Ricardo Noblat

Perfil

Charges

Artigos

Enquetes

Frases do dia

Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

Aroeira – 29 6 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">O Partido Democrata dos Estados Unidos deveria manter o presidente Joe Biden como candidato à reeleição ou trocá-lo por outro nome? Respostas de 1.743 leitores:<br />
Manter &#8211; 19,4%<br />
Trocar &#8211; <strong>80,6%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-2"></div></div></p>

Imagem colorida mostra Joe Biden de cabeça baixa - Metrópoles

Donald Trump And Joe Biden Participate In First Presidential Debate

Biden, fica ou sai?

<p><i>&#8220;Eu não fiz sexo com uma estrela pornô&#8221;</i>. (<b>Donald Trump</b>, em debate com o presidente Joe Biden, sobre sua condenação por fraude contábil ao ocultar um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. São os Estados Unidos em boas mãos)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Imagem colorida mostra Donald Trump fazendo careta - Metrópoles

Frase do dia

Guga Noblat

<p>Justin Sullivan/Getty Images</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-2"></div></div></p>

Hillary, Michelle ou Kamala? Quem poderia substituir Biden em chapa?

“Noites ruins acontecem”, diz Obama ao defender voto em Biden

Sob pressão após debate, Biden nega desistência: “Pretendo vencer”

Como é possível que a democracia americana tenha apenas Biden e Trump?

Biden, fica ou sai? | Metrópoles

<p style="font-weight: 400;">O presidente Joe Biden foi ao encontro de Donald Trump imaginando que o debate seria apenas mais um evento de campanha, como outros debates dos quais participou ao longo de sua extensa vida pública, inclusive com o próprio Trump. Estava gripado, um pouco rouco, mas achava que daria conta do recado.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Se vencesse, tudo bem, já vencera Trump em dois debates na eleição de 2020, o primeiro com mais folga do que o segundo. Se perdesse, campanha que seguiria normalmente, com chances de vitória para ambos os lados, e com um novo encontro marcado para novembro próximo, a poucos dias da eleição.</p>
<p style="font-weight: 400;">Mas o Trump do passado era muito diferente. A começar pelo fato de que o presidente era ele, e Biden o desafiante idoso que Trump acreditava abater com facilidade. A máquina poderosa do governo americano estava nas mãos de Trump e ele não teria escrúpulos em usá-la. Poucos presidentes, afinal, deixam de se reeleger.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Acontece que Biden deparou-se com um animal ferido, no ego, nos negócios, ameaçado por numerosos processos, sob o risco de ser preso, e disposto a sobreviver. E Biden, sem que se desse inteiramente conta disso, estava no pior de sua forma mental. Logo à primeira fala de Biden, deu-se o apagão que anunciou o desastre:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Seremos capazes de ajudar a garantir todas as coisas que precisamos fazer, cuidar de crianças, cuidar de idosos, garantindo que continuemos a fortalecer nosso sistema de saúde, garantindo que podemos fazer cada pessoa elegível para quê.. Tenho conseguido lidar com o COVID, desculpe, lidar com tudo que tem a ver com… finalmente, vencemos o Medicare”.</em></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Medicare é o plano de saúde criado pelo presidente Barack Obama; seu vice era Biden. O que o plano teria a ver com a garantia de “<em>fazer cada pessoa elegível”</em> para o “quê”? Foi Trump que teve de lidar com o Covid no pior momento da pandemia, não Biden. O Medicare segue de pé e não é para ser vencido, mas preservado.</p>
<p style="font-weight: 400;">Debates não definem a sorte de eleições, segundo especialistas no assunto. A não ser que produzam hecatombes memoráveis. Esse debate produziu. Não foi Trump que venceu o debate, foi Biden que perdeu. Trump foi o de sempre, enérgico, mas sem ideias, a mentir compulsivamente e a fugir das perguntas.</p>
<p style="font-weight: 400;">Em um comício, ontem, no estado da Virgínia, Trump tripudiou sobre seu oponente:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Alguém aqui assistiu a uma coisa chamada debate? Ele passou uma semana se preparando para o debate, conseguiu as regras, a data e os moderadores que queria, mas isso não o ajudou. Ele estudou tanto que não sabia o que diabos estava fazendo ou dizendo”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">A campanha de Trump postou um anúncio que mostra Biden tropeçando em escadas e lutando para vestir uma jaqueta. Diz o anúncio: <em>“Ele sobreviverá por quatro anos? E você sabe quem está vindo atrás dele. Vote em Joe Biden hoje, ganhe Kamala Harris amanhã.”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Kamala é a vice de Biden que nunca se destacou. É um dos nomes cotados para substituir Biden como candidato a presidente. Mas se Trump parece não temer Kamala, certamente teme outros nomes do Partido Democrata que poderiam derrotá-lo se Biden lhes desse passagem. Mas, Biden não quer dar, por mais pressão que sofra.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Biden admitiu seu tropeço em comício no estado da Carolina do Norte:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Sei que não sou um jovem, para dizer o óbvio. Não falo tão bem quanto costumava. Não debato tão bem quanto costumava. Mas sei o que sei. Eu sei como fazer esse trabalho”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Obama minimizou o desastre, mas foi direto ao ponto:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Noites ruins de debate acontecem. Confie em mim, eu sei. Mas esta eleição ainda é uma escolha entre alguém que lutou por pessoas comuns a vida inteira e alguém que só se importa consigo mesmo.”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Saber a hora de sair de cena é uma arte que poucos dominam.</p>
<div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
														<script type="text/javascript">
															window._taboola = window._taboola || [];
															_taboola.push({
																mode: "rec-reel-2n5-a",
																container: "taboola-mid-article-reco-reel",
																placement: "Mid Article Reco Reel",
																target_type: "mix"
															});
														</script></div></p>

