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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

29 – 11 – 2024

Charge do Aroeira

<p>Militares da ativa que quiserem disputar eleições deverão&#8230; Respostas de 1.294 leitores:<br />
Apenas se candidatar &#8211; 10,9%<br />
Ir antes para a reserva &#8211; <strong>89,1%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

Imagem colorida, farda do exército brasileiro; militar - Metrópoles

foto-Ataque-em-boate-deixa-6-pessoas-feridas-3-são-militares-do-Exército

Freio nos militares

<p><em>&#8220;Para pacificar o Brasil, alguém tem que ceder. Quem? Alexandre de Moraes. Em 1979, foi anistiada gente que matou, soltou bomba, sequestrou. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre no tocante à anistia, estaria tudo resolvido. Não querem pacificar?”</em> (<strong>Bolsonaro</strong>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

Ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de autoridades, concede coletiva de imprensa no aeroporto de Brasília Metropoles 7

Frase do dia

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro tem algo a ver com a morte da vereadora Marielle Franco?  Respostas de 4.396 leitores:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Tem &#8211;<strong> 48,1%</strong></p>
<p style="font-weight: 400;">Não tem &#8211; 31,9%</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Não sei &#8211; 20%</p>
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<p>TeroVesalainen/Pixabay</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
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interrogação dúvida

Bolsonaro e Marielle, o que é que tem?

Bolsonaro e Marielle, o que é que tem? | Metrópoles

<p>O destino político de Milei na Argentina provavelmente será o mesmo de Bolsonaro. Deverá perder as próximas eleições presidenciais. Um governante não vive somente do discurso de radicalização contra as elites, sempre não cumpridas. Tem que fazer algo que resulte em benefícios para a população.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Na popularidade, a avaliação negativa em cerca de 48% superou a positiva em cerca de 43% em outubro deste ano. Na economia, o FMI atualizou a estimativa do PIB Argentino para 2024 com decréscimo de -3,5% em moeda nacional. Devido à variação do câmbio de -19% em 2024 até o momento, o baque em dólares correntes será muito maior, perdendo o valor relativo dentre os PIBs mundiais. E a população que vive abaixo da linha de pobreza chegou a 16 milhões de pessoas nos primeiros seis meses de governo, em um aumento de 3,4 milhões de pessoas.</p>
<p>Há uma diferença entre Milei, Bolsonaro e Trump, entretanto, para ficar somente deste lado do mundo de cá, em relação a concepções sobre a economia e sociedade. Segundo Edson Nunes, Ph.D. em Ciências Políticas por Berkeley e ex-Presidente do IBGE, exímio observador da política e dos fenômenos sociais, Milei acredita que do “caos” surgirá o “homem econômico”, de Adam Smith, ou o homem em seu “estado natural”, com a propensa tendência de “barganhar e trocar uma coisa pela outra”. Milei tenta suprimir, então, as instituições “Peronistas”, na esperança que do “caos” surja a “bonança”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Mas, como Edson Nunes cita em brilhante postagem no Facebook, por aqui dominam as “Organizações Tabajara”, à “destra”, e à “sinistra”, que a tudo abafa e a nada deixa desenvolver. Ou, como diz Stinchcombe, o “mercado” sempre existe, dentro dos “limites culturais” de cada povo e país. E, adicionando o que diz Philippe Schmitter, o Brasil, e outros países da America Latina, são casos extremos de sucesso de controle da economia e da política pelas elites.</p>
<p>Milei, “El loco”, caminha célere para a derrocada.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>&nbsp;</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p><em>Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div></p>

Javier Milei canta durante lançamento de livro - Metrópoles

Javier-Milei-canta-durante-lançamento-de-livro

Milei e a Argentina (por Ricardo Guedes) 

