Um mergulho ao destino místico e cheio de boas vibrações chamado Peru
Nesta andança pelo caminho espiritual, deparei-me com saberes, crenças e ancestralidade dos povos da região, especialmente dos incas
atualizado
Compartilhar notícia
Machu Picchu sempre esteve no meu radar. Seja pelo belo cenário das fotos, seja por uma curiosidade gerada pelo inconsciente coletivo, ou simplesmente por querer conhecer um novo país, a verdade é que eu já sabia: iria até lá. E seria algo muito especial. Não imaginava, porém, o quão surpreendente é vivenciar os dias nessas terras sagradas.
O Peru já começou me impressionando pela capital, Lima. Tinha escutado que era uma bobagem, mas de bobagem não vi nada. Cidade meio caótica, de trânsito intenso, porém segura, limpa e dona de um circuito culinário mundialmente reconhecido, o qual abriga um dos cinco melhores restaurantes do mundo, o Central, do chef Virgilio Martínez.De um tempo para cá, minha relação com os lugares que visito mudou e, de alguma maneira, preciso sentir uma espécie de chamado. Nesta andança pelo caminho espiritual, deparei-me diversas vezes com saberes, crenças e ancestralidade dos povos daquela região, principalmente a civilização inca, a qual guarda verdadeira joia no quesito conhecimentos ancestrais sagrados. E, assim, o universo conspirou e me levou, em abril deste ano, rumo a uma viagem inesquecível.
Em seguida, conheci Cusco, que em quéchua significa “umbigo do mundo”. A altitude de mais de 3.400m fez-me sentir bastante indisposta. Por isso, é muito importante estar muito bem hidratada, ingerir alimentos leves, mascar folhas de coca e estar em boas condições físicas.
A próxima parada foi em direção ao Valle Sagrado, onde fica Machu Picchu. No caminho, é possível visitar alguns centros de artesanatos em que mulheres fabricam tecidos e roupas coloridas de alpaca e lã, além de admirar a linda paisagem andina – e, se tiver sorte, avistar o voo dos condores, animais sagrados para os nativos.
Por uma simples questão de gosto, escolhi mudar a hospedagem de Cusco para um dos hotéis maravilhosos que o Valle Sagrado abriga. Lá pude conhecer pequenos vilarejos, ficar integrada à natureza, experimentar um voo de parapente e ficar um pouco afastada dos pontos turísticos mais conhecidos.
Claro que conhecer o sitio arqueológico de Machu Picchu foi emocionante, mas o ponto alto da viagem foi sentir a alta frequência vibracional – pois, para quem não sabe, trata-se de um dos três centros energéticos da Terra, por onde passa o conhecido paralelo 14. É comum escutarmos, de quem já foi, o sentimento de uma energia inexplicável. Por esse motivo, é possível vivenciar alguns rituais sagrados típicos, como oferendas à Pachamama (a Mãe Terra), entre outros, com o uso de plantas de poder.
Outro ponto alto foi ter me hospedado dentro de um santuário natural em Aguas Calientes, última parada antes de chegar no parque, num eco-lodge bacanérrimo e totalmente sustentável, onde foi possível ver ursos, nadar em cachoeiras e fazer trilhas. Tudo isso dentro do hotel.
Não poderia deixar de mencionar a calorosa recepção dos peruanos. Eles são um show à parte no que se refere a simpatia, alegria, educação e serviço de qualidade.
Um lugar que superou todas as minhas expectativas: quando lembro, vem um sentimento maravilhoso. Um lugar que espero voltar muito em breve.
* Bela Lima publicará nesta coluna às terças e sextas-feiras