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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

11 10 2024

Charge do Aroeira

<p>Se a próxima eleição presidencial fosse hoje, em quem você votaria? Respostas dos leitores:<br />
Lula &#8211;<strong> 85%</strong><br />
Tarcísio de Freitas &#8211; 6%<br />
Nenhum deles &#8211; 8%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

Tarcísio de Freitas conversa com o presidente Lula

Tarcísio e Lula em SP

Lula ou Tarcísio?

<p><em>“Não tem chance de Tarcísio [de Freitas] não ser candidato [à sucessão de Lula].”</em> (<strong>André Esteves</strong>, presidente do BTG Pactual, uma das vozes da Faria Lima, fortaleza, em São Paulo, das maiores fortunas do Brasil)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

André Esteves

Frase do dia

Guga Noblat

<p>Reprodução/ Youtube</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p>

O que diz um banqueiro em Nova Iorque sobre Lula, Tarcísio e eleições

Ministros de Lula ligam alerta com desempenho de Tarcísio na eleição

Lula demite agente da Abin que é próximo de Tarcísio e foi alvo da PF

Marçal diz que derrotaria Tarcísio e condiciona 2026 à morte de Lula

Lula ou Tarcísio? | Metrópoles

Camila Xavier

<p>A cada ano em que os brasileiros vão às urnas, ouve-se que o <a href="https://www.metropoles.com/tag/segundo-turno" target="_blank" rel="noopener">segundo turno</a> é uma nova <a href="https://www.metropoles.com/tag/elei%C3%A7%C3%B5es-2024" target="_blank" rel="noopener">eleição</a>. Mas, com os mesmos candidatos concorrendo, será que essa afirmação se sustenta?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>A resposta é não. Raros são os casos em que o perdedor da primeira etapa conseguiu passar na frente, identificou um levantamento realizado por este blog.</p>
<p>Desde 1998, ano em que a reeleição passou a ser autorizada no Brasil, todos os que se <a href="https://www.metropoles.com/tag/presidencia-da-republica" target="_blank" rel="noopener">elegeram à Presidência</a> no segundo turno terminaram o primeiro com vantagem.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Nas disputas para governador, 20 candidatos que no primeiro turno ficaram atrás, no segundo passaram para o primeiro lugar e se elegeram. Do total de 83 segundos turnos registrados, isso representa apenas 24%. Em 2022, os eleitos em <a href="https://www.metropoles.com/brasil/eleicoes-2022/eleicoes-2022-riedel-e-eleito-governador-do-mato-grosso-do-sul-ms" target="_blank" rel="noopener">Mato Grosso do Sul</a>, no <a href="https://www.metropoles.com/brasil/eleicoes-2022/eleicoes-2022-leite-e-reeleito-governador-do-rio-grande-do-sul-rs" target="_blank" rel="noopener">Rio Grande do Sul</a> e em <a href="https://www.metropoles.com/brasil/eleicoes-2022/eleicoes-2022-fabio-mitidieri-psd-e-eleito-governador-de-sergipe" target="_blank" rel="noopener">Sergipe</a> conseguiram virar o cenário inicial.</p>
<p>Em relação às prefeituras das capitais, o resultado do primeiro turno foi revertido 15 vezes de um total de 91 segundos turnos, ou seja, em 16% dos casos. Das 15 que, neste ano, vão às urnas no <a href="https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2024/Outubro/15-capitais-terao-2o-turno-na-disputa-pelo-cargo-de-prefeito" target="_blank" rel="noopener">próximo dia 27 de outubro</a>, seis não tiveram virada alguma desde 1998: Aracaju, Campo Grande, Goiânia, João Pessoa, Natal e Palmas.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Na cidade de <a href="https://www.metropoles.com/tag/sao-paulo" target="_blank" rel="noopener">São Paulo</a>, a virada só aconteceu em 2012, quando <a href="https://www.metropoles.com/tag/fernando-haddad" target="_blank" rel="noopener">Fernando Haddad</a> (PT) venceu com 55,57%. No primeiro turno, ele terminara 1,8 ponto atrás de <a href="https://www.metropoles.com/tag/jose-serra" target="_blank" rel="noopener">José Serra</a> (PSDB).</p>
<p>Neste ano, <a href="https://www.metropoles.com/tag/belo-horizonte" target="_blank" rel="noopener">Belo Horizonte</a> é um dos locais com chances de entrar para a lista das viradas. Bruno Engler (PL) obteve 34,38% dos votos no <a href="https://www.metropoles.com/brasil/belo-horizonte-tera-segundo-turno-entre-bruno-engler-e-fuad-noman" target="_blank" rel="noopener">domingo passado</a> (6/10); Fuad Noman (PSD), 26,54%. Na pesquisa mais recente do <a href="https://www.metropoles.com/brasil/datafolha-fuad-lidera-com-48-e-engler-tem-41-em-bh-no-2o-turno" target="_blank" rel="noopener">Datafolha</a> (10/10), Noman aparece agora em posição de vantagem, com 48% das intenções, contra 41% de Engler.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>A única virada que aconteceu na capital mineira foi registrada em 2016. Kalil (PHS) elegeu-se prefeito com quase 53% dos votos, mas, no primeiro turno, ficou com 6,8 pontos a menos que João Leite (PSDB).</p>
<p>Confira todos os casos:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
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Foto-votação-conselho-tutelar (3)

