8/1: veja os alvos de mandado de prisão na 19ª fase da Lesa Pátria
Cinco pessoas são alvo de mandado de prisão pela Lesa Pátria. Há um mandado de busca e apreensão para Léo Índio
atualizado
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A 19ª fase da Operação Lesa Pátria foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (25/10). Doze pessoas são investigadas, e 13 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpridos pela PF.
Os mandados de prisão são para:
- José Carlos da Silva
- Walter Parreira
- César Guimarães
- Fabrízio Colombo
- Luiz Antônio Vilarde
A operação acontece no Distrito Federal e nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro.
Quem é quem
- José Carlos da Silva
Conhecido como Zé do Renascer, José Carlos é alvo de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, expedidos pelo STF e cumpridos pela PF. Ele residia em Cuiabá, Mato Grosso. O homem aparece nas imagens veiculadas pela internet do 8 de Janeiro, durante a invasão do Congresso Nacional.
José Carlos também foi candidato a vereador nas eleições municipais de 2016 e 2020. Na última, o Zé do Renascer conseguiu ficar como suplente de vereador na Câmara Municipal de Cuiabá.
- Walter Parreira
Walter, que tem 62 anos, aparece em vídeo de antes dos ataques golpistas e também durante os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro – no caso de 8/1, ele é filmado próximo ao local em que um policial da cavalaria sofreu agressões. O investigado morava em Santos (SP) e foi um dos organizadores das caravanas rumo a Brasília.
Ele teria sido um dos 35 organizadores de manifestações a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro na Baixada Santista.
- César Guimarães – morador de Cuiabá (MT)
- Fabrízio Colombo
Mora em Cáceres (MT). É policial rodoviário federal (PRF) e, inclusive, alvo de um processo do ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, em novembro do ano passado.
- Luiz Antônio Vilarde – morador de Cuiabá (MT).
Os crimes investigados pela Lesa Pátria
Os investigados estão espalhados pelo país, nas cidades de Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF). Os possíveis crimes são de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
O objetivo da operação é apurar os envolvidos de incitar, participar e fomentar os fatos ocorridos em 8 de janeiro deste ano, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra imóveis, móveis e objetos das instituições. A estimativa é que os danos causados ao patrimônio público no dia em questão cheguem a R$ 40 milhões.
Em nota enviada ao Metrópoles, a defesa de Leo Índio informou que, “no início do inquérito, já houve um mandado de busca e apreensão emitido em desfavor dele, e nada foi encontrado. Não é novidade alguma. O nome dele foi incluído no inquérito que apura os atos infracionais do dia 08/01, e até o presente momento, inobstante o pedido da defesa de acesso ao STF aos termos do inquérito, ainda não foi autorizado”.
Lesa Pátria permanente
De acordo com a instituição, as investigações seguem com a Operação Lesa Pátria, que se torna permanente. De tempos em tempos, há atualizações em relação ao número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
A última fase da Lesa Pátria deflagrada pela PF havia sido no fim de setembro, quando foram cumpridas as fases 17ª e 18ª. Entre os alvos da 18ª fase, estava um general da reserva. Na 17ª, foram expedidos três mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão.