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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

23 12 2024

Charge do Aroeira

<p>Que nota você dá ao governo federal? Respostas de 2.830 leitores:<br />
0 a 3 &#8211; 26,8%<br />
4 a 7 &#8211; 23,5%<br />
8 a 10 &#8211; <strong>49,7%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Presidente Lula reunido com líderes dos partidos da base do governo aa Câmara dos deputados em agenda no Palácio do Planalto Metrópoles 4

Notas para o governo federal

<p><em>“Não é que a polícia precise matar mais, ela precisa poder fazer o trabalho dela. A consequência acaba sendo aumentar a letalidade, embora não seja o objetivo.&#8221;</em> (<strong>Claudio Castro</strong>, governador bolsonarista do Rio de Janeiro)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro

Governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (4)

Frase do dia

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">Javier Milei, eleito presidente da Argentina, governará até o fim do mandato ou cairá antes? Respostas de 3.111 leitores:<br />
Governará até o fim &#8211; 42,8%<br />
Cairá antes &#8211; <strong>57,2%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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<p>TeroVesalainen/Pixabay</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

interrogação dúvida

Pré-candidatos à Prefeitura de SP sobre Milei: “Libertad” e “Tragédia”

Transição na Argentina: reunião entre Milei e Fernández é desmarcada

Milei deverá ter a menor bancada legislativa da história da Argentina

Jogador argentino do Atlético-MG comemora vitória de Javier Milei

Javier Milei, El Loco, e seu destino

Javier Milei, El Loco, e seu destino | Metrópoles

<p>De Lula, no papel vivido por Peter Sellers no filme &#8220;Muito Além do Jardim&#8221;, lançado em 1979 :</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>&#8211; Temos que fazer as coisas da forma mais democrática possível para construir uma relação de confiança e solidariedade entre pessoas que possam nos ajudar.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>(Eu não tinha pensado nisso&#8230; Nem vocês, com certeza.)</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>De Lula, certamente inspirado por José Genoino, autor da célebre frase &#8220;uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa&#8221;:</p>
<p>&#8211; As coisas não acontecem com mais rapidez porque não acontecem com mais rapidez.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>De Lula, o modesto:</p>
<p>&#8211; Na história republicana ou na história dos governos democráticos do mundo, nunca tivemos um governo montado com as características do nosso. São nove ex-dirigentes sindicais ministros, do presidente da República ao ministro da Fazenda. Quem não foi sindicalista, foi advogado de sindicalista, advogado dos sem-terra. Montamos um governo com pessoas oriundas das lutas sociais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-1"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p>(Publicado aqui em 23 de dezembro de 2004)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-2"></div></div>
</p>

