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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

18 9 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">A justiça deveria cassar as candidaturas a prefeito de São Paulo de José Luiz Datena e Pablo Marçal?  Respostas de 495 leitores:<br />
Sim &#8211; 34%<br />
Não &#8211; 11%<br />
Só a de Datena &#8211; 10%<br />
Só a de Marçal &#8211;<strong> 45%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

datena marçal

O destino de Datena e Marçal

<p><i>&#8220;Eu busco liberdade. Se for para apanhar, vou apanhar. Se for para cuspir na minha cara, pode cuspir. Eu poderia muito bem ter tomado aquela cadeira do Datena. Mas para vocês verem, eu estou aqui como oferta”.</i>  (<b>Pablo Marçal</b>, candidato a prefeito de SP)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

Pablo Marçal

Frase do dia

Guga Noblat

<p>Reprodução</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p>

Após cadeirada em Marçal, Datena cancela agenda na ruas pelo 2º dia

Tradutora que viralizou em cadeirada de Datena a Marçal explica reação

“Drogado”: após cadeirada, Datena denuncia Marçal por difamação

Marçal foca ataques em Nunes e Datena e pede perdão a Tabata em debate

O destino de Datena e Marçal | Metrópoles

<p style="font-weight: 400;">Uma regra eleitoral estabelece que as emissoras de rádio e de televisão são obrigadas a convidar para debates só os candidatos filiados a partidos com representação mínima no Congresso. Quer dizer: o partido deve ter ali, no mínimo, cinco parlamentares.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O partido Novo, por exemplo, não tem. Por isso, o senador Eduardo Girão, candidato a prefeito de Fortaleza, foi retirado do debate promovido pela TV Otimista. Girão chegou a participar do primeiro bloco do programa. A Justiça Eleitoral ordenou sua saída.</p>
<p style="font-weight: 400;">Girão saiu dizendo que foi censurado:</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>&#8220;Quem é que tem medo do que a gente vai falar? Eu fico surpreso com isso no meio do debate. É um desrespeito com as pessoas que estão assistindo.&#8221;</em></p>
<p style="font-weight: 400;">O PRTB, partido de Pablo Marçal, não tem representantes no Congresso, e no último dia 14, a Justiça de São Paulo mandou despejá-lo de sua sede na Zona Sul da capital por dívida com aluguel. Por que Marçal, ainda assim, participa de debates?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Porque as emissoras o convidam a pretexto de oferecer espaço a diversas vozes. São 10 os candidatos a prefeito. Quatro deles sem voz nos debates até aqui: Altino Prazeres (PSTU), Bebeto Haddad (DC), João Pimenta (PCO) e Ricardo Senese (UP).</p>
<p style="font-weight: 400;">A razão que pesa a favor de Marçal é que ele dá Ibope, como se dizia no passado. Sem suas mentiras, provocações, desaforos, ataques de baixo nível aos adversários, a audiência seria definitivamente menor. O eleitor nega, mas baixaria o atrai.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">Se Marçal dá mau exemplo, paciência. Se ele reforça a impressão de que a política é assim mesmo, e de que os políticos não prestam, paciência. Se ele dissemina as notícias falsas que o bom jornalismo condena, paciência. Se a democracia perde com isso, paciência.</p>
<p style="font-weight: 400;">Debate migrou da órbita do jornalismo para a do entretenimento. Interesse público virou interesse do público. Se antes os jornalistas tapavam os ouvidos aos que os liam, viam e escutavam, hoje se rendem aos instintos mais primitivos da plateia.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">No que tudo isso vai dar, não sei. Mas pelo andar da carruagem, imagino que não dará em coisa boa.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div></p>

