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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

13 – 9 – 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">E se o Brasil não for à Copa do Mundo de 2026?  Respostas de 372 leitores:<br />
Ficaria arrasado &#8211; 14%<br />
Estou nem aí &#8211;<strong> 86%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Uniforme da Seleção Brasileira para a Copa América de 2024 - Metrópoles

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Sem Copa, como você fica?

<p><i>“Já, já, a candidatura do Boulos vai começar com uma história de voto útil. Que voto útil é esse que você vota em alguém que não tem a menor chance de ganhar no segundo turno porque essa pessoa é muito rejeitada? Para mim, o nome disso é voto inútil”.</i> (<b>Tabata Amaral</b>, PSB)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Fotografia colorida de Tabata Amaral sorrindo enquanto discursa ao microfone - Metrópoles

A deputada federal Tabata Amaral

Frase do dia

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">Pela primeira vez na história, as Forças Armadas do Brasil vão permitir que mulheres participem do alistamento militar para ingresso na carreira de soldado. E você? Respostas de 1.179 leitores:<br />
Concordo &#8211; <strong>92,4%<br />
</strong>Discordo &#8211; 7,6%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Foto de uma mulher de perfil, vestindo farda de cor areia e segurando arma de fogo para o alto na mão direito, em um ambiente com vegetação natural

<p>PMCE/Divulgação</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
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Mulher soldado da PMCE

Saiba quem é o soldado da PMDF que obrigou mulher a tomar abortivo

Soldado-aluno do Paraná mata mulher e advogado e tira própria vida

Exército reconstrói ponte flutuante após enchentes no RS

Exército reduz número de armas que agentes de segurança podem comprar

Mulher soldado, que tal?

Mulher soldado, que tal? | Metrópoles

Da Redação

<p>Lindo? A nossa música, a nossa maneira de ser, descritos por Roberto DaMatta. Problemas? A nossa desigualdade social, os crimes com 27 por ano a cada 100 mil habitantes, muito acima dos índices dos USA com 5, Argentina 5, Europa 1, e Japão 0,5.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Nossa música é belíssima. Vem de longa tradição, de José Maurício, músico da Corte de D. João VI, de Pixinguinha, que dá o link e o tônus da música barroca para a nossa música popular, de Chico Buarque, que atinge a alma humana, de Tom Jobim, no reconhecimento mundial.</p>
<p>Mas cai a esperança nos fortuitos da economia. Que tristeza ver os milhões da desesperança, da morte na esquina, da falta de esperança no amanhã. Significativo ser infindo do fundo que despenca, no caos do porvir de ontem, no bizarro que consagra a falta do amanhã.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Que triste insígnia a do país.</p>
<p>Triste, mas bom; do setor financeiro, que nos faz funcionar; do agronegócio, que alimenta a humanidade; da USP, nosso ícone da cultura; da Embraer, que nos voa em segurança pelo ar; do ITA, IMPA, CBPF, IPT, FGV e da Fundação Dom Cabral &#8211; FDC, instituições que dão um <em>up</em> no país; da mineração, que provê o insumo da modernidade industrial; da energia mais limpa, que nos leva a seguir. Mas que tristeza, de um Pablo Marçal, concorrendo à Prefeitura de São Paulo; do fechamento do Centro do Rio de Janeiro pela Prefeitura com o VLT, causando prejuízos à cidade; da tentativa de se alterar a função da Sala Minas Gerais pelo Governo do Estado em Belo Horizonte, um dos mais belos palcos da música clássica de nosso país; da seca e das queimadas, que antecipam o horizonte perverso da ecologia, que dizimam a Amazônia,  o Cerrado, o Rio Mamoré.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>A ignorância e o fascismo grassam, na falta do humano na funesta do amanhã,</p>
<p>Está difícil o Brasil arrancar, posto que o posto é sempre o anteposto. O PIB, rateia, há 14 anos. Em nosso país, a “<em>bagunça</em>” impera, como forma de controle social.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
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Moradores de rua e a dura realidade da pobreza e miséria na pandemia da COVID 19

O país dos extremos (por Ricardo Guedes)