Ninguém mais do que Trump torce para que Biden não saia de cena

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">Politicamente, a equação é simples: ou o governo resolve os problemas econômicos e sociais do país, ou a direita volta.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro entrou no governo com o dólar em R$ 3,87 no final de 2018 e deixou o governo com o dólar em R$ 5,22 no final de 2022. De 2018 a 2022, o PIB manteve-se em US$ 1,9 trilhão, com 0% (zero) de crescimento acumulado nos quatro anos do governo em dólares correntes. Por falta de crescimento econômico, e erros na condução de políticas públicas, como no caso da COVID-19, e na tentativa da quebra da ordem institucional, perdeu as eleições para Lula em 2022, então com recall positivo de seu governo I e II, com relação ao crescimento econômico e solução de problemas sociais.</p>
<p style="font-weight: 400;">Com Lula no governo, o dólar chegou a R$ 4,72 no final de julho de 2023, seu valor mais baixo, devido às expectativas então positivas de seu governo e possibilidades de gerenciamento adequado do Arcabouço Fiscal. Com o dólar a R$ 4,84 no final do ano, para crescimento de 2,9% em moeda nacional e deflação de 7,9% do dólar no ano, o PIB de 2023 chega a US$ 2,1 trilhões. Mas as expectativas não perduraram ao longo de 2024, com a possibilidade de desequilíbrio fiscal, chegando o dólar a R$ 5,52 nesta 4ª feira, 26 de junho. A se manter no patamar de R$ 5,15 até o final do ano, conforme as expectativas no último Boletim Focus, com o aumento do dólar em 6,4% em relação ao final de 2023, e crescimento do PIB em moeda nacional de 2,05% neste ano, o PIB de 2024 poderá ficar em cerca de US$ 2,0 trilhões, com o crescimento pouco significativo do país em dólares correntes desde o início do governo Lula III. Se o ano fechar com R$ 5,30, entretanto, conforme avaliam hoje alguns analistas financeiros, o PIB em dólares correntes seria de US$ 1,9 trilhão, <em>zerando</em> o crescimento ao longo de todo o período do governo Lula III. O crescimento em moeda nacional estimula a economia a curto prazo, mas o aumento do dólar gera inflação cambial, já que dependemos da importação de insumos e equipamentos para a nossa produção, com o aumento líquido da economia pouco significativo em dólares correntes.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Falta ao governo Lula um plano de desenvolvimento econômico, com equilíbrio fiscal, que case nova oferta com nova demanda, e mediação política dentro do governo e junto ao Congresso, nas funções então desempenhadas por Henrique Meirelles e José Dirceu, executivos, conselheiros e moderadores junto a Lula, independentemente de juízos de valor. Nos governos Lula I e II foram introduzidos os programas sociais tendo como contrapartida o crédito para o parque industrial então ocioso, com equilíbrio fiscal, proporcionando o desenvolvimento.</p>
<p style="font-weight: 400;">Adam Przeworski define o <em>erro</em> em ciências sociais como uma relação tripartite entre os objetivos a serem alcançados, as decisões tomadas, e as condições externas às decisões que possibilitam ou não a sua viabilidade. Se o objetivo do governo Lula III era o do crescimento da economia, com a solução de problemas sociais, e a garantia de vitória nas próximas eleições presidenciais, as decisões foram equivocadas. Com relação à economia, não há mais tempo para mudanças radicais, ou de alterações de rumo. O melhor é mitigar os efeitos da falta de um programa de desenvolvimento econômico com políticas de médio e de curto alcance que tragam benefícios para a economia e a população, mesmo que paulatinamente, resguardado o equilíbrio fiscal. Com relação à política, há tempo ainda de melhorar a articulação dentro do governo e junto ao Congresso, com esforço na coordenação pessoal, na geração de benefícios para a economia e a população.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A lógica das eleições no mundo é simples: quando o PIB aumenta, o governante tende a se eleger. Quando o PIB não aumenta, o governante dificilmente se reelege.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;"><em>Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago</em></p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div></p>

Dólar – Dinheiro

A alta do dólar no Brasil (por Ricardo Guedes)

