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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

9 11 2024 (1)

Charge do Aroeira

<p>O melhor exemplo de democracia para o mundo é a dos Estados Unidos. Concorda? Respostas de 2.501 leitores:<br />
Sim &#8211; 47,7%<br />
Não &#8211; <strong>52,3%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

bandeira dos EUA

Exemplo de democracia

<p><em>&#8220;Se eu fizer um corte de gastos para diminuir a capacidade de investimento do orçamento, a pergunta que faço é a seguinte: o Congresso vai aceitar reduzir as emendas de deputados e senadores ao Orçamento da União para contribuir com o ajuste fiscal que irei fazer?&#8221;</em> (<strong>Lula</strong>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

Imagem colorida de Lula com mão no rosto - Metrópoles

lula

Frase do dia

Guga Noblat

<p>Reprodução/Twitter</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p>

Lula parabeniza Donald Trump: “A democracia é a voz do povo”

Livro sobre democracia, eleições e mulheres será lançado no STF

Boca de urna: democracia e economia são principais questões nos EUA

Lula apoia Kamala: “Muito mais seguro para fortalecer a democracia”

Exemplo de democracia | Metrópoles

<p>Com o início, em 20 de janeiro próximo, do novo governo de Donald Trump, diminuirá no mundo o espaço de circulação segura para Nicolás Maduro, o ditador da Venezuela, e alguns dos seus auxiliares investigados por corrupção nos Estados Unidos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Maduro sabe disso e teme. Lula também sabe e se preocupa. Assessores de Trump dizem que será aplicada “pressão máxima” sobre o governo da Venezuela. Os Estados Unidos, o Brasil e os países europeus são contra a recondução de Maduro ao poder.</p>
<p>A diferença, no caso do Brasil, é que temos com a Venezuela uma fronteira de 2.199 quilômetros. Quando a situação piora por lá, os venezuelanos fogem. Nos últimos sete anos, mais de um milhão deles atravessou a fronteira e encontrou abrigo no Brasil.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O atual governo de Maduro acaba em janeiro. Ele perdeu as eleições de julho último para o candidato da oposição, Edmundo González. Contudo, sem apresentar as atas de votos em cada urna, Maduro proclamou sua vitória e forçou González a deixar o país.</p>
<p>No seu primeiro governo, Trump tentou sem sucesso construir na América Latina uma coalizão de países para derrubar Maduro e instalar em Caracas um governo amigável. Bolsonaro, presidente, disse a Trump que o apoiaria. Mas Bolsonaro é um bravateiro.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1">
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<p>Autorizado por Bolsonaro, um caminhão do Exército levando soldados invadiu alguns quilômetros da Venezuela, atolou em uma área de tráfego difícil e retornou. O deputado Eduardo Bolsonaro perdeu tempo ao preparar-se para assistir a invasão abortada.</p>
<p>O Itamaraty duvida que Trump queira ressuscitar o plano de invadir a Venezuela, mas não descarta a hipótese de ele pressionar Lula para que endureça o jogo com Maduro. Quanto a Maduro, já avisou a Trump que almeja melhor entendimento.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>“A Venezuela estará sempre disposta a estabelecer boas relações com os governos dos Estados Unidos, enquadradas em um espírito de diálogo, respeito e bom senso”, anunciou na quarta-feira (6) Yván Gil, ministro das Relações Exteriores da Venezuela.</p>
<p>Não parece que Trump se contentará com tão pouco.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
</p>