Lula, por Orlando Brito

HÁ VINTE ANOS – Livro dos pensamentos originais do presidente Lula

Guga Noblat

<p>Assim como os civis não podem ir à guerra porque lhes falta habilitação para tanto, pelo mesmo motivo os militares não podem governar. Por sinal, a Constituição deixa claro o papel de cada um.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>O governo Bolsonaro é uma prova disso. Jamais houve um governo tão militarizado como o dele, e agora se sabe por que: desde o início, o pior presidente da história só pensava em dar um golpe.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Talvez o objetivo dos militares que o ajudaram a se eleger não fosse o mesmo. Para eles, talvez bastasse retornar ao poder por meio do voto, e não mais por meio das armas, como em 1964.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O desgaste seria menor. Eles desfrutariam das benesses de ocupar cargos públicos de relevo, muitos deles antes destinados aos civis, e voltariam a exercer forte influência sobre os destinos do país.</p>
<p>Ninguém mais do que os chefes militares conheciam todas as fraquezas e mazelas de Bolsonaro, e por isso se sentiam aptos a controlá-lo. Pois aconteceu justamente o contrário.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Por ter sido militar até ser expurgado do Exército acusado de indisciplina, Bolsonaro igualmente os conhecia e soube se impor. Os ex-colegas de farda passaram a comer na sua mão.</p>
<p>Presidente da República no modelo imperial brasileiro não pode tudo, mas pode em demasia. Os militares puderam quase tudo durante a ditadura, mas deixaram de poder.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-1"></div></div>
<p>O general de brigada Eduardo Pazuello, hoje deputado federal, foi um exemplo da incompetência dos militares para governar quando Bolsonaro o nomeou ministro da Saúde, mas não foi o único.</p>
<p>Chefe da Casa Civil e ministro da Defesa, o general Braga Netto foi também um fiasco, assim como o general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Casa Civil e das Secretarias Geral e de Governo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-2"></div></div>
<p>Eduardo Ramos escapou até aqui à suspeita de que se envolveu com as tentativas de golpe de dezembro de 2022 e de 8 de janeiro de 2023; Braga Netto, general de quatro estrelas, está preso.</p>
<p>Estão soltos, na condição de indiciados pela Polícia Federal, os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-3"></div></div>
<p>Em breve, todos eles e mais duas dezenas de altos oficiais das Forças Armadas serão denunciados pela Procuradoria-Geral da República e julgados pelo Supremo Tribunal Federal.</p>
<p>No momento, o ambiente na caserna é péssimo diante da possibilidade de que mais militares venham a se sentar no banco dos réus. Teme-se que eventuais atos de indisciplina serão punidos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p>Ali, poucos se conformam com a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, e com os poderes por ele acumulados e considerados excessivos.</p>
<p>A inconformidade é antiga, embora não explícita, e alimentou a pretensão dos militares golpistas de prender Moraes e matá-lo, como teriam feito também com Lula e Geraldo Alckmin.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p>A primeira ação pública de rebeldia militar antecedeu em mais de 10 dias a prisão de Braga Netto e deveu-se ao anúncio de cortes nas despesas das Forças Armadas e de outros setores do governo.</p>
<p>Um vídeo da Marinha, postado nas redes sociais, contestou a ideia de que os militares gozam de privilégios, comparando a vida dura que levam com a vida amena e divertida que levariam os civis.</p>
<p>Lula quis afastar o comandante da Marinha. José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, convenceu-o a não fazê-lo. O vídeo saiu do ar depois de 18 dias. Monteiro estuda sair do ministério.</p>
<p>Aos militares faltam duas coisas: uma guerra para chamar de sua (a última de grande porte foi há 154 anos e resultou na destruição do Paraguai); e submissão às regras da democracia.</p>
<p>Uma guerra não será bem-vinda; a submissão às regras é o que se espera desde a Proclamação da República.</p>


Jair Bolsonaro e Freire Gomes - 19/04/2022 Bolsonaro, participa da cerimônia militar em comemoração ao Dia do Exército

Jair Bolsonaro e Freire Gomes – 19/04/2022 Bolsonaro, participa da cerimônia militar em comemoração ao Dia do Exército

