A guerra de Israel contra o Hamas atinge hospitais e sacrifica bebês
O conflito se estende pelo Líbano e Síria e envolve os Estados Unidos
atualizado
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Autoridades de Saúde presas dentro do maior hospital de Gaza, o Al Shifa, rejeitaram as alegações de Israel de que estaria ajudando bebês e outras pessoas a deixarem o hospital.
Na madrugada de hoje, os combates continuaram do lado de fora da instalação, onde as incubadoras estão ociosas, não há eletricidade, remédios, comida e água estão acabando.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que Shifa está sem água há três dias e que já “não funciona mais como um hospital”.
O último gerador ficou sem combustível no sábado, causando a morte de três bebês prematuros e de outros quatro pacientes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Pelo menos 36 bebês correm risco de morrer. Os recém-nascidos foram postos em uma cama depois de retirados das incubadoras. Dos 36 hospitais de Gaza, 20 estão paralisados.
Militares israelenses dizem que puseram 300 litros (79 galões) de combustível perto de Shifa durante a noite para um gerador de emergência que alimenta incubadoras.
Um porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al-Qidra, afirmou que o combustível não seria suficiente para operar o gerador por mais de uma hora:
“Isso é uma zombaria para com os pacientes e as crianças”.
Informa a ONU que três enfermeiras foram mortas em al-Shifa. O número de mortos na Faixa de Gaza não é atualizado desde a última sexta-feira, devido a comunicações cada vez mais precárias.
Embora a guerra no Sul do enclave já tenha atingido o coração da cidade de Gaza, no domingo assistiu-se a uma nova escalada dos conflitos ao longo da fronteira Norte.
O Hezbollah, organização financiada pelo Irã, iniciou ataques intensivos às tropas de Israel, incluindo lançamentos de foguetes, drones ofensivos e mísseis antitanque.
Pela primeira vez, Israel atacou 40 quilômetros dentro do território libanês. O alvo era um lançador de mísseis terra-ar iraniano SA-67, que o Hezbollah usa para abater drones.
No domingo, os Estados Unidos lançaram ataques na Síria contra dois locais em resposta a ataques contra pessoal americano na região, disse o secretário americano de Defesa, Lloyd Austin.