A única vacina contra o vírus Marçal é deixá-lo de fora dos debates

Da Redação

<p>Quem perde a memória histórica pode repetir os erros do passado. A história das relações Brasil e Argentina foi marcada por desencontros. A Questão do Prata, como a via dominadora do centro da América do Sul, criou rivalidades e alimentou muitas disputas que, por imobilismo, chegaram à segunda metade do século passado.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A tese que naquele tempo se tornou verdadeira argumentava que quem dominasse a Bacia do Prata dominaria a região, porque os rios que ali desembocavam levavam ao reino de Preste João, uma lenda sobre lagos de ouro que ali existiriam. Mas a única coisa que foi encontrada na região foram as minas de prata de Potossi, muito exploradas, cuja prata foi levada, paulatinamente, para a Europa.</p>
<p>Como intelectual, tendo a perfeita consciência dos nossos equívocos, ao chegar à Presidência do Brasil, levava a firme decisão de iniciar nova etapa em nossas relações com a Argentina.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Mandei a Buenos Aires, dois meses depois de assumir o cargo, meu Ministro das Relações Exteriores, Olavo Setúbal. Tinha pressa. Ele foi propor a abertura de conversações para estabelecermos uma grande mudança. Nasceu meu encontro com Alfonsín, em Iguaçu, novembro de 1985. Havia uma identidade total em nossas visões. Nesse dia conheci as virtudes extraordinárias desse homem, estadista das Américas e patrimônio moral e político da Argentina.</p>
<p>Alfonsín também defendia que devíamos crescer juntos, mudar a história do continente com a formação de um mercado comum entre nossos dois países. Então ele deu o primeiro e mais importante passo para mudar a imagem de nossas divergências. Fora do programa oficial, contra aconselhamentos de sua Assessoria, visitou Itaipu. Tiramos uma foto que sepultou a guerra importada das águas do Paraná.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Assinamos acordos básicos, inclusive o primeiro da área nuclear. Precisávamos sepultar essa tentação de alguns setores militares de nossos dois países dessa coisa brutal que seria uma corrida nuclear no Cone Sul. Alfonsín, depois, foi mais longe: levou-me a Pilcaniyeu, na Província de Rio Negro. E eu o trouxe a Aramar, onde o Brasil enriquecia urânio. Ele inaugurou a nova usina brasileira, tida como secreta, sob a jurisdição da nossa Marinha de Guerra. Essa querela estava detonada. E prestamos um serviço ao mundo: Alfonsín e eu tornamos a América do Sul o único continente que não tem arma nuclear nem disputas sobre elas. Juntou-se a isso a minha proposta nas Nações Unidas, por ela aprovada, de considerar o Atlântico Sul “zona de exclusão de armas nucleares”. Assim, aqui, em nossas águas, não poderá trafegar nenhuma arma que use energia nuclear, seja de quem for.</p>
<p>Mas nosso ideal, de Alfonsín e meu, era criar um mercado comum nos moldes europeus. Integração econômica, estratégica, política e cultural — enfim, no futuro, a livre circulação de bens, serviços, capitais e mão de obra.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>A Europa, havia 34 anos, começara o seu mercado pelo carvão e aço. Nosso projeto não era uma coisa retórica, como frustrações passadas. Mas, séria e profunda, deveria dar passos firmes para evitar recuos. Estabelecemos um marco de 10 anos para chegarmos até o final da etapa com tarifas zero. Assinamos cerca de 34 instrumentos bilaterais. Estabelecemos um arcabouço de mecanismos bilaterais com vista ao grande projeto.</p>
<p>Enfim, nossa visão não era somente uma união aduaneira, mas um mercado comum, onde estaríamos mais fortes e seguros, vacinados contra as assimetrias, abrangendo vários países, como fez a Europa Ocidental.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Porém, em julho de 1990, na Ata de Buenos Aires, resolveram mudar os rumos: em vez de um mercado comum, uma união aduaneira, área de livre comércio, num prazo de cinco anos.</p>
<p>Reduziram nossos objetivos e ficamos vulneráveis ao que viria. Ainda assim, nossas relações comerciais pularam de dois para 18 bilhões de dólares. São resultados que não podem ser desprezados e já estão incorporados ao patrimônio de nossas relações. Resultado das circunstâncias e sorte de ventos favoráveis, mas não de base estrutural sólida.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Não nos preparamos para os riscos dessa decisão da união aduaneira que fez cadáveres nos dois lados e tem um potencial de atrito e crise, cuja sedução é sempre fechar mercados, proteger setores, com uma solução simples que tem como única lei de vida a competição.</p>
<p>Mas posso afirmar: o Mercosul é irreversível, é um caminho que não tem volta. O Mercosul tem problemas sérios de ajustamentos e atravessa mais uma área de turbulência, mas apresenta resultados extraordinários. O primeiro deles, a mudança de nível nas relações entre Brasil e Argentina. Depois, uma relação que vai do fim das disputas militares, leia-se, uma vez mais, corrida nuclear, a uma aproximação mais estreita. A Argentina com o Mercosul incorporou 200 milhões de consumidores brasileiros.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Mais adiante em artigos abordarei os caminhos do futuro.</p>
<p><em>José Sarney foi presidente</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>