Imagem colorida mostra Nicolás Maduro - Metrópoles

maduro-venezuela

O mundo ficará menor para Maduro com a volta de Trump à Casa Branca

Camila Xavier

<p>Com seis votos a dois, o <a href="https://portal.stf.jus.br/pauta/pesquisarCalendario.asp" target="_blank" rel="noopener">Supremo Tribunal Federal</a> (STF) formou maioria para manter em quatro anos e quatro meses a pena de corrupção passiva do ex-presidente e ex-senador <a href="https://www.metropoles.com/tag/fernando-collor" target="_blank" rel="noopener">Fernando Collor de Mello</a> em um esquema envolvendo a BR Distribuidora.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>O STF <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/em-novembro-stf-voltara-a-julgar-prisao-de-fernando-collor" target="_blank" rel="noopener">retomou o julgamento</a> do <a href="https://www.metropoles.com/brasil/collor-recorre-de-condenacao-do-stf-por-corrupcao-passiva-e-lavagem" target="_blank" rel="noopener">recurso</a> contra a condenação em 1º de novembro com o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/gilmar-vota-por-reducao-da-pena-de-collor-condenado-por-corrupcao" target="_blank" rel="noopener">voto</a> do ministro Gilmar Mendes. Ele seguiu a tese de Dias Toffoli de que a pena de corrupção passiva do ex-senador deveria corresponder à média fixada pelos ministros na primeira decisão. Isso a reduziria em quatro meses.</p>
<p>Prevaleceu, no entanto, o voto do relator Alexandre de Moraes que rejeitou o pedido de Collor. Os ministros Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux <a href="https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5372688" target="_blank" rel="noopener">decidiram</a> no mesmo sentido.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>O ministro Cristiano Zanin declarou-se impedido sem justificar o motivo. O STF informou que o impedimento se deu pelo fato de o ministro ter advogado em outros processos da <a href="https://www.metropoles.com/tag/lava-jato" target="_blank" rel="noopener">Operação Lava Jato</a>.</p>
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<p>Collor também havia sido condenado por lavagem de dinheiro no mesmo processo. Com a maioria formada para rejeitar o recurso, sua pena total continuará em oito anos e dez meses. O STF considerou Collor culpado em 2023 em um esquema de corrupção por ter recebido R$ 20 milhões para viabilizar contratos da BR Distribuidora.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1">
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<p>O julgamento do recurso havia sido paralisado em junho deste ano por um pedido de vista de Gilmar Mendes.</p>
<p>O ex-senador ainda tem direito a um segundo e último <a href="https://www.metropoles.com/brasil/collor-recorre-de-condenacao-do-stf-por-corrupcao-passiva-e-lavagem" target="_blank" rel="noopener">recurso</a>. Após seu julgamento, o processo transitará em julgado. Isso significa que estará liberada a execução da prisão de Collor.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
</p>

O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor

Fernando Collor

STF forma maioria para manter pena de Collor por corrupção passiva

Da Redação

<p>Trump vence Kamala, em resultados inesperados para a maioria dos intérpretes. Erram os institutos de pesquisa, os analistas, e os políticos. A inflação carcomeu a renda dos americanos; a política externa americana com a promoção e apoio a guerras é vista como aplicação equivocada de recursos do país; e a imigração recente nos Estados Unidos afeta o emprego das camadas mais baixas de renda na economia americana, com padrões de comportamento diferentes da cultura tradicional dos Estados Unidos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O mundo tende para o fascismo. Existem formas mais brandas de fascismo, como hoje na Hungria de Viktor Orban, através da coação ao legislativo, judiciário e imprensa, até formas extremas de fascismo, como o nazismo na Alemanha de Hitler, com o desfecho da guerra mundial e do holocausto.</p>
<p>As teorias da democracia falharam na previsão da representatividade e distribuição de renda. O crescimento do mundo foi redistributivo até 1980, com o aumento da desigualdade de 1980 para cá. Nas economias, toda vez que a crescente classe média se vê comprimida em seus ganhos e interesses, a classe media radicaliza sua posição politica em torno de líderes autoritários, sem ideologia, no voto “antissistema”, deflagrando o que vemos hoje como tendência geral. Foi assim com Hitler na Alemanha e Mussolini na Itália; com Orban na Hungria, Trump nos Estados Unidos, Bolsonaro no Brasil, Milei na Argentina; e é assim hoje novamente com Trump, e como tendência já manifesta na França, Itália e Alemanha.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Aqui, no Brasil, Lula não consegue resolver os problemas do crescimento e da renda da população, colocando o projeto de “centro-esquerda-liberal” em perigo.</p>
<p>Os Estados Unidos é o país da democracia mais institucionalizada do mundo, mas tenderá para uma forma mais autocrática e belicosa, com pressão sobre o legislativo, judiciário e imprensa.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1">
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<p>O mundo está numa encruzilhada. Ao mesmo tempo, acirra-se a política na crise da representatividade, e a crise ecológica toma proporções e impõe limitações ao crescimento. A economia é algo tênue sobre a Terra, como uma flor que tem que ser cuidada, ou se desmancha na enxurrada das águas, do vento e do fogo. Soluções difíceis à frente. Ou o homem tem muita “cabeça” e desprendimento, ou vamos para a funesta do amanhã. Somente à beira do abismo, o homem decidirá o seu destino.</p>
<p>“God save us!”</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Ricardo Guedes é Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
</p>

