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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

29 9 2024

Charge do Aroeira

<p>Em 1948, quando oficialmente criado em terras dos palestinos, o Estado Israel tinha determinado tamanho. Hoje, é três vezes maior. O mundo prometeu aos palestinos que eles teriam seu próprio Estado. Não tem 74 anos depois. Está certo isso? Respostas dos leitores:<br />
Está &#8211; 5%<br />
Não está &#8211; <strong>95%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Bandeira-da-Palestina

Tudo isso está certo?

<p><em>&#8220;Olha, melhor respeitar a democracia do que apanhar. Esse foi um dos maiores ensinamentos desta campanha&#8221;</em>. (<strong>José Luiz Datena</strong>, em mais um debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Imagem mostra homem grisalho, com paletó - Metrópoles

datena_tvglobo_entrevista

Frase do dia

Guga Noblat

<p>Reprodução/TV Globo</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
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Datena provoca Marçal: “Melhor respeitar a democracia do que apanhar”

Vice de Datena diz que filho de Bruno Covas será expulso do PSDB

Datena pretende mover ação milionária contra Marçal por danos morais

Marçal pede R$ 100 mil de indenização a Datena por cadeirada

Frase do dia | Metrópoles

<p>No próximo domingo, dia 6 de outubro, à exceção do Distrito Federal, milhões de brasileiros acordarão sabendo que terão de votar para não serem multados, mas sem saber ao certo em quem irão votar para prefeito e vereador de sua cidade.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, 67% dos eleitores da maior cidade da América Latina, São Paulo, ainda não decidiram em quem votarão para vereador, embora 87% digam considerar muito importante a escolha que farão.</p>
<p>Não pegaria bem se dissessem o contrário – que a escolha não lhes parece tão importante. Mas 56% deles admitem que já não se lembra em quem votou para vereador na eleição municipal de há quatro anos. Afinal, para que serve mesmo um vereador?</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Ao acordar no domingo, uma parte desses brasileiros irá ao culto ouvir o pastor. E entrará em grupos no Whatsapp de parentes e amigos para ver o que rola a respeito das eleições. Só então irá votar. E milhares mudarão de voto até o último instante.</p>
<p>Antigamente, fazia-se pesquisas no dia da eleição entrevistando quem saía de casa para votar e quem acabara de votar. Passou-se a fazer só depois de as pessoas votarem. Dava sempre uma diferença. Hoje, os institutos já não se arriscam tanto.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
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imagem colorida de eleições 2024 pesquisas eleitorais 1

eleições 2024 pesquisas eleitorais 1

O eleitor, esse danado que só decide o voto em cima da hora

<p>No início da campanha, dava-se como certo que Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, dificilmente se reelegeria no primeiro turno, mas tinha lugar assegurado no segundo. E que seu adversário no segundo deveria ser Guilherme Boulos (PSOL).</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>A profecia fazia sentido. O incumbente tem a máquina administrativa da prefeitura para alavancar sua candidatura. A isso, some-se dinheiro a rodo para empenhar em obras e a vitrine de suas realizações nos últimos quatro anos. De resto&#8230;</p>
<p>Nunes contaria com o apoio de Bolsonaro que indicou seu vice, um coronel, e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A favor de Boulos, pesaria o apoio escancarado de Lula, que em 2022 derrotou Bolsonaro na capital paulista e por isso se elegeu.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Aí pintou no pedaço, sem apoio de ninguém a não ser dele mesmo, a candidatura inesperada do ex-coach Pablo Marçal (PRTB). E foi o que se viu e ainda se vê. Marçal estourou a boca do balão, como antes se dizia, segue na briga e nem de longe está morto.</p>
<p>A 10 dias das eleições, tanto para Nunes quanto para Boulos, o maior desafio é não ficar de fora do segundo turno. Se Nunes não ficar, disputará o segundo na condição de favorito. Contra Boulos, toda a direita votará em Nunes. Contra Marçal, parte da esquerda.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>O debate entre os candidatos promovido, ontem à noite, pela TV Record, espelha a situação atual dos três líderes das pesquisas de intenção de voto. Nunes e Boulos foram os sacos de pancada escolhidos pelos demais. E Marçal terminou isolado.</p>
<p>Para quem esperava ou torcia para que rolassem sangue, lágrimas e insultos, foi um debate de morno para frio, ao contrário dos anteriores. Nunes limitou-se a contra-atacar, ignorando a maioria ou a quase totalidade das perguntas incômodas que lhe dirigiram.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Boulos atacou Nunes e defendeu-se ao se sentir provocado. Marçal estava irreconhecível para seus padrões, parecendo um candidato normal. Se boas propostas de governo vencessem debates, a ganhadora da noite teria sido Tabata Amaral (PSB).</p>
<p>Mas ela, Maria Helena (NOVO) e José Luiz Datena  (PSDB) certamente perderão até domingo uma parcela dos votos que têm. Como aconteceu com os candidatos chamados “do meio” no primeiro turno da eleição de 2022; Ciro Gomes (PDT) que o diga.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Por delicadeza (embora “por delicadeza eu perdi minha vida”, escreveu o poeta francês Jean-Nicolas Arthur Rimbaud), Boulos não fala em voto útil para não irritar Tabata e Datena. Mas o eleitor não gosta de votar em quem acha que irá perder.</p>
<p>A candidatura de Marçal tirou Bolsonaro da campanha paulistana. Criador e criatura nunca se dão bem. O eleitorado bolsonarista dividiu-se entre Marçal e Nunes. Bolsonaro só voltará à campanha no segundo turno se for para derrotar Boulos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Lula esteve presente na abertura da campanha de Boulos, mas recolheu-se depois; culpa de Marçal, que embolou a eleição. Esta semana, Lula deverá ir à posse da nova presidente do México. Não terá muito tempo para Boulos. O mundo clama por Lula&#8230;</p>
<p>Na era das redes sociais, tome tento: a campanha só termina quando as urnas finalmente são lacradas. As pesquisas de intenção de voto servem apenas como sinais que poderão ou não ser confirmados ou alterados em grande escala.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
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Montagem mostra recortes de fotos de Pablo Marçal, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, candidatos à Prefeitura de São Paulo

marcal_nunes_boulos_pesquisa

No país de “se a eleição fosse hoje”, ela só acaba no domingo, dia 6

Da Redação

<p>Naquele país que era “o celeiro do mundo”, duas em cada três crianças hoje são pobres. Sim, 66% das crianças menores de 14 anos passam fome na Argentina. A confirmação oficial de tal drama deveria fazer soar todos os alarmes oficiais e provocar uma reação sistêmica para revertê-lo ou, pelo menos, a simulação de uma reação. Mas o que fez o presidente Javier Milei? Gravou uma entrevista a uma diva televisiva, que levou, entre sorrisos e brincadeiras, à mítica varanda da Casa Rosada. Talvez você ainda não esteja ciente de que o fio está começando a apertar, e rapidamente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Os números são claros. Mostram que Milei conseguiu reduzir substancialmente a inflação, que limitou os gastos públicos e eliminou o déficit fiscal, que atenuou o flagelo do tráfico de drogas na terceira cidade mais importante do país e terminou &#8211; pelo menos por enquanto &#8211; com os protestos que transformou as ruas num martírio. Mas a recuperação económica não aparece e as taxas de pobreza, de sem-abrigo, de desemprego e de insegurança aumentam cada vez mais, tal como as taxas de serviço público, combustíveis e portagens, e os impostos.</p>
<p>Tal cocktail começou a impactar as suas métricas de apoio social e imagem pública. Pela primeira vez desde que assumiu o cargo em dezembro, mais argentinos têm uma imagem negativa do seu governo do que aqueles com uma visão favorável. E a mão vai piorar antes de melhorar. Porque ninguém espera que a economia que caiu seis pontos percentuais nos últimos meses se recupere em forma de “V”, mas sim que terá, esperançosamente, a forma do logótipo da Nike. E, ainda por cima, as autoridades já abriram o guarda-chuva para o próximo verão, confirmando que esperam “interrupções programadas” de energia elétrica.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Esse não seria, evidentemente, o melhor cenário para o Presidente que se define como um dos dois líderes mais importantes do mundo, apenas abaixo de Donald Trump. O calor, a humidade e o colapso energético podem ser um cocktail explosivo, ainda mais quando as contas de electricidade são quatro, sete ou mais vezes mais caras do que há alguns meses. E a Casa Rosada pode explicar que os investimentos em infraestrutura levam tempo e que a herança recebida é avassaladora – o que é verdade – mas a sociedade começa a exigir soluções de Milei, e não de quem partiu há quase dez meses.</p>
<p>Devemos lembrar que Mauricio Macri gerou 1,5 milhões de novos pobres durante os seus primeiros nove meses de mandato e que Alberto Fernández foi o pior presidente desde o regresso da democracia, mas Milei mergulhou 5,5 milhões de pessoas na pobreza em apenas um ano. E ele fez isso quebrando sua palavra. Porque durante a campanha prometeu que o ajustamento seria enfrentado pela “casta política”, no seu discurso inaugural corrigiu-se e disse que a maior parte do ajustamento recairia sobre a casta. Na realidade, não foi assim: recaiu sobre a sociedade, inclusive sobre os aposentados, embora não sobre muitos empresários prebendários.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Milei se beneficia, no entanto, de dois ativos principais. A primeira, que a sociedade assumiu realisticamente que vivíamos numa fantasia apoiada pelos efeitos anabólicos das emissões e da dívida e que isto devia acabar. A segunda, que do outro lado não há nada. Não há adversário – kirchnerista, peronista, radical ou PRO – que a sociedade considere uma opção. Entre o nada e o libertário com penteado bizarro, continuamos com Milei.</p>
<p>Mas a ausência de opções de liderança não deve levar o primeiro presidente libertário da história argentina a acreditar que tem um cheque em branco. Ele é, apenas, um servidor público, apesar do seu arrependimento e mesmo que invoque as “forças do céu”. Um servidor que pouco depois de seus próprios dirigentes anunciarem que quase 53% dos argentinos vivem na pobreza, caminhou por La Rosada com a ex- estrela Susana Giménez. Muito típico de uma raça pura.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Tanto quando assumiu o cargo, em dezembro, quanto quando inaugurou as sessões do Congresso, em março, Milei foi muito claro. Ele antecipou que viriam tempos muito difíceis, típicos de um choque inevitável, e que 100 anos de declínio não seriam revertidos da noite para o dia. Mas a paciência em algum momento, mais cedo ou mais tarde, acaba.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>(Transcrito do El País)</p>
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Protestos contra medidas de Javier Milei votados no Senado da Argentina