Imagem colorida de Bandeiras do Mercosul e União Europeia

Bandeiras do Mercosul e União Europeia

Mercosul (por José Sarney)

<p>Pode ser uma daquelas datas que a gente só se lembra ao prestar atenção ao calendário. Mas domingo, esse último domingo cheio de emoções, foi o Dia da Democracia. Marcado por estranhos acontecimentos, ele nos leva a perguntar onde foi parar a política.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Em São Paulo, o debate na TV Cultura entre os candidatos a prefeito foi marcado por cenas inéditas de pugilato eleitoral. Ao vivo, o candidato José Luiz Datena respondeu aos insultos do ex-coach Pablo Marçal com uma cinematográfica cadeirada.</p>
<p>Em West Palm Beach, na Flórida, por pouco um atirador não registrou em sua câmera o tiro que daria no ex-presidente Donald Trump, que jogava golfe. Agentes do serviço secreto localizaram a tempo, na cerca do clube, o cano do rifle do atirador e evitaram o pior.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Os dois episódios aceleraram corações nos dois países? Nem tanto. Talvez anestesiados por sucessivas ondas de violência, reais ou virtuais, orais ou físicas, os analistas optaram por dedicar a atenção aos cálculos de perdas e ganhos entre diferentes parcelas do eleitorado.</p>
<p>Do leito do hospital, para onde foi levado após a cadeirada, Pablo Marçal não perdeu tempo e divulgou pelas redes sociais vários vídeos sobre o episódio. Sem deixar de lado a tradicional foto com os três dedos centrais da mão de cabeça para baixo, formando o M.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Enquanto isso, o tema principal dos principais sites de notícias era o resultado eleitoral para os dois candidatos envolvidos. Teria acabado a onda Marçal? Ou ele estaria surfando um novo momento criado de propósito no estúdio da TV?</p>
<p>E Trump? Nem perdeu o topete ao ser informado sobre o atentado contido a tempo. “Eu nunca vou me render”, repetiu o ex-presidente, que agora espera converter em votos a solidariedade manifestada por muitos eleitores após o episódio.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Tudo isso mesmo depois do magro desempenho no primeiro único debate na TV contra a candidata democrata Kamala Harris, quando Trump distribuiu, sem corar o rosto, mentiras como a de refugiados haitianos que comiam bichos de estimação em Ohio.</p>
<p>No Brasil, como nos Estados Unidos, a política virou uma espécie de vale-tudo. Os debates do passado, apesar de todas as imperfeições, hoje soam como inusitados exemplos de gentileza – ou mesmo de humor.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Agora vale mentir, vale insultar, vale provocar até tirar do sério o oponente. E vale, principalmente, planejar cada passo desses movimentos, sempre de olho na reação imediata de atuais e de possíveis novos eleitores.</p>
<p>Ao chegar ao estúdio onde encontraria os concorrentes, Pablo Marçal disse em entrevista que nada esperava do debate. E que estava sozinho na luta contra um “consórcio de comunistas”. Ele e o povo, naturalmente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Comunistas como o prefeito Ricardo Nunes, talvez, apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas e – ainda que timidamente – pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Cuja fração comunista ainda não foi bem identificada pelo ex-coach.</p>
<p>Bolsonaro foi, aliás, pioneiro no recurso à grosseria em seus discursos eleitorais e, depois, nas manifestações de que participou já como presidente. Parecia trazer para a América do Sul os hábitos pouco elegantes inaugurados na América do Norte por Trump.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Lá, como cá, esses hábitos parecem cada vez mais naturalizados. A violência verbal, os insultos e as provocações parecem ter se tornado parte da paisagem do mundo eleitoral.</p>
<p>Enquanto aprendemos a nova linguagem da política, às vezes podemos acalmar a alma com algumas boas lembranças – os mais velhos, é claro.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>No mesmo domingo marcado pelos episódios em São Paulo e na Flórida, milhares de jovens reuniam-se para dançar e cantar na celebração dos 40 anos do primeiro Rock in Rio. Ali, em janeiro de 1985, o público celebrou mesmo debaixo de chuva a volta da democracia.</p>
<p>Ainda não era a sonhada eleição direta para presidente da República. Mas a escolha de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral daquela época iluminou de otimismo o sorriso de milhares de espectadores que se reuniram no Rio de Janeiro.</p>
<p>Era um tempo de confiança no futuro, de esperança na construção de um país melhor. As esperanças ainda existem, mas parecem localizadas, partidárias e estreitas. O esquecido dia da democracia serve, talvez, para alertar que é tempo de cuidar melhor do regime que, no Brasil, tanta gente se empenhou em reconquistar.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><a href="https://capitalpolitico.com/saudades-do-brasil/?utm_source=mailpoet&amp;utm_medium=email&amp;utm_campaign=saudades-do-brasil_914" rel="noopener"><strong>Marcos Magalhães. </strong></a><em>Jornalista especializado em temas globais, com mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Southampton (Inglaterra), apresentou na TV Senado o programa Cidadania Mundo. Iniciou a carreira em 1982, como repórter da revista Veja para a região amazônica. Em Brasília, a partir de 1985, trabalhou nas sucursais de Jornal do Brasil, IstoÉ, Gazeta Mercantil, Manchete e Estado de S. Paulo, antes de ingressar na Comunicação Social do Senado, onde permaneceu até o fim de 2018.</em></p>