Viradas no 2º turno em eleições nas capitais representam 16% dos casos

Da Redação

<p>Aristóteles, em sua obra “Ética a Nicômano”, diz que “a virtude está no meio”. Sábias palavras, de um dos maiores pensadores de todos tempos, um dos alicerces da filosofia e do pensamento Ocidental.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Nas palavras de João Carlos Amaral, jornalista de Minas Gerais do Blog JCAMARAL, nestas eleições municipais ocorreu um “arrastão pelo meio”, do desvinculamento do eleitor dos paradigmas da direita de Bolsonaro, e da esquerda de Lula, em um cansaço com o déjà vu, de promessas e políticas implementadas que não geraram o crescimento econômico do país e o bem-estar do cidadão. O voto de crédito deixou de existir, ou perdeu intensidade, na procura de candidatos mais centrais, desprovidos dos estigmas que vingaram de 2018 para cá, e que, de certa forma, naufragaram, segundo a percepção do eleitor. Certamente que o país apresenta um quadro mais conservador, mas temos que diferenciar entre o Bolsonarismo, o Centro-Direita conservador, e o PT do Lulismo.</p>
<p>Nas eleições municipais neste 1º turno, dos 5.565 municípios do país, o PSD, em primeiro lugar, fez 878 prefeitos; o MDB, em segundo; 847; o PP, em terceiro, 743; o União Brasil, em quarto,578; o PL, em quinto, 510; o PT, em nono, 248; cabendo aos outros partidos os demais prefeitos eleitos. Somados o PL e o PT, o número de prefeitos eleitos por esses dois partidos representa 13,6% do total dos municípios do país. Nas 11 capitais decididas no 1º turno, o PSD fez 4 prefeitos; 2 prefeitos para o PL, o MDB e o União Brasil, para cada partido. E 1 prefeito para os Republicanos. Nas 15 capitais que irão para o 2º turno, o PL participa de 9 eleições; o PT e o União Brasil em 4 eleições cada; o MDB em 3 eleições; o PSD, Podemos e PP em 2 eleições cada; com a distribuição das outras eleições para os outros partidos. Nestas eleições, o grande vendedor foi o Kassab.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Na Pesquisa ISTOÉ/SENSUS nas eleições presidenciais de 2022, já era clara a tendência de 46% do total do eleitorado desejarem votar em um candidato que não fosse nem Lula, nem Bolsonaro. Mas compelido o eleitorado pelo jogo das rejeições, de se evitar o outro, os votos foram repartidos entre os dois candidatos, ao invés do leitor arriscar em soluções ao meio. Lula se elegeu com 39% do total do eleitorado em 2º turno, Bolsonaro 37%, com 24% de abstenção, brancos e nulos.</p>
<p>O PIB do Brasil patina desde 2018. Bolsonaro pegou o país com PIB de US$ 1,92 trilhão em 2018, deixando o país com o PIB em US$ 1,95 trilhão em 2022. Lula pegou o país com o PIB de US$ 1,95 trilhão em 2022, US$ 2,17 trilhões em 2023, com o PIB ficando entre US$ 1,9 trilhão a US$ 2,0 trilhões em 2024, conforme projeções. Com a constância do PIB, e crescimento populacional de 0,5% ao ano, vai caindo, paulatinamente, a renda per capita do brasileiro.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Dentro da polarização, que pouco trouxe de benefícios econômicos, tanto por Bolsonaro como por Lula, a população resolveu optar nestas eleições pela administração, ao invés do incerto. Não que a polarização tenha terminado, mas ficou enfraquecida. Vejo no horizonte a possibilidade de soluções mais ao meio. Tarcísio de Freitas, embora tenha sido bancado por Bolsonaro, tem raia própria, como Centro-Direita conservador que é. Kassab tem destaque político no país. Eduardo Paes e João Campos têm o seu lugar. Bons administradores, como os ex-governadores João Doria e Aécio Neves, podem retornar à cena política, com influência e decisão.</p>
<p>O Brasil urge por um projeto, que garanta a iniciativa privada, invista em tecnologia, melhore substantivamente a equidade social, e que preserve, ao máximo, o meio ambiente, com exploração racional e estoque para o futuro.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>O futuro vem aí. A ver.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p><em>Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus</em></p>
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Imagem colorida de urna eletrônica - Metrópoles