Imagem colorida de Bolsonaro e Trump - Metrópoles

foto-bolsonaro-e-trump

Para onde vão os Estados Unidos (por Ricardo Guedes) 

<p>O tempo político acelerou. Nem bem terminaram as eleições de 2024 e o país já mira as eleições de 2026. Não era para menos. O recado das urnas foi claro e contundente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Um ponto de inflexão. Os resultados político-eleitorais indicaram a confirmação da opção da sociedade pelo “caminho do meio”, o centro do espectro político. Com menos ideologia e polarização e mais entregas de serviços públicos, bem-estar e prosperidade.</p>
<p>Só que para dar conta do recado é preciso cuidar de um pressuposto: ancorar as expectativas econômicas, políticas, institucionais e sociais. Desafio intrincado. Para o governo, o Congresso e o establishment.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>É disto que estão cuidando as elites políticas neste momento. Com duas iniciativas simultâneas. Um pacote de corte e reestruturação de gastos públicos. E a costura de convergência para a sucessão na Câmara Federal e no Senado da República. São pressupostos para a ancoragem das expectativas.</p>
<p>Depois tem mais. No caminho para 2026, intuo que a porta da saída para a necessária estabilidade política e para a formação de maiorias de governo é a construção de uma “geringonça a brasileira”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1">
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<p>Ou seja, a formação explícita de um governo de coabitação, já a partir de fevereiro de 2025. Vamos ser claros e realistas: o presidente da Câmara dos Deputados é hoje, na prática, o Primeiro Ministro. O nosso semipresidencialismo branco é a nossa geringonça. É um fato. Nosso sistema político vai encarar?</p>
<p>E assim vamos a 2026. O Brasil optou pelo Centro. Mas o Centro ainda não conseguiu criar amálgama capaz para impulsionar uma liderança nacional. Este amálgama terá que vir de alianças no espaço gravitacional entre a centro-direita e a centro-esquerda, que hoje parecem ser as posições majoritárias – para além dos extremos. O “caminho do meio”. Com a direita em processo de divisão.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>O Brasil tem, hoje, apenas dois líderes de amplitude nacional. Lula e Bolsonaro. Não existem (ainda) líderes nacionais com capacidade de liderança (nacional) e a capacidade de se comunicar com o povo brasileiro e costurar uma agenda de futuro com políticas púbicas e entregas. Sim: entregas. A sociedade foi clara. Menos retórica e mais entregas.</p>
<p>Vem daí a centralidade de nova agenda de futuro e de políticas públicas. Quem vai liderar a agenda? As eleições presidenciais brasileiras, já dizia FHC, são fulanizadas. Não se coloca de pé uma agenda sem um líder nacional.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Pode construir nova liderança até lá? Pode. Mas a preços de hoje os líderes nacionais são Lula e Bolsonaro. Lula já articula para agregar ao centro político, na costura das sucessões no Congresso e na eventual reforma ministerial.</p>
<p>Com a chamada direita dividida, Bolsonaro terá mais dificuldade em liderar o processo para 2026, se permanecer inelegível até lá. Mas agora deverá se beneficiar dos efeitos do “fator Trump” na política brasileira. A conferir.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Tem mais um “porém” para 2026. Além da costura da geringonça e da reconfirmação da liderança nacional, uma agenda de futuro precisa incorporar a emergência de uma cosmovisão liberal no país.</p>
<p>Não para fazer debate doutrinário. Mas para escolher prioridades de políticas públicas que contenham os traços essenciais do liberalismo social. Já é chover no molhado, mas não custa repisar o mantra: o mundo mudou, o Brasil mudou.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gtp-ad-refinery89-square-1"></div></div>
<p>Mudou também na configuração das novas clivagens sociais, com repercussão no espectro político. Por isto, pensar e entender as opções da sociedade apenas com as grandes categorias “direita”, “centro” e “esquerda” já não dá mais conta de compreender o processo político.</p>
<p>O espectro político é um continuum com vários matizes e com movimentações pendulares, espelhando a movimentação das clivagens e demandas sociais. Tanto o corte da “luta de classes”, quanto o corte das clivagens regionais, já não conseguem mais dar conta da miríade de clivagens na sociedade do conhecimento e das redes sociais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Sociedade da modernidade líquida de Zygmunt Bauman? Pode ser, sim. Com a formação de consensos em permanente mutação; e com ciclos políticos menos duradouros.</p>
<p>Para concluir, registro duas indagações finais. Dúvidas socráticas.</p>
<p>A primeira: quem sabe o Brasil poderá ter não uma, mas duas, Frentes Amplas para 2026, em eleições, mais uma vez, de segundo turno? (Pode ser que as eleições de 2026 venham a ter, como as de 1989, várias candidaturas no primeiro turno).</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>A segunda: o establishment brasileiro compreendeu e internalizou o efeito placas tectônicas que está em movimento na sociedade brasileira?</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>*Pós-doutor em Ciência Política pela The London School of Economics and Political Science.</em></p>


