanas de habitação”
atualizado
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Rio de Janeiro – Secretária de Assistência Social, Laura Carneiro acredita a culpa desabamento em uma comunidade no Morro do Salgueiro, que deixou uma pessoa morta e três feridas, é da pobreza. Ao todo, oito pessoas moravam na casa que caiu, entre elas a vítima e a esposa, que chegaram recentemente ao Rio da cidade de Canguaretama, no interior do Rio Grande do Norte, em busca de uma vida melhor.
“Credito a tragédia à pobreza. As pessoas estão vivendo em condições miseráveis, sub-humanas de habitação e isso vai acontecer enquanto os programas do governo como o Minha Casa Minha Vida e o Casa Verde e Amarela não forem retomados”, disse a secretária, em entrevista ao Metrópoles.
“O Carlos e a esposa vieram há 4 meses do interior do Rio Grande do Norte tentar a vida no Rio de Janeiro. Mas, infelizmente, aconteceu essa tragédia. As pessoas moram em casas como a que desabou não porque querem. Essa é a opção que elas têm”, disse a secretária.
Ainda de acordo com a titular da pasta da Assistência Social, a atualização do cadastro único que vem sendo feita pela prefeitura para o Auxílio Brasil vem evidenciando esta situação pobreza e da falta de opções para os mais pobres, “que se colocam em risco”.
“Estamos mapeando essa condição, fazendo um estudo com as pessoas vivendo em favelas, e que precisam de um olhar mais atento do poder público”, diz a secretária.
CREA propõe convênio com a Prefeitura
O presidente do Conselho Regional de Engenharia em Agronomia (CREA-RJ), Luiz Antonio Cosenza, lamenta que mais uma vez tenha ocorrido um desabamento de prédio – agora uma casa em construção na comunidade do Salgueiro -, por causa da falta de um profissional habilitado na obra.
Em um vídeo divulgado pela assessoria, Cosenza propõe um convênio entre o CREA-RJ e a prefeitura do Rio a fim de evitar que novas tragédias, como essa, se repitam.