<p style="font-weight: 400;">Para fazer de conta que governam, os governos e os partidos oposicionistas criam um clima de permanente tensão, uma espécie de todos contra todos para esconder que, seja quem for que governe, mantêm, no essencial, o status quo, o anunciado fim da História.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Quem acredita que Biden governa? É um faz de conta e não tem só a ver com a idade.</p>
<p style="font-weight: 400;">A arte para alcançar tal desiderato foi gradualmente transferir o poder político para o poder económico. Para tanto foi necessário operar importantes transformações quer na superestrutura, quer na infraestrutura.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">No chamado Ocidente, o capitalismo da produção de mercadorias foi dando lugar a um capitalismo em que as finanças dominam. Nos EUA e na Europa, a vaga neoliberal mudou muito o fundo da economia. Procedeu-se à substituição das grandes fábricas pelas indústrias do entretenimento (turismo, tecnologias, futebol, desporto em geral, saúde) e também no investimento no complexo militar-industrial.</p>
<p style="font-weight: 400;">Paralelamente com a implosão da URSS, o capitalismo sentiu-se livre de constrangimentos políticos e desencadeou uma nova política de ataques aos direitos conquistados desde a década de 50 do século XX. Foi assumido pelos diversos poderes que não se podia viver como se tinha vivido. Era preciso “castigar” os que acreditavam que os filhos poderiam viver melhor que os progenitores.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Na União Europeia começou o desmantelamento do Estado social com o avanço do federalismo e a implantação da moeda única. A financeirização tomou conta do coração das instituições da UE. O que a fazia diferente não resistiu e tornou-a uma organização orientada pelo neoliberalismo mais duro que puro.</p>
<p style="font-weight: 400;">No plano da superestrutura venceram as ideias de que só é pobre quem quer. A pobreza é da exclusiva responsabilidade dos pobres. A sociedade é uma invenção, o que existe são indivíduos que têm de competir entre si. Ganha o melhor. Chamam a isto meritocracia.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">A derrota do comunismo soviético, a mudança de campo da social-democracia (a ponto de a Internacional Socialista se encontrar em estado de hibernação) deixou o mundo sem referências que o nortearam durante quase um século.</p>
<p style="font-weight: 400;">Este quadro das chamadas democracias liberais orientadas por um único deus – o Santo Mercado – permite que dentro dele se esbocem e se travem disputas onde ninguém está de acordo com ninguém, salvo no que já referimos como sendo o quadro global dominado pelo capital financeiro, considerado intocável, dado que é o suporte do mercado. O novo Príncipe, alcunharia Maquiavel.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A propósito de medidas que os governantes tomam, em geral, estabelece-se uma verdadeira guerra que não leva a lado nenhum, salvo à erosão do partido no poder que acabará por ser substituído por outro mais ou menos parecido que enfrentará a mesma procissão de oposições e de novo à reentrada no governo do derrotado anteriormente. Todos os anos, seja com o PS, seja com o PSD, o SNS se revela incapaz de servir, devido à aposta na privatização dos serviços de saúde, altamente rentáveis. Só a maior desfaçatez pode justificar que uma grávida percorra mais de cem quilómetros e, às vezes muito mais, para dar à luz.</p>
<p style="font-weight: 400;">Há quem chame a estas virtudes liberais o arco da governação, isto é, o campo que vai dos socialistas às várias direitas mais ao centro ou mais à direita da direita um pouco por toda a Europa, já sem linhas vermelhas quanto à extrema-direita, mas vermelhíssimas contra a esquerda quando ganha eleições, como em França.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Naturalmente que para parecer que existe uma verdadeira escolha capaz de na verdade fazer a diferença, o sistema ancorou na velha ideia de Thomas Hobbes de todos se posicionarem contra todos, substituindo o Príncipe ditador pela omnipresente ditadura democrática liberal dos mercados que nunca foi a votos.</p>
<p style="font-weight: 400;">A diferença do ensaio Leviatan de Hobbes para a atualidade reside no facto de os povos poderem votar nos partidos que aceitem que estas regras são intocáveis – sai um e entra outro ao velho estilo do rotativismo liberal do início do século passado, ficando sempre tudo na mesma.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os que não aceitam estas regras são excomungados ideologicamente. Se, um dia, quiserem vencer, têm de ser capazes de forjar alternativas baseadas em amplas alianças para num primeiro momento estancar a hemorragia neoliberal e depois avançar para transformações com base na unidade democrática, cultural, ecológica e popular. Só a verdadeira diferença pode ressuscitar a esperança e a democracia participativa. Até lá, vira o disco, toca o mesmo e cresce a extrema-direita.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(Transcrito do <strong>PÚBLICO</strong>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>


imagem colorida do painel da Bolsa de Valores

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A ditadura democrática e as democracias liberais (Por Domingos Lopes)

