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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

19 9 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">Terrorismo é o que fez ou faz&#8230; Respostas dos leitores :<br />
O Hamas com Israel &#8211; 22%<br />
Israel com os palestinos<strong> &#8211; 78%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

Imagem colorida mostra crianças em destroços na Faixa de Gaza - Metrópoles

Daily life in Gaza under Israeli attacks

Terror, o que é?

<p><i>&#8220;No dia em que EUA cortam 0,5 ponto nos juros, tendência mundial, o Banco Central do Brasil sobe a taxa para 10,75%. Vai custar mais R$ 15 bi na dívida pública. Dinheiro que sai de educação, saúde, meio ambiente para os cofres da Faria Lima.”</i> (<b>Gleisi Hoffmann</b>, presidente do PT)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, em foto colorida

Após entrega de petição de líderes e presidentes de partidos progressistas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),deputados Gleisi Hoffmann (PT-PR) 2

Frase do dia

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">Duas caixas com joias avaliadas em cerca de 17 milhões de reais? Isso é presente que se dê, e em cima da hora do embarque de quem irá transportá-lo? Ou está mais para pagamento de propina? Respostas de 1.778 leitores:<br />
Presente &#8211; 7,8%<br />
Propina &#8211; <strong>92,2%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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<p>TeroVesalainen/Pixabay</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
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interrogação dúvida

Servidora foi orientada a lançar joias em acervo da Presidência

Veja entrevista com delegados da Receita do caso de joias de Bolsonaro

Planalto repassou documentos sobre joias ao Ministério da Justiça

Subprocurador compara caso de joias de Bolsonaro com filmes de Tarantino

Presente ou propina?

Presente ou propina? | Metrópoles

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">Onze meses após o início da guerra, é possível dizer que as circunstâncias que Israel usou para justificar a proibição da entrada da mídia em Gaza não são mais válidas, e que o país deve permitir a entrada de jornalistas estrangeiros para que eles possam cobrir a guerra adequadamente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Como resultado do controle de Israel sobre as travessias de fronteira, que se tornou ainda mais rígido desde a <a href="https://www.haaretz.com/israel-news/2024-05-07/ty-article/.premium/israeli-army-takes-control-of-palestinian-side-of-rafah-border-crossing/0000018f-51eb-d6c3-afdf-5dfbc7980000" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.haaretz.com/israel-news/2024-05-07/ty-article/.premium/israeli-army-takes-control-of-palestinian-side-of-rafah-border-crossing/0000018f-51eb-d6c3-afdf-5dfbc7980000&amp;source=gmail&amp;ust=1726802540255000&amp;usg=AOvVaw2eX7T0AIBeBgzUErgNLy30">captura de Rafah</a> , nenhum jornalista estrangeiro pôde pôr os pés na Faixa de Gaza sem a aprovação do estado. A proibição geral de entrada de jornalistas estrangeiros sem uma escolta de porta-vozes das Forças de Defesa de Israel prejudica muito a capacidade de reportar de forma independente, bem como o direito do público em Israel e no resto do mundo de saber o que está acontecendo em Gaza.</p>
<p style="font-weight: 400;">O papel de um jornalista é estar no local, falar diretamente com as pessoas e não apenas por meio de porta-vozes em nome de interesses adquiridos, sentir a atmosfera e relatar eventos. Não há comparação entre reportagens não mediadas no campo e reportagens por meio de terceiros, entrevistas telefônicas e análises conduzidas com o auxílio de imagens estáticas ou de vídeo.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Quando Israel impede jornalistas de entrarem em Gaza, ele os impede não apenas de reportar os horrores da guerra, mas também de examinar as alegações do Hamas em tempo real – algo que é um claro interesse israelense. Quando Israel <a href="https://www.haaretz.com/opinion/2024-07-15/ty-article-opinion/.premium/israel-must-allow-journalists-into-gaza-to-report-freely-and-independently/00000190-b1b6-d3c7-ab94-bfff13050000" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.haaretz.com/opinion/2024-07-15/ty-article-opinion/.premium/israel-must-allow-journalists-into-gaza-to-report-freely-and-independently/00000190-b1b6-d3c7-ab94-bfff13050000&amp;source=gmail&amp;ust=1726802540255000&amp;usg=AOvVaw1ksp8rI1xvPnoJ3Juvi5hX">impede jornalistas estrangeiros</a> de cobrir o que está acontecendo em Gaza, devemos perguntar: O que o estado tem a esconder? Como ele se beneficia com jornalistas não entrando em Gaza?</p>
<p style="font-weight: 400;">O resultado de impedir que jornalistas estrangeiros façam seu trabalho é que o trabalho duro de reportar recai sobre os ombros dos jornalistas palestinos, que também estão sofrendo com a guerra e suas duras condições.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">De acordo com dados do Comitê para a Proteção de Jornalistas, pelo menos 111 jornalistas e profissionais da mídia palestinos <a href="https://www.haaretz.com/opinion/2024-08-07/ty-article-opinion/.premium/over-110-journalists-have-been-killed-in-gaza-their-israeli-colleagues-keep-silent/00000191-2c36-daed-a3ff-af3f92620000" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.haaretz.com/opinion/2024-08-07/ty-article-opinion/.premium/over-110-journalists-have-been-killed-in-gaza-their-israeli-colleagues-keep-silent/00000191-2c36-daed-a3ff-af3f92620000&amp;source=gmail&amp;ust=1726802540255000&amp;usg=AOvVaw1NMQtlr74AUO5XdlYhEMsT">foram mortos</a> durante a guerra (três deles, segundo os militares israelenses, eram ativistas do Hamas ou da Jihad Islâmica Palestina) – o que torna a necessidade de outros jornalistas entrarem em Gaza ainda mais urgente.</p>
<p style="font-weight: 400;">Em todo caso, precisamente durante a guerra, há grande importância em permitir a entrada de jornalistas que não sejam parte do conflito: pessoas que podem cobrir o evento sem medo de pressão de sua própria sociedade ou governo. Em tempos de guerra, quando qualquer imagem corre o risco de ser acusada de ter sido gerada usando inteligência artificial, o papel do jornalista em campo é mais importante do que nunca.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div></p>

