Ricardo Noblat

Perfil

Charges

Artigos

Enquetes

Frases do dia

Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

16 – 11 – 2024 (1)

Charge do Aroeira

<p>A explosão de bombas em Brasília neste 13 de novembro tem algo a ver com a tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023? Respostas de 1.451 leitores:<br />
Nada a ver &#8211; 18,7%<br />
Tudo a ver &#8211; <strong>81,3%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

Policia Federal faz perícia no corpo do homem-bomba que se explodiu em frente ao STF Metropoles 9

Nada ou tudo a ver?

<p><em>“Temos de gritar para quem tem dinheiro que o mundo tem fome. E quem tem fome precisa comer”</em>. (<strong>Teresa Cristina</strong>, cantora, na segunda noite do Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza, no Rio)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

Teresa Cristina –

Frase do dia

Guga Noblat

<p>Lula fez bem ou mal ao desistir da indicação do ex-ministro Guido Mantega para um cargo na direção da empresa Vale do Rio Doce? Respostas de 2.220 leitores:<br />
Fez bem &#8211;<strong> 64,7%<br />
</strong>Fez mal &#8211; 16,8%<br />
Sei lá &#8211; 18,5%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

<p>Hugo Barreto/Metrópoles<br />
@hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p>

vice-presidente e ministro MDIC, Geraldo Alckmin, entrega ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a nova política com o Plano Mais Produção 6

Lula critica a Vale em meio a pressão por nomeação de Guido Mantega

Mantega desiste de ir para a Vale em movimento articulado pelo governo

Ações da Vale sobem com notícia de que Lula desistiu de Mantega

Com rumor sobre Mantega, Vale perde R$ 39 bilhões em valor de mercado

Lula acertou ou errou?

Lula acertou ou errou? | Metrópoles

Da Redação

<p>O novo capítulo do enfrentamento entre Estados Unidos e China começou semana passada. O líder chinês XI Jinping inaugurou enorme porto no Peru que deverá atrair mais de US$ 3 bilhões em investimentos, para criar uma rota direta através do Oceano Pacífico e ampliar a influência de Pequim na América Latina. As exportações dos países da América do Sul para a Ásia não mais passarão pelo México ou pelos portos dos Estados Unidos no Pacífico.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A inauguração do porto antecedeu a abertura do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e a reunião final de Xi com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden em Lima. Os dois estão a caminho do Brasil. Biden fará uma escala em Manaus. O chinês virá diretamente para o Rio de Janeiro participar da reunião do G20. Depois fará uma visita de estado a Brasília, quando deverá assinar com o presidente Lula uma série de acordos comerciais. Os emissários de Pequim não gostam de fazer guerras. Gostam muito de fazer negócios.</p>
<p>As empresas chinesas estão envolvidas em quase todos os aspectos do porto de águas profundas em Chancay, localizado a 80 quilômetros ao norte da capital, Lima. O centro de logística de alta tecnologia será operado exclusivamente pela empresa chinesa da navegação Cosco, que investiu US$ 1,3 bilhão em 2019 para assumir uma participação de 60% no projeto de US$ 3 bilhões. Na primeira fase, o porto receberá apenas navios menores. Quando pronto estará capacitado para trabalhar com enormes transportadores de containers.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Os guindastes de carga são fornecidos pela Shanghai Zhenhua Heavy Industries. Caminhões elétricos sem motorista fabricados por empresas chinesas serão usados para manusear contêineres e cargas. O interesse chinês no porto de Chancay provocou apreensão nos Estados Unidos porque abre a possibilidade de aquelas instalações serem utilizadas por navios militares chineses como ponto de apoio nas Américas. A presidente Dina Boluarte chamou o novo porto de “centro nervoso” que une o continente à Ásia, o que poderia criar 8.000 empregos e US$ 4,5 bilhões em atividade econômica anualmente.</p>
<p>A ministra Simone Tebet, do Planejamento, trabalha desde o início do governo, no projeto de integração da economia brasileira com a dos vizinhos. É um conjunto de rodovias, ferrovias e outras facilidades para levar a produção brasileira para os portos do Oceano Pacífico. Atualmente, a única ligação formal é por intermédio da rodovia interoceânica que liga atravessa os dois estados de Mato Grosso, Rondônia e alcança o Acre para chegar ao porto de Ilo, no Peru, que fica ao sul de Lima. O projeto da ministra naturalmente recebe críticas do PT por entender que o projeto prioriza interesses particulares e não sociais. Enfim, é, no entender dos petistas, um projeto com cores liberais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Este é um caso diferente porque o governo chinês é o responsável pelo notável investimento em um país pobre que vive da exportação de minérios. Poderá se transformar no elemento essencial da negociação dos produtos da América do Sul com o promissor e crescente mercado dos países da Ásia. O G20, grupo que une as vinte maiores economias do planeta, foi criado inicialmente com preocupações econômicas para realizar aquilo que a Organização das Nações Unidas não consegue solucionar. Não possui, no entanto, um corpo técnico. A cada reunião os interessados conversam e tentam encontrar soluções.</p>
<p>O encontro do Rio de Janeiro será espetacular porque os cariocas sabem receber muito bem. Os estrangeiros devem ficar encantados com a cidade linda contida pelo formidável contingente policial e militar. Os criminosos sabem que é o momento de se recolher como ocorreu na ocasião da Eco92. O presidente Lula, que gosta de política externa, terá oportunidade de se reunir com os mais importantes líderes do mundo ou seus representantes. Joe Biden, depois de se despedir de vários chefes de estado, vai retornar para Washington já sob a sombra ameaçadora de Donald Trump.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Os petistas vão receber um banho de pragmatismo nas conversas com o presidente Xi Jinping e seus assessores. Ele vem ao Brasil fazer negócios e aumentar os laços da sua nova Rota da Seda, que pretende colocar o país mais perto do ocidente. Se os líderes do governo tiverem alguma memória vão se lembrar que a presidente Dilma perdeu seu emprego porque gastou demais e não conseguiu rearrumar suas contas a tempo. Cometeu as famosas pedaladas. Os chineses sabem a hora de avançar e recuar. Em pouco mais de 50 anos tiraram 500 milhões de pessoas da pobreza e ainda construíram um país forte em armas e tecnologia. Há muito o que aprender nesta visita de estado, que se seguirá ao G20.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p><em>André Gustavo Stumpf, jornalista (andregustavo10@terra.com.br)</em></p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div></p>