As duas coisas que faltam aos militares, e só uma delas prestaria

<p>Aventuro-me a apresentar o dicionário do Brasil que chega ao final de 2024, desejando a todos os meus leitores Votos de um Feliz Natal e Próspero 2025.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p><strong>Autoridade </strong>– Essencial para o exercício do Poder e o governo do Estado. No Brasil, tornou-se sinônimo de caciquismo, coronelismo, mandonismo, familismo, filhotismo, assistencialismo, patrimonialismo.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>B</p>
<p><strong>Bala </strong>– É o que não falta aos grupos armados, cujo estoque de armamentos é dos mais modernos e poderosos. Balas perdidas no RJ matam crianças. Conceito de “munição” de campanha política. Exemplos de locuções: “faltou bala; o candidato tem ainda muita bala”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p><strong>Bíblia </strong>– Manual mais lido nos cárceres brasileiros, que funciona como uma espécie de “ponte” entre pastores de credos e seitas religiosas e detentos. Disponível em mesinhas de criados-mudos de hotéis do Interior do país.</p>
<p>C</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-1"></div></div>
<p><strong>Corrupção</strong> – Desvio amoral e aético que está impregnado na alma brasileira, decorrente de heranças coloniais.</p>
<p><strong>Crise</strong> – Um dos mais recorrentes termos do vocabulário nacional. De tão constante na vida das pessoas, deixou de causar medo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-2"></div></div>
<p>D</p>
<p><strong>Deus</strong> – Uma das expressões mais usadas para designar perplexidade, espanto, indignação, admiração, incredibilidade, descrença. Vem geralmente acompanhada do termo “do céu”. Lula seria Deus.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-3"></div></div>
<p><strong>Diabo </strong>– Imprecação comum no cotidiano dos brasileiros, geralmente destinada a mandar outra pessoa para o reino dos infernos. O mercado é diabo, Lula é Deus.</p>
<p><strong>Dólar </strong>– Referência diária para interpretar a fragilidade nacional. Um dólar vale R$ 6,30.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>E</p>
<p><strong>Empurrar com a barriga</strong> – Adiar, protelar decisões, levar devagarzinho, dando a ideia de que a coisa está andando sem avançar, do tipo patinando numa esteira</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p><strong>Executivo </strong>– Expressão mais conhecida para designar profissionais bem-sucedidos e com boa remuneração no mercado. Na esfera política, o Executivo é o mais visível dos Poderes.</p>
<p>F</p>
<p><strong>FDP</strong> – (Filho/a da&#8230;) – Imprecação mais comum contra adversários, inimigos, opositores ou pessoas que fizeram alguma maldade ao interlocutor. Expressa raiva, ódio, indignação, condenação, desprezo etc.</p>
<p><strong>Futebol</strong> – Paixão nacional, motivo de alegrias e tristezas. Ao lado do carnaval, é uma das grandes alavancas de mobilização de massas.</p>
<p>G</p>
<p><strong>Gosto </strong>– O brasileiro tem gosto para tudo. Não há homogeneidade na escala dos gostos nacionais. As diferenças não se apresentam apenas no plano estético, mas na esfera dos alimentos, da música, dos perfis admirados, das belezas naturais.</p>
<p>H</p>
<p><strong>Hilário</strong> – O brasileiro gosta de rir. Tira motivos para rir até em velório. Entre uma coisa séria e uma hilária, esta é a preferida pela alma nacional.</p>
<p><strong>Hino</strong> (Nacional) – Mais conhecido e recitado nas primeiras estrofes. Como é longo, costuma-se, ao final, balbuciá-lo, numa espécie de mentirinha para se dizer que a pessoa sabe cantar o hino todo.</p>
<p>I</p>
<p><strong>Igreja </strong>– Historicamente, conceito associado à Igreja Católica. Ultimamente, termo mais associado às seitas religiosas ou à Igreja Universal do Reino de Deus e outros credos.</p>