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O esquecido Dia da Democracia (por Marcos Magalhães)

<p style="font-weight: 400;">O Brasil se surpreendeu com a cadeirada visível que o candidato Datena aplicou em um seu opositor, mas não se surpreende com as cadeiradas invisíveis que há décadas o povo brasileiro recebe de políticos vazios de propostas, sem compromissos nacionais e com excesso de demagogia e irresponsabilidade.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A cadeirada visível foi sobre a cabeça do outro candidato e quebrou-lhe uma costela; as invisíveis são dentro da cabeça do eleitor e quebra sua esperança em um Brasil melhor, uma cidade mais eficiente, pacífica, com convivialidade.</p>
<p style="font-weight: 400;">Pena que um candidato descontrolado aplique uma cadeirada visível em seu opositor, pior quando os candidatos executam friamente cadeiradas invisíveis contra os cérebros e esperanças dos eleitores.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A observação dos horários eleitorais, sobretudo dos discursos e debates ao longo da atividade política, no Parlamento, nas entrevistas tem correspondido a uma agressão mental e emocional, por ação ou omissão” sobre o eleitor.</p>
<p style="font-weight: 400;">Em 2025, o país completa quarenta anos de democracia sem que os políticos e candidatos ofereçam propostas para completar o processo iniciado em 1985, e pagar as dívidas ainda em aberto.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Não discutem a persistência da pobreza, manutenção da concentração de renda, péssima qualidade e abissal desigualdade da educação, a armadilha que não permite aumentar a produtividade e a renda média, a podridão da corrupção e a ferrugem da burocracia, a instabilidade jurídica e fiscal, a violência generalizada….</p>
<p style="font-weight: 400;">Este debate desapareceu dos discursos políticos, como uma violência intelectual e moral, uma pancada, uma cadeirada dentro do cérebro dos eleitores matando suas crenças nas lideranças e suas esperanças no futuro.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Cristovam Buarque foi senador, ministro e governador </em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
</p>

Imagem colorida mostra Datena jogando cadeira em Marçal

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As cadeiradas invisíveis (Por Cristovam Buarque)