China

Pragmatismo chinês (por André Gustavo Stumpf)

<p>O advogado João Luiz Duboc Pinaud anunciou que vai largar a presidência da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. Ele discorda da resistência do governo à abertura dos arquivos de mortos e desaparecidos da ditadura militar de 1964.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>“A secretaria (de Direitos Humanos) é burocrática. Funciona como uma encenação, uma farsa. Os direitos humanos exigem uma resposta efetiva e firme com relação à questão dos arquivos. Não estou sentindo clima para isso — disse Pinaud.</p>
<p>O governo pisa em ovos quando é obrigado a tratar do assunto. Recentemente, diante de uma nota do Exército que justificou a ditadura e a tortura de presos políticos, Lula preferiu aceitar a demissão do ministro José Viegas, da Defesa, a demitir o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Há uma ordem judicial que manda abrir os arquivos. O governo terá de decidir em breve se baterá às portas da Justiça para tentar anular a ordem ou se a aceitará. Meu palpite: recorrerá da decisão alegando que estuda uma maneira de abrir os arquivos. E que eles serão abertos no início do próximo ano.</p>
<p>Lula sabe onde lhe apertam os calos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p>(Publicado aqui em 16 de novembro de 2004)</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
</p>

Imagem em preto e branco de policial fardado, de costas, segurando um cassetete. Ao fundo, manifestantes contra a ditadura militar