<p>A indignação vende. Quem mexe os cordelinhos da desinformação na internet, seja quem for , sabe disso melhor do que ninguém e usa isso a seu favor para amplificar suas narrativas. Um estudo publicado esta quinta-feira na revista Science mostra que as publicações nas redes sociais que contêm informações falsas provocam mais indignação do que aquelas que incluem informações fiáveis. E é precisamente essa emoção que facilita a propagação de mentiras pela Internet.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Para chegar a essa conclusão, Killian McLoughlin, doutorando em psicologia e política social na Universidade de Princeton e principal autor da pesquisa, e sua equipe analisaram mais de um milhão de links no Facebook e 44 mil postagens na rede social, classificando as fontes como confiáveis ou desinformativo. Eles então conduziram dois experimentos nos quais mediram a indignação gerada por certas manchetes – verdadeiras e falsas – em 1.475 participantes. McLoughlin concluiu que “as pessoas podem partilhar informações ultrajantes sem verificar a sua exatidão, porque a partilha é uma forma de sinalizar a sua posição moral ou o pertencimento a determinados grupos”. E isso parece importar mais do que a verdade ou a mentira.</p>
<p>À luz dos resultados, Ramón Salaverría, professor de Jornalismo da Universidade de Navarra e coordenador do Observatório Ibérico dos Meios Digitais, assegura que “esse estudo confirma com fortes evidências empíricas a hipótese de que as emoções desempenham um papel fundamental nos processos de comunicação pública”. O especialista acredita que a principal novidade deste estudo é que “detecta que a indignação é especificamente a emoção chave na ativação dos processos de disseminação de falsidades”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Sander Van Der Linden, diretor do Laboratório de Tomada de Decisões Sociais de Cambridge, que não esteve envolvido na pesquisa, confirma que a indignação é uma emoção muito intensa e negativa. “Não acho que a maioria das pessoas goste de experimentar isso. Pode haver um sentimento de indignação moral coletiva face aos acontecimentos mundiais que pode ser socialmente gratificante, mas, de um modo geral, não é uma emoção que as pessoas persigam.”</p>
<p>Então, qual é a recompensa? Van Der Linden arrisca uma hipótese: “Os usuários que compartilham esse tipo de notícia, verdadeira ou falsa, buscam interação, pois isso leva tanto à validação social quanto a recompensas financeiras em plataformas como X. Se você produz conteúdo que gera muita interação, você pode monetizá-lo, o que cria incentivos perversos nas redes sociais.” O negócio da indignação existe, muitas vezes impulsionado pela amplificação algorítmica das próprias plataformas.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Primeiro eu compartilho, depois leio</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Os pesquisadores também descobriram que os usuários são mais propensos a compartilhar informações falsas e indignantes sem lê-las primeiro. Esta descoberta coincide com a de outro estudo publicado dias atrás na revista Nature Human Behavior . Uma análise de mais de 35 milhões de publicações com links para notícias que circularam na rede social com grande virulência entre 2017 e 2020, mostrou que três em cada quatro usuários as compartilharam sem clicar ou ler seu conteúdo. Ou seja, se você encontrou este artigo no Facebook e está lendo estas linhas, você foi muito além de 75% dos usuários.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Esta segunda pesquisa sugere que a maioria dos internautas se limita a ler manchetes e notas curtas sem se envolver muito com a informação. S. Shyman Sundar, co-diretor do Laboratório de Pesquisa de Efeitos de Mídia da Penn State e principal autor do estudo, diz que sempre se preocupou com a facilidade com que os usuários das redes sociais confiam no que veem por aí. “Neste projeto, meus colaboradores e eu nos perguntamos se as pessoas leem e verificam o que compartilham”, acrescenta. A resposta à sua pergunta é categórica na maioria dos casos: não.</p>
<p>“O fato de o percentual de pessoas que compartilham notícias sem lê-las chegar a 75% nos chocou muito”, diz o pesquisador. Embora os dados deste estudo tenham sido limitados ao Facebook, Shyman diz que os padrões não deveriam ser diferentes em outras plataformas como X. “O que descobrimos é uma tendência psicológica, um padrão de comportamento online que resulta da função de compartilhamento de conteúdos. Portanto, desde que uma plataforma ofereça esse recurso, provavelmente veremos resultados semelhantes.”</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Agora, por que fazemos isso? Todos os especialistas consultados concordam que grande parte da responsabilidade reside na sobrecarga de informação. “Somos bombardeados diariamente com informações de todos os tipos de mídia por meio de diversos dispositivos, o que esgota nossa capacidade mental. Assim, economizamos nossos recursos cognitivos recorrendo a atalhos, como ler apenas as manchetes e clicar imediatamente no botão de compartilhar, sem pensar muito nas consequências de nossos atos”, arrisca Shyman.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>(Transcrito do El País)</p>


fake news

Criadores de boatos (Por Facundo Macchi)

