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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

11 – 9 – 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">Antes do jogo contra o Paraguai, o técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, fez uma promessa: &#8221; Estaremos na decisão da Copa do Mundo em 2026. Podem acreditar. Podem me cobrar&#8221;. Você acredita que estaremos? Respostas dos leitores:<br />
Sim &#8211;<strong> </strong>12%<br />
Não &#8211;<strong> 88%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Imagem colorida de Dorival Jr, técnico da Seleção Brasileira- Metrópoles

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A promessa de Dorival Júnior

<p><i>&#8220;Estaremos na decisão da Copa do Mundo em 2026. Podem acreditar. Podem me cobrar&#8221;.</i> (<b>Dorival Júnior</b>, técnico da Seleção Brasileira, a poucas horas do jogo contra o Paraguai pelas Eliminatórias)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Imagem colorida de Dorival Júnior - Metrópoles

dorival-junior-convocacao

Frase do dia

Guga Noblat

<p>Rafael Ribeiro/CBF</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
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Vídeo: Dorival crava Brasil na final da próxima Copa do Mundo

Dorival lamenta lesão de Pedro e deixa portas abertas na Seleção

Dorival evita comparação entre Estêvão e Neymar: “Particularidades”

Dorival convoca João Pedro, ex-Flu, para o lugar de Pedro na Seleção

A promessa de Dorival Júnior | Metrópoles

<p>Donald Trump (Republicano) suou a camisa ao enfrentar Kamala Harris (Democrata) no primeiro e talvez único debate entre os dois pela presidência dos Estados Unidos. Suou para tentar derrotá-la, suou para defender-se de acusações, suou porque foi desmentido em várias ocasiões pelos mediadores do debate.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>De nada adiantou. Kamala o venceu, não por nocaute, mas por pontos. Ela precisava se apresentar aos eleitores que dizem não a conhecer o suficiente – apresentou-se. Precisava mostrar firmeza – mostrou. E precisava tirar Trump do sério &#8211; conseguiu. Se isso lhe renderá mais votos, só as pesquisas poderão dizer.</p>
<p>Assessores de Trump, sob a garantia de não serem identificados, admitem que ele não estava no melhor de sua forma. Em pouco mais de uma hora e meia de debate, sentiu-se visivelmente acuado por Kamala, empurrado para as cordas, e limitou-se a repetir o discurso que sabe de cor &#8211; pobre em ideias, repleto de mentiras.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Ocorre que uma coisa é discursar para pessoas que não estão ali para o contraditar, só para aplaudir. Outra é discursar tendo à sua frente uma comentarista exigente, atenta e disposta a desnudá-lo. Foi assim que Kamala se comportou. E em diversos momentos, Trump perdeu a paciência e acabou dando-se mal.</p>
<p>Em minutos, ele desceu de uma discussão sobre tarifas públicas para descrever os que migram para os Estados Unidos — uma questão à qual voltaria de forma cansativa várias vezes durante a noite. Quase histérico, disse a certa altura sobre eles:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><em>“Eles estão tomando conta das cidades”. Estão tomando conta dos prédios. Estão destruindo nosso país. Eles são perigosos. Eles estão no mais alto nível de criminalidade, e temos que tirá-los de lá. Temos que tirá-los de lá rápido.”</em></p>
<p>Trump só piorou a partir daí:</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p><em>&#8220;Eles estão comendo os cachorros&#8221;.</em></p>
<p>Referia-se a uma fake news espalhada por seu companheiro de chapa, o senador JD Vance. Insistiu:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p><em>&#8220;As pessoas que entraram, estão comendo os gatos. Elas estão comendo os animais de estimação das pessoas que vivem aqui.&#8221;</em></p>
<p>Quando o moderador do debate, David Muir, o desmentiu, Trump disse que ouviu sobre isso na televisão. Kamala não deixou passar nada. Com meia hora de debate, ela tinha o controle da situação. A ponto de sugerir algo inusitado: convidou os espectadores para comparecer a um dos comícios de Trump, justificando-se:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p><em>“Ele fala sobre personagens fictícios como Hannibal Lecter. Sobre moinhos de vento que causam câncer.  Só não fala sobre as necessidades das pessoas, seus sonhos e desejos. É por isso que as pessoas começam a sair de seus comícios mais cedo. Você merece um presidente que o coloque em primeiro lugar”.</em></p>
<p>A abordagem de Kamala sinalizou que brigar com Trump era menos importante do que falar com os eleitores. E ao falar repetidamente sobre Trump como se ele não estivesse no mesmo palco, ela avançou numa estratégia de campanha de retratar a chapa republicana como fora de sintonia com os americanos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p>O debate foi um sucesso absoluto para Kamala, não apenas porque ela definiu a si mesma e aos seus planos, mas também porque conseguiu apertar alguns botões e levar Trump a mostrar sua verdadeira face.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>