agente ditadura militar

HÁ VINTE ANOS – Quando há farda no meio, o governo pisa em ovos

<p>A atriz Rachel Zegler, 23 anos, estrela da adaptação cinematográfica de 2021 de “West Side Story” dirigida por Steven Spielberg e escolhida pela Disney para o papel de Branca de Neve em um novo filme, pediu desculpas depois de criticar acidamente nas redes sociais o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus apoiadores.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Atualmente, ela é aclamada na Broadway por uma releitura de “Romeu e Julieta”, uma das primeiras peças do teatrólogo inglês William Shakespeare. Ao atacar Trump, Zegler escreveu que ele fará muito mal à América e que os próximos quatro anos serão de ódio, escuridão e “uma doença profunda, muito profunda”.</p>
<p>Zegler também ecoou uma declaração recente feita pela cantora Ethel Cain que dizia: “Que os apoiadores de Trump e os eleitores de Trump e o próprio Trump nunca conheçam a paz.” Por fim, Zegler escreveu: “Foda-se Donald Trump”. Foi péssima para ela a reação de canais conservadores na internet.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>A direitista Megyn Kelly, dona de grande audiência, chamou Zegler de “porca”. Outros direitistas foram além. Não se sabe se por pressão da Disney ou não, então Zegler achou melhor recuar e desculpou-se: “Ódio e raiva nos fizeram nos afastar cada vez mais da paz e do entendimento, e lamento ter contribuído para o discurso negativo”. E acrescentou:</p>
<p>&#8211; Esta semana foi emocionante para muitos de nós, mas acredito firmemente que todos têm o direito de ter sua opinião, mesmo quando ela difere da minha. Estou comprometida em contribuir positivamente para um amanhã melhor.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>O orçamento da nova versão da história de Branca de Neve é de US$ 200 milhões.</p>
<div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p>

Rachel Zegler 1

Branca de Neve manda Donald Trump se “f….”, mas depois volta atrás

<p>As fake-news são repugnáveis, pois difamam as pessoas e situações, e desinformam a população, havendo a necessidade de seu impedimento e de legislação forte, que criminalize os autores, no Brasil e no mundo. Mas as sociedades, embora haja certamente a necessidade da criminalização, já se habituaram a criar critérios de avaliação e antídotos para a preservação do meio político, econômico e social. Com o evento da internet, as sociedades se tornaram rápidas, assim como as suas respostas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Quando se inventa uma nova mídia, boa parte das pessoas tende a superestimar o seu valor, e a considerar ser a nova mídia substituta da anterior. Assim foi com o cinema, que para muitos poderia vir a eliminar o teatro, o que não ocorreu. O mesmo ocorreu com a criação da TV em relação à Rádio. E agora, com a internet, como se ela pudesse vir a ser a substituta de todas as mídias. Ela é muito importante, mas somente parte de nossas sociedades atuais.</p>
<p>Interessante observar que, já na Pesquisa Nacional da Sensus nas Eleições Presidenciais de 2018, constatou-se que a importância das redes sociais na definição do voto, naquele momento, estava superdimensionada. A pesquisa indicou, à época, que somente 14% do eleitorado escolheu o seu candidato através das redes sociais. Desses 14%, 2/3 eram Bolsonaro e 1/3 Haddad, em voto já consolidado. Em verdade, os participantes das redes sociais ficam auto replicando suas ideologias sem a geração de novos votos, com posições pré-definidas, redundantes do que já se pensa. E assim tem sido ao longo das pesquisas verificadas pela Sensus.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Alguém pode indicar onde as fake-news foram determinantes nas eleições municipais deste ano? E na eleição de Lula em 2022? E na eleição de Bolsonaro em 2018? Bolsonaro costumava atribuir à internet o determinante de sua votação. Em verdade, Bolsonaro foi eleito como terceira via devido à então falência do PT e do PSDB. E Lula foi eleito devido ao baixo desempenho econômico do governo Bolsonaro e erros no Covid, Lula com o lastro de seu recall dos governos anteriores. E assim têm sido as eleições.</p>
<p>Os grupos que acreditam, obstinadamente, em fake-news, acreditam nelas mais pela sua já predisposição política a estes argumentos do que por outros motivos. Marçal ganhou de Boulos no 1º turno das eleições municipais de São Paulo deste ano por causa da, escabrosa, e repugnável, fake-news que lançou no ar?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>A informação é, sem dúvidas, muito importante, não somente nas eleições como em nossas vidas. Mas a internet é parte do mundo, boa e ruim, como assim é o mundo, inserida em nosso mundo.</p>
<p>No final, sobra a avaliação das administrações, as expectativas, e a ideologia, como decisão política do voto.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
</p>

Instagram_Rede_Social_Crescimento

As fake-news nas eleições (por Ricardo Guedes) 