<p>Continua sob escrutínio o fenômeno Pablo Marçal. O seu combate ao <strong>status quo </strong>despertou a atenção e a reflexão do establishment.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Está claro que o fenômeno é o sintoma mais recente das dores, sentimentos e aspirações da sociedade brasileira. A rejeição ao sistema político, à Política e ao funcionamento das instituições.</p>
<p>Marçal não é apenas um anarquista digital. Roberto Brant foi cirúrgico: “a antipolítica não deixa de ser uma nova forma de política”.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Ele se conecta a uma movimentação de placas tectônicas na política brasileira. A rejeição ao sistema político e a ascensão de uma cosmovisão liberal. Nova síntese política em formação.</p>
<p>Um enorme contingente de brasileiros que carregam o DNA liberal. O imaginário do empreendedorismo, do trabalho para “vencer na vida” e da visão do Estado como um entrave burocrático. A visão do trabalho e esforço como instrumento de ascensão social. A ética protestante e o espírito capitalista, diria Max Weber.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Em 2016/2017 uma Pesquisa da Fundação Perseu Abramo, do PT, detectava esta tendência nas periferias de São Paulo. Evoluiu pelo país.  Pesquisas atuais mostram que o crescente contingente de precarizados tem o espírito empreendedor. Com visão liberal contrária ao Estado. Este novo fenômeno poder estar “servindo de meio para a disseminação de um novo liberalismo não apenas econômico”, pontua Felipe Nunes.</p>
<p>Impulsos para um “caminho do meio”. A formação de uma nova síntese política como já registrei aqui no Blog do Noblat.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Além do crescimento do DNA liberal, onde estariam outros sinais da formação de uma nova síntese? No avanço concomitante, na sociedade, do bolsonarismo e do lulismo. Ao mesmo tempo, o avanço do cansaço com a polarização produzida como estratégia eleitoral gera contradições que impulsionam o “caminho do meio”: o liberalismo social no contexto de uma social democracia.</p>
<p>Liberalismo econômico, político e social. A dialética da contradição produzindo nova síntese. O barômetro que advirá das eleições municipais em curso provavelmente nos indicará esta resultante em movimento. Não é agora nem amanhã. É um processo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Roberto Schwarz dizia que as ideias do liberalismo europeu eram ideias fora do lugar no Brasil. Uma sociedade de liberais até a segunda página. Este contexto pode estar diante de um ponto de inflexão.</p>
<p>A nova síntese em formação é causa e conseqüência desta visão ascendente. Advinda da base da sociedade, e não das elites. Ao mesmo tempo, advinda do cansaço com a polarização política.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Com as devidas “dores do parto”. O fenômeno Pablo Marçal faz parte das “dores do parto”. A ambigüidade do Presidente Lula diante dos novos desafios geopolíticos nacionais e internacionais, também.</p>
<p>Do que se trata a nova síntese?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Helena Rosenblatt rastreou a transformação do liberalismo. “Um projeto ético voltado ao bem comum e ao respeito à conexão mútua” – a cidadania com ação coletiva, para além do indivíduo.</p>
<p>A França inventou o liberalismo, originário da Revolução Francesa. A Alemanha o reconfigurou, com o liberalismo religioso e o estímulo à ética protestante, com sua repercussão na natureza do capitalismo. A Grã Bretanha incentivou o liberalismo político. No Século XX, os Estados Unidos reduziram o liberalismo à sua dimensão econômica.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Os liberais na França, Inglaterra e Alemanha não viam conflito em ser liberal e favorecer qualquer tipo de intervenção governamental voltada ao bem comum. O indivíduo sim. A sociedade também.</p>
<p>Com o iluminismo, era possível falar não apenas em indivíduos liberais, diz Rosenblatt. Mas também de sentimentos, ideais e modos de pensar: <strong>um modo de vida</strong>. Ou seja, forjar um meio termo entre laissez-faire e socialismo, como em meados do Século XIX.</p>
<p>Outra vez: há uma nova síntese política em formação no Brasil. Ela estimula e é estimulada pela cosmovisão do liberalismo social.</p>
<p>Nova ideia força e nova visão de futuro. Em formação. Este processo em curso já impulsiona novo imperativo de realidade: reformas políticas. O combate ao <strong>status quo</strong>.</p>
<p><strong><em>*Pós-doutor em Ciência Política pela The London School of Economics and Political Science.</em></strong></p>