Uma força de infantaria israelense é vista no centro do Far'a

Uma força de infantaria israelense é vista no centro do Far’a

O que Israel não quer que o mundo veja

<p>As eleições mudaram muito aqui na Terra da Santa Cruz. Como diria minha avó, “<em>desse jeito, não há jeito que dê jeito</em>”. Nascida na pequena cidade de Anadia, em 1898, Dona Zinha pouco pôde distinguir democracia nos seus quase cem anos de vida em Alagoas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Por outro lado, testemunhou um bocado de cadeiradas (e outros desfechos mais dramáticos) nas eleições da sua época. Violência política não era raridade no Nordeste dos coronéis. Queimadas também eram comuns na Zona da Mata alagoana, no plantio ou na colheita da cana-de-açúcar e do fumo.</p>
<p>Olha que Dona Zinha nem viveu para ler o novo livro “<em>O fim do mundo é só o começo</em>”, do estrategista geopolítico Peter Zeihan (2024). Mesmo assim, teve tempo de intuir uma conclusão incontornável, que recentemente virou sátira da banda pernambucana Quanta Ladeira: “D<em>emocracia é bom, mas dá um trabalho arretado</em>”.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Acontece que ultimamente a coisa saiu de controle até na Paulicéia do Padre Anchieta. Não bastassem as sete pragas do Egito que vinham assolando a cidade &#8211; calor em níveis recordes, qualidade do ar insuportável, incêndios criminosos e o rio Pinheiros ficando verde &#8211; nos últimos dias, o clima esquentou de vez foi na campanha eleitoral.</p>
<p>É bem verdade que a imprensa até vinha dando uma folga merecida à paciência do eleitor paulistano, desviando as câmeras para o Paraná, onde um candidato a vereador chamado (acreditem) Geleia Patriota fazia campanha, mesmo procurado por participar da barafunda do ‘8 de janeiro’.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Contudo, foi entre Datena e Marçal que a eleição virou geleia pra valer. Se estivesse viva, Dona Zinha teria desabafado que “<em>a situação ficou de vaca não reconhecer bezerro</em>”. Pela primeira vez na história os espectadores, mais extasiados que estarrecidos, assistiram ao vivo pela televisão e <em>on line</em> pelas redes digitais a um candidato meter uma cadeirada no outro. O ambiente tecnológico, admitamos, até que foi bem moderno (descontado, é claro, o surto paleolítico propriamente dito).</p>
<p>Por ironia do acaso, a coisa toda se passou justamente no canal de TV chamado Cultura. No dia seguinte, no G1, o cientista político Carlos Melo foi certeiro ao atribuir dimensão de fenômeno social ao ocorrido: “<em>há uma nova estética política da violência [&#8230;] retroagimos um século no ambiente civilizatório e político</em>”. Melo acrescenta ainda uma hipótese preocupante, de que o eleitor desencantado com o Estado passe a enxergar a política como um show de entretenimento, no qual uma cadeirada nos faz rir, como aquelas brigas de palhaços num circo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Tal ideia vem perigosamente somar-se ao pensamento do estadista americano Henry Kissinger (Liderança, 2023), que alertava para “<em>uma degradação na formação, cada vez mais tecnicista e burocratizante, da sociedade civil, dos gestores públicos e, por conseguinte, das lideranças políticas</em>”.</p>
<p>Completando com as palavras de Peter Zeihan, “<em>Começamos uma descida preguiçosa ao populismo narcisista. O histórico das eleições recentes [&#8230;] não é uma distorção, mas, sim, uma tendência de desinteresse no mundo em geral</em>”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Trocando em miúdos, quando a dança democrática das cadeiras cede lugar ao seu arremesso e achamos a cena engraçada, quem dança mesmo é a perspectiva de se consolidar o Estado de direito e o desenvolvimento sustentável. Enquanto nos divertimos, seguimos carbonizando o futuro.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p><strong><em>Felipe Sampaio: </em></strong><em>cofundador do Centro Soberania e Clima;</em> <em>membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; chefiou a assessoria do ministro da Defesa; dirigiu o sistema de estatísticas no ministério da Justiça; foi secretário-executivo de segurança urbana do Recife; ocupa a chefia de gabinete da secretaria-executiva no Ministério da Microempresa.</em></p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div></p>