Milei, a pobreza e os limites da paciência social (Hugo Alconada Mon)

<p>Agora, depois da cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) no debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo na TV Cultura, o debate promovido pelo Flow podcast terminou em pancadaria, literalmente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A eleição em São Paulo certamente chama a atenção para o fato de que o grau de intolerância e violência atinge seu ápice desde a redemocratização. Ao mesmo tempo, a maioria dos eleitores também parece estar entendendo o risco que Marçal representa para a cidade mais importante da América do Sul, com um condenado na justiça por fraude e formação de quadrilha podendo sentar-se na cadeira de prefeito.</p>
<p>Isso sem considerar os indícios contundentes da ligação do seu partido com o PCC, além da ausência de respostas reais para enfrentar problemas complexos. Tudo isso se torna evidente em seu vômito de xingamentos e ressentimentos numa linguagem marginal. Não à toa, Marçal prega o 6 de outubro como o “dia da vingança”.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Nos principais tratados contemporâneos da Ciência Política, Marçal será classificado como um outsider que irrompeu em um mar de desilusões que inunda a nossa democracia, sempre mais ameaçada.</p>
<p>Marçal é, sobretudo, o produto do momento em que estamos vivendo. O discurso antissistema ao qual apela também apavorou o bolsonarismo, desvendando que Jair Bolsonaro é uma fraude substituível. A base da extrema direita está rachando, e aparecem outros elementos importantes a serem levados em conta nessa eleição: os que se rendem ao extremismo, sem abandonar as aparências da moderação.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>A escola da barbárie</p>
<p>Ricardo Nunes (MDB) é um prefeito muito ruim para não precisar de alucinados que atentam contra a democracia para conquistar a sua reeleição. O prefeito de São Paulo, ciente disso, procurou Jair Bolsonaro para apoiá-lo. Jair indicou o coronel da Rota, Ricardo Mello Araújo (PL), para a posição de vice na chapa, sacramentando a aliança.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Como disse o sociólogo Celso Rocha de Barros, um defensor de Nunes poderia dizer que até aí tudo bem. Bolsonaro ainda não está preso e, então, ele tem o direito amparado na Constituição para participar da vida política. A aliança seria natural porque Nunes é um candidato de direita e Bolsonaro é uma liderança de massas. Contudo, se Nunes fosse um prefeito competente e popular, poderia atrair eleitores da direita sem fazer concessões ao golpismo. Mas Nunes está longe disso, assim como está a uma distância oceânica do centro democrático.</p>
<p>As pesquisas indicam que Marçal pode ter chegado ao seu teto de crescimento, enquanto a sua rejeição cresce consistentemente. A poderosa máquina da administração municipal, o terceiro orçamento do Brasil, passou a favorecer Nunes, que não deve seu crescimento a Bolsonaro. Nunes cresceu apesar do entusiasmo bolsonarista por Pablo Marçal.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Além disso, a postura de Marçal como um sujeito que não se senta à mesa para comer com garfo e faca, passou a oferecer para Nunes uma credencial de moderado. Em outras palavras: já na cadeira de prefeito e domesticado à política tradicional, Nunes passou a ser visto como uma opção de voto útil contra a má-fé de Marçal. Assim, o coach serve de escudo ao obscuro Ricardo Nunes, que passou a não precisar se explicar sobre a sua gestão incompetente e duvidosa.</p>