Santinhos espalhados por rua do DF durante votação nas Eleições 2022

santinhos (2)

Para onde vai o Brasil? (por Antônio Carlos de Medeiros)

<p>Historiador de formação e convidado pela Embaixada dos EUA para acompanhar as eleições americanas de 2016, Creomar de Souza é fundador e CEO da Dharma Political Risk and Strategy, hub de análise de risco político situado em Brasília.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A vitória acachapante de Donald Trump nas eleições americanas desponta como marcador de uma dinâmica cada vez mais central em embates eleitorais ao redor de todo o mundo, cuja característica mais visível é a rejeição do status quo político.</p>
<p>Em um mundo que se move na velocidade de um clique, parece que não há mais espaço para pensar a política em termos de processos, fluxos e tomadas de decisão, principalmente quando os resultados desses processos são percebidos de maneira imediata pelo eleitorado.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Em termos práticos, no lugar da construção de lógicas discursivas ou mesmo de manifestações em defesa de valores abstratos para o eleitor médio – como a democracia –, reina no mundo hoje uma urgência por soluções expressas tanto para problemas estruturais quanto cotidianos.</p>
<p>Lastimavelmente, essas soluções, quaisquer que sejam, por sua vez, não precisam ter um lastro factível com a realidade. Pelo contrário: precisam ser transmitidas com um grau impecável de clareza e simplicidade por interlocutores políticos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1">
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<p>Cada vez mais, especialmente em momentos críticos, a mera firmeza com que se fala é suficiente para aplacar ansiedades, conquistar mentes e angariar apoios.</p>
<p>No caso da eleição norte-americana mais recente, da distribuição pública de montantes tresloucados de dinheiro via “loteria eleitoral” pelo empresário Elon Musk à fábula repetida à exaustão por Trump de que imigrantes se alimentavam de animais de estimação, logo se tornou claro um objetivo velado da campanha republicana: transformar a corrida eleitoral em um plebiscito sobre o ex-presidente.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>E se a lógica circense teve óbvios componentes diversionistas, tais ações e narrativas funcionaram bem tanto para cimentar maiores níveis de coesão interna entre apoiadores já convencidos do momento de embate apocalíptico no qual o país se inseria quanto para viabilizar a monopolização do debate eleitoral, o que, inadvertidamente, levou os democratas a optarem por uma estratégia muitíssimo arriscada: a de imputação de inferioridade moral, intelectual e emocional contra os eleitores de Trump.</p>
<p>Como uma espécie de armadilha feita por um grão-mestre de xadrez contra um rival inexperiente, se consolidou uma lógica em que ataques contra Trump envolviam também ataques contra seus apoiadores.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Para os democratas, o problema é que mesmo que essa não tenha sido a intenção original, não foram poucas as situações em que parecia emergir certa soberba moral da campanha de Kamala Harris e de seus apoiadores quando esses se referiam aos eleitores de Trump.</p>