Datena desfere uma cadeira em Pablo Marçal -- Metrópoles

Datena-Marçal-Cadeirada

Eleições 2024: a cadeirada da geleia patriota (por Felipe Sampaio)

<p>Surgiu mais um candidato &#8220;in pectore&#8221; de Lula: Jorge Bittar, na rabeira entre os que disputam a prefeitura do Rio de Janeiro.<br />
Foi ele mesmo, Lula, quem o disse:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><em>“Não é absolutamente imprescindível [que Lula vá ao Rio apoiá-lo como fez ontem com Marta Suplicy em São Paulo]. Todos os cidadãos do Rio sabem que o candidato do coração do presidente Lula no Rio se chama Jorge Bittar.”</em></p>
<p>Bittar ficou feliz. Ficaria mais se Lula fosse ao Rio apoiá-lo.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>A categoria de candidato &#8220;in pectore&#8221; foi inaugurada pelo deputado Nelson Pelegrino (PT) que disputa a prefeitura de Salvador. Está em quarto lugar nas pesquisas eleitorais.</p>
<p>Pelegrino foi a Brasília suplicar que Lula pelo menos gravasse um depoimento para seu programa de televisão.<br />
Lula não gravou. Mas orientou Pelegrino a sair dizendo que ele é seu candidato do peito.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Lula desfilou hoje no Recife com o prefeito João Paulo, do PT, candidato à reeleição. Mas não pediu votos para ele.<br />
Deve ter pensado assim: &#8220;João Paulo está praticamente reeleito. Eu sou amigo de Jarbas Vasconcelos, governador de Pernambuco, do PMDB. Quero continuar mantendo boas relações com ele e com o partido dele&#8221;.</p>
<p>Jarbas não foi recepcionar Lula. Disse que preferia deixá-lo à vontade com seus correligionários.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p>(Publicado aqui em 19 de setembro de 2004. Em tempo: João Paulo se reelegeu. Bittar, Pelegrino e Marta perderam.)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
</p>