ABC News Hosts Presidential Debate Between Donald Trump And VP Kamala Harris At The National Constitution Center In Philadelphia

Kamala derrota Trump em debate. Agora, falta derrotá-lo no voto 

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">O bolsonarismo está destinado a perdurar como quadro da extrema direita brasileira, uma mistura de fascismo com conotações nazistas, que tenta se conectar com <a href="https://elpais.com/argentina/2024-09-06/el-foro-madrid-organizado-por-vox-acusa-de-ambiguedad-de-la-union-europea-y-espana-en-venezuela.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://elpais.com/argentina/2024-09-06/el-foro-madrid-organizado-por-vox-acusa-de-ambiguedad-de-la-union-europea-y-espana-en-venezuela.html&amp;source=gmail&amp;ust=1726027958917000&amp;usg=AOvVaw33geTVi5myuMjNB5PM7rvo">a nova direita que cresce no mundo,</a> do bizarro ao perigoso, porque questiona os valores da democracia e assassina a essência da política com o seu extremismo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O Brasil, com o capitão <a href="https://elpais.com/america/2024-09-07/decenas-de-miles-de-bolsonaristas-reclaman-la-destitucion-del-juez-que-cerro-x-en-brasil.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://elpais.com/america/2024-09-07/decenas-de-miles-de-bolsonaristas-reclaman-la-destitucion-del-juez-que-cerro-x-en-brasil.html&amp;source=gmail&amp;ust=1726027958917000&amp;usg=AOvVaw04ZpfDbI0qU_WoenQPqyPR">Jair Bolsonaro,</a> que emergiu das trevas dos anos como deputado sem luz nem poder à Presidência da República de uma forma bizarra, uma mistura de messianismo religioso e anseios autoritários e até golpistas, criou uma revolução que ajudou a desenterrar uma direita que esperava por um líder depois dos governos lulistas de esquerda.</p>
<p style="font-weight: 400;">Se a pseudo-revolução de Bolsonaro serviu a algum propósito, foi para dar espaço a um direito que estava latente à espera de um líder e que contava com o apoio do grande capital e do desejo de liberalismo face a anos de políticas sociais que libertaram milhões de pessoas do inferno da fome. Hoje Bolsonaro, como ficou demonstrado na manifestação a seu favor e contra o poder do Supremo Tribunal Federal, realizada no mítico cenário da Avenida Paulista, a maior cidade da América Latina com 20 milhões de habitantes &#8211; a das grandes concentrações, que já recebeu meio milhão de pessoas no passado -, continua a ser uma referência para a bizarra extrema-direita. O legado da manifestação, vista à luz de alguns detalhes que por vezes apontam para o futuro, foi a <a href="https://elpais.com/opinion/2024-09-02/elon-musk-contra-brasil-hiperboles-y-mentiras.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://elpais.com/opinion/2024-09-02/elon-musk-contra-brasil-hiperboles-y-mentiras.html&amp;source=gmail&amp;ust=1726027958917000&amp;usg=AOvVaw2PBFj-aIKmLnHEVUmIgDBZ">crise de um mito em declínio.</a></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Convocada no momento mais grave para Bolsonaro, que enfrenta mais de uma dezena de processos judiciais que podem levá-lo à prisão e que têm gerado dúvidas até entre seus seguidores mais próximos, a manifestação realizada no simbólico aniversário da República revelou alguns sinais de decadência do mito e uma espécie de carreira dos maiores líderes da direita. Para substituí-lo ou encurralá-lo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os números nas manifestações de protesto não são tudo, mas acabam tendo um valor simbólico que reflete a força do ídolo exaltado. Nas <a href="https://elpais.com/america/2024-02-25/bolsonaro-lidera-una-gran-marcha-y-proclama-su-inocencia-ante-la-investigacion-por-urdir-un-golpe.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://elpais.com/america/2024-02-25/bolsonaro-lidera-una-gran-marcha-y-proclama-su-inocencia-ante-la-investigacion-por-urdir-un-golpe.html&amp;source=gmail&amp;ust=1726027958918000&amp;usg=AOvVaw2iayT3HJJT1-Tcr8ZGDAY9">últimas cinco manifestações a favor de Bolsonaro,</a> a do último sábado ganhou importância extra porque ocorreu às vésperas das eleições municipais que são vistas como o prelúdio das eleições presidenciais de 2026. Nelas, em jogo, a verdadeira força no poder local da extrema direita e o governo de centro-esquerda que luta pela reeleição de Lula.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">É verdade que os números das manifestações são relativos, mas por vezes também significativos. A manifestação de sábado foi fundamental porque serviu de termómetro da força ainda viva de um bolonarismo que está em crise, mas não desapareceu.</p>