<p style="font-weight: 400;">Demitido do Jornal do Brasil cinco dias depois da eleição do presidente Fernando Collor, em dezembro de 1989, fui trabalhar numa agência de propaganda &#8211; a baiana Propeg. E lá, durante três anos, aprendi o pouco que sei de marketing político com craques como Geraldo Walter de Souza Filho, o Geraldão, que infelizmente já morreu, Fernando Barros, Rui Rodrigues e outros.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Marketing eficiente ajuda de fato a ganhar eleição.<br />
Ninguém que queira ganhar uma eleição dificilmente a ganhará hoje sem dispor de um marketing eficiente &#8211; aqui e em qualquer lugar onde os meios de comunicação desfrutem de liberdade.<br />
Mas garanto-lhes que marketing político algum, por mais genial que seja, elege ou é decisivo para a eleição de qualquer candidato &#8211; e em qualquer situação.</p>
<p style="font-weight: 400;">De José Serra (PSDB), se disse na eleição presidencial de 2022 que era um candidato antipático, difícil de ganhar por causa disso.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Bobagem. Serra não é e não era antipático. É chato, sempre foi. Como Marta Suplicy (PT) é arrogante, sempre foi. Serra não perdeu para Lula porque era chato ou tinha dificuldade de sorrir. Nem porque seu marketing foi inferior ao de Lula. Serra dispôs de excelentes marqueteiros.</p>
<p style="font-weight: 400;">Ele perdeu a eleição porque nenhum candidato apoiado pelo segundo governo de Fernando Henrique Cardoso ganharia. O governo era impopular. A economia ia mal, muito mal. Criticou-se Serra porque durante a campanha ele tentou fingir que não era candidato do governo. Tentou se descolar dele. Apresentou-se como candidato da mudança. Em alguns momentos até pareceu um candidato de oposição.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Quem o orientou a proceder assim estava certo. Só lhe restava esse caminho. Se colasse, tanto melhor. Não colou. Por que Fernando Henrique não apareceu nos programas de televisão de Serra &#8211; nem subiu em palanques ao lado dele? Porque tiraria votos de Serra.</p>
<p style="font-weight: 400;">Com tudo a seu favor, Lula não teria sido eleito com a folga que foi se o marqueteiro Duda Mendonça não tivesse a competência que tem.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">A invenção de Lulinha Paz e Amor foi um achado. Duda sabe como nenhum outro explorar a emoção. Eleição é essencialmente emoção &#8211; ou em grande parte, é. Nem Duda nem ninguém teria sucesso se Lula não tivesse mudado seu perfil político, caminhando da esquerda para o centro, deixando de ser o bicho papão que sempre pareceu. E se do outro lado não houvesse o candidato de um governo que todo mundo &#8211; ou a maioria &#8211; queria ver pelas costas.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(Publicado aqui em 17 de setembro de 2004)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
</p>

07.10.2018-panfletos-escola-classe-3-ceilandia1

Das artes do marketing político

<p style="font-weight: 400;">Não que o ex-presidente tenha perdido sua admiração por aquele que sempre se apresentou como seu discípulo, apoiando suas ideias mais bizarras, defendendo-o em todas as ocasiões.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">E não que Bolsonaro descarte recomendar o voto em Pablo Marçal (PRTB) se ele disputar com Guilherme Boulos (PSOL) o segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Para derrotar a esquerda, vale tudo para Bolsonaro. Vale também para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que deve a Bolsonaro o atual emprego e o anterior, de ministro de Estado.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas, por ora, Bolsonaro puto da vida com Marçal por ele ter comparado a cadeirada que levou de Luiz Datena (PSDB) à facada que Bolsonaro levou em Juiz de Fora. Uma simples cadeirada&#8230;</p>
<p style="font-weight: 400;">A comparação é uma blasfêmia, considera Bolsonaro. Nem o tiro que feriu a orelha de Trump pode ser comparado à facada que rendeu tantos votos e quase elegeu Bolsonaro no primeiro turno.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A facada é a marca registrada de Bolsonaro. Ele passou anos a exibi-la por toda parte e até na televisão. Marca que jamais desaparecerá, e que o obriga a se internar de vez em quando.</p>
<div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p>

Dois "bombeiros" selaram a paz entre Marçal e Bolsonaro

Dois “bombeiros” selaram a paz entre Marçal e Bolsonaro

Da série: não convidem fulano e sicrano para a mesma mesa

<p style="font-weight: 400;">Lula deve ou não se candidatar a um novo mandato de presidente em 2026?  Respostas dos leitores:<br />
Deve &#8211; <strong>64%<br />
</strong>Não deve &#8211; 36%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
</p>

Lula-Itamaraty

Lula, de novo?