Pablo Marçal na Bienal do Livro de São Paulo

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Combate ao status quo (por Antônio Carlos de Medeiros)

<p style="font-weight: 400;">Meus caros: Lula está fazendo – ou tentando fazer – tudo o que prometeu durante a campanha eleitoral. E do jeito que prometeu. Ele disse que respeitaria todos os compromissos assumidos pelos governos anteriores com credores e organismos internacionais – e está respeitando.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Comprometeu-se em manter a política econômica anterior – e está mantendo. Foi mais ortodoxo até aqui do que Fernando Henrique Cardoso porque precisava se revelar um presidente confiável.<br />
Disse que o PT sozinho não ganharia a eleição. E que por isso faria alianças – e as fez. Se fez para ganhar, precisava conservá-las para governar.</p>
<p style="font-weight: 400;">Só os ingênuos ou os paranoicos poderiam desejar ou temer um governo de esquerda. Primeiro porque o próprio Lula disse que nunca foi de esquerda, e não foi mesmo. Ele usou parte da retórica da esquerda para construir a imagem que tem – ou tinha. Segundo porque ele não conseguiria se sustentar governando pela esquerda.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Depois de derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista em 1959, o jovem líder revolucionário Fidel Castro foi reverenciado nos Estados Unidos e em toda parte. Aqui, no Rio, comeu e bebeu às custas de alguns dos mais endinheirados de então.</p>
<p style="font-weight: 400;">Esperou o apoio dos norte-americanos para governar. Só se declarou comunista – coisa que nunca fora – e caiu no colo da União Soviética porque o governo dos Estados Unidos lhe deu as costas. Ora, Lula jamais teve algum parentesco forte com Fidel – salvo a barba e o gosto pelo charuto cubano.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A União Soviética não existe mais. Sem ser de esquerda, sem nunca ter simpatizado com comunistas, sem encontrar respaldo internacional para governar de outra maneira – que Lula poderia fazer? O que está fazendo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Ao tentar atrair ACM et caterva para seu lado, por exemplo, tenta montar uma maioria no Senado sem a qual seus projetos emperrarão.  Como fez Fernando Henrique Cardoso. Como faria qualquer presidente interessado em governar. Collor não fez – deu no que deu. É claro que só deu o que deu porque a corrupção foi descarada no seu governo.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">Agenda social nos dias que correm não é monopólio da esquerda – ou de quem se apresentou como tal no passado. Foi do senador Antonio Carlos Magalhães o projeto de criação do fundo de combate à pobreza aprovado no governo passado e elogiado pelo PT. Se Lula contar com os votos dele, de Sarney e de outros ditos “conservadores” para diminuir o abismo social que separa pobres de ricos neste país, procederá com acerto. E seu governo chegará a bom termo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os tucanos são hipócritas, ou como tal se comportam quando criticam o governo Lula por fazer o que eles fizeram e continuariam fazendo se não tivessem sido derrotados em 2002.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Na verdade, eles ficaram sem discurso, sem bandeira, pendurados no espaço. Suas queixas não são de fundo – são pontuais. Dizem que fariam melhor – e não fizeram no segundo governo de Fernando Henrique. Mas não poderiam dizer que fariam diferente ou muito diferente.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(Publicado aqui em 13 de setembro de 2004)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
</p>

Imagem colorida dos presidente Lula e Fernando Henrique Cardoso no dia da posse de Lula. Esse usa a faixa presidente e ambos sorriem, de cima do Planalto - Metrópoles

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Carta aberta a petistas e tucanos (nessa ordem)