<p>O mais crítico desses momentos emergiu quando o presidente Joe Biden, ao tentar refutar comentários racistas de um apoiador de Trump sobre Porto Rico, vociferou: “O único lixo que vejo flutuando por aqui são os apoiadores dele [Trump]”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Tal ação, assim como outras – tais como a aposta de que o apoio de artistas, especialmente músicos de notoriedade, em comícios daria tônus popular à campanha de Harris – surtiram efeito adverso, sedimentando a ideia de que os democratas estavam distantes das questões reais de pessoas comuns.</p>
<p>Aos poucos, com a transformação dos comícios de Harris em uma procissão eterna de celebridades declarando votos em seu favor, se tornou nítido que essa sensação de distanciamento foi se apensando.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gtp-ad-refinery89-square-1"></div></div>
<p>Por óbvio, celebridades e bilionários também declararam apoio a Trump. Todavia, agora é claro que a campanha do presidente eleito foi mais eficaz em apresentar essas figuras como pessoas comuns.</p>
<p>Tal percepção é tão verdadeira que os dados revelados via apuração mostram que Trump não só venceu no voto popular e no colégio eleitoral, tal como os republicanos terão vitórias massivas no Congresso – no momento de escrita deste texto, o domínio do Senado já lhes é garantido.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Esse movimento caracteriza uma espécie de salvo-conduto dado pela maioria do eleitorado para que o eleito quadragésimo sétimo presidente dos Estados Unidos possa se mover na direção de fazer mudanças em um país marcado por contradições tão relevantes quanto sua força quase hegemônica no sistema internacional.</p>
<p>Se os Estados Unidos representam tendências culturais e comportamentais que se reproduzem mundo afora, é possível dizer que os sucessos da direita antissistema representada por Trump podem se repetir em território brasileiro em 2026.</p>
<p>Da mesma maneira, os fracassos e dificuldades de internalização das lições apreendidas alhures – tais como a eleição presidencial de 2024 &#8211; ou internamente, como as municipais recentemente realizadas aqui, colocam pressão em uma esquerda que segue se comunicando de forma analógica com um eleitorado que é a cada dia mais digitalizado.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>A questão que fica para o atual governo brasileiro, Lula e seus assessores é se há tempo para visualizar, processar e internalizar o número considerável de lições que o triunfo de Donald Trump elucida para o que se faz e como se faz comunicação de massas em período eleitoral.</p>
<p>Diante da impossibilidade de listar todas elas, de maneira sumarizada, se faz importante dizer que eleições, mesmo na segunda década do século XXI, devem tratar mais de comida e emprego, particularmente diante do crescimento incessante das insatisfações, medos e inquietudes das pessoas comuns sobre estes.</p>


Imagem colorida de Trump vestido de gari - Metrópoles

foto-trump-de-gari

Reflexões sobre a vitória trumpista (Por Creomar de Souza)