<p>Abrande o espírito. Não há por que temer outro ato de violência física no debate que será travado logo mais, a partir das 10h, na RedeTV, entre os candidatos a prefeito de São Paulo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Esqueça a cadeirada que José Luiz Datena (PSDB) deu, por livre e espontânea vontade, em Pablo Marçal (PRTB). E que Marçal aceitou de bom grado, como ele mesmo admitiu depois.</p>
<p>Foi um incidente coreografado. Marçal provocou Datena, porque o sorteio o impediu de fazer algo parecido com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol), os líderes das pesquisas.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Datena revidou chamando-o de “ladrãozinho”. Então, Marçal respondeu que ele não era homem para bater nele. Datena provou que era, valendo-se da cadeira. Só faltou Marçal agradecer.</p>
<p>Diga-se a favor de Marçal que ele avisou de véspera que estava pronto para protagonizar uma baixaria jamais vista em debates entre candidatos a cargos públicos. Cumpriu o que prometera.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Marçal vinha de uma semana difícil. Na mais recente pesquisa Datafolha, seu índice de intenção de voto oscilou para 19%, atrás de Nunes (27%) e Boulos (25%). Sua rejeição subiu para 44%.</p>
<p>Sem direito a propaganda no rádio e na televisão, ele virou o principal alvo das críticas dos seus adversários. O governador Tarcísio Nunes (Republicanos) acelerou ações a favor de Nunes.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Para completar tamanha desdita, Marçal havia anunciado que reuniria 20 mil motoqueiros para animar um dos atos de sua campanha. Se muito, compareceram cerca de 200, e olhe lá.</p>
<p>A RedeTV tomou uma medida radical para evitar que o episódio de violência se repita: as cadeiras dos debatedores estarão aparafusadas no chão. Haverá mais agentes de segurança no palco.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Não é uma maravilha? No debate promovido pela TV Cultura, 30 agentes de segurança não deram conta do recado. E as cadeiras não estavam parafusadas no chão. Uma imprevidência, de fato.</p>
<p>Por via das dúvidas, talvez fosse o caso de pôr um agente de segurança atrás de cada candidato, numa espécie de atendimento personalizado. E mais agentes nos espaços que separam um candidato do outro.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p>Se algo de estúpido ocorrer assim mesmo, o diretor do programa deve interromper a transmissão sem precisar para tal ouvir a ordem gritada pelo mediador do debate: “Nossos comerciais”.</p>
<p>Aumentou exponencialmente o número de seguidores de Datena e de Marçal nas redes sociais. Datena ganhou 80 mil, segundo a Bites, e Marçal, 400 mil. Seguidor não quer dizer eleitor.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p>Amanhã é dia de nova pesquisa da Quaest, encomendada pela TV Globo, e, na quinta-feira (19/9), de mais uma pesquisa Datafolha. Na sexta-feira (20/9), se até lá não for cancelado, haverá mais um debate.</p>
<p>No país do da jabuticaba como &#8220;coisa nossa&#8221;, brotou mais uma fruta nativa: o debate aparafusado.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>


Imagem colorida mostra 6 candidatos à Prefeitura de São Paulo no debate promovido pela TV Cultura - Metrópoles