Urna Eletrônica 3 (destaque)

O arrastão pelo meio: um balanço das eleições (Por Ricardo Guedes)

<p>Entre as mudanças históricas que abalam o planeta, e não apenas devido à inteligência artificial, está a abrir-se a preferência dos pobres por políticas de direita em vez de políticas de esquerda.  Os deserdados, aqueles que tiveram que se contentar com as sobras dos pratos dos ricos, votaram com esperança na esquerda e nas suas revoluções.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Esta preferência dos pobres pelos caminhos da nova direita foi confirmada, por exemplo, nas importantes eleições municipais que acabam de ser realizadas no Brasil, onde a luta entre a esquerda de Lula e a direita de Bolsonaro continua firme.</p>
<p>Se outrora os ídolos dos mais pobres eram os revolucionários de esquerda, a nível nacional ou local, hoje os ponteiros desse relógio político parecem estar a mudar, e quem oferece confiança aos mais desfavorecidos são os líderes da direita e mesmo da extrema direita .</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O teste realizado no Brasil nas eleições municipais tem sido eloquente. A esquerda praticamente perdeu as grandes cidades onde se expandiu a busca por candidatos conservadores capazes de oferecer o que a esquerda antes lhes oferecia.</p>
<p>Os dois líderes antagônicos, Lula e Bolsonaro, se enfrentaram nas urnas desta vez para conquistar as grandes cidades. Ambos revelaram-se prudentes, sabendo que as areias movediças das ideologias estão a mudar, e se puseram quase à margem da disputa com os olhos postos nas eleições presidenciais de 2026, nas quais haverá novamente um confronto entre esquerda e direita .</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>E isso com uma variante: a esquerda chegará enfraquecida diante de uma direita que tenta se desintoxicar do extremismo e que entendeu que a massa de pobres, que no Brasil é a grande maioria, busca &#8211; mais que ideologias &#8211; políticas concretas que resolvam os seus problemas quotidianos.</p>
<p>Os pobres tornaram-se mais pragmáticos. Eles não querem mais fazer parte dos exércitos de trabalhadores comandados pelos empregadores clássicos do passado e com a ajuda dos sindicatos. Querem também ser pequenos empresários, em busca de independência econômica ou ideológica.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>O carismático e perspicaz político Lula compreendeu isso e tem tido pouca visibilidade nas eleições municipais, tal como o seu adversário de direita, Bolsonaro. Tudo isto pode surpreender nas eleições presidenciais, onde provavelmente não será mais um duelo de ideologias, mas sim algo mais concreto e que ofereça à opinião pública respeito pelos novos caminhos que a política parece querer seguir após a crise de ideologias.</p>
<p>Lula entendeu isso e sabe que, se tentar concorrer novamente à presidência em 2026 apesar da idade, terá que se aproximar, como já começou a fazer, dos partidos não só do centro, mas até de uma direita mais civilizada para poder governar com um Congresso abertamente conservador. E, ao mesmo tempo, o líder impetuoso e golpista Bolsonaro que, apesar de estar inabilitado para concorrer a cargos públicos até 2030, continua a ser o centro de uma nova direita menos catastrófica politicamente e mais aberta às reivindicações dos jovens que estão a pressionar para abrir novos caminhos mesmo dentro da direita, talvez mais pragmáticos e menos ideologizados.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>O resultado do segundo turno das eleições municipais de São Paulo, a maior e mais rica cidade da América Latina, onde se enfrentam a esquerda lulista e a direita de Bolsonaro, será mais um sinal de como as coordenadas políticas estão mudando no Brasil. Curiosamente, ali, tanto Lula quanto Bolsonaro ficaram à margem no primeiro turno, sem irem à guerra total. Compreenderam que o país está interessado em abrir novos caminhos para encarar os desafios do planeta.</p>
<p>O perigo é que esta ânsia dos brasileiros em apoiar líderes pragmáticos possa reforçar novos personagens que mais uma vez prometem, tal como a esquerda revolucionária no passado, paraísos de riqueza fácil fora da política. O “rouba, mas faz”, com o qual os brasileiros perdoaram os pecados dos políticos que realizaram obras sem olhar para ideologia ou ética, poderá se repetir, embora sob a nova roupagem no desmantelamento dos antigos esquemas ideológicos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Tudo isto aliado ao medo que assola o momento atual, onde os perigos de novas guerras se misturam com o ressurgimento de novas ideologias que evocam o texto evangélico dos “lobos em pele de cordeiro”.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>(Transcrito do El País)</p>
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Arte colorida de Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro sobre o mapa de São Paulo - Metrópoles

arte tarcísio e bolsonaro

Por que os pobres votam cada vez mais à direita? (Por Juan Arias)