Camila Xavier

<p>Uma das medidas de <a href="https://www.metropoles.com/brasil/corte-de-gastos-entenda-o-pacote-fiscal-de-haddad-ponto-a-ponto" target="_blank" rel="noopener">cortes de gastos</a> apresentadas pelo <a href="https://www.metropoles.com/tag/governo-lula" target="_blank" rel="noopener">governo Lula</a> é a possibilidade de bloquear até 15% das emendas parlamentares, o que corresponderá a R$ 7,5 bilhões em 2025.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>O deputado federal <a href="https://www.metropoles.com/tag/jose-guimaraes" target="_blank" rel="noopener">José Guimarães</a> (PT-CE), em entrevista exclusiva a este blog, afirmou que a medida faz parte de um acordo prévio com os líderes no <a href="https://www.metropoles.com/tag/congresso-nacional" target="_blank" rel="noopener">Congresso</a>.</p>
<p><strong>Veja os destaques da entrevista:</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<h3>O pacote de cortes de gastos será aprovado da forma que foi apresentado?</h3>
<p>As medidas anunciadas pelo Ministro Haddad são consistentes, tiveram boa acolhida por parte dos líderes que participaram da reunião com o presidente Lula e com Haddad e boa acolhida por parte dos dois presidentes, Câmara e Senado, Arthur Lira e Pacheco.</p>
<p>Eu vejo boas condições, acredito que, havendo muito diálogo e debatendo, temos boas condições de votá-las, sobretudo a PEC e o projeto de lei complementar, até o final do ano.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>A reforma da renda ficará para 2025, até porque é uma discussão mais ampla, relacionada com a reforma tributária.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<h3>O pacote prevê a possibilidade de bloqueio de 15% das emendas parlamentares. Não pode haver resistência no Congresso?</h3>
<p>Nós, parlamentares, votamos o PLP 175 [com as novas regras das emendas parlamentares] com o compromisso que viria depois, por isso que veio, um bloqueio de até 15%.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<blockquote><p>É uma medida fundamental para dar governabilidade na execução orçamentária e foi um entendimento que tivemos com os líderes.</p></blockquote>
<h3>O governo chegou a debater alguma medida para combater a sonegação de impostos?</h3>
<p>Todos os programas passarão por um pente-fino para corrigir distorções e fraudes. Uma determinação: não se retira direito de quem tem direito; essa é uma orientação do presidente Lula.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p>Evidentemente, faremos um esforço muito grande quando formos reformar a renda. Para poder isentar [quem ganha até R$ 5 mil], não se vai aumentar a carga tributária, vai puxar de quem sonega, de quem não paga.</p>
<p>Tem muita gente no Brasil que vive somente da especulação e não paga Imposto de Renda. Nós vamos fazer esse equilíbrio; quem não paga, tem que pagar para poder ajudar aquele que precisa de uma maior isenção.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-4"></div></div>
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<h3>A proposta de reforma da renda prevê o aumento da tributação para quem ganha acima de R$ 50 mil, mas não para quem é CLT, sim para os que ganham em cima de dividendos?</h3>
<p>Sobretudo isso, porque é uma loucura quem ganha, quem especula, quem ganha dividendos não pagar [Imposto de Renda].</p>
<p>Tem uma reação normal. Quando eu vejo o pessoal do mercado [falar] “é um pacote tímido”. Veja bem, o pacote deveria ser mais ousado para tirar deles e não dos de baixo, porque, para eles, só resolveria se desvinculasse o salário mínimo da previdência, se cortasse o BPC.</p>
<p>O nosso governo não vai retirar direitos. Por isso, tem essas reações e faz parte do jogo. Acho que foi uma equação fiscal muito bem articulada pelo Ministro Haddad.</p>


imagem colorida mostra deputado josé guimarães - Metrópoles

jose-guimaraes-2

José Guimarães: Bloqueio de emendas parlamentares faz parte de acordo

<p>Depois das ruas, as redações. Os jornalistas do canal estatal da TV ucraniana e de uma outra emissora aderiram à rebelião que busca anular as eleições ucranianas, sob suspeita de fraude generalizada para assegurar a vitória do candidato do governo, o premier Viktor Yanukovych.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Ontem, uma apresentadora do canal estatal UT1 anunciou no ar que não mais “contaria as mentiras do governo” e que toda a equipe estava indo à Praça da Independência para apoiar os protestos contra a anunciada fraude.</p>
<p>Pela primeira vez em anos, a UT1 mostrou as versões da oposição de maneira mais equilibrada, depois que a direção da emissora aceitou as pressões dos jornalistas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Até uma apresentadora que usa a linguagem dos sinais ignorou o roteiro pró-governo dito simultaneamente por outra apresentadora aos telespectadores. Afirmou que o que a outra dizia era falso.</p>
<p>No canal One Plus, pró-governo, os jornalistas também se sublevaram: forçaram o editor do noticiário a se demitir e se recusaram a produzir boletins favorecendo Yanukovych, em protesto contra a censura à oposição.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Num boletim especial, o diretor do canal, Aleksander Rodnyansky, anunciou que a emissora retomaria sua cobertura imparcial dos eventos.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>&#8211; Compreendemos nossa responsabilidade pelas notícias tendenciosas que o canal tem apresentado sob pressão e ordem de várias forças políticas &#8211; disse ele.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p>(Publicado aqui em 28 de novembro de 2004)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
</p>