<p style="font-weight: 400;">No dia 25 de fevereiro deste ano, a manifestação a favor de Bolsonaro, acusado de ter tentado um golpe de estado militar, reuniu 185 mil pessoas em São Paulo. Foi uma multidão que impressionou a esquerda. Em 2022, também no dia 7 de setembro, festa da República, 64 mil pessoas participaram de uma manifestação na mítica praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. E agora, o que foi apresentado como contestação ao Supremo acusado de perseguição ao bolsonarismo? Segundo dados oficiais, compareceram apenas 45.700 pessoas, todas, como sempre, envoltas nas cores verde-amarela da bandeira nacional que os ultras de direita assumiram.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">Mas talvez o que melhor revele um certo colapso do mito neste momento tenha sido uma série de detalhes que podem parecer insignificantes, mas que concentram um forte significado simbólico. E como dizem, o diabo está nos detalhes. No sábado, Bolsonaro teve que subir à tribuna da Avenida Paulista como vencedor, o “imortal”, como se define na medalha que oferece aos amigos e às autoridades internacionais. E esperava que eles estivessem ao seu lado, não apenas apoiando-o em sua contestação ao Supremo Tribunal Federal, mas também apoiando-o, aqueles que aspiram a sucedê-lo, entre eles um punhado de governadores que se formam para entrar na área como seus sucessores. Não foi assim. Muitos deles preferiram ficar em casa e observar os touros do lado de fora.</p>
<p style="font-weight: 400;">E talvez o mais simbólico do evento e o que mais exasperou Bolsonaro foi o fato de Bolsonaro estar prestes a não poder comparecer ao evento. Ele mesmo, o político que costuma exibir seu machismo, sua força, seu desprezo pelo feminino, seu amor por se exibir em grandes motos ou cavalos de corrida como os antigos imperadores, o imbatível que Deus, segundo ele, tirou a salvo da faca recebeu na barriga no meio da campanha que o levou à vitória e que de alguma forma o santificou.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Na verdade, ele acordou na manhã da manifestação sem voz, doente. Ele foi levado às pressas para o hospital enquanto seus seguidores o esperavam como um deus imortal. No final, conseguiu conquistar a torcida, embora ainda quase sem voz e com menos presença do que o previsível. Bolsonaro não escondia sua irritação. Será que não só os milhares de seguidores começaram a abandoná-lo, mas também os possíveis substitutos de uma direita que já existia e espera que alguém levanta a sua bandeira?</p>
<p style="font-weight: 400;">Essa direita, nem sempre extremista, liberal, anti-social, lutava há algum tempo para chegar ao poder. Embora a tinta do bolsonarismo esteja sempre em suas mãos, não será mais a do capitão que começa a vislumbrar o fim de seus sonhos de dar um golpe de estado e acabar com uma ditadura que, segundo ele, a brasileira , era muito mole e não sabia como liquidar com todos os “comunistas”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas a manifestação a favor de Bolsonaro e da sua direita esdrúxula e perigosa ainda não acabou. Sua intensidade será medida no próximo dia 4 de outubro, data do comparecimento dos brasileiros às urnas.  Do resultado, dependerá também a sorte da possível e desejada reeleição de Lula.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>El País</strong>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
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Bolsonaro na paulista 7 de setembro 2024-16 Zambelli

