Sócios da 123 Milhas terão condução coercitiva à CPI, diz Justiça
Donos da 123 Milhas também não podem deixar o Brasil, segundo decisão da Justiça. Na CPI, audiência está marcada para quarta (6/9)
atualizado
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Em decisão publicada na sexta-feira (1º/9), a 3ª Vara Criminal de Belo Horizonte proibiu os donos da empresa 123 Milhas, Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira, de deixarem o país.
Além disso, a decisão, assinada pelo juiz Edison Grillo, autoriza a condução coercitiva dos empresários para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras na Câmara dos Deputados. O depoimento está previsto para as 10h de quarta-feira (6/9).
A decisão judicial atende a pedido apresentado pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), presidente da CPI. Ele procurou a Justiça após os sócios não comparecerem ao primeiro depoimento agendado no colegiado.
Como justificativa, os empresários alegaram que tinham uma reunião no Ministério do Turismo, em que prestariam esclarecimentos ao ministro Celso Sabino.
Recuperação judicial da 123 Milhas
Na última semana, a agência entrou com pedido de recuperação judicial. O requerimento foi feito à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O valor da causa foi estabelecido em R$ 2,3 bilhões.
O pedido foi protocolado por causa de fatores “internos e externos” que “impuseram um aumento considerável” dos passivos da companhia nos últimos anos. A empresa afirma ainda que usará a recuperação judicial para cumprir obrigações de “forma organizada”. O pedido foi acatado pela Justiça de Minas Gerais.