<p style="font-weight: 400;">Individualmente, eles não se sentem culpados porque ninguém lhes aponta o dedo e cobra satisfações. São poucos os brasileiros que o fazem. Coletivamente, não estão nem aí. Porque dizer que o Congresso, este Congresso, é o pior desde o fim da ditadura, por exemplo, não custa aos parlamentares um único voto.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O Congresso pode ser o pior, mas ele é uma entidade, digamos, etérea; é a soma de todos os deputados federais e senadores. E em um país onde o voto é obrigatório, os brasileiros continuarão votando a cada quatro anos para confirmá-lo ou renová-lo. De resto, meses depois, não lembram ao certo em quem votaram.</p>
<p style="font-weight: 400;">É mais fácil lembrar do bom ou mal prefeito em quem votaram, do bom ou mal governador que elegeram, e na eleição seguinte puni-los ou premiá-los com mais um mandato. Há muito de emoção e de empatia e pouco de razão no voto, principalmente em países de democracias não longevas. A nossa ainda irá completar 40 anos.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Enquanto o Brasil respira mal devido ao período mais seco de sua história, o Congresso preocupa-se em salvar o poder que detém sobre o Orçamento da União, sem admitir perder um naco dele a pretexto do que for. Poder não se entrega, toma-se. O país não tem protocolo para proteger a população de nível crítico de poluição,</p>
<p style="font-weight: 400;">O IBGE informa que a safra de 2024 deve cair 6% por causa do clima extremo. Boa parte do Brasil entrou agosto em chamas, dobrando a área atingida desde o início do ano. No último mês, a área queimada foi de 56.516 km², maior do que a de cinco estados (Sergipe, Alagoas, Rio, Espírito Santo e Rio Grande do Norte).</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Com esse resultado, o total atingido pelo fogo no Brasil em 2024 chega a 113.960 km² &#8211; mais do que o dobro do registrado nos primeiros oito meses de 2023 (52.519 km²). Cerca de 55% do que queimou na Amazônia em agosto foi em áreas de pastagem, o que comprova o uso do fogo para a renovação do pasto.</p>
<p style="font-weight: 400;">O que o Congresso tem a dizer sobre tudo isso? A proposta para criação da autoridade climática está em discussão dentro do governo. Era para ter saído do papel há um ano. Não saiu porque a bancada de deputados e de senadores ruralistas se opõe; é a favor de um agronegócio pop e com o mínimo possível de amarras.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">A política virou um próspero negócio para os parlamentares e para quem os financia.  Nos idos de 1980, o deputado Ulysses Guimarães, o tríplice presidente coroado do seu partido, o PMDB, da Câmara e da Assembleia Nacional Constituinte, previu que seria assim. A quem se queixava do Congresso de então, ele dizia:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“É porque vocês ainda não viram o próximo”.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O próximo chegará daqui a dois anos. Na hora de votar, não lavem as mãos. Se lavarem, depois não reclamem. Vão plantar batatas.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div></p>

Foto colorida do Congresso Nacional - Metrópoles

Congresso Nacional Por-do-Sol. Brasília (DF) 01/08/23

Esse Congresso é péssimo? É porque vocês ainda não viram o próximo

<p style="font-weight: 400;">É cedo para se dizer que o torniquete aplicado em Pablo Marçal (PRTB) pelos demais candidatos a prefeito de São Paulo o impedirá de ir para o segundo turno da eleição, seja contra Ricardo Nunes (MDB), seja contra Guilherme Boulos. De certo, é que ele aparentemente parou de crescer.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Digo aparentemente porque – com  as desculpas pela concessão ao clichê -, pesquisas de intenção de voto são um retrato enevoado do momento. E quando publicadas, o momento já passou. Cada instituto tem seu método de assuntar a opinião dos leitores. Daí nem sempre coincidem. No país do “se a eleição fosse hoje&#8230;”</p>
<p style="font-weight: 400;">Em primeiro turno, a eleição será em 6 de outubro próximo, daqui, portanto, a 23 dias. É tempo suficiente para que os candidatos corrijam erros cometidos e aprimorem acertos. O acaso jamais deve ser desprezado, mas como é acaso&#8230; Bolsonaro, em 2018, beneficiou-se da facada que levou a um mês da eleição.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Não fosse a facada, teria sido eleito? Talvez sim. A única certeza que temos é que a facada compensou largamente o quase nenhum tempo que ele tinha de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Diz-se que ele venceu porque era o rei das redes sociais. No caso de São Paulo, hoje, o rei seria Marçal.</p>
<p style="font-weight: 400;">O X, ex-Twitter, fora do ar deve estar prejudicando muito Marçal. Quem mais lucra com isso é Nunes, apoiado por 12 partidos, o dono de 65% do tempo de propaganda – o maior tempo que um candidato já teve na história das eleições para prefeito de São Paulo. Nunes provavelmente terá lugar no segundo turno.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Dizia-se que era Boulos quem tinha lugar assegurado. Por enquanto, Nunes é de longe o favorito para derrotar Boulos ou Marçal em um eventual segundo turno. Tabata Amaral (PSB) e Luiz Datena (PSDB) foram rebaixados à condição de figurantes. Mais à frente, por conta do voto útil, os dois irão murchar.</p>
<p style="font-weight: 400;">Tal qual uma barata tonta, Bolsonaro ora vai para um lado, ora para o outro, ora se esconde. No início da campanha, ele ofereceu apoio a Nunes. Com a ascensão de Marçal, deu sinais de que marchariam juntos. Agora, ao ver que Nunes avança com consistência, volta a namorá-lo como fez ontem à noite.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">Foi durante um jantar promovido pela comunidade libanesa no clube Monte Líbano, em São Paulo, para homenagear Nunes. Ao vivo, em uma transmissão de vídeo, Bolsonaro elogiou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) “pelo apoio a Nunes.”; mandou um abraço para o prefeito e emendou:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Torço por você [Nunes], tenho certeza que haverá segundo turno e seremos vitoriosos no segundo turno.”</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O eleitorado bolsonarista em São Paulo e fora dali já não obedece às ordens do seu líder. Enquanto Bolsonaro dizia apoiar Nunes, seus seguidores migravam para Marçal. Depois que Bolsonaro começou a flertar com Marçal, parte deles retornou a Nunes. Enfim: o cabo eleitoral mais bem pago desta eleição fracassou.</p>
<p style="font-weight: 400;">O PL de Valdemar Costa Neto deveria rever o contrato que fez com Bolsonaro.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
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Ricardo Nunes, Jair Bolsonaro e Pablo Marçal-- Metrópoles