<p>Na sequência da vitória de Trump e da influência de Elon Musk na campanha eleitoral e agora na Administração, o The Guardian tomou uma decisão drástica: o jornal britânico abandonou a plataforma X (o antigo Twitter, redenominado desde que Musk passou a ser proprietário da rede). De acordo com o jornal, o X transformou-se numa rede tóxica, promotora de conteúdos racistas e de teorias da conspiração, e o seu proprietário tem utilizado a plataforma para formatar o discurso político. O The Guardian reconhece que as redes sociais são importantes para os meios de comunicação, enquanto tornam possível alcançar novas audiências. No entanto, neste momento a direção editorial considera preferível que os leitores se dirijam diretamente ao site do jornal, onde o jornalismo está disponível para todos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O The Guardian é o caso mais significativo de uma tendência que se tem feito sentir nos últimos tempos. Desde que Musk adquiriu o X, os utilizadores têm diminuído – nos EUA, a queda é da ordem dos 30% – e só no dia seguinte às eleições norte-americanas, 280 mil pessoas abandonaram a plataforma. Os resultados financeiros também estão longe de ser famosos: pese embora a obscuridade das contas da empresa, o valor do X terá caído 75% nos últimos dois anos. O que pouco importará a Musk, beneficiário de contratos de milhares de milhões com o Estado norte-americano e agora transformado num gigantesco conflito de interesses ambulantes.</p>
<p>Existem de fato boas razões para abandonar o X, hoje uma miragem do que foi o Twitter. Há cerca de 15 anos, quando abri a minha conta, a informação chegava mais cedo no Twitter, com opiniões livres e com ângulos mais provocadores e interessantes do que os dos media tradicionais. A combinação de agilidade com liberdade tornou a plataforma influente e contrastante com a tendência da comunicação social para arrastar os pés.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O tempo encarregou-se de revelar, desta feita no Twitter, quão insólita é a ideia de que a liberdade medra sem freios. Como a história demonstra, a liberdade consolidou-se com instituições de intermediação e formas de regulação. Por isso, a comunicação social tem critérios editoriais e obrigações deontológicas e as leis limitam o que pode ser dito e escrito. Hoje, o X é um espaço aberto aos trolls, à insídia e raramente se vislumbra qualquer debate produtivo. Mais, o algoritmo empurra-nos de forma imparável para conteúdos violentos, notícias falsas e revela um evidente enviesamento político, distante do espírito liberal fundador.</p>
<p>Foi este o contexto que levou o The Guardian a abandonar a plataforma. O que só acontece porque, com mais de um milhão de assinantes, provenientes de 180 países, o jornal britânico é um media global, com músculo financeiro para fazer esta escolha. Em parte, o The Guardian sai do X, porque pode gerir os custos de uma saída. Dificilmente um meio de comunicação social de base nacional poderia abdicar desta fonte de tráfego.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Mas quais seriam as consequências, se outras vozes acompanhassem o The Guardian no cancelamento do X? O resultado agregado seria mais um passo rumo ao acantonamento, ao fechamento face a outras visões do mundo e ao fim de um espaço comum de informação, mesmo que o debate seja hoje praticamente inexistente. O X pode ter-se transformado numa rede social bem menos recomendável, mas cancelar a plataforma corresponderia a uma entrega de território e a mais uma capitulação das vozes progressistas, que abdicariam de estarem presentes nas redes sociais com influência e impacto real.</p>
<p>&nbsp;</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>(Transcrito do PÚBLICO)</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div></p>

Imagem colorida ilustrativa do X no Brasil - Metrópoles

Twitter X

Faz sentido cancelar o X? (Por Pedro Adão e Silva)

<p>Encara-se como algo normal na vida dos governos sem maioria no Congresso a paralisia que atinge a Câmara dos Deputados. Nada se vota ali desde o fim das eleições municipais porque os deputados simplesmente deixaram de acreditar na palavra do governo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Isso na verdade é um fato sério, grave. O governo promete liberar dinheiro para as chamadas emendas parlamentares em favor de pequenas obras públicas nos municípios onde os deputados são mais votados, mas depois não libera.</p>
<p>E usa o dinheiro das emendas para conseguir aprovar na Câmara projetos que lhe interessam. Faz chantagem. Foi para obrigar o governo a soltar o dinheiro que os deputados cruzaram os braços.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>E nem mesmo a palavra do presidente da República garantindo que o dinheiro sairá foi capaz de fazê-los voltar ao trabalho. Querem antes ver o dinheiro depositado na conta dos municípios. Perderam a confiança no governo.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>(Publicado aqui em 15 de novembro de 2004)</p>
<div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p>