<p style="font-weight: 400;">As eleições francesas são um ponto de viragem há anos anunciado: a extrema-direita deixa de provocar medo e passa até a suscitar esperança em muitos cidadãos. É desagradável mas é uma realidade. A extrema-direita está ainda longe de dominar a Europa mas está a ganhar a batalha das ideias. É neste plano, e não no do medo, que liberais e sociais-democratas deverão afrontar o combate contra as novas ameaças da extrema-direita.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Começo por alguns números recentes. Um grande inquérito do instituto Ipsos para vários meios de informação, revela o estado de espírito dos franceses na véspera do voto. Num resumo do seu director-geral, Brice Teinturier, publicado no Le Monde, a dissolução do parlamento por Emmanuel Macron suscitou reações diametralmente opostas entre os eleitores. Provocou em quase todas as áreas políticas sentimentos negativos. A excepção são os eleitores da União Nacional (RN, de Marine Le Pen): 65% deles receberam a notícia com otimismo e esperança.</p>
<p style="font-weight: 400;">O grande sinal é que o voto em Le Pen, que foi durante décadas um voto de protesto, se transformou desde há anos num &#8220;voto de adesão&#8221;. Aquela &#8220;dinâmica de esperança&#8221;, escreve Teinturier, decorre do desejo de alternância: 93% dos seus virtuais eleitores e aliados confiam na vitória da lista de Jordan Bardella, deputado e porta-voz do RN. E, dentre eles, 50% creem na maioria absoluta. Note-se, ainda, que 40% dos franceses desejam a vitória da RN, contra 31% que gostariam de ver a Nova Frente Popular (NFP) ganhar e 29% que apostam no bloco centrista de Macron.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Esta não é uma sondagem das intenções de voto. Estas são ligeiramente diferentes: 36% para a RN e aliados de direita, 29 para a Nova Frente Popular (NFP, esquerda e extremaesquerda), 19,5 para a aliança pró-Macron, e oito para os Republicanos (LR, direita tradicional). As muito incertas previsões de mandatos, após a crítica segunda volta, apontam para uma maioria relativa dos lepenistas, mas não absoluta. Este é um assunto para a próxima semana.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os eleitores da RN não se preocupam com a &#8220;credibilidade económica&#8221; do seu programa, que a maioria dos economistas considera desastroso. Pelo contrário, é aceite como &#8220;desejável e realista&#8221; por 45% dos franceses. Mais do que a credibilidade, o eleitorado de Le Pen procura &#8220;proteção&#8221;.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O que aqui me interessa é a viragem em curso e que poderíamos resumir assim: em vez de medo, Le Pen passou a inspirar esperança junto de grandes frações do eleitorado. É hoje primeira força entre os jovens (se eles votarem) e acaba de conquistar a hegemonia no eleitorado idoso, que durante muito tempo lhe resistiu mas que se tornou cada vez mais sensível aos fantasmas da imigração.</p>
<p style="font-weight: 400;">A extrema-direita conseguiu &#8220;banalizar-se&#8221;, passando a ser encarada como um partido &#8220;como os outros&#8221;. Marine Le Pen venceu a guerra da &#8220;desdiabolização&#8221;. O que significa que a esquerda e a direita liberal deverão mudar a forma de a combater. Não bastam os slogans tipo &#8220;não passarão&#8221; ou as denúncias de racismo e anti-semitismo, que se revelam cada vez mais desajustadas.</p>