Bolsonaro está desmoronando? (Por Juan Arias)

<p>No próximo ano, no dia 15 de março, comemoraremos 40 anos de democracia. Saímos de um regime autoritário para a implantação do Estado de Direito, governo das leis, e não dos homens.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A transição democrática sempre foi um momento de grandes desafios e perplexidade. Muitas vezes transforma ídolos em políticos destruídos; desconhecidos, em heróis. Exemplo disso foi a Espanha, na travessia de Franco para a monarquia, quando surgiu a figura de Adolfo Suárez, que fez a transição, entrando na História.</p>
<p>O brasilianista Ronald M. Schneider, que escreveu sobre as transições democráticas na América do Sul, disse que a mais bem sucedida foi a brasileira, que não deixou nenhuma hipoteca militar e implantou uma democracia plena, com os ventos da liberdade governando o País, em absoluta normalidade. Aqui não houve revanche, como lá, e todos foram incorporados aos novos tempos, com a anistia para os dois lados. No Chile tiveram que transformar Pinochet e outros generais em senadores e criar o Fundo do Cobre, administrado pelas Forças Armadas. Na Argentina, Alfonsín teve que enfrentar cinco revoltas; o mesmo ou algum movimento semelhante ocorreu no Peru, no Uruguai, na Colômbia, em Portugal, na Grécia e em outros.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Tivemos aqui uma tragédia com a morte do Tancredo e a agonia que antecipou seu descanso.</p>
<p>Quando Aluízio Alves me avisou que Tancredo, nosso grande e inigualável estadista, estava internado, eu me desloquei para o Hospital de Base, e lá estavam Ulysses, Aécio, Tancredo Augusto e toda a família. Ulysses, isolado numa pequena sala com os modestos móveis da NOVACAP, sem ninguém. Ao entrar, ele me disse: “Sarney, veja o que o destino preparou para nós, Tancredo terá que ser operado hoje. Teremos grandes dificuldades e perigos e não podemos cometer nenhum erro. Este é o momento mais importante da minha luta.” Eu lhe respondi: “Ulysses, você foi o grande político e herói que nos conduziu até aqui. Comande, e vamos atravessar esta dificuldade. O Dr. Renault de Matos me afirmou em uma conversa que tudo se resolverá.” Pelo tempo, não sei se estou sendo fiel às palavras do nosso diálogo. Mas o sentido é o mesmo, com absoluta fidelidade. Já repeti muitas vezes os fatos, o que, de novo, estou fazendo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Fizeram tudo para intrigar-me com Ulysses, com quem tinha uma relação que vinha de nossos tempos na Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro, no Palácio Tiradentes, onde exercíamos nossos mandatos. Mas não conseguiram e se tivemos algumas divergências nenhuma nos levou ao rompimento. Eu tinha noção de seu lugar na resistência ao regime militar, do respeito com que a Nação o via e da chefia que exercia sobre a classe política e do meu papel na articulação da vitória no Colégio Eleitoral e com o MDB.</p>
<p>Em seguida, Ulysses me disse: “É você que tem que assumir amanhã. É o que manda a Constituição.” Eu repliquei: “Jamais, Ulysses. Quero assumir com o Tancredo. Não tenho nenhuma ambição e não quero aparecer perante o Brasil como impostor. Você é testemunha de que só fui vice por imposição de Aureliano Chaves, que acreditava que eu seria essencial para a vitória.”</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>E Ulysses: “Sarney, não crie caso. Nós não podemos abrir uma brecha para o Walter Pires (então Ministro do Exército e muito contra mim). Lutamos tanto e não podemos morrer na praia.” Eu respondi: “Ulysses, eu não sou carreirista, a Constituição diz que é você.”</p>
<p>No fim de nossa conversa já o corredor do Hospital estava cheio: Leônidas, Ivan, Pedro Simon, Fernando Henrique, Heráclito Fortes e muitos outros.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>Chegamos numa grande roda em que se discutia exatamente quem deveria assumir. Ulysses expressou seu pensamento. Eu disse que não participaria de nenhuma démarche e que Ulysses sabia minha posição. Em seguida Leônidas assumiu a execução das disposições de Ulysses e o convidou: “Vamos ao Leitão de Abreu comunicar a decisão.” Olhou em seguida para o Coronel Albérico Barroso Alves e pediu sua gravata: “Empresta-me tua gravata.” Desceram, tomaram também emprestado o carro do Heráclito e foram à Granja do Ipê.</p>
<p>Lá comunicaram o fato ao Leitão, que lhes replicou que o Figueiredo não me passaria a faixa presidencial.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Quando saíram, entrou o Walter Pires, que fora comunicar que iria levantar os quartéis. Leitão o advertiu: “Você não é mais Ministro. Foi exonerado no Diário Oficial de hoje.” (Já era dia 15, data da posse.)</p>
<p>Walter Pires, desolado, argumentou. “Não sou mais Ministro?”</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Leitão respondeu: “Não”.</p>
<p>Walter Pires: “Está tudo perdido!”</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Começava a transição. Dávamos o primeiro passo, e a Democracia nascia como o Sol. Hoje ilumina o Brasil. Ela não morreu em minhas mãos.</p>
<p>40 anos de liberdade absoluta. Novo Tempo. Nova República. A Constituição de 1988.</p>
<p>A Democracia Brasileira.</p>
<p><em>José Sarney, ex-presidente</em></p>