Lula, por Orlando Brito

Cresce a legião dos candidatos do coração de Lula

<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro não morre de amores pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, nem Nunes por ele. Ocorre que um precisa do outro para juntos derrotarem Pablo Marçal (PRTB), que não tinha nada que se meter onde não foi chamado. Meteu-se e grande parte do voto bolsonarista migrou para ele.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Como admite o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP que apoia Nunes, o atual prefeito de São Paulo não é bolsonarista, assim como ele faz questão de dizer que também não é. Nogueira é aliado de Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. Ambos devem muito a Bolsonaro.</p>
<p style="font-weight: 400;">Tarcísio deve o fato de ter sido ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, e a eleição para governador de São Paulo que ele não queria disputar. Preferia concorrer a uma vaga ao Senado. Bolsonaro obrigou-o a concorrer ao governo mesmo que jamais tivesse morado em São Paulo. Morou no Rio e em Brasília.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Nogueira deve a Bolsonaro o fato de ter sido chefe da Casa Civil da Presidência da República, o segundo cargo mais importante do governo. Não foi suficiente para que ele derrotasse o PT no seu estado, o Piauí. Mas deu a Nogueira a oportunidade de, durante alguns anos, ser um dos políticos mais influentes da República.</p>
<p style="font-weight: 400;">Diz Nogueira desejar um segundo turno em São Paulo entre Nunes e Marçal para tirar as chances de vitória da esquerda (leia-se: Guilherme Boulos, PSOL, Lula e o PT), e para desmoralizar Marçal, derrotando-o. Foi o que ele disse a Bolsonaro em recente encontro, e Bolsonaro, segundo Nogueira, entendeu. Faz sentido.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">O que Nogueira não diz: e se Boulos for para o segundo turno contra Marçal? O PP, sob seu comando, apoiará Marçal? Bolsonaro deveria apoiar Marçal? Os dois conversaram a esse respeito? Marçal pode ter parado de crescer nas pesquisas de intenção de voto, como parou na da Quest. Hoje tem Datafolha.</p>
<p style="font-weight: 400;">Mas Marçal não está morto. E Nunes teme que o voto do eleitor envergonhado, que se diz indeciso, acabe beneficiando Marçal. Tarcísio afirmou uma vez que votaria nulo no segundo turno se Nunes ficasse de fora dele. Enquadrado por Carlos Bolsonaro, o filho queridinho do pai, Tarcísio retirou o que havia dito.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro deve saber que Marçal é candidato a prefeito para disputar com ele a liderança da direita em 2026. Ficará num mato sem cachorro se Nunes perder para Marçal a vaga no segundo turno. Nesse caso, o que Bolsonaro fará? Boulos aposta na fratura da direita para se eleger prefeito. A fratura está aí, exposta.</p>
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Guilherme Boulos e Pablo Marçal

O que fará Bolsonaro se Boulos e Marçal disputarem o segundo turno?

<p style="font-weight: 400;">Na eleição municipal deste ano, e não só em São Paulo, há uma disputa dentro da outra. A que está mais à mostra é a disputa pelas prefeituras das capitais e das cidades mais populosas do país, onde o orçamento é maior. O da capital paulista, por exemplo, só perde para o orçamento do Brasil e do estado de São Paulo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os prefeitos paulistanos costumam chegar no ano das eleições com o caixa entupido de dinheiro para ser gasto em obras. Essa é uma das razões que explicam o favoritismo de Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição com o apoio de 12 partidos. Daí porque que seu tempo de propaganda eleitoral é o maior da história.</p>
<p style="font-weight: 400;">A disputa oculta ou semi-encoberta é pela liderança da direita nas eleições de 2026. Inelegível até 2030, Bolsonaro sairá forte das eleições municipais para continuar sendo o tutor da direita daqui a dois anos? Se não, quem o sucederá? O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)? Pablo Marçal, caso se eleja?</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O destino de Tarcísio está atrelado ao destino de Lula e do seu governo. Se Lula e seu governo estiverem bem avaliados, e se Lula ambicionar o quarto mandato, Tarcísio não se arriscará a trocar o certo (a reeleição para o governo) pelo duvidoso (a eleição para presidente). Então, dará passagem a outros nomes da direita.</p>
<p style="font-weight: 400;">O eventual mal desempenho dos candidatos de esquerda nas eleições deste ano não impactará as chances de Lula se reeleger. O PT e seus associados podem não se sair tão bem, e Lula ainda assim concorrer à presidência. Basta que Guilherme Boulos (PSOL) se eleja em São Paulo para que Lula se proclame vencedor.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">Fernando Henrique (PSDB) era presidente da República quando Celso Pitta, o de triste memória, apoiado pelo ex-governador Paulo Maluf (PP), se elegeu prefeito de São Paulo em 1996. Isso não impediu Fernando Henrique de se reeleger em 1998. E nas duas vezes derrotou Lula no primeiro turno sem precisar do segundo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Lula era presidente da República quando José Serra (PSDB) se elegeu prefeito de São Paulo em 2004. Isso não impediu Lula de, dois anos depois, eleger-se presidente pela segunda vez. Mais uma curiosidade: da redemocratização do país para cá, nenhum prefeito de São Paulo conseguiu se reeleger. Preste atenção, Nunes!</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Uma coisa, portanto, são as eleições municipais, a outra, as presidenciais. O distinto público parece saber distinguir entre elas. Para a escolha de prefeito, o eleitor está à procura do melhor gestor, não importa que seja de direita, centro ou esquerda; não importa se o eleitor há dois anos votou em Lula ou em Bolsonaro.</p>
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marçal bolsonaro (1)

