Defesa: menino Henry não gostava do padrasto, o vereador Dr. Jairinho
Leniel Borel, pai de Henry, deve prestar depoimento à polícia na próxima semana
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – O menino Henry Borel Medeiros, de apenas 4 anos, morto no último dia 8 de março, relatava ao pai, o engenheiro Leniel Borel, que não gostava do padrasto. A informação foi repassada pelo advogado Leonardo Barreto ao jornal O Dia. A mãe da criança, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, namora o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
Como parte da investigação da morte do pequeno, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) fizeram uma espécie de reconstituição do último dia do menino, no domingo (7/3), quando estava em companhia do pai. Eles recolheram imagens de câmeras do circuito interno de um shopping onde o garoto foi a um parquinho, na zona oeste da cidade, e do condomínio em que Leniel Borel morava. Segundo os investigadores, o menino chegou, aparentemente, saudável aos locais. A polícia também ouviu testemunhas em ambos os lugares.
Na madrugada de segunda (8/3), a mãe e o padrasto levaram a criança a um hospital particular na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Segundo a mulher, o menino estava com dificuldades para respirar.
Na quarta (17/3), eles foram ouvidos, separados, durante 12 horas na delegacia e os depoimentos terminaram na madrugada de quinta (18). De acordo com a polícia, a mãe e o namorado só foram ouvidos nove dias depois do crime porque Monique estaria em estado de choque, sob efeito de medicamentos.
Exame de necrópsia
De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente.
“O menino foi entregue saudável. Chama a atenção o pai ser informado que o problema era respiratório, mas para a surpresa, o laudo mostrou ação contundente que provocou hemorragia no fígado, além de lesões nos rins e cérebro. O pai ficou estarrecido. É preciso investigação”, afirmou o advogado Leonardo Barreto, que representa o pai da criança.
Procurado, o advogado de Dr. Jairinho, André França Barreto, ainda não retornou, e a mãe do menino ainda não foi localizada. O espaço segue aberto.