Em montagem de fotos justapostas, os ex-presidentes Tancredo Neves e José Sarney, que era inicialmente vice de Tancredo - Metrópoles

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40 Anos de Democracia (por José Sarney)

<p>A chegada à Espanha do candidato da oposição às eleições na Venezuela, ocorridas em julho, pode ser um bom momento para que os simpatizantes do regime chavista no Brasil promovam uma revisão de conceitos sobre o que ocorre no país vizinho.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O político, diplomata e analista Edmundo González Urrutía, de 75 anos, agora é um asilado político. Ele era alvo de mandado de prisão sob a acusação de conspiração, mas obteve do governo um salvo-conduto que lhe permitiu deixar o país.</p>
<p>Existem sinais eloquentes de que González teria vencido as eleições. O órgão eleitoral da Venezuela, porém, preferiu apontar o atual presidente, Nicolás Maduro, como o vencedor.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Quando se saberá a verdade? Provavelmente nunca, pois o governo alegou a ocorrência de ataque cibernético para se esquivar de apresentar as atas eleitorais.</p>
<p>E quem reconheceu prontamente a vitória do candidato oficial? Os amigos de sempre, como os governos de Cuba, Nicarágua, China e Rússia. Além de partidos políticos que sempre tiveram boas relações com o chavismo, como o Partido dos Trabalhadores.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>“O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana”, diz a nota emitida pela Executiva Nacional do partido, um dia após o pleito.</p>
<p>Em sinal claro às potências ocidentais, o partido prometeu ainda seguir “vigilante para que os problemas da América Latina e do Caribe sejam tratados pelos povos de nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa”.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p>De lá para cá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se equilibrado entre o pragmatismo histórico da diplomacia brasileira e a resistência ideológica de vários setores de seu partido e da esquerda brasileira, que vêm em Maduro um aliado.</p>
<p>O vasto bigode de Maduro e tom bélico de seus discursos ressoam como ecos de antigos generais cheios de medalhas espalhados por diversas capitais latino-americanas. Generais contra os quais os partidos de esquerda costumavam lutar nos anos 1970.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p>As práticas do regime chavista, segundo relatos frequentes, são cada vez mais parecidas às das antigas ditaduras do continente. Prisões arbitrárias no meio da noite, perseguição à oposição, censura à imprensa.</p>
<p>Como se chama isso? Segundo Lula, não se trata de uma ditadura, mas de “um rolo”, ou um “regime desagradável”. O comportamento do companheiro Maduro, admitiu o presidente, “deixa a desejar”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Mesmo assim, seu governo procura demonstrar certa neutralidade diante das ações cada vez mais autoritárias do governo da Venezuela. E boa parte dos setores que o apoiam na esquerda prefere ver o regime chavista como um baluarte anti-imperialista.</p>