<p>J</p>
<p><strong>Jeitinho –</strong> Capacidade de driblar situações para conseguir atingir metas e objetivos.</p>
<p><strong>Judiciário</strong> – Fonte de poder e mando, espaço de tradição e credibilidade. Nos últimos tempos, a identidade incólume de instituição sagrada passou a frequentar a agenda de desconfiança dos brasileiros.</p>
<p>L</p>
<p><strong>Ladrão</strong> – Palavra muito usada do vocabulário nacional. Termo aplicado aos juízes de futebol e, com mais força, aos políticos</p>
<p>M</p>
<p><strong>Mãe</strong> – Tronco familiar dos mais respeitados no país, servindo, paradoxalmente, ao maior conjunto de imprecações da linguagem cotidiana das ruas. “Filho de uma mãe”, intenção de dizer que o interlocutor não é bem filho de uma mãe.</p>
<p><strong>Massas</strong> – Contingentes amorfos, que agregam letrados ingênuos a iletrados sofridos, bafejados pelos candidatos de quatro em quatro anos.</p>
<p>N</p>
<p><strong>Nação</strong> – Está longe de ser implantada, quando se considera a identificação com Pátria e valores.</p>
<p><strong>Natureza</strong> – O tema dos próximos tempos. Expressão que começa a tomar vulto nas consciências de grupos de classe média e entidades de defesa do meio ambiente.</p>
<p>O</p>
<p><strong>Obrigação</strong> – O brasileiro cultiva a obrigação quase na marra.</p>
<p><strong>Ordem</strong> – É uma coisa que pouco se vê nos espaços nacionais.</p>
<p>P</p>
<p><strong>Paixão </strong>– Sentimento muito peculiar ao caráter brasileiro. Cada coração abre espaços enormes para abrigar ciúmes, casos conflituosos, pequenas raivas do cotidiano ou discursos eloquentes em defesa do time predileto.</p>
<p><strong>Progresso</strong> – Ao lado da Ordem, trata-se de pedaço do ideário que povoa o imaginário nacional. Como o Progresso está demorando, a sensação é a de que o termo denota a falta de seriedade.</p>
<p>Q</p>
<p><strong>Quase </strong>– Assim como o “mais ou menos”, o quase traduz a mania do brasileiro de querer permanecer na esfera intermediária. “Quase acertei”, “fulano quase se elegeu”, “o time quase ganhou”.</p>
<p>R</p>
<p><strong>Razão</strong> – Fator em crescimento na ordem dos valores sociais. A taxa de racionalidade cresce.</p>
<p><strong>Renda </strong>– Fator de grande disparidade social. Quase 40% da população brasileira vivem abaixo da linha de pobreza.</p>
<p>S</p>
<p><strong>Segurança </strong>– Preocupação permanente dos brasileiros, forte determinante do PNBinf (Produto Nacional Bruto da Infelicidade). Tema central da campanha de 2026. Valor em queda no mercado de valores.</p>
<p>T</p>
<p><strong>Terra</strong> – É o que não falta ao país. E é das coisas mais reclamadas por imensos contingentes. Um país de muita terra com muita gente sem-terra.</p>
<p>U</p>
<p><strong>União </strong>– A união é um dos mais fortes ícones da brasilidade. No capítulo da sociedade, o abismo entre as classes sociais denuncia a intensidade da desunião e da desigualdade.</p>
<p><strong>Urna</strong> – Lugar sagrado onde o eleitor guarda sua arma, o voto. Urna eletrônica, lugar considerado seguro. Mas há quem questione.</p>
<p>V</p>
<p><strong>Valeu</strong> – Tempo verbal que funciona mais como interjeição de aprovação, quando um dos interlocutores, em agradecimento ou reconhecimento, abre a palavra para anunciar o célebre: valeu</p>
<p><strong>Vício </strong>– É coisa muito comum na vida do brasileiro, a partir do vício de fumar, de andar com o braço na janela do carro, de desobedecer a leis e códigos.</p>
<p>X</p>
<p><strong>Xingar</strong> – Mania frequente dos cidadãos. Xingar a mãe é a coisa mais comum.</p>
<p>Z</p>
<p><strong>Zorra </strong>– Bagunça, tem muito a ver com algumas situações nas administrações públicas (esferas federal, estadual e municipal).</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Gaudêncio Torquato é Professor Emérito da ECA-USP e consultor político</em></p>