<p>Se Nunes fosse um democrata, com a virada da tendência que indicaram as pesquisas, seria a hora dele se distanciar dos golpistas, certo? Afastá-los do segundo turno em São Paulo seria o triunfo da democracia. Ele fez todo o oposto.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Mesmo quando ele descobriu que não precisaria de Bolsonaro para conquistar sua reeleição, deu uma entrevista ao fora da lei Paulo Figueiredo, que participou ativamente da tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023. Neto do ditador João Baptista Figueiredo, que morreu em 1999, ele foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de arrematar um golpe de Estado no Brasil para manter Jair Bolsonaro na presidência.</p>
<p>A participação é bem documentada pela Polícia Federal: Figueiredo leu na rádio Jovem Pan o manifesto golpista de oficiais da ativa das Forças Armadas e usou a rádio para “denunciar” generais que não aderiram ao golpe.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Na conversa, Nunes admitiu a possibilidade de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e disse se arrepender de ter defendido a obrigatoriedade da vacina durante a pandemia. Defendendo criminosos, Nunes já havia dito que o 8 de janeiro não foi uma intentona golpista.</p>
<p>O curioso é que Marçal havia combinado uma conversa com o mesmo Figueiredo. Não aconteceu. A versão dos bolsonaristas é a de que Pablo disse preferir não falar sobre Alexandre de Moraes. O encontro minguou. Nunes, ao contrário de Marçal, fala.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Em quem serve a pecha de extremista?</p>
<p>Vira e mexe o candidato Guilherme Boulos (PSOL) precisa esclarecer os contos mentirosos sobre a sua história militante. Boulos, assim como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto não tomaram e não tomam a casa de ninguém. Lutam pelo combate à fome e por direitos essenciais que estão na Constituição Cidadã de 1988: a moradia digna e a função social da propriedade.</p>
<p>Para Guilherme Boulos ficar tão longe do centro quanto Ricardo Nunes de 2024, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto já teria que ter, no mínimo, tentado explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília na véspera de Natal, como fez o bolsonarismo em 2022. Ainda, tentado abolir violentamente o Estado de direito democrático em 8 de janeiro de 2023. Quem, então, está fora da lei?</p>
<p>Antes de o debate do Flow podcast começar, Nunes e Marçal bateram boca aos gritos. O evento terminou com socos e sangue arrancado da cara entre os assessores dos candidatos. Palavras que fomentam a violência são atos de violência. E o que mais assusta é que Ricardo Nunes e Pablo Marçal guardam traços de delinquência em comum. A diferença é de escândalo: em um caso, fraude que tirava dinheiro de aposentados; no outro, fraude com as creches. Pablo Marçal e Ricardo Nunes são dois esquisitos que se ajudam com seus extremismos ameaçando a democracia.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Rafael Pepe Romano é bacharel em Direito, graduando em Ciências Sociais na FFLCH-USP e educador popular no Cursinho da FFLCH. Artigo transcrito do Le Monde Diplomatique-Brasil &#8211; https://diplomatique.org.br/ </em></p>


Ricardo Nunes em debate do Flow- Metrópoles

Ricardo Nunes debate Flow

Ricardo Nunes e os esquisitos (Por Rafael Pepe Romano)