Eleição à vista: a de prefeito. Eleição oculta: a do senhor da direita

<p>Entre 13 e 22 de setembro de 2024 o Rio de Janeiro sedia o Rock in Rio cuja 1ª edição aconteceu em 11 de janeiro de 1985, quando o Brasil passava por um momento histórico de transição política.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Na noite do 15 de janeiro, 200 mil jovens se reuniram na Cidade do Rock, em Jacarepaguá, para assistir à apresentação do Barão Vermelho. Muitos vestiam verde e amarelo ou seguravam bandeiras do Brasil, em um clima de intensa brasilidade. Cazuza, após cantar &#8220;Pro Dia Nascer Feliz&#8221;, emocionou a multidão ao dizer: “Que o dia nasça feliz para todo mundo amanhã. Em um Brasil novo, uma rapaziada esperta.”</p>
<p>Esse momento coincidiu com a eleição indireta de Tancredo Neves como presidente da República, marcando o início da transição para a democracia. O regime militar estava sendo deixado para trás, não por meio de revoluções violentas, como imaginavam os movimentos radicais dos anos 70, mas atrav de um processo de negociação e luta política gradual.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>A ditadura não caiu de forma abrupta. Ela foi desmantelada pela pressão popular, especialmente pela campanha das Diretas Já, e pela articulação dentro dos limites legais do regime. Após a derrota da Emenda Dante de Oliveira, que propunha eleições diretas, foi necessário buscar novas formas de seguir adiante. A vitória de Tancredo no colégio eleitoral foi uma ponte entre o passado e o futuro, entre o Brasil militar e o Brasil democrático de hoje.</p>
<p>Apesar de obstáculos, como a ausência do PT no colégio eleitoral, que se recusou a participar e puniu parlamentares que votaram em Tancredo, a transição seguiu.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Embora Tancredo tenha morrido antes de assumir a presidência, sua eleição foi um marco, e a democracia continuou a se fortalecer, culminando na Constituinte de 1988, nas eleições diretas –finalmente- em 1989 e na estabilização econômica dentro do Estado de Direito.</p>
<p>O Rock in Rio capturou esse espírito de renovação. Cazuza e sua geração acreditavam em um Brasil novo, um país que buscava deixar para trás a repressão e a censura. A mensagem de Cazuza naquele 15 de janeiro de 1985, &#8220;Pro dia nascer feliz&#8221;, ainda ressoa. O Brasil se reencontrava consigo mesmo, em um momento de coesão e esperança no futuro. Naquela noite, o país acordava para uma nova era.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>O desafio de hoje é manter vivo o espírito de transformação e reencontro com nossos valores democráticos. Assim como em 1985, quando a juventude sonhava com um Brasil melhor, é com mais democracia que vamos superar as crises políticas atuais e construir um futuro mais justo. A mensagem de Cazuza segue atual: &#8220;Pro dia nascer feliz / Essa é a vida que eu quis / O mundo inteiro acordar / E a gente dormir&#8221;.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p><em>Hubert Alquéres é presidente da Academia Paulista de Educação.</em></p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div></p>

Palco Mundo Rock in Rio em foto colorida - Metrópoles

Palco Mundo Rock in Rio

Essa é a vida que eu quis (Por Hubert Alquéres)