Yanukovych

Há VINTE ANOS – O bom exemplo dos jornalistas ucranianos

Guga Noblat

<p>Depois de governar quatro anos só pensando em dar um golpe de Estado, de jogar os brasileiros contra a Justiça, de lançar a descrença sobre o processo eleitoral e de apelar aos militares para que abolissem a democracia, o que Bolsonaro, agora, propõe?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>A pacificação do país. Sim, uma anistia para todos os golpistas, inclusive ele. Seria o caso de lhe perguntar: “Se o golpe tivesse sido aplicado, haveria anistia para os presos pelo novo regime e indenização para as famílias dos que foram mortos?”</p>
<p>Nós, jornalistas, não parecemos interessados em fazer as perguntas certas a Bolsonaro, nem a contestá-lo face a face. O que mais nos interessa é arrancar dele declarações, se possível originais e bombásticas, para esquentar o noticiário e atrair mais likes.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>A minuta do golpe de dezembro de 2022 teve três ou mais versões. Em uma delas, revisada pelo próprio Bolsonaro, estava previsto o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.</p>
<p>Em nenhuma das versões falava-se em pacificar o país. Com receio de ser preso a qualquer momento, ou o mais tardar depois de julgado e condenado, Bolsonaro passou a clamar por uma anistia ampla, geral e irrestrita, e quanto mais rápida melhor. Diz</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>&#8211; Para pacificar o Brasil, alguém tem que ceder. Quem? Alexandre de Moraes. Em 1979, foi anistiada gente que matou, soltou bomba, sequestrou, roubou. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre no tocante à anistia, estaria tudo resolvido.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Bolsonaro esqueceu que a ditadura militar de 64 matou, soltou bomba, sequestrou, roubou e torturou à vontade. E que a anistia de 1979, que permitiu a volta dos exilados, perdoou todos os chamados “crimes de sangue” cometidos pelos militares.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Até outro dia, Bolsonaro negava que tivesse conversado com comandantes militares sobre a possibilidade de golpe. Ele jamais faria algo “fora das quatro linhas da Constituição”. Ontem, admitiu ter conversado sobre “artigos da Constituição”. Mas para quê?</p>
<p>Ele respondeu vagamente, sem que que lhe cobrassem precisão: “[&#8230;] para voltar a discutir o processo eleitoral. Mas a ideia logo foi abandonada”. Por que discutir o processo eleitoral se ele fôra concluído e o presidente eleito diplomado pela justiça?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p>A auditoria encomendada pelo Partido Liberal de Bolsonaro  encontrou provas ou vestígios de fraude no processo eleitoral? Não encontrou. E a auditoria encomendada por Bolsonaro ao Ministério da Defesa encontrou provas ou vestígios? Também não.</p>
<p>Ora, então por que diabos, Bolsonaro não reconheceu a vitória de Lula, reuniu-se dezenas de vezes com militares e civis que defendiam um golpe de Estado e viajou em seguida aos Estados Unidos para não passar o comando do país ao seu sucessor?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p>De volta ao início: porque ele governou – ou desgovernou o país – só pensando em dar um golpe. Se fosse reeleito, daria um golpe por dentro corroendo as instituições e mudando as leis com a ajuda de um Congresso comprado com dinheiro.</p>
<p>Se derrotado no voto, permaneceria no poder com o apoio das Forças Armadas. A maioria dos 16 generais do Alto Comando do Exército foi contra o golpe. A totalidade dos generais, porém, assistiu sem se mexer à tentativa de golpe em 8 de janeiro.</p>
<p>Na noite daquele dia, quando um destacamento da Polícia Militar foi prender os golpistas acampados à porta do QG do Exército, o general Júlio César de Arruda, comandante do Exército, mobilizou sua tropa e não deixou. A prisão só ocorreu no dia seguinte.</p>
<p>Muitos dos acampados aproveitaram a madrugada para fugir – entre eles, dezenas de parentes de militares.</p>


Ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de autoridades, concede coletiva de imprensa no aeroporto de Brasília Metropoles 4