<p style="font-weight: 400;">Há anos que está em curso uma viragem à direita em quase toda a Europa. E, neste processo, a extrema-direita tornou-se a força mais dinâmica, que passou a arrastar a direita moderada que, por razões eleitorais, se foi identificando com os seus temas. Um dos aspectos mais impressionantes foi o modo como a direita radical soube desencadear uma ofensiva contra a ecologia. Foi esta mesma direita radical que persuadiu os &#8220;moderados&#8221; do Partido Popular Europeu (PPE) e a presidente Ursula von der Leyen a meter na gaveta a grande bandeira da Comissão Europeia, o célebre &#8220;Green Deal. O mesmo aconteceu com a subversão da política europeia de imigração.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os resultados eleitorais têm sido o sinal de alarme. Mas tanto a esquerda como os liberais demoraram demasiado tempo a compreender o carácter estratégico, e não apenas conjuntural, da viragem à direita. Resume o jornalista alemão Wolfgang Münchau: &#8220;Ainda que a extrema-direita não esteja a governar a Europa, ela está a vencer a batalha das ideias sobre imigração, identidade, crime, políticas verdes e economia.&#8221;</p>
<p style="font-weight: 400;">Há um outro fenômeno que ilustra a mudança de época. Em França, é cada vez mais forte a ofensiva de direita no terreno dos media. Nos últimos tempos, tem sido particularmente notória a radicalização promovida pelo conglomerado mediático de Vincent Bolloré (grupo Vivendi, que detém canais de televisão como o CNews ou o Canal+), que apadrinha a aliança entre direita e extrema-direita. Impôs uma linha editorial semelhante à das televisões e tablóides de Rupert Murdoch.</p>
<p style="font-weight: 400;">No entanto, o fenómeno é mais largo do que a manipulação política e contamina os media independentes. &#8220;Os media foram invadidos pelos temas da extrema-direita. Telejornais, rádios e jornais descrevem regularmente uma França que coincide com a visão da União Nacional&#8221;, escreve o Le Monde na edição de hoje.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O novo clima político e ideológico exigirá um grande realismo na reação perante os resultados eleitorais. Mesmo no caso de uma maioria absoluta, Bardella não se lançará numa campanha desenfreada contra os valores da República ou contra a União Europeia. Será prudente, porque a meta da União Nacional é a eleição de Marine Le Pen nas presidenciais de 2027. Ela sonha com o Eliseu e, diz ao Le Monde que, de momento, o que a preocupa é &#8220;cuidar da sua estatura presidencial&#8221;. No caso de maioria relativa, dificilmente Bardella aceitará a responsabilidade de um governo débil. É possível uma fase de caos parlamentar.</p>
<p style="font-weight: 400;">Em vez da bandeira do medo, pede-se às forças democráticas que convençam os eleitores afrontando os grandes temas de que a extrema-direita se apoderou. Repetindo Münchau: a batalha das ideias sobre imigração, identidade, crime, políticas verdes e economia.</p>
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>