<p style="font-weight: 400;">Se está farto de ser atendido pela inteligência artificial, ou por um pobre funcionário obrigado a dar respostas já redigidas; se está farto da automatização de tudo, e anseia por dialogar com uma inteligência humana, exprimindo-se através de uma voz que varia consoante as emoções suscitadas, faça o seguinte: telefone para um pequeno produtor.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O mais das vezes o número de celular que encontrará na etiqueta levá-lo-á ao próprio produtor. E, mais incrível ainda, estando quase em 2025: a pessoa do outro lado também terá vontade de conversar.</p>
<p style="font-weight: 400;">Tenho aprendido imenso com estes telefonemas que faço, é verdade, mas sobretudo tenho conhecido pessoas muito engraçadas – um pouco solitárias, talvez – que têm uma visão da vida muito mais pessimista, dramática e desencantada do que eu alguma vez imaginei possível.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Há 15 dias, estive dez minutos ao telefone a discutir se Portugal era o pior país do mundo para os agricultores ou só o pior dos países que não eram extremamente pobres.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os agricultores falam do tempo-clima como nós falamos do tempo-vida. Para eles, cada ano é uma vida inteira, com um estojo próprio de esperanças específicas, prontas para desiludir de novas maneiras.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">Onde nós vemos um tremoço, onde queremos dar-lhe os parabéns por ter tremoços tão bons, o produtor quer que a gente veja o declínio do Ocidente, e a futilidade do esforço humano, e a gratidão comovente de todos os mamíferos, à excepção do primata tremoceiro.</p>
<p style="font-weight: 400;">Conversar é divergir, é tentar convencer, é chocar, é fazer pouco, é ser obrigado a conceder que o outro nunca concordará connosco. É por isso que faz bem.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Um dia estes telefonemas deixarão de ser possíveis: os advogados descobrirão os riscos, os gestores arranjarão maneiras mais eficazes de atender os clientes satisfeitos – &#8220;esses não interessam, já estão convencidos!&#8221; – e os próprios produtores, vendo que enfrentam mais do que uma chamada telefónica por mês, desistirão alegremente de nos atender.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
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Eugene ao telefone, 2000 da série Outland

Uma pessoa do outro lado (Por Miguel Esteves Cardoso)

<p>Não bateu, mas não me sai da cabeça. Dizem os pesquisadores que a origem da cadeira é uma criação dos artesãos egípcios, faz 5800 anos. Nasceu para servir aos seus donos. No início, era um banco para descanso do bumbum. Em seguida, adicionado o encosto, serviu de apoio lombar e demarcou o <em>design </em>original da cadeira com variações adequadas às múltiplas serventias e significados.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O assento, o encosto, o braço e as pernas passaram de formas bem simples para fins utilitários, estéticos e atender padrões culturais. Começa pela saúde da pessoa: a depender da cadeira e da forma de sentar-se, o esqueleto e a musculatura podem sofrer desconfortos, dores e afetar a qualidade de vida das pessoas. Muita atenção: é aconselhável, ao primeiro sinal das “mialgias”, procurar especialistas respeitáveis e evitar a cura milagrosa dos curandeiros.</p>
<p>Há dois tipos de “cadeiras” que simbolizam o poder político e o poder do conhecimento: trono é a cadeira reservada para monarcas, autoridades religiosas e, na linguagem figurada, posição hierarquicamente elevada; cátedra, origem latina da palavra cadeira, é o assento reservado ao poder do conhecimento, seja como símbolo do magistério episcopal, seja como posição superior de ensino, atualmente, em desuso. Porém, afirmar, coloquialmente, que fulano é “catedrático”, enfatiza a profundidade excepcional sobre qualquer assunto em discussão.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Como parte do mobiliário, a cadeira assume as mais variadas formas; das mais simples à mais sofisticadas, seja no ambiente doméstico, seja no espaço profissional, complementando a estética de ambientes interiores sobres os quais multiplicam-se estilos e, sobretudo, preços.</p>
<p>Nesta breve reflexão, não poderiam faltar três tipos de cadeiras: uma é a abençoada “cadeira de rodas” que não serve somente de assento, mas é, sobretudo, o abrigo, o espaço do acolhimento, o generoso equipamento que supre os movimentos humanos em pessoas que deles foram privados, ao nascer, ou se tornaram vítimas de enfermidades ou acidentes que exigem cuidados especiais. Na minha experiência de voluntário por 20 anos na AACD, pude aquilatar o valor da cadeira de rodas e vivenciar profundas emoções ao testemunhar a alegria das famílias beneficiadas diante das necessidades especiais, entre elas, as da locomoção.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Em contraste com a cadeira que é um suporte para vida, cabe referência à cadeira elétrica, a cadeira assassina que não merece outro adjetivo como instrumento devidamente legalizado, em vários países, inclusive, na maior democracia ocidental, os EUA, para executar a pena morte.</p>
<p>Por fim, como se não bastassem a tensão, ambiente radicalizado, a literal combustão do clima, emerge, no Brasil, a terceira: a “cadeira democracida”, aliás, completamente inocente no episódio repugnante em que um candidato a prefeito de São Paulo desfere uma cadeirada no seu concorrente. A cadeira/objeto é inocente; a democracia, a vítima; o cidadão, desrespeitado. No entanto, para dar continuidade ao deplorável espetáculo, será adotada uma genial solução: vão “parafusar as cadeiras”, ou seja, como na vingança do “traído”, vão “retirar o sofá da sala”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Gustavo Krause foi ministro da Fazenda </em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
</p>