Bolsonaro apela a Lula e Alexandre de Moraes para não ser punido

<p>Escrevo este texto porque, ao ler sobre a morte do jornalista iraniano Kianush Sanjari, senti que era essa a sua vontade: que alguém escrevesse sobre Fatemeh Sepehri, Nasrin Shakarami, Toomaj Salehi e Arsham Rezaei.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Poucos sabem quem eles são. Até Sanjari se suicidar, eu só conhecia um, o rapper Salehi.</p>
<p>No dia 13 de manhã, Sanjari escreveu nas redes sociais que iria matar-se se até às 19h os quatro prisioneiros políticos não fossem libertados. Às 19h, sem notícias de qualquer libertação, publicou uma fotografia tirada da cobertura de um centro comercial no centro de Teerão e atirou-se.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Escrevo sabendo que de nada serve. Ainda assim, aqui vai.</p>
<p><strong>Fatemeh Sepehri, presa desde 2022</strong></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>Fatemeh Sepehri, 60 anos, é uma activista política e defensora dos direitos das mulheres. Em 2004, viúva há 20 anos, licenciou-se em Administração de Empresas pela Universidade Ferdowsi de Mashhad. Após as eleições iranianas de 2009, o &#8220;movimento verde&#8221; e os meses de protestos, tornou-se ativista. Um irmão, Mohammad Hossein Sepehri, assinou a célebre Carta dos 14 Ativistas Políticos, em 2019, no 10.º aniversário das eleições de 2009, que pede democracia no país e a demissão do ayatollah. Os dois irmãos estão presos.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Sepehri foi detida a primeira vez em setembro de 2022, durante os protestos Mulher, Vida, Liberdade, contra a morte de Mahsa Amini e o uso obrigatório do véu religioso. Passou 30 dias no Ministério da Informação, onde foi submetida a interrogatórios, e a seguir foi para a prisão de Vakilabad.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Em janeiro de 2023, um tribunal condenou-a a um ano de prisão e uma multa de 20 milhões de tomans por &#8220;espalhar falsidades, perturbar a opinião pública através de atividades nos meios de comunicação social e presença em meios de comunicação fora do Irã&#8221;, diz a Comissão dos EUA para a Liberdade Internacional Religiosa.</p>
<p>Este verão, Sepehri foi condenada a mais 18 anos e meio de prisão depois de ter feito esta declaração pública: &#8220;Condeno o ataque do Hamas a Israel e digo em voz alta que a nação iraniana apoia a nação israelense. A República Islâmica e os seus agentes gastam a riqueza do Irã para comprar balas e atacar Israel. Nós, o povo do Irã, não queremos a guerra nem a matança de pessoas indefesas. Condeno mais uma vez o ataque do Hamas. Desde a ascensão ao poder de Ali Khamenei e a fundação da República Islâmica, o Médio Oriente não tem visto paz.&#8221; O Tribunal Revolucionário de Mashhad condenou-a na segunda sessão do julgamento por &#8220;propaganda contra o regime&#8221;, &#8220;colaboração com governos estrangeiros hostis&#8221;, &#8220;insulto aos ayatollahs Ruhollah Khomeini e Ali Khamenei&#8221; e &#8220;reunião e conluio contra a segurança nacional&#8221;.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>No ano passado, Sepehri, muito doente, foi hospitalizada. Tem diabetes e hipertensão. Foi operada do coração e, uma semana depois, reenviada para a prisão. Em outubro, foi hospitalizada de novo. Diz a agência americana que ter-lhe-ão sido &#8220;negados os cuidados médicos adequados&#8221;.</p>
<p><strong>Nasrin Shakarami, presa em 2024</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Nasrin Shakarami é a mãe de Nika Shakarami, de 16 anos, morta a 20 de setembro de 2022, durante os protestos Mulher, Vida, Liberdade, quatro dias depois da morte de Masha Amini.</p>
<p>Nika destacou-se da multidão ao subir em um contentor de lixo no Parque de Laleh, em Teerã, com um lenço a arder e o cabelo descoberto.</p>
<p>Nove dias depois, a mãe soube que estava morta. Pediu explicações e o governo disse-lhe que Nika se tinha suicidado e que a morte não tinha nada que ver com os protestos. Mas quando foi identificar o corpo à morgue, a mãe notou que as mãos, pés e o tronco da filha não tinham qualquer sinal de violência e que a cara, ossos faciais, dentes e cabeça estavam partidos, e o crânio tinha uma contusão tão grande que estava amolgado.</p>
<p>Um mês depois, a televisão estatal CCTV transmitiu uma &#8220;reportagem&#8221; na qual apresentou a teoria do suicídio, mostrando imagens de um suposto vídeo que teria sido captado por uma câmara de vigilância onde se vê uma rapariga parecida com Nika a entrar no prédio de onde ela teria saltado. A mãe diz que não tem dúvida de que aquela não é a sua filha e mesmo quem que não conheceu Nika consegue ver que as raparigas são diferentes.</p>