debate cultura

Cadeiras aparafusadas no chão. Tudo ok para um novo debate em SP

17 9 2024

Marco Miguel

<p>É ético uma pessoa fazer um anúncio de um jogo de azar ou site de apostas esportivas? Um influenciador ou uma empresa podem ser responsabilizados pelo vício ou endividamento de alguém? O mercado que movimentou entre 60 e 100 bilhões de reais em 2023 (cerca de 1% do PIB) se transformou em uma ameaça para a saúde mental, o bolso de milhões de brasileiros e tem impacto negativo no mercado varejista. Nesse cenário, faltam ações do governo, sociedade civil e empresas para mitigar os problemas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>“Qualquer pessoa ou empresa pode ser responsabilizada na esfera civil a partir do momento em que ocorre um dano a terceiro. Tal responsabilidade está prevista no Código Civil e, de certa forma, no Código de Defesa do Consumidor. Também é possível haver responsabilidade penal quando ocorre um crime, como lavagem de dinheiro” relata Thayla Bicalho Bertolozzi, doutoranda no Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP.</p>
<p>A influenciadora Deolane Bezerra foi uma das protagonistas da semana ao ser presa por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro e promoção de jogos ilegais. E ela está envolvida em outro processo. O uol publicou que uma servidora afirma ter perdido R$ 322.750 em um site de apostas. Ela resolveu processar os influenciadores Deolane Bezerra, Virginia Fonseca e Carlinhos Maia por terem incentivado as apostas em suas redes sociais. A ação judicial pede reparação de R$ 1,1 milhão, &#8220;Eles apostavam e mostravam seus ganhos. Isso me iludiu, fazendo com que eu acreditasse que poderia acontecer o mesmo comigo”, contou ao portal</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Thayla afirma que muitas vezes a divulgação dos jogos nas redes sociais é feita de uma forma fraudulenta, prometendo ganhos que não correspondem à realidade usando contas falsas para mostrar a movimentação de dinheiro. “Trata-se de propaganda enganosa. Então se comprovado que de fato aquela pessoa sofreu um dano em decorrência da divulgação que induziu o usuário ao erro, poderá haver uma responsabilização. Ela ressalta que os influenciadores são autoridades para seus seguidores, o que reforça essa responsabilidade.</p>
<p>Propaganda enganosa, lavagem de dinheiro, buscas por tratamentos em saúde mental pelo vício crescendo em todo país. Os jogos de azar se multiplicam em redes sociais e as bets são onipresentes em anúncios e em camisas de clubes de futebol. Enquanto o faturamento é bilionário, a regulamentação é nenhuma. Por isso, o senador Omar Aziz entrará com um pedido na PGR (Procuradoria-Geral da República) para suspender os sites e aplicativos de apostas<strong> </strong>até que a regulamentação do setor entre em vigor em janeiro de 2025.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>“Fazer apostas era uma contravenção penal passível de prisão de 15 dias a três meses ou multa. Porém com a lei  13.756 de 2018, as bets passaram, enquanto apostas de quota fixa a ser vistas como uma espécie de loteria, legalizada no Brasil, inclusive como serviço público. Entretanto, sua exploração no Brasil ainda dependeria de uma regulamentação futura. Portanto as apostas não deveriam ser exploradas no país em função da ausência dessa regulamentação.  Só que a gente tem visto que esses sites, em geral, são sediados no exterior. Então, a legislação brasileira não os alcança. É o que a gente tem mais encontrado, tanto nos jogos de azar quanto nas apostas” analisa Thayla, que destaca a importância da cooperação entre os países e a formação de uma entidade supranacional para enfrentar a questão.</p>
<p>Do total arrecadado com impostos, 36% fica com o Ministérios do Esporte, 1% à Saúde, 28% ao Turismo. Como o projeto foi aprovado sem imaginar o impacto na saúde mental da população? A Colômbia, por exemplo, criou em 2015 o órgão Coljuegos para supervisionar a atividade e coibir jogos de azar ilegais. Dos US$ 236 milhões arrecadados com jogos de azar no país em 2022, US$ 151 milhões foram destinados à saúde &#8211; a Coljuegos usa o slogan “aposte pela saúde”. Entre 2018 e 2022, o tamanho do setor quase sextuplicou na Colômbia.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Como Thayla aponta, é preciso pensar em práticas similares à publicidade de cigarro, alimentação e brinquedos infantis, com um padrão de horários, avisos sobre riscos. Em qualquer site de apostas ou publicidade atual fala-se em jogo responsável, mas sem o devido destaque.</p>
<p>Há propostas para limitar o tempo de uso e o dinheiro gasto, a proibição do uso de cartão de crédito, mas o debate segue. Liberaram o jogo pensando na arrecadação e se esqueceram das pessoas. Só resta ao cidadão usar a Justiça para defender-se, como uma usuária que entrou com uma ação judicial para ser banida de sites de apostas porque estava completamente endividada.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
</p>

Foto colorida de um homem segurando um celular - Metrópoles

O destino de Datena e Marçal

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