<p>Começa hoje na 10ª. Vara Federal, em Brasília, o julgamento da quadrilha que falsificou o Dossiê Cayman &#8211; conjunto de papéis que imputou ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e aos ex-ministros José Serra e Sérgio Motta a propriedade de uma conta secreta nas Bahamas com saldo de U$ 368 milhões.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>A mídia tratou o dossiê durante mais de um ano como se ele fosse verdadeiro. Depois registrou que não era e mudou de assunto. Não me lembro de nenhum veículo que tenha aberto generoso espaço para refletir sobre os danos causados à imagem dos afetados pelo noticiário. E sobre o comportamento da própria mídia no episódio.</p>
<p>O The New York Times examinou com rigor os erros que cometeu na cobertura da invasão do Iraque. E admitiu que se pôs a reboque do governo Bush e que pouco questionou suas razões para fazer o que fez. Foi a forma que achou para se desculpar publicamente.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>A mídia tupiniquim embarcou em meados do mês passado na história mais furada deste ano &#8211; ou dos últimos dois anos: a publicação das falsas fotografias do jornalista Vladimir Herzog torturado e morto por militares em outubro de 1975.</p>
<p>A história provocou uma crise militar e culminou com o pedido de demissão do ministro da Defesa. Quando restou provada que as fotografias não eram de Herzog, mas de um padre canadense, a mídia não bateu no peito envergonhada nem pediu desculpas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1">
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</div></div>
<p>Tudo bem que se condene a proposta da criação do Conselho Federal de Jornalismo. Eu mesmo sou contra. Mas a mídia deveria oferecer uma contrapartida a isso. No mínimo, deveria se tornar mais rigorosa com seus próprios erros. E confessá-los com estardalhaço.</p>
<p>&nbsp;</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>(Publicado aqui em 8 de novembro de 2004)</p>
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FHC propaganda

HÁ VINTE ANOS – A mídia cega, surda e muda

<p>O único ato de humilhação de um presidente brasileiro diante de uma autoridade estrangeira não foi o que o baiano Antônio Andrade fotografou no dia 6 de agosto de 1958 e o Jornal do Brasil publicou no dia seguinte, tornando-se um registro histórico.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Na foto, Juscelino Kubitschek, de pé, estende a mão para John Foster Dulles, então secretário de Estado dos Estados Unidos. À época, fazia sucesso uma marchinha de Carnaval cujo refrão dizia: “Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí”.</p>
<p>Publicada com o título “Me dá um dinheiro aí”, a foto dava a impressão de que Juscelino suplicava por ajuda, e que por sua vez o secretário-norte americano abria uma carteira à cata de dinheiro.  Não foi nada disso, como se soube depois.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Juscelino e Dulles já haviam se cumprimentado. Mas, a pedido de um fotógrafo da revista O Cruzeiro que chegara atrasado à cerimônia, estavam dispostos a repetir o gesto. Foi o que me contou Andrade quando trabalhamos juntos na revista Veja.</p>
<p>A oposição a Juscelino, à frente Carlos Lacerda, dono do jornal Tribuna da Imprensa, deitou e rolou em cima da foto. Furioso,  Juscelino ameaçou enquadrar o Jornal do Brasil na Lei de Segurança Nacional. O editor-chefe do JB pediu demissão.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1">
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<p>Se não fosse o título dado à foto de Andrade, a história da imprensa brasileira poderia ter sido outra. Estava pronto sobre a mesa de Juscelino o decreto que concedia um canal de televisão ao JB. Juscelino recusou-se a assiná-lo.</p>
<p><iframe loading="lazy" title="1959 - Moacir Franco - Me dá um Dinheiro Ai" width="500" height="375" src="https://www.youtube.com/embed/2_kXuEuJMhY?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
</p>

Me-da-um-dinheiro-ai1

Nos tempos de Juscelino Kubitschek e das marchinhas de Carnaval

<p>A eleição de Trump será boa ou ruim para o Brasil? Respostas de 3.348 leitores:<br />
Boa &#8211; <strong>56%</strong><br />
Ruim &#8211; 25,1%<br />
Sei lá &#8211; 18,8%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

Foto colorida de pessoas segurando cartazes depois que o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, se dirigiu a apoiadores em um comício da campanha Latinos para Trump na Central Christian University, em 10 de outubro de 2020 - Metrópoles

latinos votam no Trump (3)