Dicionário

Pequeno dicionário do Brasil (por Gaudêncio Torquato)

<p>Em um país tão perverso, no qual o imprescindível equilíbrio das contas públicas esbarra em um Parlamento que limita o reajuste real do salário mínimo e ao mesmo tempo libera o fura-teto nos ganhos dos privilegiados de sempre, é difícil se imbuir do espírito do Natal. Nem os mais otimistas, entre os quais me encaixo, encontram ânimo diante da sucessão de escárnios perpetrados em todas as esferas e níveis de poder. Mas é Natal, então, escoro-me na ficção do bom velhinho, a quem se remetem desejos &#8211; mesmo os impossíveis.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Os pedidos na cartinha não são muitos e se concentram na nossa terra natal, ainda que a utopia maior seja tempos de paz, com o fim de guerras e de governos autocráticos, repressores e criminosos. E antecipo as desculpas por beirar a pieguice, talvez perdoável em um texto natalino. Vamos lá:</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Queria que divergências não se tornassem brigas de foice e morte; que diferentes respeitassem as diferenças dos outros, fossem elas políticas, intelectuais, sociais, de crença, cor ou gênero; que os argumentos e não a imbecilidade prevalecesse no debate entre opostos.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Que tentativas de golpe como a gestada antes do Natal de 2022 fossem punidas e enterradas de vez.</p>
<p>Peço que os governantes governem sem sugar o pagador de impostos e quase nada devolver a ele em serviços; que as polícias prendam bandidos sem matar inocentes com balas perdidas ou em falsos confrontos; que a corrupção deixe de ser a principal cartilha de regência do país.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Que não se privilegiem alguns fidalgos acima da lei e todos possam ser iguais perante ela, seguindo a óbvia e não cumprida determinação constitucional.</p>
<p>Mesmo sabendo que não há qualquer chance, queria que deputados e senadores olhassem para além dos milhões que buscam (e secretamente conseguem) abocanhar para os seus quintais, para os próprios bolsos e para uns e outros que os financiam; que a chantagem com emendas pudesse ser estancada &#8211; e até as tais emendas, limitadas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-1"></div></div>
<p>Que os eleitos não agissem no sentido inverso da expectativa de quem os elegeu; que pelo menos tentassem representar o voto a eles empenhado; que não aprovassem absurdos como a proibição de aborto para crianças estupradas, facilidades para compra de armas de fogo e munições, perdão para desmatadores e garimpeiros ilegais.</p>
<p>No particular, rogo que os vereadores paulistanos se arrependam da autorização para o corte de 10 mil árvores, boa parte nativas, em uma cidade que clama por verde; que a Amazônia sobreviva e com ela todos nós; que a COP 30, que acontecerá em Belém, vá além da festa e dos fogos de artifícios.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-2"></div></div>
<p>Quero ainda que o Judiciário baixe a bola, limitando-se às suas atribuições originárias. Ou seja, que o STF volte a ser Supremo, acima das peraltices da política, sem a arrogância e a persona de salvador da pátria que se auto-atribuiu.</p>
<p>Faço figa para que o governo consiga equilibrar as contas; que a entidade mercado compreenda que há risco, mas há ganhos (alta do PIB, quase pleno emprego); que bolsonaristas e parcela do PT que torcem contra deixem o ministro Fernando Haddad trabalhar; que o crescimento da economia ultrapasse a linha do esquentamento do consumo sustentada por programas sociais e incentivos fiscais; que a inflação não volte a nos empobrecer ainda mais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-3"></div></div>
<p>Importantíssimo (grafado com asterisco): que Lula se renda aos textos pré-escritos, abandonando de vez o improviso alimentador do caos.</p>
<p>Na verdade, não se trata deste ou de outro governo. O Brasil é um país disfuncional há muitos natais. Finge tentar, cisca daqui e dali, mas até o seu repetitivo voo de galinha acaba sempre pesando sobre os mais pobres.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Por aqui, Noel, é de chorar. Enquanto alguns poucos se deliciam com mimos e regalias, milhares de crianças pobres pedem cestas básicas nas cartinhas que escrevem para você.</p>
<p>Frustradas em anos anteriores, desta vez elas estão sendo atendidas em um trabalho louvável da ONG Ação Cidadania. Ufa! Pelo menos existem aqueles que nos fazem crer &#8211; e emocionar &#8211; com o espírito do Natal. É na toada deste último parágrafo que desejo boas festas a todos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Mary Zaidan é jornalista </em></p>


papai noel correios natal

Querido Papai Noel (por Mary Zaidan) 

<p>Nem em Brasília ministros circulam sem a companhia de agentes de segurança. Pois bem: quando escalam os morros do Rio, o fazem desacompanhados.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Foi o que ocorreu ontem, quando os ministros Gilberto Gil, da Cultura, e Ricardo Berzoini, do Trabalho, visitaram o complexo da Maré, na zona norte do Rio, área sob controle do tráfico de drogas.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Os dois foram protegidos por &#8220;moradores da região&#8221; &#8211; eufemismo usado para designar assalariados do tráfico. Foram bem tratados. E desfilaram em paz.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Na segunda maior cidade do país, na mais bonita, e naquela que atrai mais turistas, criminosos garantem a segurança das autoridades. E sob a escolta deles, as autoridades se sentem mais protegidas.</p>
<p>Pobre país!</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Quando se elegeu presidente em 1994, Fernando Henrique Cardoso adotou o gesto de espalmar a mão &#8211; e cada um dos cinco dedos representava uma meta. Uma delas: o combate à violência.</p>
<p>A violência aumentou durante os 8 anos de governo do príncipe dos sociólogos. Espera-se que a violência seja reduzida até o fim do mandato atual de Lula. Ele prometeu fazê-lo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-1"></div></div>
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<p>(Publicado aqui em 11 de dezembro de 2004)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-2"></div></div>
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Imagem colorida, vista de cima do Complexo da Maré

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HÁ VINTE ANOS – Aos cuidados dos criminosos

<p><em>“Lula precisa de uma base sólida no Centrão porque o Congresso que está aí foi eleito. Para não acontecer o que aconteceu com a Dilma, que é perder maioria e criar uma crise institucional, Lula precisa de maioria no Congresso”</em>. (<strong>Washington Quaquá</strong>, vice-presidente do PT)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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O presidente Lula e o vice-presidente do PT, Washington Quaquá.