Marine Le Pen, política francesa, do partido de extrema direita Rassemblement National -- Metrópoles

Marine Le Pen

Estamos a perder a batalha das ideias (por Jorge Almeida Fernandes)

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">O autor do PL (Projeto de Lei) do Aborto, </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/relator-mudanca-pl-aborto-michelle-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">Sóstenes Cavalcante</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PL-RJ), disse que vai alterar o texto para não penalizar judicialmente as mulheres que abortarem após as 22 semanas. A ideia de alteração veio após a ex-primeira-dama </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/michelle-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">Michelle Bolsonaro</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PL) publicar um vídeo em que apela pelo excludente de ilicitude da mulher que decidir pela interrupção da gravidez nesta fase.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Agora, o deputado estuda incluir a criminalização dos médicos e enfermeiros que fizerem a “operação”. Sóstenes diz que os “aborteiros” — como diz Michelle Bolsonaro — seguirão sendo punidos como se fossem homicidas.</span></p>
<div class="m-news-list-content m-related-news">
    <h5>Leia também</h5>
    <ul class="columns is-multiline"><li class="column is-full">
      <article class="m-feed m-feed-small ">        
        <div class="m-box-text">
          <div class="m-category-label  brasil">
            <a href="https://www.metropoles.com/brasil">Brasil</a>
          </div>
          <h6 class="m-title">
            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/relator-mudanca-pl-aborto-michelle-bolsonaro">Relator diz que mudará PL do Aborto após ouvir Michelle Bolsonaro</a>
          </h6></div>
      </article>
    </li><li class="column is-full">
      <article class="m-feed m-feed-small ">        
        <div class="m-box-text">
          <div class="m-category-label  sao-paulo">
            <a href="https://www.metropoles.com/sao-paulo">São Paulo</a>
          </div>
          <h6 class="m-title">
            <a href="https://www.metropoles.com/sao-paulo/stf-da-mais-48h-para-prefeitura-responder-sobre-abortos-legais-negados">STF dá mais 48h para Prefeitura responder sobre abortos legais negados</a>
          </h6></div>
      </article>
    </li><li class="column is-full">
      <article class="m-feed m-feed-small ">        
        <div class="m-box-text">
          <div class="m-category-label  brasil">
            <a href="https://www.metropoles.com/brasil">Brasil</a>
          </div>
          <h6 class="m-title">
            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/nao-era-projeto-era-carnificina-diz-lula-sobre-pl-do-aborto">&#8220;Não era projeto, era carnificina&#8221;, diz Lula sobre PL do Aborto</a>
          </h6></div>
      </article>
    </li><li class="column is-full">
      <article class="m-feed m-feed-small ">        
        <div class="m-box-text">
          <div class="m-category-label  mundo">
            <a href="https://www.metropoles.com/mundo">Mundo</a>
          </div>
          <h6 class="m-title">
            <a href="https://www.metropoles.com/mundo/polemica-saiba-como-funcionam-as-leis-de-aborto-mundo-afora">Polêmica: saiba como funcionam as leis de aborto mundo afora</a>
          </h6></div>
      </article>
    </li>
    </ul>
  </div>
<p><span style="font-weight: 400;">A nova versão do texto trará que após as 22 semanas, a mulher poderá “dar à luz ao bebê” e que o feto será encaminhado para a UTI (unidade de terapia intensiva) neonatal. O problema é que a maioria das maternidades do Brasil possui um número pequeno de leitos do tipo. Segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do Ministério da Saúde, em 2020, havia cerca de 3.000 vagas de UTI neonatal distribuídas em todo o país. O que, segundo especialistas, é pouco.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A aprovação do PL, portanto, obrigaria o governo a investir em UTIs neonatais no SUS (Sistema Único de Saúde). É estimado, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que cada leito desse tipo custe entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, entre os custos operacionais, infraestrutura e de pessoal.</span></p>
<blockquote><p><span style="font-weight: 400;">“Ela vai dar à luz e a criança vai para a UTI neonatal. Não precisa matar o bebê” — Sóstenes Cavalcante à Folha de S.Paulo.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></blockquote>
<p><span style="font-weight: 400;">O nascimento na 22ª semana de gestação é considerado extremamente prematuro. Bebês nascidos tão cedo enfrentam desafios significativos para a sobrevivência e o desenvolvimento saudável devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. Estima-se que nascidos com 22 semanas tem até 30% de chances de sobreviver, segundo estudo da URMC Rochester. Leia o estudo </span><a href="https://www.urmc.rochester.edu/news/story/new-research-shows-survival-rate-improvement-for-extremely-pre-term-infants"><span style="font-weight: 400;">aqui</span></a><span style="font-weight: 400;">.</span></p>
<p>&nbsp;</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-3"></div></div></p>