<p>Aqui se unem dois conceitos que parecem pedir uma atualização para a segunda década do século 21. O primeiro deles tem a ver com o próprio sistema político. Que importância real a esquerda tradicional dá aos temas das liberdades e dos direitos humanos?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Em 2022 Lula recebeu milhões de votos de pessoas que preferiam não ter feito isso, mas que aceitaram o apelo em nome da democracia. Em nome do combate à extrema direita que procurava se manter no poder a qualquer custo.</p>
<p>De certa forma, pode-se talvez dizer que Lula deve seu terceiro mandato a eleitores liberais, que têm horror ao extremismo político de políticos como Jair Bolsonaro. Ou como Nicolás Maduro.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Como o presidente pode justificar a esses eleitores a tímida postura em relação à provável fraude nas eleições venezuelanas? E que palavras essa esquerda tradicional poderia dirigir aos liberais que convocou para vencer a ameaça bolsonarista?</p>
<p>O argumento anti-imperialista sempre é colocado sobre a mesa. Apenas o chavismo seria capaz de resistir à ambição dos Estados Unidos em relação às reservas de petróleo da Venezuela. E aqui está o segundo ponto importante de reflexão.</p>
<p>No momento em que o mundo se encaminha para a transição energética, o petróleo parece ainda exercer grande fascínio junto a essa esquerda tradicional. Como se ainda fosse o caminho mais fácil para o desenvolvimento e a autonomia.</p>
<p>Portanto, permanecer ao lado de Maduro serviria, ao mesmo tempo, para permitir o crescimento independente da Venezuela e para garantir a contribuição do país à construção de uma nova ordem multipolar, com a ascensão de países como Rússia e China e o fim do unilateralismo dos Estados Unidos.</p>
<p>É verdade que o petróleo ainda movimentará boa parte da economia ao longo dos próximos anos. Também é verdade, porém, que o mundo atravessa uma crise climática sem precedentes, que vai exigir de todos nós soluções rápidas e criativas.</p>
<p>Mais estratégico do que o petróleo, portanto, parece ser a pesquisa de novas e renováveis fontes de energia. Fontes que nos permitam projetar a possibilidade de manutenção da saúde de nosso pequeno planeta por muito tempo ainda.</p>
<p>Por outro lado, os setores que ainda apoiam os caminhos adotados pelo chavismo poderiam deixar um pouco mais claro o que realmente pensam a respeito do estado de direito, das liberdades democráticas e dos direitos humanos.</p>
<p>Porque não dá para atacar Bolsonaro de um lado e defender Maduro de outro. Autoritarismo existe à direita e à esquerda. O momento que vivemos no Brasil exige mais clareza em relação à defesa da democracia.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><a href="https://capitalpolitico.com/saudades-do-brasil/?utm_source=mailpoet&amp;utm_medium=email&amp;utm_campaign=saudades-do-brasil_914" rel="noopener"><strong>Marcos Magalhães. </strong></a><em>Jornalista especializado em temas globais, com mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Southampton (Inglaterra), apresentou na TV Senado o programa Cidadania Mundo. Iniciou a carreira em 1982, como repórter da revista Veja para a região amazônica. Em Brasília, a partir de 1985, trabalhou nas sucursais de Jornal do Brasil, IstoÉ, Gazeta Mercantil, Manchete e Estado de S. Paulo, antes de ingressar na Comunicação Social do Senado, onde permaneceu até o fim de 2018.</em></p>


Montagem mostra Nicolás Maduro com elementos do Tribunal de Haia ao fundo - Metrópoles

maduro-justica

Crise na Venezuela pede revisão de conceitos (por Marcos Magalhães)