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A cadeira (por Gustavo Krause)

<p style="font-weight: 400;">Da janela do meu apartamento, uma enorme coluna de fumaça cobria o céu de fuligem – já amarelado pelas labaredas do fogo que queimaram sem dó o Parque Nacional de Brasília. Até ontem, o fogo havia incinerado flora e fauna de quase 3 mil hectares. Prejuízos inestimáveis.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os incêndios demoraram a chegar à Capital da República. A pergunta é: sabíamos que iam chegar?</p>
<p style="font-weight: 400;">O Brasil já pegava fogo. Brasília é extremamente seca. Hoje, contabiliza o vice-presidente da SBPC, Paulo Artaxo, são 205 mil focos de incêndio em todo o País, alta de 144% em relação ao ano passado. Nada menos que 66% do território brasileiro.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">E a pergunta insiste: as autoridades sabiam ou não que a tragédia se anunciava?</p>
<p style="font-weight: 400;">Artaxo responde: as queimadas sempre ocorreram ao longo dos últimos 30 anos, fruto do desmatamento para abertura de novas áreas agrícolas. “Mas 2024 será lembrado como o ano que superou todos os limites. Vivemos uma pandemia de incêndios florestais”.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">Há fortes indícios de atuação do crime organizado nessa sucessão de incêndios, e de provável má fé de alguns governantes que permitem as queimadas para saciar a volúpia do agro – cabe aos governos estaduais autorizar botar fogo no campo. Lula, em reunião de emergência para tratar do assunto, nesta terça, 17, endossou a tese.</p>
<p style="font-weight: 400;">Assim como as enchentes, o fogo adverte sobre sua chegada. As chuvas cessam, os campos ficam secos, e os “terroristas” se aproveitam da nossa vulnerabilidade. Quem chama de “terrorismo” é Marina Silva, ministra do Meio-Ambiente.  “Estamos vivendo situação de risco em todo o País”, diz Marina.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A tragédia ambiental esquentou o debate sobre a criação da Autoridade Climática, promessa de campanha de Lula que não saiu do papel. Semana passada, voltou ao assunto. Mas como tudo que envolve politica partidária complica a vida do governo, ainda não há nome anunciado. Marina indica Ana Toni, sua Secretaria de Mudança Climática. O Secretário do Clima do Itamaraty, embaixador Correa do Lago está no páreo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Eu jurava que seria Marina Silva. Mais lógico.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A demora nas providências contra o que também chamou de “pandemia” de queimadas, levou o ministro do STF Flavio Dino a puxar a orelha do Poder Executivo. Deu prazo para o governo se mexer. O Governo do Distrito Federal não levou a sério. “Normalizou o absurdo”.</p>
<p style="font-weight: 400;">As reservas de Brasília queimam como não acontece há mais de 20 anos.  Só depois do mal instalado, medidas de emergência foram acionadas.  Ontem, o Governo Federal anunciou a liberação de crédito extraordinário de R$ 514 milhões para combate a incêndios. A possibilidade de abertura desse crédito se deve a Flávio Dino.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A Policia Federal admite os incêndios criminosos. Humberto Freire, delegado da PF, viu incêndios começarem quase simultaneamente, indicio de ações coordenadas. Apenas em agosto, foram 5,65 milhões de hectares queimados – 50% de tudo o que foi destruído pelo fogo desde janeiro de 2024.</p>
<p style="font-weight: 400;">147 DIAS SEM CHUVA</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Só não está pior que em 1963, quando Brasilia teve um período de estiagem de 163 dias. Nem pior que Belo Horizonte, está há 150 dias na seca.</p>
<p style="font-weight: 400;">QUEIMADA DERRUBA TOFFOLI</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O ministro Dias Toffoli foi internado na tarde de ontem, com insuficiência respiratória – quadro de broncopneumonia. Sem previsão de alta.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Mirian Guaraciaba é jornalista </em></p>


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