protesto contra pl aborto 2

Novo texto do PL do Aborto obriga governo a investir em UTIs neonatais

<p style="font-weight: 400;"><strong>17:31</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Sei que muitos de vocês não vão gostar da notícia. Mas já disse que não brigo com notícia &#8211; e, nesse caso, comemoro.</p>
<p style="font-weight: 400;">A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu de 20,7% em abril para 19,7% da PEA (população economicamente ativa) em maio. Foi a primeira vez no ano que a taxa de desemprego apresentou queda.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Vocês já pensaram que Lula pode correr o risco de dar certo e de ser reeleito? Não me culpem por isso. Sou obrigado a refletir sobre os fatos.</p>
<div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></p>

Lula, por Orlando Brito

RECORDAR ENSINA – O risco de Lula dar certo e de ser reeleito

<p><span style="font-weight: 400;">Depois que o presidente da Câmara, </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira"><span style="font-weight: 400;">Arthur Lira</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PP-AL), decidiu por instalar a comissão especial que discutirá a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das Drogas, governistas discutem sobre a inevitabilidade do texto ser aprovado. Para eles, é possível avançar com a proposta da direita conservadora sem perder o que foi conquistado no Supremo Tribunal Federal.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Mesmo com a possibilidade de </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/governo-ensaia-atrasar-indicacoes-para-comissao-da-pec-das-drogas"><span style="font-weight: 400;">atrasar o início da comissão</span></a><span style="font-weight: 400;">, deputados da esquerda acreditam ser quase impossível travar a PEC, já que o texto é suportado pela FPE (Frente Parlamentar Evangélica) que conta com 203 deputados, além do Centrão. </span></p>

<p><span style="font-weight: 400;">O jeito é tentar fazer com que a PEC coexista com a decisão do STF em descriminalizar o porte de maconha. Por mais que a proposta restrinja a posse e o porte de qualquer droga, a Corte definiu, finalmente, a diferenciação entre traficante e usuário em 40 gramas da erva.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Para a esquerda do Congresso Nacional, a saída é permitir que a PEC seja aprovada, desde que o critério de diferenciação seja mantido. Dessa forma, portar maconha ainda seria crime, mas usuários e traficantes seriam penalizados de formas diferentes, sendo o primeiro administrativamente e o segundo penalmente.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A ideia é levar a sugestão justamente à comissão especial que discutirá do tema, a ser instalada em agosto. </span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
</p>