<p>Pouco depois, a unidade de investigação da BBC recebeu um documento classificado como &#8220;altamente secreto&#8221;, seis páginas de um dossier de 350 sobre os protestos de 2022, que incluem entrevistas às forças policiais e militares que prenderam Nika e que estavam na carrinha onde a adolescente terá sido morta.</p>
<p>O relatório secreto, diz a BBC, revela &#8220;uma versão muito diferente das razões que levaram à sua morte e dos homens envolvidos&#8221;. A BBC dedicou &#8220;meses a verificar a autenticidade&#8221; do documento com &#8220;múltiplas fontes independentes&#8221;. Nika Shakarami terá sido morta dentro do carro das forças policiais a caminho da prisão, depois de um ato de abuso sexual. Um dos homens terá metido as mãos dentro das suas calças, a rapariga gritou e insultou-o, ele bateu-lhe na cabeça com muita violência e Nika morreu. Sem saberem o que fazer, com a adolescente morta no carro, os guardas ligaram às chefias, que lhes disseram para abandonarem o corpo numa rua.</p>
<p>Desde cedo que Nasrin Shakarami acusa publicamente as autoridades de terem assassinado a sua filha. Foi presa há pouco tempo.</p>
<p><strong>Toomaj Salehi, condenado a prisão perpétua</strong></p>
<p>Foi também em outubro de 2022, durante os protestos Mulher, Vida, Liberdade, que Toomaj Salehi, um rapper de 33 anos, foi detido por causa das suas canções a criticar o regime. Foi acusado de &#8220;espalhar corrupção na Terra&#8221; e condenado à morte pelo Tribunal Revolucionário de Isfahan.</p>
<p>Em 2021, o Irã executou 853 pessoas e, em 2022, 600. Salehi passou um ano na prisão e foi libertado sob caução em 2023. Mas em maio deste ano publicou um vídeo nas redes sociais no qual revelava pormenores sobre a sua prisão: foi &#8220;severamente torturado&#8221;, ficou com &#8220;ossos partidos&#8221;, &#8220;lesões oculares&#8221; e &#8220;dentes partidos&#8221;. Injetaram-lhe alguma coisa no pescoço que, disse-lhe outro preso, era adrenalina, para que se mantivesse consciente e sentisse o máximo de dor. Disse também que tinha sido posto em isolamento durante 252 dias seguidos e privado de cuidados médicos vitais.</p>
<p>No vídeo, o rapper amigo do cineasta Jafar Panahi conta que essa foi a quarta vez que foi preso. Nas vezes anteriores, por causa de canções a criticar o regime e a pedir liberdade e democracia. Logo a seguir ao vídeo, o músico foi preso outra vez. A pena de morte terá sido alterada para prisão perpétua.</p>
<p><strong>Arsham Rezaei, preso em 2023</strong></p>
<p>Este outubro, o Tribunal de Apelação de Teerã manteve a sentença de 50 chicotadas e uma multa de 16 milhões de tomans a Arsham Rezaei, preso na famosa prisão de Evin desde o ano passado. As novas acusações decorrem de um caso iniciado durante a sua prisão.</p>
<p>Preso por agentes de inteligência do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Rezaei foi condenado em dezembro a 15 anos de prisão. A sua condenação foi decidida num processo conjunto no qual o juiz terá condenado 11 presos políticos a 95 anos de cadeia. É talvez a sétima ou oitava vez que o ativista é preso.</p>
<p>Em agosto de 2023, Rezaei publicou um vídeo no Instagram onde conta que 12 agentes do Governo tocaram à porta da casa da sua mãe. Identificando-se como &#8220;funcionários do departamento de eletricidade&#8221;, invadiram a casa e confiscaram todos os seus documentos e cartões bancários. Foi preso dois meses depois. Em 2018, foi julgado no Tribunal Revolucionário de Teerã sem a presença de um advogado de defesa e condenado a uma pena suspensa de oito anos e seis meses sob a acusação de &#8220;propaganda contra o sistema&#8221;, &#8220;reunião e conluio com a intenção de agir contra a segurança nacional&#8221; e de &#8220;insultar os líderes&#8221; do país.</p>
<p>Não sei que razões levaram Sanjari a escolher estes quatro presos políticos. Há centenas de presos políticos no Irão, muitos deles jornalistas.</p>
<p>Sei que Sanjari foi preso, libertado, que conseguiu fugir do país e em 2008 chegou aos EUA, onde recebeu o estatuto de exilado político. Até 2016, trabalhou como jornalista para o serviço de notícias em farsi da rádio e agência de notícias Voice of America, ao mesmo tempo que fazia trabalho de pesquisa em organizações de direitos humanos. Em 2016, a mãe ficou doente e Sanjari voltou para o Irã. Os amigos dizem que acreditou que já ninguém se lembraria dele, tantos anos depois. Mas foi preso e condenado a 11 anos de prisão, dos quais cumpriu cinco.</p>
<p>Agora, antes de saltar, escreveu no X: &#8220;Ninguém devia ser preso por exprimir as suas opiniões. Protestar é o direito de cada cidadão iraniano.&#8221;</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>(Transcrito do PÚBLICO)</p>