<p style="font-weight: 400;">Encontrei um manuscrito de dom Hélder Câmara, na época arcebispo de Olinda e do Recife, e tido pelos militares como o maior adversário do golpe que eles teimavam em chamar de &#8220;Gloriosa Revolução de 31 de Março de 1964&#8221;.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O manuscrito deve ser do início dos anos 70. Ele me foi dado pelo arcebispo quando eu trabalhava na sucursal do Recife da revista &#8220;Manchete&#8221;. Eu o procurei para fazer uma entrevista que jamais foi publicada. A censura não deixou.</p>
<p style="font-weight: 400;">Dom Hélder escreveu assim em resposta a uma pergunta que lhe fiz:</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>&#8220;Impressionante no encontro com o Reverendo Dr. Ralph Abernathy, sucessor do Pastor Martinho Lutero King, foi a coincidência de desejo de um movimento mundial de pressão moral libertadora exigindo justiça como condição de paz.</em></p>
<p style="font-weight: 400;"><em>O que poderia parecer fantasia está mais próximo do que muitos imaginam. Em outubro próximo, em Kyoto, no Japão, terei a alegria de participar de uma Conferência Mundial Religião e Paz. Todas as grandes religiões do mundo estarão reunidas estudando a maneira prática de pôr toda a nossa força moral para clamar contra as injustiças, em escala mundial, que estão tornando impossível o diálogo autêntico entre os povos.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>Só através de um movimento que, de modo algum, seja partido político, nem pertença a um homem, a um país, a uma religião; só através de um movimento que represente de fato a união de todos os homens de boa vontade para além das barreiras de raça, de cor, de política e de religião é que haverá esperança para a vitória da violência dos pacíficos&#8221;.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">O que pensava dom Hélder há mais de 30 anos continua atual. E urgente.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(Publicado aqui em 10 de setembro de 2004)</p>
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Dom Hélder

O sonho de dom Hélder Câmara continua sendo apenas um sonho

<p style="font-weight: 400;">Queixa-se o PT mais à esquerda (sim, existe o de direita e de centro) da moderação excessiva do candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), apoiado por Lula.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Fiel ao seu modo “metamorfose ambulante” de fazer política, Lula, desta vez, dá razão ao PT mais à esquerda. Ele acha que Boulos está carecendo de “um discurso e uma presença” mais fortes.</p>
<p style="font-weight: 400;">Dirá a ele da próxima vez que o encontrar. Nas contas de Lula, a vitória de Boulos em São Paulo compensaria amplamente todos os resultados negativos que o PT colherá país afora.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Não sei o que significa “presença” mais forte. Será do tipo cheguei, barulhenta, “oi, gente, estou aqui”, chamando atenção? Quanto ao “discurso” forte, só pode significar um discurso de esquerda.</p>
<p style="font-weight: 400;">Será mesmo o caso? Quando presidente, em março de 2013, candidata à reeleição, Dilma Rousseff ensinou:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Nós podemos disputar eleição, podemos brigar na eleição, podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição. Agora, no exercício do mandato, nós temos que nos respeitar”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Boulos e seus assessores de campanha sabem, ou imaginam saber, que dependem de parte do voto de centro para ganhar a prefeitura. E é com o olho só nisso que se comportam até aqui.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">Sabem também que o voto de centro irá quase todo para Ricardo Nunes (MDB) se ele disputar o segundo turno.  Boulos só terá chances de vencer se no segundo turno enfrentar Pablo Marçal.</p>
<p style="font-weight: 400;">Então, salvo melhor juízo, para Boulos só resta o caminho de não assustar ninguém. Ides a ele, pois, eleitores de todas as tendências, cores e idades que ambicionam um lugar no céu.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
</p>

********Boulos, Marta e o deputado estadual Antônio Donato (PT) comem bolo durante agenda de campanha em SP

Boulos_Marta e bolo

Um discurso mais à esquerda não elegerá Boulos prefeito de SP

<p style="font-weight: 400;">Quem se elegerá presidente dos Estados Unidos em novembro próximo?  Respostas dos leitores:<br />
Donald Trump &#8211;<strong> </strong>12%<br />
Kamala Harris<strong> </strong>&#8211; <strong>88%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

Imagem colorida de Donald Trump e Kamala Harris - Metrópoles

4-capa—Kamala-e-Trump

Trump ou Kamala?

