A cada 100 mil brasileiros, 54,5 testaram positivo para sífilis em 2020
Levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (14/10), durante o lançamento da Campanha Nacional de Combate às Sífilis
atualizado
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Dados do Ministério da Saúde mostram que, a cada 100 mil brasileiros, 54,5 testaram positivo para sífilis adquirida em 2020. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (14/10), durante o lançamento da Campanha Nacional de Combate às Sífilis. De acordo com boletim epidemiológico elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), o país registrou 115,3 mil casos de sífilis adquirida em 2020.
A porcentagem de casos positivos é menor que a de 2019, quando o país identificou 74,2 pacientes a cada 100 mil habitantes. Naquele ano, foram registrados, ao todo, 1.529 mil diagnósticos positivos.
Apesar da queda, os números ainda demonstram estado de alerta para a prevenção da doença.
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é transmitida por meio de contato sexual, gestação ou parto. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença pode causar consequências como aborto, parto prematuro, retardo de desenvolvimento psicomotor, lesões de pele e malformações, com mortalidade de 40% nas crianças infectadas.
Em 2020, foram computados 61,4 mil casos da doença em gestantes e 22 mil diagnósticos de sífilis congênitas, quando a transmissão ocorre pela gestação. Ao todo, foram registradas 186 mortes.
Segundo o Ministério, para incentivar a prevenção à doença, a pasta lançará o Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis. O documento será encaminhado para profissionais das unidades do Sistema Único de Saúde.
O órgão também pretende promover atividades de qualificação profissional gratuitas e à distância, para capacitar trabalhadores da área.
Diagnóstico
Segundo o Ministério da Saúde, em 2020, foram distribuídos 7,2 milhões de testes rápidos para a detecção da doença. Até setembro deste ano, o governo entregou 6,6 milhões de exames aos estados e municípios.
Além disso, o órgão reforça a importância do uso de preservativos para combater as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).