<p>A mídia e o mundo político passaram a semana analisando os resultados do primeiro turno das eleições municipais. O novo barômetro político ainda precisa incorporar os resultados do segundo turno em 52 municípios, dentre eles São Paulo a jóia da coroa. No dia 27 saberemos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Entretanto, já é possível dizer que houve realmente um declínio do peso da polarização política como razão predominante de voto. Declínio não significa o fim. Afinal a política democrática é feita da disputa e do contraditório. Mas existem outras razões de voto, para além da polarização ideológica.</p>
<p>Ao mesmo tempo, as evidências também mostram que o centro do espectro político está crescendo no Brasil, com mais popularidade. É o que tenho chamado aqui de “caminho do meio”. Este caminho do centro alimenta e é alimentado pelo prenúncio de uma nova síntese política no Brasil. Impulsos de uma cosmovisão liberal.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O mundo político e empresarial e a mídia parecem concordar com estas evidências (pairando sobre meras narrativas eleitoreiras): o declínio da polarização e o crescimento do centro político. São fatos.</p>
<p>Mas o barômetro completo só depois do dia 27. Enquanto isto, as elites políticas voltam à Brasília e começam a tratar da agenda política. Trata-se da sucessão na Câmara e no Senado. Trata-se de uma provável reforma ministerial. Mas trata-se, também, da crescente constatação em torno da necessidade de reforma eleitoral e partidária.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Resta cada vez mais claro que as reformas políticas são pré-requisitos para a prosperidade sustentável no Brasil. Trata-se da dimensão político-institucional do processo de desenvolvimento.</p>
<p>Resta claro também que o nosso sistema eleitoral proporcional uninominal contribui para a regressão política, a rejeição aos políticos e a liquefação da política.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>O fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira melhoram o sistema.</p>
<p>Mas será cada vez mais importante votar o projeto do sistema distrital misto, para aproximar o eleitor do eleito e diminuir o custo das eleições. E, o que é mais importante, melhorar a proporcionalidade da representação do eleitorado na Câmara Federal.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Como sabemos, no sistema eleitoral misto, metade das vagas em cada estado é preenchida por listas partidárias e a outra metade pela eleição de um candidato em cada distrito eleitoral. Se, por exemplo, um estado tem dez cadeiras na Câmara Federal, cinco são preenchidas pelas listas e outras cinco pelos distritos. Já circula no Congresso a possibilidade da adoção da lista partidária. Que pode evoluir para a adoção do sistema distrital misto.</p>
<p>O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também tratou em entrevista ao Valor Econômico da ideia do retorno das contribuições privadas para as Campanhas políticas: pessoas físicas e jurídicas como nos Estados Unidos por exemplo. Resta saber se poderia ser para diminuir o peso dos fundos partidário e eleitoral no Orçamento Geral da União.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>O Brasil precisa entrar em 2025 com a perspectiva da melhoria da governança e da governabilidade. As sucessões no Congresso e a reforma ministerial, na direção de uma Frente Ampla, são cruciais para esta melhoria. As reformas políticas também.</p>
<p>São elas que podem ajudar a destravar os caminhos da prosperidade no Brasil.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Penso que o ano de 2025 será o ano mais importante para a melhoria do governo Lula-3: buscar melhor sintonia com as novas aspirações da sociedade brasileira.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>

Imagem colorida de santinhos espalhados no chão durante as eleições municipais, em Águas Lindas (GO) - Metrópoles

foto-santinhos-Prof-Inivaldo-Guedes-da-Silva

Barômetro e agenda política (Por Antônio Carlos de Medeiros)

<p>O acaso reserva surpresas. A essa altura, só ele seria capaz de mudar o quadro revelado pela primeira pesquisa do Datafolha sobre o segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB) larga na frente com 55% dos votos válidos, contra 33% de Guilherme Boulos (PSOL). Nunes é o desaguadouro da maioria dos votos de Pablo Marçal.</p>
<p>84% dos que dizem ter votado em Marçal, agora dizem que votarão em Nunes. Boulos herda 4% desses votos e 50% dos votos de Tabata Amaral (PSB). Nunes abocanha 33% dos votos de Tabata.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O que define o segundo turno é a rejeição dos candidatos. A de Nunes está na faixa dos 37% que dizem que não votarão nele de jeito nenhum. A de Boulos, na faixa dos 58%.</p>
<p>Ah, mas haverá debates, Boulos domina essa arte, e Nunes, não&#8230; Nunes faltou ao primeiro debate. Talvez compareça ao da BAND na próxima segunda-feira, e ao da Globo, o último, no dia 24.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Aos demais debates, não irá nem morto. Se pudesse, Nunes dormiria hoje e só acordaria depois do encerramento da votação no domingo 27 de outubro.</p>
<p>Como não pode, vai ficar olhando o tempo passar. De preferência, deitado em uma rede desde que ela não balance muito.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
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ricardo nunes dia eleicao sp