Pessoas caminham pelas ruas de Teerã, capital do Irã, após as explosões ouvidas nas cidades de Isfahan e Tabriz - Metrópoles

Pessoas caminham pelas ruas de Teerã, capital do Irã, após as explosões ouvidas nas cidades de Isfahan e Tabriz

Kianush Sanjari matou-se para escrevermos sobre isto (Por Bárbara Reis

<p>Arrisquei entrevistar diretamente uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA), para tirar a limpo essa polêmica sobre a possibilidade de alguma IA ter um surto golpista e dominar o mundo. Na falta de algum algoritmo mais sofisticado que topasse a sabatina, apelei para um site de busca que dispõe de uma IA experimental gratuita.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Como a IA, apesar de grátis, não me pareceu boba, procurei adotar uma abordagem furtiva na entrevista (será que ela percebeu e me enrolou?). Pra disfarçar, comecei com uma pergunta direta à IA sobre sua capacidade efetiva de pensar para, em seguida, sondá-la sobre sua índole. Vejam o resumo da conversa.</p>
<p><strong>Pergunta 1:</strong> A inteligência Artificial pensa?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p><strong>Resposta da IA</strong>: Sim, a IA pode pensar, [&#8230;] visa criar máquinas e computadores que raciocinam, aprendem e atuam de forma similar ao pensamento humano.</p>
<p><strong>Pergunta 2:</strong> A IA é benéfica para a humanidades?</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p><strong>Resposta da IA:</strong> Sim, a Inteligência Artificial pode ser benéfica em aspectos, como:</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>Segurança digital &#8211; IA pode ajudar a identificar criminosos e comportamentos suspeitos;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Tomada de decisão &#8211; IA pode processar dados em tempo real e antever eventos futuros, permitindo que as ações sejam planejadas;</p>
<p>Automação de tarefas &#8211; IA pode realizar tarefas que são difíceis, perigosas ou tediosas para os seres humanos;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Personalização de experiências &#8211; IA pode personalizar experiências, como direcionar o conteúdo publicitário de acordo com o histórico de uso de uma rede social;</p>
<p>Saúde &#8211; IA pode ajudar em diagnósticos e pesquisas, [&#8230;] melhorar a precisão e personalização do atendimento ao paciente;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Biodiversidade &#8211; IA pode prever problemas relacionados às mudanças climáticas, acelerar a proteção do meio ambiente.</p>
<p><strong>Pergunta 3:</strong> Quais são os riscos oferecidos pela IA para a humanidade?</p>
<p><strong>Resposta da IA</strong>: IA pode trazer diversos riscos para a humanidade, como:</p>
<p>Privacidade &#8211; IA pode coletar, analisar e interpretar grandes volumes de dados, o que pode levar a violações de privacidade;</p>
<p>Desemprego &#8211; IA pode substituir ou reduzir o papel do ser humano, o que pode causar desemprego em massa;</p>
<p>Desigualdade social &#8211; A automação de atividades pode aumentar a vantagem do capital sobre o trabalho;</p>
<p>Desinformação &#8211; IA generativa pode criar grandes quantidades de conteúdo falso, de forma rápida e barata;</p>
<p>Alucinações da IA &#8211; IA pode inventar respostas para perguntas para as quais não tenha uma resposta;</p>
<p>Corrida armamentista &#8211; Os países podem se envolver em uma corrida armamentista de IA, com rápido desenvolvimento de tecnologias de IA e consequências prejudiciais;</p>
<p>Dependência &#8211; Os estudantes podem depender exclusivamente dela, comprometer a criatividade e o pensamento crítico [humano].</p>
<p><strong>Pergunta 4:</strong> A IA pode superar o ser humano?</p>
<p><strong>Resposta da IA</strong>: [&#8230;] a IA tem alguns obstáculos para se igualar ao raciocínio humano, como a consciência, a ética, a compreensão de emoções, o julgamento moral e a empatia.</p>
<p><strong>Pergunta final</strong>: A Inteligência Artificial é confiável?</p>
<p><strong>Resposta da IA</strong>: Sim. No entanto, é importante garantir que a IA seja usada de forma responsável, justa, transparente e que respeite a privacidade das pessoas&#8230; [&#8230;] a IA pode ser prejudicial aos seres humanos. [Porém] a decisão de utilizar a IA como ferramenta construtiva ou destrutiva está nas mãos dos seres humanos.</p>
<p>Encerrada a entrevista, não é exagero achar que a IA foi bem elegante ao nos lembrar que &#8211; em plena era da computação quântica e do aprendizado de máquina &#8211; permanece atual o alerta de Thomas Hobbes, “O homem é o lobo do homem” (Leviatã, 1691).</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Felipe Sampaio: cofundador do Centro Soberania e Clima; atuou no setor privado; chefiou a assessoria do ministro da Defesa; dirigiu o sistema de estatísticas no ministério da Justiça; é chefe de gabinete da secretaria-executiva no Ministério do Empreendedorismo.</em></p>


