A chacina dos que morreram de Covid aos cuidados da Prevent Senior
CPI avança na Câmara Municipal de São Paulo, mas a instalação de outra com o mesmo propósito na Assembleia Legislativa empaca
atualizado
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Cerca de 40% dos pacientes internados em estado grave com Covid-19 na rede de hospitais da Prevent Senior em 2020 morreram, segundo dados da Covisa, órgão de Vigilância Sanitária vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, apresentados à CPI da Prevent Senior, da Câmara Municipal de São Paulo.
O número é maior do que os 22% citados pelo diretor da operadora, Pedro Batista, em depoimento à CPI da Covid, do Senado. Ao todo, foram 7.705 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, entre os quais 5.431 pela Covid-19. Do total, 2.210 morreram, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de aproximadamente 40%.
Os dados causaram “espanto”, segundo o presidente da CPI, vereador Antonio Donato (PT). O representante da Covisa também disse, em depoimento à CPI, que pediu à Secretaria Estadual de Saúde intervenção temporária nos hospitais da Prevent Senior que descumpriram as normas sanitárias ao longo da pandemia.
O pedido, com data de 27 de março do ano passado, não teve resposta até hoje. Enquanto isso, na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputados de partidos que apoiam o governador João Doria (PSDB) começaram a recuar da proposta de instalação de uma CPI semelhante para investigar a Prevent Senior.