<p style="font-weight: 400;">A menos que aconteça algo incomum, debates como o desta noite entre Donald Trump (Republicano) e Kamala Harris (Democrata) não mudam votos. Na maioria das vezes, servem para que candidatos a presidente dos EUA cunhem frases de efeito que serão lembradas por gerações e registradas pela História.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Nem sempre são frases brilhantes. Podem ser apenas tiradas oportunas e espertas para destacar a boa forma do candidato e fazer rir o público. Aconteceu, por exemplo, em outubro de 1984 durante o debate entre o presidente Ronald Reagan (Republicano), candidato à reeleição, e Walter Mondale (Democrata).</p>
<p style="font-weight: 400;">De Reagan, dizia-se que era muito velho para presidir o país outra vez. Mondale era bem mais jovem do que ele. Em resposta a uma pergunta do mediador do debate, Regan saiu-se com essa, o que levou a plateia ao delírio, incluindo o próprio Mondale:</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Não farei da idade uma questão desta campanha. Não vou explorar, para fins políticos, a idade ou a inexperiência do meu oponente.”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Naturalmente, não foi por isso que Regan se reelegeu.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Além dos debates, dá-se o mesmo com discursos em ocasiões de regozijo, anúncio de medidas, prestação de contas, crises ou de muita tensão.  Não importa que as frases tenham sido pensadas, polidas e escritas por assessores muito bem pagos, e raramente por quem as disse. A autoria será atribuída ao dono da voz.</p>
<p style="font-weight: 400;">Desde 1960, quando John Kennedy (Democrata) enfrentou Richard Nixon (Republicanos) no primeiro debate entre os indicados a presidente, os eventos concebidos para a televisão deram aos eleitores a chance de ver os candidatos lado a lado e observar como eles pensam e reagem quando desafiados.</p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div>
<p style="font-weight: 400;">O resultado? Frases inteligentes, réplicas sarcásticas e gafes embaraçosas muitas vezes continuam vivas tempos depois que as discussões políticas cessam. Na era das redes sociais, as discussões nunca cessam e podem se retroalimentar de citações do passado para exaltar ou rebaixar seus alvos. É o peso das palavras.</p>
<p style="font-weight: 400;">O debate desta noite será travado por um criminoso (Trump), o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos condenado, e uma ex-procuradora (Kamala), atual vice-presidente, com larga experiência em júris. Trump se baterá pela segunda vez com uma mulher. Derrotou Hillary Clinton (Democrata) em 2016.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Trump e Kamala estão empatados nas pesquisas de intenção de voto. Trump leva uma pequena vantagem. De preferência, os dois falarão para os eleitores indecisos que poderão decidir o jogo. Elege-se quem vencer no Colégio Eleitoral formado por delegados de todos os Estados, não quem for o mais votado nas urnas.</p>
<p style="font-weight: 400;">A campanha de Trump está preocupada com o estado de humor dele, com medo de que o instável Trump possa se envolver no tipo de autossabotagem que afastou os eleitores na eleição presidencial de 2020, vencida por Joe Biden (Democrata). Pergunta de bilhões de dólares: o desta noite será “Trump feliz” ou “Trump raivoso”?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Desde que Biden desistiu da candidatura após a desastrosa performance no primeiro debate entre ele e Trump, Kamala, que o substituiu, só fez crescer nas pesquisas. Mas a trajetória ascendente dela parece ter atingido o ápice. Assessores de Trump acham que chegou a hora de matá-la, liquidando a fatura.</p>
<p><iframe loading="lazy" title="1984 Presidential Debate: Reagan v.  Mondale" width="500" height="281" src="https://www.youtube.com/embed/T-kGUyqOpFA?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>


Imagem colorida de Kamala Harris e Donald Trump - Metrópoles

A promessa de Dorival Júnior

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