Se pudesse, Ricardo Nunes iria dormir e só acordaria depois de eleito

<p>Em conversa, esta semana, com um grupo de investidores em Nova Iorque, André Esteves, banqueiro, o fundador e chairman do BTG Pactual, disse que Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, “sabe que a chance dele é agora.”</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Em 2026, candidatando-se à sucessão de Lula, &#8220;Tarcísio terá apoio maciço de campanha. Rede Globo. Todo mundo. Ratinho Jr., governador do Paraná, Romeu Zema, governador de Minas Gerais, todo mundo topa ser vice dele. Seria um baita nome.”</p>
<p>E completou:</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>&#8211; Seria fantástico. É esse cara que temos que abraçar.</p>
<p>Segundo ele, “se Tarcísio ganhar, será a mãe de todos os rallies. Se Bolsonaro for eleito, seria ótimo também, mas sua chance seria menor.” Mesmo assim, Esteves prefere Bolsonaro a um governo de esquerda: “Bolsonaro teve Covid e perdeu para ele mesmo”.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Acha Esteves que a chance de Lula candidatar-se de novo não é tão óbvia: “Ele estará com 81 anos de idade.  Vai ter gente à sua volta implorando para que seja candidato. A opção a Lula mais óbvia seria Fernando Haddad, que o visitou 44 vezes na prisão&#8221;.</p>
<p>Para o banqueiro, o maior legado político de Lula seria “reinventar o PT como um partido de centro-esquerda, escorado em novas lideranças como o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), e o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT).&#8221;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>“O Centrão [ajuntamento de partidos conservadores] quer perspectiva de poder. Hoje, o mais provável é que seja pela direita”, imagina Esteves. “Um Congresso e o Supremo Tribunal Federal com mais poderes será ótimo para o Brasil”.</p>
<p>Por fim, Esteves gostou muito até aqui dos resultados das eleições municipais e da desclassificação de Pablo Marçal (PRTB) que ficou de fora do segundo turno para prefeito de São Paulo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
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Montagem mostra o governador Tarcísio de Freitas e o presidente Lula

tarcísio-lula

<p>Se depender da maioria conservadora do Congresso, Bolsonaro será anistiado e poderá ser candidato a presidente em 2026. O que você acha? Respostas dos leitores:<br />
Sou contra &#8211; <strong>96%</strong><br />
Sou a favor &#8211; 4%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Imagem colorida mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro - Metrópoles

ex-presidente-da-República-Jair-Bolsonaro-PL-participou-do-encontro-estadual-do-Partido-Liberal-em-Goiânia-que-aconteceu-no-Tatersal-de-Elite-na-capital-goiana-2