imagem colorida mostra Congresso Nacional - Metrópoles

Congresso Nacional Metrópoles 22

HÁ VINTE ANOS – Deputados cruzam os braços. Lula sabe o porquê  

<p style="text-align: left;">“Quero lamentar essa mediocridade das pessoas que, por questões ideológicas, querem banalizar dizendo o absurdo que foi um mero suicídio. Não, a nossa polícia judicial evitou que ele entrasse aqui para explodir e, na hora que seria preso, ele se explodiu”</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

O ministro Alexandre de Moraes

<p>Com as novas explosões em Brasília, deu ruim ou não para a anistia de Bolsonaro e dos golpistas do 8 de janeiro de 2023? Respostas de 2.838 leitores:<br />
Deu ruim &#8211; <strong>77,6%</strong><br />
São coisas diferentes &#8211; 22,4%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

Bandeira do Brasil atrás de janela quebrada - Metrópoles

Depredação deixada no STF por vandalos e terroristas no dia 8 de Janeiro em invasão aos 3 poderes. Brasília (DF), 10/01/2023.  Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Deu ruim para a anistia

<p>O bolsonarismo mata! E no limite, é capaz de matar-se para alcançar seus fins. Ainda não se sabe se Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na noite do 13/11 em Brasília, apenas tentou matar o ministro Alexandre de Moraes como planejara, e uma vez impedido, suicidou-se. Saberemos no decorrer das investigações.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Mas isso não fará diferença. Importa que o que ele fez comprovou que a semente do ódio plantada pelo bolsonarismo, e regada pelo jardineiro-mor, segue viva graças, em parte, à lentidão da justiça. Ela agiu com rapidez para punir os bagrinhos do golpe fracassado do 8/1; quanto aos peixões, sequer foram denunciados até hoje.</p>
<p>Foi bonita a festa, e ilusória. Deu-se a democracia como salva, exaltando-se a solidez das instituições. Os chefes dos três Poderes desfilaram de mãos dadas para celebrar a vitória robusta do bem contra o mal. Golpe nunca mais! Os culpados serão condenados e presos, e a paz restabelecida. Então, bola pra frente.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Vê-se que por um breve período não mais se falou que a democracia é uma planta frágil que precisa ser regada o tempo inteiro; e que o golpismo não morreu, jamais morrerá em lugar algum como meio de se conquistar o poder, muito menos em terras em que se plantando tudo dá e viceja com exuberância.</p>
<p>Foram quatro anos de pregação quase diária a favor do uso velado ou acintoso da força como solução para os problemas do país. Nem os generais-presidentes do ciclo de 64 ousaram chegar a tanto; quando nada, preservaram certos ritos da democracia suspensa para que a ditadura não fosse chamada pelo seu próprio nome.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>O ato protagonizado por Francisco Wanderlei Luiz de tentar incendiar o prédio do Supremo Tribunal Federal se encaixa perfeitamente na série de episódios violentos que precederam o 8/1. A saber:</p>
<p>* a depredação por bolsonaristas da sede da Polícia Federal em Brasília na noite da diplomação de Lula como presidente;</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>* na mesma noite, a queima de ônibus no centro de Brasília;</p>
<p>* e na véspera do Natal de 2022, a bomba afixada num caminhão de combustível para explodir uma ala do aeroporto de Brasília.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Ao meu sentir, o que disseram, ontem, os ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes foi a penúltima pá de cal jogada na cova onde será enterrada a pretensão de Bolsonaro de ser anistiado para poder se candidatar novamente em 2026.</p>
<p>A última pá de cal será jogada pela maioria dos ministros do tribunal quando julgar e condenar em definitivo Bolsonaro à pena máxima pelo crime de atentar contra o Estado Democrático de Direito. Não há crime mais grave. Que não se demore a virar a página. O país está cansado.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
</p>

Compartilhar notícia

Compartilhar

Twitter

Whatsapp

Facebook

Telegram

Email