<p>Que nota você dá ao Supremo Tribunal Federal? Respostas de 2.106 leitores:<br />
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Estátua STF  – Brasília(DF), 15/09/2017

Notas para a Justiça

<p>Desde que voltou à Brasília depois da alta hospitalar em São Paulo, Lula só fala sobre o acidente doméstico que poderia ter lhe custado a vida. Conta e reconta em detalhes como tudo aconteceu: primeiro, a queda no banheiro quando cortava as unhas, depois a dor de cabeça intermitente ao longo de quatro dias que antecedeu a descoberta de que padecia de uma hemorragia cerebral. Assim como se elegeu por um triz, Lula não morreu por um triz.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Parte da culpa foi dele mesmo, que adiou a ressonância magnética que deveria ter feito em Brasília na unidade do Sírio-Libanês. Ela teria mostrado o sangramento, e dado aos médicos a chance de começar a tratá-lo de imediato. Mas, não. Por ocasião da queda, a equipe médica do Sírio de São Paulo teve tempo para deslocar-se a Brasília e aqui socorrê-lo. No evento seguinte, devido à gravidade da situação, ele foi obrigado a viajar a São Paulo.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>A viagem, em si, era arriscada. Lula embarcou já com distúrbio na fala e a suspeita de que fora vítima de um AVC. Tudo deu certo no fim. Mas a alta hospitalar acabou sendo antecipada por pressão do próprio Lula, e o retorno a Brasília também. Há chances de que ele venha a viver outro episódio igual ou parecido? Na medicina, nada é impossível, segundo disse Dr. Roberto Kalil, médico de Lula, que o empossou na presidência pela segunda vez.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>É comum que uma pessoa que viu a morte de perto, ou que pensa ter visto, levar um bom tempo a rememorar o que passou. Eu sei o que é isso. Há 13 ou 14 anos, fui operado do coração no Sírio-Libanês em São Paulo e ganhei três pontes – duas safenas, uma mamária. Fui paciente do Dr. Kalil. Devo minhas pontes ao Dr. Fábio Jatene. Por mais de um mês, quer me perguntassem ou não, torrei a paciência de amigos a narrar como tudo se deu.</p>
<p>O medo da morte não vai embora de imediato, mas um dia vai. Lula é um colecionador de sustos brutais: um câncer na garganta que o deixou mais rouco do que sempre foi; o avião que sobrevoou a cidade do México por horas a fio para gastar combustível até poder aterrissar com segurança; a queda no banheiro, e finalmente. a hemorragia intracraniana. Mas a queda não foi devido à idade, como seus adversários políticos querem fazer crer.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Foi um acidente que pode ocorrer com qualquer um. Lula foi imprudente. Não tinha que fazer as unhas sentado num banco frágil, distrair-se e se inclinar para trás. Os mais velhos (eu sei bem disso) estão mais sujeitos a quedas. Mas, repito, não foi por estar na faixa dos 70 anos que Lula caiu,  foi por uma combinação infeliz de fatores: o banco, o peso do corpo jogado para trás, a batida da cabeça, não no chão, mas em uma superfície pontiaguda.</p>
<p>Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, já tropeçou e caiu dentro da Casa Branca, tropeçou e caiu subindo uma escada de avião, mas não foi por isso que abdicou de ser candidato: foi porque ao participar de um debate com Donald Trump demonstrou estar senil. Lula não está senil, garantem os médicos, e é evidente que não está. Mas querem transformá-lo desde já em uma versão tropical de Biden para enfraquecê-lo em 2026.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ads-1"></div></div>
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Foto colorida do presidente Lula ao lado do líder dos EUA Joe Biden - Metrópoles

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