Anistia para Bolsonaro

<p>A <a href="https://www.metropoles.com/tag/elei%C3%A7%C3%B5es-2024" target="_blank" rel="noopener">votação</a> no domingo passado (6/10) deixou no ar algumas perguntas. Quem as responde em entrevista exclusiva a este blog é o cientista político, e presidente do conselho científico do <a href="https://ipespe.org.br/" target="_blank" rel="noopener">Ipespe</a>, Antonio Lavareda.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<h3>1. Segundo turno é uma nova eleição?</h3>
<p>É a oportunidade que têm os eleitores dos candidatos derrotados no primeiro de escolherem o vencedor final da eleição. O segundo turno não é uma nova eleição, é a mera continuação do primeiro.</p>
<h3>2. Quem ganhou a eleição até aqui, a direita ou o centro?</h3>
<p>Nos estudos acadêmicos, apenas MDB, PSDB e o Cidadania se situam no centro do espectro ideológico. A levar-se isso em conta, o centro elegeu 14% dos prefeitos do país, e nas capitais, 19%. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, diz que seu partido é de centro, não de direita. É a opinião dele.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<h3>3. A direita saiu mais forte. Bolsonaro também ou nem tanto?</h3>
<p>Bolsonaro teve sucesso em alguns lugares. Candidatos ligados a ele surpreenderam passando para o segundo turno, como é o caso de Curitiba, Goiânia e Fortaleza. Agora, em São Paulo, onde ele deu apoio a Ricardo Nunes – ressalte-se, um apoio importante, embora à véspera da eleição –, a demora e uma certa ambiguidade durante a campanha despertaram bastante polêmica no campo da direita. Isso afasta um pouco a leitura de grande sucesso do ex-presidente. De todo modo, o avanço do PL mostra o acerto da estratégia de Valdemar Costa Neto, seu presidente, em atrair Bolsonaro para suas fileiras. Se o PL não atingiu o número mágico de mil prefeituras – uma ambição meio desmedida de Costa Neto no início do ano –, de qualquer forma cresceu 49% e conseguiu mais de 500 prefeituras.</p>
<h3>4. Pablo Marçal é um potencial candidato a presidente em 2026 ou está destinado a sair de cena?</h3>
<p>O projeto de Marçal é presidencial. Imagine o que teria ocorrido caso ele não tivesse se candidatado a prefeito de São Paulo, se guardando para lançar uma candidatura à sucessão de Lula. Provavelmente, ele causaria a mesma surpresa, o mesmo tumulto e o mesmo pandemônio em torno da eleição de 2026.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<h3>5. A “marçalização” da política está em marcha como alguns acham?</h3>
<p>A chamada “marçalização” da política ocorre e vai continuar. Não é um fenômeno apenas brasileiro. No hemisfério sul, ela representa uma manifestação do populismo da ultra direita digital, na sua face mais extremada, combinada com fortes pitadas religiosas. Marçal reflete um corte específico do movimento evangélico. Ele adiciona a tudo isso doses substanciais de histrionismo e muita violência, desconcertando os adversários. Até pelo efeito demonstração, é quase impossível que outros Marçais não surjam a curto ou a médio prazo. A candidata a prefeita de Curitiba, Cristina Graeml, é uma Marçal de saias, tirando a violência e outras coisas. Sem tempo de televisão, e com um discurso bastante à direita, ela terminou indo para o segundo turno com chances de se eleger.</p>
