IBGE: 6,8 milhões de lares brasileiros ainda têm televisão de tubo
A maior concentração de televisão de tubo no Brasil está na região Norte e Nordeste, segundo a pesquisa
atualizado
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Mesmo com o avanço tecnológico e a popularização de aparelhos de televisão modernos, milhões de brasileiros ainda contam com equipamentos obsoletos em suas residências.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (15/8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ainda possui 6,8 milhões de domicílios com televisores de tubo, apesar da queda em relação aos 8,7 milhões registrados em 2022.
A pesquisa revela que, embora a presença de TVs de tubo esteja diminuindo ano a ano, ainda é significativa a quantidade de lares que mantêm esse tipo de aparelho, cuja tecnologia já foi amplamente superada pelos modelos de tela fina.
Em 2023, 7,2% dos domicílios brasileiros tinham exclusivamente televisores de tubo, uma redução em relação aos 9,2% do ano anterior.
A tendência de substituição desses aparelhos é observada em todas as regiões do país, embora algumas áreas ainda apresentem resistência maior à modernização.
Televisão de tela fina
Em contraste, os dados mostram um aumento expressivo no número de domicílios com televisores de tela fina. Entre 2022 e 2023, esses lares passaram de 64,9 milhões para 68,5 milhões, representando 90,8% do total, contra 87,9% no ano anterior.
A preferência por televisores modernos, que oferecem melhor qualidade de imagem e funcionalidades mais avançadas, reflete uma mudança no padrão de consumo tecnológico dos brasileiros.
A região Nordeste destaca-se com o maior percentual de domicílios que ainda possuem televisores de tubo, quase o dobro da taxa registrada na região Norte, que ocupa a segunda posição. Já nas regiões Centro-Oeste e Sul, predominam os lares com apenas televisores de tela fina.
Telefone fixo
Além da televisão, a Pnad também cita a presença de outras tecnologias nos lares brasileiros, revelando que 2,8% dos domicílios particulares permanentes, o equivalente a cerca de 2,2 milhões de lares, não possuem telefone.
Esse índice, inalterado desde 2022, é mais elevado nas regiões Nordeste (5,2%) e Norte (3,8%), contrastando com as demais regiões, onde não ultrapassa 2,0%.
Outro dado relevante é a redução drástica do telefone fixo convencional nos domicílios. Em 2023, apenas 9,5% das residências ainda contavam com esse tipo de telefone, uma queda significativa em relação a 2016, quando 32,6% dos lares tinham o aparelho.
Por outro lado, o telefone móvel celular se manteve como o meio de comunicação mais presente, encontrado em 96,7% dos domicílios em 2023, um percentual praticamente estável em relação a 2022 (96,6%).
As diferenças entre áreas urbanas e rurais também foram evidentes. Nas áreas urbanas, 97,5% dos lares possuíam telefone móvel celular, enquanto nas áreas rurais esse percentual era de 91,2%.
A presença de telefones fixos convencionais também foi maior nas zonas urbanas (10,5%) em comparação com as rurais (2,8%).