Trump e o Brasil

<p>É tal o desespero de Bolsonaro com a possibilidade de vir a ser condenado por roubo de joias e tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito, que ele decidiu pedir ajuda a Donald Trump, eleito pela segunda vez presidente dos Estados Unidos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>E o fez de maneira vergonhosa e humilhante. Seguem os principais trechos da sua entrevista à Folha de S. Paulo:</p>
<p>Sobre a vitória de Trump</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>“Vai refletir no mundo. É um país que é a maior democracia do mundo, projeta poder, que fez valer a sua força. Não tivemos conflito no mundo enquanto o Trump estava lá. E ele gosta de mim. Acredito que só o fato da eleição dele, o que ele tem falado, de liberdade, Elon Musk [empresário e dono do X] está do lado dele, é um sinal para todo mundo de que ele quer uma democracia para o mundo. [&#8230;] Sempre tive um bom relacionamento com ele”.</p>
<p>Sobre a situação de Trump e a sua</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1">
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</div></div>
<p>“Quase tudo o que acontece lá acontece aqui. Lá teve [a invasão do] Capitólio, que teve mortes. Tentaram de todas as maneiras colocar na conta dele [Trump]. Lógico, ele é uma pessoa de uma diferença enorme em relação a mim, foi presidente de um país muito rico, fantástico, tem boas amizades com todo mundo, o cara é bilionário. Enfrentou a perseguição do Judiciário. Eu aqui me esquivo. Mas não deixa de ser uma sinalização para cá de ‘faça as coisas direito’. [&#8230;] Fui o último chefe de Estado a reconhecer a vitória do [Joe] Biden, ele [Trump] não esquece isso. E eu sei o meu lugar perto dele. Eu estou para ele como o Paraguai está para o Brasil.”</p>
<p>Sobre seu desejo de voltar a ser presidente</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>“Ser presidente é uma merda. Eu não sei como é que cheguei à Presidência. Aconteceu. Dei o melhor de mim. Estava preparado? Não estava. Apesar de 28 anos de Parlamento, quando você vê aquela cadeira lá, cai para trás. Agora, a minha pretensão [é a] de voltar. Eu tenho um sonho. Qual é o sonho? De ajudar o Brasil.”</p>
<p>Sobre Trump e o seu sonho de se recuperar</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>“Passa por ele. É igual uma caminhada de mil passos, você tem que dar o primeiro, tem que dar o décimo. E o Trump é um passo importantíssimo. Eleger uma boa bancada. Hoje teria 20% da Câmara e 15% do Senado. É muito pouco. Acredito que vem uma bancada enorme em 2026 [no Senado].”</p>
<p>Sobre sua amizade com Trump</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p>O Eduardo [Bolsonaro] tem amizade enorme com ele [Trump]. Tanto é que, de 85 convidados [Trump recebeu convidados em Mar-a-Lago, na Flórida, para acompanhar a apuração], ele [Eduardo] foi e botou mais dois para dentro, o Gilson [Machado, ex-ministro do Turismo de Bolsonaro] e o filho do Gilson. Ele [Trump] me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixonar por alguém de graça, né? Essa paixão veio da forma como eu o tratava, sabendo o meu lugar.”</p>
<p>Sobre ser convidado para ir à posse de Trump</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gtp-ad-refinery89-square-1"></div></div>
<p>“Se o Trump me convidar, vou peticionar ao TSE, ao STF. Agora, com todo o respeito, o homem mais forte do mundo [Trump]&#8230; Você acha que ele vai convidar o Lula? Talvez protocolarmente. Quem ele vai convidar do Brasil? Talvez só eu. Ele [o ministro Alexandre de Moraes] vai falar não para o cara mais poderoso do mundo? Eu sou ex. O cara vai arranjar uma encrenca por causa do ex? Acha que vou para os Estados Unidos e vou ficar lá?”</p>
<p>Sobre sua inelegibilidade e o apoio de Trump</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>“Acredito que o Trump gostaria que eu fosse elegível. Ele que vai ter que dizer isso aí, mesmo que tivesse conversado com ele, não falaria. [Mas] tenho certeza de que ele gostaria que eu viesse [a ser] candidato.”</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>PS:  Trump é um fenômeno político. Bolsonaro não passa de uma caricatura grosseira de Trump. Por quatro anos, Trump manteve-se à tona e está de volta. Bolsonaro foi o único presidente brasileiro que não se reelegeu e que poderá ser novamente condenado e preso.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>


Exemplo de democracia

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