<p>Amigo meu, dono de comércio, comentou que, nos últimos meses, seu movimento caiu sem qualquer explicação razoável. Ele procurou colegas de atividade e descobriu, surpreso, que os grandes estabelecimentos de varejo também apresentaram quedas nos seus números de comercialização em tempos recentes. De novo, nenhuma explicação razoável. Depois de muita discussão e conversa, descobriu-se que o vilão é o sistema de apostas on line, que invadiu os lares de todo o Brasil, prometendo milhões de reais para quem apostar bastante. O convite vem pela televisão, pelas redes sociais, e sua operação ocorre por intermédio do celular.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Os parlamentares, de governo e oposição, que agora questionam a existência desta loteria, votaram em peso a favor do projeto de lei que definiu os termos das legalizações para as apostas online ano passado. A regulamentação deste mercado é responsabilidade do Ministério da Fazenda. Neste momento, estas empresas, se assim puderem ser qualificadas, trabalham em completa liberdade. Não há qualquer regulamentação. E o governo, como sempre, está preocupado apenas em arrecadar mais. A regulamentação entrará em vigor no próximo ano.</p>
<p>A descoberta desta verdadeira sangria na economia nacional levou a Confederação Nacional do Comércio (CNC) a ingressar com Ação direta de Inconstitucionalidade para contestar a Lei 14.790/23, a lei das bets. Seus advogados argumentam que a legislação que regulamenta as apostas no Brasil causa graves impactos sociais e econômicos. Solicitam decisão liminar até que o mérito seja analisado. Estudo da CNC apurou que mais de 1,3 milhão de brasileiros já se encontram inadimplentes devido às apostas em cassinos online.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Até mesmo integrantes do PT dizem, agora, terem subestimado efeitos negativos e o alcance desse mercado nas contas dos brasileiros. Apesar disso, as bets são liberadas no país desde 2018, por meio de lei, e o jogo se desenvolve desde então, com televisões e redes sociais veiculando propagandas de apostas. A lei que liberou as bets no Brasil, foi aprovada no governo Michel Temer (MDB), o governo de Jair Bolsonaro (PL) deveria ter regulamentado o mercado, mas não o fez. No ano passado, o governo Lula editou uma medida provisória sobre o tema, a partir dele, projeto de lei passou a ser discutido no Congresso.</p>
<p>Na votação ocorrida Câmara dos Deputados, em setembro de 2023, o texto, que contemplou a proposta do governo, foi aprovado simbolicamente. Apenas parlamentares do PSOL e do Novo foram contrários. A principal mudança na Câmara foi a inclusão de jogos online, que não constavam no texto original do governo. No Senado, em dezembro do ano passado, o texto base também foi votado simbolicamente, mas dois destaques foram aprovados e o tema voltou à Câmara. Na última sessão do ano, a Casa aprovou por 292 votos favoráveis e 114 contrários. Somente a oposição e a minoria orientaram contra o texto.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Os dados mais recentes sobre o mercado de apostas mostram que o volume em 2024 supera as projeções de referência usadas pelo Ministério da Fazenda. O Banco Central revelou que que o brasileiro destinou, via PIX, entre R$ 18 e 21 bilhões mensais em apostas de janeiro a agosto. O total no ano é de R$ 166 bilhões.</p>
<p>A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) diz que é necessário analisar o tema ainda neste ano. Segundo ela, é preciso fazer uma &#8220;avaliação crítica&#8221; do que ocorreu. &#8220;Subestimamos os efeitos nocivos e devastadores que isso causa à população brasileira. É como se a gente tivesse aberto as portas do inferno, não tínhamos noção do que isso poderia causar&#8221;, diz ela.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Este é o pior dos mundos para quem lida com jogos de azar. No mundo inteiro os cassinos são fortemente regulados e fiscalizados. Ninguém se atreve a lavar dinheiro em Las Vegas, porque o autor e o cassino serão descobertos e punidos severamente. Além disto, os cassinos, nos Estados Unidos, pagam tributo aos índios. É a maneira norte-americana de manter as populações originarias. Cassino significa emprego. Seu proprietário tem que construir uma sede, contratar garçons, seguranças, especialistas em contabilidade e uma série de artistas de todos os tipos e tamanhos. Quem quer ver um bom show, deve ir lá. É bom, relativamente barato e os hotéis são ótimos. Tudo gira em torno do jogo.</p>
<p>No Brasil entregaram o negócio do jogo para um punhado de pessoas, que operam fora do país, associados a jogadores de futebol, contratam um ou dois funcionários, compram um sistema na internet e vivem da publicidade nas redes sociais. Fazem muito dinheiro e gastam quase nada no país. Neste momento, não pagam nem imposto. É medida de uma insensatez inimaginável. Melhor legalizar os cassinos. Pagam impostos e criam empregos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>André Gustavo Stumpf, jornalista (andregustavo10@terra.com.br)</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
</p>

Cassinos que aceitam transferência bancária-APOSTAS

A porta do inferno (por André Gustavo Stumpf)

