Estudo revela que 51,6% dos brasilienses estão acima do peso
Conforme pesquisa, 38% dos entrevistados mantêm uma frequência de atividade insuficiente e 11% não pratica nenhum exercício físico
atualizado
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Mais da metade da população do Distrito Federal é obesa. É o que apontou a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, divulgada pelo Mistério da Saúde, no último dia 25 de julho.
A pesquisa ouviu mais de dois mil brasilienses, por telefone, e comprovou os quilinhos a mais. Segundo o levantamento 51,6% dos entrevistados estão acima do peso. Em contrapartida, 45% garantem praticar atividade física pelo menos 2h30 por semana, tempo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo aponta ainda que 38% dos entrevistados mantêm uma frequência de atividade insuficiente e 11% não fazem atividade alguma.
Até pouco tempo atrás essa era a realidade do publicitário Felipe Vieira, que quase alcançou os 100 kg no final de 2017. Chegar perto dos três dígitos assustou. “Nenhuma roupa ficava bem em mim, já não estava me sentindo bem e vi que precisava melhorar para recuperar a autoestima que eu havia perdido”, conta.
Desde então, ele resolveu se exercitar, mudar a alimentação e conseguiu eliminar os quilinhos em meses. “Comecei a ter mais disposição, a curtir programas mais saudáveis e vi que era bem melhor do que viver refém de comidas gordurosas e bebida”, destaca.
Outro exemplo é a estudante e modelo Beatriz Dantas, de 17 anos. Diagnosticada com hipotireoidismo aos 13 anos, a adolescente é uma verdadeira apaixonada por atividade física. Hoje, ela frequenta a academia de quatro a cinco vezes na semana e faz acompanhamento com nutricionista e endocrinologista. “Eu me sinto mais leve, meus hábitos mudaram bastante. A academia ajuda a cuidar do meu corpo, além de ser momento de distração”, comenta.
Movimente-se
Danielle Ferreira, instrutora Acqua da Bodytech Sudoeste pondera que a prática de atividade física regular traz diversos benefícios, como a prevenção contra doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e câncer, além do ganho em qualidade de vida e melhora da autoestima. Danielle observa que a primeira mudança deve ser a de enxergar o exercício físico e a alimentação como prioridades.
“A segunda mudança deve ser a de procurar profissionais da saúde e modalidades prazerosas e satisfatórias para serem feitas durante a transição”, afirma. A professora acrescenta que o mais importante é que a intensidade deve ser aumentada aos poucos, conforme sua adaptação à atividade.
Para quem não tem tempo de ir até uma academia, Danielle separou alguns exercícios para se fazer em casa e abandonar o sedentarismo. Usando apenas o próprio peso do corpo, a massa corpórea, uma cadeira, e uma parede é possível executar vários exercícios sem muita dificuldade na execução dos movimentos. Como, por exemplo:
- Apoio de braço na parede na posição em pé
- Agachamento com o apoio da cadeira da própria casa
- Com o próprio peso do corpo pode-se fazer também a prancha isométrica
- Morando em apartamento pode também usar às escadas para uma atividade aeróbica
“O corpo foi feito para se movimentar, mas para isso é preciso sair do sofá”, argumenta Daniella.