<h3>6. O PT tem algo a comemorar no primeiro turno?</h3>
<p>O que o PT tem a comemorar, e deve respirar aliviado por isso, é o fato de que a aliança com Guilherme Boulos lhe permitiu ajudar a pôr o candidato do PSOL no segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo. Sem o PT, Boulos perderia no primeiro. Não por acaso, os 29% de intenção de votos em Boulos no último domingo correspondem rigorosamente aos 20% que ele teve para prefeito em 2020, e mais os 9% de Jilmar Tatto, à época candidato do PT.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<h3>7. Por que Lula praticamente ausentou-se da eleição de prefeitos?</h3>
<p>Há duas leituras: a primeira é que o PT não tinha candidatos com grandes chances de ir para o segundo turno, muito menos de vencer no primeiro, como se viu nas capitais. A exposição do presidente a esse desgaste previamente sabido não seria inteligente. Por outro lado, é preciso lembrar que Lula montou um governo com representantes da esquerda (PT, PCdoB, PDT, PSB), do centro (MDB, PSD) e da direita (Progressistas, Republicanos e o União Brasil). Esses partidos tinham seus candidatos país afora e houve grande pressão para que o presidente ficasse de fora dos palanques. No segundo turno, é inevitável que Lula participe de algumas eleições mais significativas, como as de São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre.</p>
<figure id="attachment_3229904" aria-describedby="caption-attachment-3229904" style="width: 441px" class="wp-caption alignleft"><img loading="lazy" decoding="async" class="wp-image-3229904 size-medium" src="https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/10/10211448/Antonio-Lavareda-441x400.jpg" alt="Foto colorida de Antonio Lavareda" width="441" height="400" data-description="Reprodução / Internet" srcset="https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/10/10211448/Antonio-Lavareda-441x400.jpg 441w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/10/10211448/Antonio-Lavareda-882x800.jpg 882w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/10/10211448/Antonio-Lavareda-150x136.jpg 150w, https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/10/10211448/Antonio-Lavareda.jpg 1200w" sizes="(max-width: 441px) 100vw, 441px" /><figcaption id="caption-attachment-3229904" class="wp-caption-text">Antonio Lavareda, cientista político e presidente do conselho científico do Ipespe</figcaption></figure>
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Lula ou Tarcísio?

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