Ricardo Nunes, Jair Bolsonaro e Pablo Marçal

Tal qual uma barata tonta, Bolsonaro não sabe direito o que fazer

<p>Muito se falou sobre o resultado frustrante do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico – Ideb – de 2023, revelado recentemente. De fato, os números falam por si. Temos um quadro crítico nas etapas finais do ensino fundamental e médio, especialmente no ensino médio, tão decisivo para o futuro de nossos jovens. Atingimos a meta apenas nos anos iniciais do ensino fundamental.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>É preciso ir além de manifestar nosso inconformismo com esse quadro, cuja dimensão adquire visibilidade a cada rodada do sistema de avaliação da educação. Impõe-se adotar um sentido de urgência em generalizar, em escala nacional, experiências bem sucedidas, comprovadas por evidências científicas. Esse é o grande desafio do MEC. Dar dimensão e escala a políticas públicas vitoriosas adotadas por governos estaduais e municipais.</p>
<p>Em outras palavras, compete ao Ministério da Educação o esforço nacional para levar adiante reformas estruturais, muitas já praticadas a décadas por países mais bem colocados no sistema internacional de avaliação – PISA.  Em seu livro “Pontos fora da curva”, Olavo Nogueira, diretor executivo do Todos pela Educação chama a atenção para duas políticas educacionais exitosas que fizeram a diferença nos estados nos quais foram levadas a prática.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>São elas o <em>Programa de Alfabetização na Idade Certa</em>, adotada de forma pioneira pelo Ceará a partir da generalização da experiência bem sucedida do município de Sobral e o <em>Programa de Ensino Integral</em>, pioneiramente implementado pelo Estado de Pernambuco. Essas duas políticas públicas foram assumidas por outros estados, com impacto positivo no seu desempenho no sistema de avaliação da educação.</p>
<p>Não gratuitamente, no Ideb de 2023, 68 escolas das cem mais bem colocadas dos anos iniciais do ensino fundamental são do Ceará. Também existem fartas evidências de que as escolas de tempo integral têm um desempenho melhor do que as escolas tradicionais. O próprio Ideb e pesquisas anteriores comprovam isso. Também já demonstravam os benefícios para o aprendizado dos alunos e para o futuro de nossos jovens, seja para seu ingresso no mercado de trabalho, seja para ingressar no ensino superior.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>A grande diferença desta política educacional é, de fato, na aprendizagem do aluno. Estima-se que um ano de Português e Matemática em ensino integral equivale a três anos de uma escola com carga de cinco horas de aula. Isso tem impacto direto no acesso ao ensino superior e ao mercado de trabalho.</p>
<p>Como demonstrou o Ideb, o ensino médio é hoje a etapa mais crítica do nosso sistema educacional, para os quais o MEC deveria voltar suas atenções. Nele os problemas da evasão escolar, repetência e defasagem idade-série se manifestam com maior ênfase. Isto tem muito a ver com o modelo adotado no Brasil inteiramente descolado da realidade dos alunos e enfadonho, que não os prepara para a vida.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>A reforma do ensino médio de 2017 veio para corrigir esse problema, ofertando uma grade curricular flexível, com a combinação de uma formação educacional básica e itinerários formativos para os alunos se aprofundar em áreas de seu interesse. Sua implementação gerou novos problemas, muitos deles decorrentes de ter acontecido em meio da pandemia e, especialmente, pela omissão do MEC no governo Bolsonaro.</p>
<p>Era necessário seu aperfeiçoamento, mas, em função de um viés ideológico, no governo Lula 3, isso se deu por meio de um processo arrastado, assembleísta, que durou mais de um ano até chegar ao Congresso Nacional onde teve novos avanços e recuos. Em grande medida, esses problemas explicam por que no último ano do ensino médio os alunos tiveram a pior performance no Ideb de 2023</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Tudo é urgente na educação, mas fazer acontecer a reforma do ensino médio com foco no aprendizado dos alunos de forma estimulante, não é urgente, é urgentíssimo. Essa deveria ser a maior prioridade do MEC, no momento atual. Do contrário, o Ideb de 2025 mostrará o mesmo quadro de hoje. O risco é real.</p>
<p>São sobejamente conhecidas as reformas estruturais necessárias para o salto de qualidade da educação básica. Não há uma reforma mágica, uma bala de prata da Educação. Para lograrem êxitos as reformas devem ter medidas articuladas dentro de uma visão sistêmica.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>O caminho das pedras existe. Experiências exitosas, muitas delas por iniciativas de estados e municípios, tem em comum a priorização do ensino integral, formação adequada dos professores, material didático estruturado, avaliações periódicas da aprendizagem, reforço escolar, gestão escolar baseada em critérios técnicos e, sobretudo, um efetivo sistema de colaboração e coordenação entre os entes federativos que envolva gestores, professores, alunos, famílias e comunidade.</p>
<p>Essas são as lições do último Ideb. Cabe ao MEC entender o seu recado e assumir seu papel de liderança na mudança necessária.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Hubert Alquéres é presidente da Academia Paulista de Educação. Foi Secretário de Educação do estado de São Paulo e professor na Escola Politécnica da USP.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>