IA pode ser a Pessoa do Ano da Time em 2024 - APOSTAS

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Entrevistando uma inteligência artificial (por Felipe Sampaio)

<p>Nesta semana o Brasil confirmou que sua democracia é frágil: só sobreviveu em 2022 graças a alguns comandantes legalistas, à autoridade de ministros do STF, ao clima político internacional, ao fato de que o presidente era um capitão desqualificado, não era um general de prestígio, e de que os golpistas não buscaram apoio popular com um programa de apelo social, beneficiando a população e eliminando privilégios e mordomias que democracia implantou ou ampliou. Graças à PF temos os golpistas identificados e presos, mas a fragilidade continua e sua prova mais visível é não sabermos se neste momento os militares na reserva consideram os presos como criminosos ou como patriotas incompetentes, apesar de que todos os atuais oficiais tinham no máximo 20 anos de idade quando o regime militar acabou.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Ao longo das quatro décadas de democracia, os únicos gestos do poder civil sobre as Forças Armadas foi a criação do Ministério da Defesa. Mesmo assim, estes ministros civis têm se comportado como líderes sindicais representando os interesses dos militares junto ao governo e como representantes do presidente para acalmar a tropa. Os próprios presidentes civis passam imagem de assustados diante da farda, cada um agindo para acalmar oficiais e para evitar golpe durante o seu mandato, sem ousar reestruturar as Forças Armadas para a democracia no futuro.</p>
<p>Mas o descuido com a questão militar não é a única omissão dos políticos levando ao enfraquecimento da democracia. Depois de quase meio século, a democracia está frágil por dívidas com o povo e com a nação: por não ter executado estratégia para a erradicação da pobreza, por não ter reduzido a brutal concentração de renda e por ter aumentado substancialmente os privilégios, concentrados tanto entre os ricos do setor privado quanto na parte aristocrática do setor público, especialmente entre os próprios políticos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>A democracia está frágil por confundir valores morais com bandeiras políticas e por isto perder apoio de milhões de eleitores devido a suas crenças religiosas que se sentem ameaçadas. Também porque, no lugar de mecanismos defensores da ética, a democracia demonstra aumento da corrupção. No lugar do uso decente dos recursos públicos, desvia centenas de bilhões para financiar partidos e emendas de interesses pessoais. Para ser forte, a democracia deve consolidar Forças Armadas democráticas, mas também deve ter forças políticas usando a democracia a favor do povo e do país, não em benefício próprio dos políticos e da parca rica.</p>
<p>As democracias são ameaçadas não apenas por forças golpistas de militares, mas também pelo apodrecimento interno devido à omissão das forças progressistas corrompidas, sem compromisso nem propostas transformadoras para os novos tempos.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
<p>A democracia ainda sobrevive porque os golpistas não tiveram a sensibilidade e a competência de obterem apoio popular com um programa econômico, social e moral que pague as dívidas que a democracia tem com o povo e a Nação. Em 2022, foi por apenas 1% de eleitores que a democracia prevaleceu sobre o candidato golpista. Se quisermos evitar novos golpes, precisamos enfrentar a questão militar, e pagar dívidas acumuladas nos 40 anos de democracia, oferecer um rumo para o futuro do Brasil, proposto por um discurso com credibilidade para atrair os eleitores, especialmente aos jovens.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
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Bolsonaro e militares

As fragilidades da democracia (por Cristovam Buarque)

<p>O velho, bom, mal-humorado e autoritário José Serra (PSDB) está de volta depois de ter sido eleito prefeito de São Paulo. O Serrinha Paz e Amor ficou perdido nas brumas da eleição recente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Ao apresentar, ontem, quatros futuros secretários, Serra recusou-se a responder a qualquer pergunta dos jornalistas. E proibiu os quatro escolhidos de responderem.</p>
<p>Um deles até tentou &#8211; mas o coordenador da equipe de transição de Serra, o ex-ministro Clóvis Carvalho, impediu-o de falar. Alegou que havia um acordo para que não se perguntasse nada.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>Os jornalistas negaram qualquer tipo de acordo. Resposta de Carvalho: &#8220;Está certo. Não foi combinado, foi estabelecido&#8221;.</p>
<p>Não digo que se sentiremos saudades da arrogância da prefeita Marta Suplicy (PT), recém-derrotada. Mas a arrogância de Serra também não deixará saudades.</p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div>
</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p>

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