Tomem cuidado com as ofertas espirituais e de autoconhecimento
É importante que tenhamos um crivo e um senso crítico para selecionar em quem vamos confiar
atualizado
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É notório o aumento da demanda por experiências espirituais e de autoconhecimento. As pessoas estão cada vez mais despertando para uma vida de essência em oposição a uma vida de aparência e, com isso, buscam um propósito na jornada da existência.
Por dia, recebo mais de 20 solicitações de amizade no Instagram de perfis relacionados a curas espirituais e autoconhecimento.
Por um lado é maravilhoso poder contar com inúmeras pessoas preparadas para nos conduzir da melhor forma, como também perceber que se trata de uma nova era onde cada vez mais pessoas procuram a cura. A cura de um é a cura de todos.
Mas é importante que tenhamos um crivo e um senso crítico para selecionar em quem vamos confiar.
É preciso maestria, seriedade e responsabilidade para nos conduzir por mares nunca antes navegados. É importante sempre relembrar que até os mestres são seres humanos em evolução. Podemos citar como exemplo o Osho e o que foi demonstrado na série do Netflix Wild Wild Country.
Participei de uma jornada de um dia com um homem que eu sigo e que várias pessoas de minha confiança também seguem e já tinham participado.
Gostava dos textos que ele publicava, pois para mim muita coisa fazia sentido. A palestra seria para contar segredos sobre as antigas escolas egípcias do olho de hórus, das pirâmides, dos conhecimentos perdidos após o dilúvio de Atlântida, abertura de conhecimentos herméticos sobre a morada das estrelas (sírius e orion), limpar nossos registros akashicos, entre outros.
Antes de começar a palestra, ele pediu um segundinho, pois havia recebido uma “visita”. Pediu licença para sintonizar e de repente mudou a voz, começou a falar como um preto velho, que nos passava recados de como seria o resto do dia.
Depois, nos disse que esse mesmo preto velho o tinha visitado durante a noite para dar algumas informações que só ele poderia nos passar. Foi o suficiente para me desanimar antes mesmo de começar.
Claramente ele não estava incorporado, mas agiu como se estivesse. Durante o dia, sintonizou novamente, dessa vez com o povo das estrelas. Fui embora e prometi ter mais senso crítico na hora de gastar dinheiro e tempo com eventos espirituais.
Com o chá de ayahuasca na moda, fico imaginando, preocupada, pessoas que vão tomar em um lugar qualquer, conduzido por pessoas despreparadas.
Esse, especificamente, é um ritual que deve ser feito em um lugar muito sério, próprio e com pessoas qualificadas, que normalmente possuem anos de experiência.
Por isso, em sua próxima jornada de autoconhecimento, pesquise, analise, busque informações, converse com quem já foi. É a sua vida que está em jogo. É a sua busca, sua jornada, seu caminho. Por isso estude, pesquise, procure os melhores.
Boa Jornada!