professora Quadro negro escola

As Lições do Ideb (Por Hubert Alquéres)

<p style="font-weight: 400;">A diferença entre o Donald e a Kamala é que o Donald pica-se e a Kamala não se deixa picar. Trump picou-se quando Harris falou nas multidões que fogem dos discursos dele, tal é o tédio.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O mal de ficar picado é dar a impressão de andar a reboque, de ser fácil de controlar: quando se bajula, faz ronrom; quando se pica, faz “rau-rau”.</p>
<p style="font-weight: 400;">Notou-se que Harris é vice-presidente dos EUA, a caminho de ser Presidente, e que Trump é um ex-Presidente que já foi derrotado. Enquanto ela procura uma promoção, ele procura apenas uma restituição.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Em vez de se picar, Kamala ri-se. Em vez de se mostrar ofendida, mostra-se divertida: &#8220;Thank you for making me laugh.&#8221;</p>
<p style="font-weight: 400;">Ficar picado é mais democrático: reconhece estar num plano de igualdade com o picador.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Se alguém acelera ao meu lado antes de virar o sinal, a ver se me pico, eu deixar-me picar mostra que alinho na brincadeira: “Vamos embora, amigo! Aposto que lhe dou um bigode!” Mas se eu fizer como a minha mãe me ensinou, é como se não tivesse dado por ele: &#8220;Pobres selvagens: é nos semáforos que mostram a masculinidade&#8230;&#8221;</p>
<p style="font-weight: 400;">Trump é masculino no pior e mais óbvio dos sentidos: é um big baby, sempre a chorar e a bater com os brinquedos no berço, mas tem a mania que é o cowboy mais perigoso do Faroeste. Harris é calmamente feminina: fornece o mistério e deixa que sejam os outros a tentar resolvê-lo.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">A experiência de ser vice-presidente e ter de aturar um homem-Presidente que não sabe muito bem o que está a fazer dá-lhe uma distância e um desprendimento irônico que valem mais do que qualquer desprezo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Nota-se que estão ambos a lutar pelo mesmo pequeno grupo: os republicanos hesitantes. O medo de Trump é de ter ainda menos votos do que da última vez. (Eu sei porque já me aconteceu.) Já Harris está farta de ser derrotada. Não tem medo de ser derrotada mais uma vez, sabendo que, desta vez, se for derrotada, será derrotada por muito menos do que da última vez, quando competia contra Joe Biden.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">É uma vantagem enorme.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
</p>

