24% dos brasileiros caíram em golpes virtuais em 1 ano, diz pesquisa
Um a cada quatro brasileiros perdeu dinheiro em crimes cibernéticos nos últimos 12 meses. São Paulo lidera com maior recorrência de casos
atualizado
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Quase um quarto dos brasileiros perdeu dinheiro em golpes virtuais nos últimos 12 meses. Isso é o que revela a pesquisa Panorama Político 2024, realizada pelo DataSenado em parceria com a Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados, empresa vinculada à FSB Holding.
No total, 24% dos 21.808 entrevistados informaram que foram vítimas de algum crime cibernético no último ano, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias.
A pesquisa foi feita entre 5 e 28 de junho, com pessoas de todos os estados do Brasil. Esse é o maior levantamento sobre o tema feito no país. O nível de confiança é de 95%, e a margem de erro, de 1,22 ponto percentual, para mais ou para menos.
São Paulo lidera
No comparativo entre os estados, São Paulo apresenta a maior recorrência de golpes virtuais, pois 30% dos entrevistados disseram ter sido vítimas desse tipo de crime. Em seguida, aparecem Mato Grosso, com 28%, e Roraima e Distrito Federal, com 27% cada.
Na ponta oposta, entre os locais com menor incidência, aparecem Ceará, com 17%; Piauí, com 18%; e Sergipe e Acre, com 19% cada.
O coordenador da pesquisa e analista do DataSenado, José Henrique Varanda, disse que o levantamento oferece um panorama importante sobre a dimensão dos crimes cibernéticos no Brasil, e pode servir como fundamento para propostas de lei no Congresso Nacional.
Perfil das vítimas de golpes virtuais
O estudo revela ainda, que, apesar das diferenças estaduais, não existe um perfil específico de quem costuma cair mais nos golpes digitais. Em geral, os dados mostram semelhança com as características socioeconômicas dos brasileiros.
Mais da metade das vítimas de golpes virtuais (51%) tem renda familiar de até dois salários mínimos. Na população do país, essa característica corresponde a 49% das pessoas.
Na análise por faixa etária, 27% dos casos ocorreram com vítimas entre 16 e 29 anos. Esse percentual é o mesmo da representatividade desse grupo na população geral. As pessoas com mais de 60 anos correspondem a 20% da população do país e, conforme a pesquisa, são 16% das vítimas de crimes cibernéticos.