FOTO-MACONHA

Deputados apostam em meio-termo entre PEC das Drogas e decisão do STF

<p style="font-weight: 400;">Lugar de militar golpista é&#8230; Respostas de 1.254 leitores:<br />
Na prisão &#8211;<strong> 92,7%<br />
</strong>No quartel &#8211; 7,3%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-2"></div></div></p>

Democracia resiste após ataques golpistas 5

O destino de militar golpista

<p style="font-weight: 400;">O poeta francês Jean de La Fontaine (1621-1695) conta em uma das suas fábulas que os ratos decidiram em assembleia pôr um guizo no pescoço de um gato. Assim, quando o gato fosse à caça de comida, o guizo tocaria e os ratos teriam tempo para fugir.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Um rato velho que assistiu calado a discussão, endossou o plano, mas fez a pergunta que se tornaria famosa: <em>“Quem vai pôr o guizo no pescoço do gato?”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Depois do desempenho catastrófico de Joe Biden, ontem à noite, no primeiro debate com Donald Trump pela presidência dos Estados Unidos, quem terá coragem de tentar convencê-lo a desistir de ser candidato à reeleição?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Em 1992, candidato do Partido Democrata à sucessão do então presidente republicano George H. W. Bush, Bill Clinton ouviu o conselho do seu estrategista de campanha, o marqueteiro James Carville: <em>“É a economia, estúpido”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">A recessão econômica daquele ano enfraqueceu o governo Bush. Em março de 1991, 90% dos americanos aprovavam o governo. Em agosto do ano seguinte, 64% desaprovavam. A economia virou o tema central da campanha de Clinton. Ele se elegeu e se reelegeu.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Biden recuperou a economia deixada em mau estado por Trump, mas uma grande parcela dos americanos não se dá conta disso ou não liga. O que lhes importa: Biden, com 81 anos de idade, não estaria velhinho demais para ser presidente outra vez?</p>
<p style="font-weight: 400;">Se reeleito, ele completará seu segundo mandato com 87 anos. Trump é apenas três anos mais moço do que ele. Mas Trump demonstra vigor, energia e parece estar sempre no controle das coisas. Biden passa a impressão de ser um homem esgotado.</p>
<p style="font-weight: 400;">Foi o que se viu no debate. Biden basicamente só olhou para frente e ouviu enquanto Trump falava. Em debates anteriores, ele sorriu, zombou de seus oponentes e muitas vezes foi enfático. Ele fez anotações. Mas não ontem à noite, estava irreconhecível.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Diante de um Trump grandiloquente e mentiroso como sempre, Biden comportou-se como um político murcho, que de vez em quando abria a boca como se não soubesse o que dizer, e quando era sua vez de falar, falava baixo, e mal terminava as frases.</p>
<p style="font-weight: 400;">Frequentemente, Biden parecia atolado com a quantidade de informações sobre o que se preparou para transmitir no tempo que lhe era dado. Não foi capaz de articular claramente muitas de suas políticas e se atrapalhou com inúmeras respostas.</p>
<p style="font-weight: 400;">Não apontou as contradições de Trump, nem destacou o que o torna diferente dele. Aos ataques agressivos do seu adversário, respondeu igualmente de maneira agressiva, mas sem brilho. O debate não serviu para a abordagem de planos de governo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Serviu unicamente para tocar o horror no Partido Democrata que se vê sem um candidato viável a cinco meses das eleições. O tempo ainda seria suficiente para escolher outro nome. Mas o gato resiste a sair de cena e ninguém se oferece para pôr o guizo nele.</p>


Imagem coloria mostra debate entre Biden e Trump - Metrópoles

Biden, fica ou sai?

Enquete

Compartilhar notícia

Compartilhar notícia

Compartilhar notícia

Compartilhar notícia

Compartilhar

Twitter

Whatsapp

Facebook

Telegram

Copiar link

Email