<p>Está na edição de hoje de O Globo: com o acirramento da disputa pela prefeitura de São Paulo, o PT critica o trabalho da imprensa paulista na cobertura das eleições e avalia que alguns jornais estão prejudicando a candidatura à reeleição da prefeita Marta Suplicy.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Baseado num estudo de jornalismo comparado, elaborado pelo Observatório Brasileiro de Mídia, organização não-governamental (ONG) ligada à Universidade de São Paulo (USP) e ao Fórum Social Mundial, o presidente do PT, José Genoino, disse que é antidemocrático e absurdo o comportamento de alguns jornais:</p>
<p>“O relatório fala por si só. É uma coisa antidemocrática e totalmente desigual o que alguns veículos de comunicação estão fazendo contra a candidata do PT. Chega a ser absurdo”.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O levantamento feito pelo Observatório, trabalho de estreia da entidade no Brasil, mostra que são negativas 79,22% das notícias sobre a prefeita Marta Suplicy e 76,15% das notícias de sua candidatura à reeleição, veiculadas entre 26 de agosto e 1 de setembro em cinco jornais paulistas: “Folha de S.Paulo”, “Estado de S.Paulo”, “Jornal da Tarde”, “Diário de S.Paulo” e “Agora”.</p>
<p>Apenas 14,65% das notícias sobre a prefeita e 12,26% das reportagens sobre a candidata são positivas. José Serra (PSDB) tem somente 15,64% de notícias negativas. Em contrapartida, diz o relatório, são positivas 48,87% das notícias sobre ele. As negativas somam somente 15,64%.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>&nbsp;</p>
<p>(Publicado aqui em 28 de setembro de 2004)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
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JOSE-SERRA

Jornais favorecem o candidato tucano a prefeito de São Paulo

<p>Na manhã deste sábado, o presidente Joe Biden insistiu em dizer que o governo de Israel não o avisou com antecedência sobre o ataque aéreo de ontem à Beirute, capital do Líbano, para matar os principais líderes do Hezbollah – entre eles todo poderoso sheik Hassan Nasrallah. Biden afirmou em voz baixa:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>&#8220;Os Estados Unidos não tinham conhecimento ou participação na ação das Forças de Defesa de Israel. Estamos coletando informações”.</p>
<p>Na sexta-feira (27/9), o secretário de Estado americano, Antony Blinken, havia dito em uma entrevista coletiva:</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>&#8220;Israel tem o direito de se defender contra o terrorismo. A maneira como o faz importa. As escolhas que todas as partes fizerem nos próximos dias determinarão qual caminho esta região seguirá, com consequências profundas para seu povo – agora e possivelmente nos próximos anos&#8221;.</p>
<p>Matar Nasrallah seria uma grande escalada na campanha de rápida expansão de Israel contra o Hezbollah nas últimas duas semanas, que ameaça se transformar em uma guerra regional total. Cresceram os temores de que o apoiador do Hezbollah, o Irã, possa ser atraído para a luta, desestabilizando o Oriente Médio.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Os ataques aéreos israelenses ocorreram logo após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fazer um discurso desafiador na Assembleia Geral das Nações Unidas, prometendo continuar a luta contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano. Derrotar o Hezbollah seria essencial “para a sobrevivência de Israel”.</p>
<p>De acordo com estimativas de oficiais de defesa israelenses, cerca de 300 pessoas foram mortas no ataque da força aérea. Algumas estavam em prédios próximos no centro de Beirute  Uma fonte do Hezbollah disse à agência Reuters de notícias que Nasrallah sobreviveu ao ataque que incluiu o uso de armamento pesado.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
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foto-israel-missil-libano

Joe Biden tira o seu da reta e diz que não sabia de ataques ao Líbano

<p><em>“Se o Irã nos atacar, atacaremos. Não há lugar no Irã que nós não possamos alcançar. Isso é verdade para todo o Oriente Médio. Israel busca a paz, torce pela paz e vai fazer a paz”</em>. (<strong>Benjamin Netanyahu</strong>, primeiro-ministro de Israel, em discurso na Assembleia Geral da ONU)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu

Benjamin Netanyahu ONU

<p>Ainda haverá salvação para a Terra com avanço dos estragos ao meio ambiente e a repetição de eventos climáticos extremos? Respostas dos leitores:<br />
Sim &#8211; 21%<br />
Não &#8211; <strong>79%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Cartaz com os dizeres mudança do sistema não mudança climática em inglês

Frase do dia

José Luiz Datena

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