Imagem colorida de Kamala Harris e Donald Trump no debate - Metrópoles

foto-trump-e-kamala-debate-3

Perde quem se picar (Por Miguel Esteves Cardoso)

<p>Não é novidade que os futuros prefeitos do Nordeste, eleitos em 2024, deverão encarar, como sempre, uma realidade decorrente da “tempestade perfeita”, que conjuga fatores econômicos, políticos e geográficos. Justiça seja feita aos prefeitos, as causas desse quadro histórico estão, em grande parte, acima das competências legais e capacidades orçamentárias de um município.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O governo federal e os governos estaduais têm o papel de reequilibrar as condições de competitividade e qualidade de vida entre os municípios. Por isso mesmo, ainda em 1909 o governo federal instalava a Inspetoria de Obras Contra a Seca, assim como em 1965 criou-se o Fundo de Participação dos Municípios.</p>
<p>No Brasil, as iniciativas com viés de desenvolvimento regional mais marcantes datam dos anos 1950, incluídas as contribuições do economista Celso Furtado e de instituições como a SUDENE, o Banco do Nordeste e de alguns institutos estaduais de planejamento. Mais recentemente, destacam-se as metodologias desenvolvidas em programas regionais do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do PNUD/ONU e da OEA.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Mesmo assim, os novos prefeitos nordestinos não escapam da necessidade de se prepararem e se cercarem de equipes capacitadas, para planejarem seus mandatos e qualificarem suas demandas aos estados, à União (e seus pleitos por Emendas Parlamentares). Melhor ainda se o fizerem articuladamente com outros municípios que tenham as mesmas dificuldades e potencialidades.</p>
<p>É fácil perceber a desigualdade de recursos e capacidades que caracteriza o universo de quase 5.600 municípios brasileiros (1.794 deles ficam no Nordeste, nos quais vivem 57 milhões de pessoas). Essas diferenças repercutem nos índices municipais e regionais de desempenho econômico e de qualidade de vida, como o IDH, Gini, PIB per capita, bem como na infraestrutura, mobilidade, produtividade etc.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Contudo, às vésperas das eleições para prefeito e vereador, mais uma vez, pouco se ouve os candidatos proporem planos de desenvolvimento com soluções concretas e duradouras, menos ainda se envolverem modelos de atuação consorciada regional. Adicione-se agora os agravantes da mudança climática, da migração do crime organizado, do desemprego estrutural e do envelhecimento populacional.</p>
<p>Um exemplo internacional exitoso é o da Europa, com suas ‘Políticas de Coesão Regional’ vigentes desde 1957, para redução das desigualdades entre suas regiões (e dentro das regiões). Os investimentos da União Europeia são orientados justamente para territórios vulneráveis, seguindo diretrizes superiores que respeitam os planos regionais propostos pelos municípios, setores produtivos e comunidades.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Segundo o 9º Relatório Europeu de Coesão Econômica (2024), o desafio é maior no meio rural, mais vulnerável ao desemprego digital, ao envelhecimento da mão de obra e à mudança climática. No Nordeste brasileiro não é diferente e os futuros prefeitos não aguentarão esse rojão sozinhos.</p>
<p>O Relatório europeu registra que “<em>a política de coesão da UE conduziu a uma redução de desigualdades notável. Nas áreas mais pobres da Europa, o rendimento per capita aumentou de 52% da média europeia em 2004 para 80% atualmente, e sua taxa de desemprego caiu de 13% para 4%</em>”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Por aqui, analistas do Banco do Nordeste apontam que em 2024 a atividade econômica na região cresceu acima da média nacional, puxada pelo Ceará, Bahia e Pernambuco. Isso demonstra um potencial de desenvolvimento que deve ser aproveitado, de modo planejado e articulado, pelos futuros prefeitos.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p><strong><em>Felipe Sampaio: </em></strong><em>foi secretário-executivo de segurança urbana do Recife; dirigiu o sistema de estatísticas no ministério da Justiça; chefiou a assessoria do ministro da Defesa; cofundador do Centro Soberania e Clima; ocupa a chefia de gabinete da secretaria-executiva no Ministério da Microempresa.</em></p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div></p>

Mulher soldado, que tal?

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