Quanto o governo gastou para aprovar na Câmara a PEC dos precatórios
Nem queira saber…
atualizado
Compartilhar notícia
Quanto custou ao governo a aprovação na Câmara, em primeiro turno, da proposta de emenda à Constituição que permite a aplicação de um calote no pagamento de dívidas judiciais vencidas da União? Sinto muito, mas jamais se saberá ao certo.
Por tudo o que se viu de longe, levando-se em conta costumes arraigados há muitos governos, é possível concluir que custou muito caro. Cada voto foi negociado com seu dono, o deputado, e muitas vezes também com o partido ao qual ele é filiado.
Até o início da noite de quarta-feira (3/11), o presidente do PDT, Carlos Lupi, garantia aos seus interlocutores do bloco da oposição que era contra a proposta. Na última hora, a bancada do PDT mudou de posição e votou a favor. Ciro Gomes precisa dizer o que achou disso.
Os votos do PDT foram decisivos para a vitória do governo Bolsonaro. Eram necessários 308, no mínimo. Na votação de um requerimento que antecedeu a votação final da proposta, o governo contou com 307 votos. A proposta passou com 312.
Sob o comando do deputado Aécio Neves, convertido ao bolsonarismo, o PSDB votou em peso com o governo. O MDB, contra. Enquanto presidia a sessão, Arthur Lira (PP-AL) falava ao celular com deputados no plenário e ministros do governo.
Lira havia baixado uma ordem que só permitiria o voto de deputados presentes na sessão. Revogou-a para que deputados ausentes, alguns no exterior, votassem virtualmente. Desde que conheça a senha do seu deputado, um assessor pode votar por ele.