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Sobre como vencer o medo, o pior inimigo da evolução humana

Conforme evoluímos, vamos tendo noção de que o medo é apenas uma projeção. E, quando isso acontece, perdemos o temor, e ele é dissolvido

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1 de 1 medo2 - Foto: Arquivo Pessoal

O medo é a raiz das piores emoções e o cerne da existência humana. O universo projetou o medo para garantir a sobrevivência física; mas, logo que essa sobrevivência se tornou fácil, ele passou para a esfera psicológica.

De acordo com o escritor norte-americano Napoleon Hill, existem seis medos básicos, e todos nós sofremos com um ou alguns deles em determinadas etapas de nossas vidas. Esta é a ordem em que eles costumam aparecer: medo da pobreza, da crítica, de problemas de saúde, da perda do amor, da velhice e, por fim, medo da morte.

Segundo o autor, herdamos esses medos por meio da lei da hereditariedade social. Desde quando nascemos, a geração anterior impõe, para seu controle imediato, superstições, lendas, ideias – que, por sua vez, foram herdadas da geração anterior.

Mediante esse processo, qualquer pessoa que dirija o espirito de uma criança pode, com um ensinamento intensivo, fixar nele determinada ideia, falsa ou verdadeira, de tal maneira que a criança a aceite como verdade e a torne parte integrante da sua personalidade, como qualquer célula ou órgão do seu corpo.

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Absolutamente, todos os nossos medos provêm da necessidade humana de controle. Seja dos nossos pais, instituições religiosas, mídias, escolas ou sistemas políticos, entre outros.

Quando somos pequenos, nossos pais, cujo inconsciente quer nos proteger, introduzem quase que diariamente pequenos medos em nossos sistemas. Para citar alguns: cuidado para não cair, cuidado com o bicho-papão, dinheiro é sujo…

Em seguida, as instituições religiosas, principalmente as de origem ocidental, criaram um Deus que pune e castiga se não seguirmos tais regras, gerando medo da morte e de falhar, entre outros. Criaram também uma figura terrível chamada Diabo e, junto com ele, um lugar escuro, sujo, frio e assustador chamado inferno. E nos fizeram acreditar que, se cometermos pecados, Deus nos mandará para lá. Será possível que Deus seja tão injusto e vingativo assim?

O terrorismo religioso é, portanto, a ferramenta de dominação e controle dos seus fiéis. É representado pelos sacerdotes e padres, que geram o medo da morte e, consequentemente, outros temores serão parte da vida das pessoas, como o de perder alguém.

A sociedade moderna vive a era da síndrome do pânico. Vivemos a arquitetura do medo. Casas com muros alto, carros com travas, blindados, roupas e objetos… Tudo construído para nos proteger. Mas, junto com esses objetos, nossa consciência também fica aprisionada.

Já reparou que, desde quando nascemos, vivemos numa competição? Competimos na escola, nos esportes, no vestibular, nas empresas. Isso gera um conflito interno e traz mais medo. Passamos anos estudando e sabemos toda a matéria, mas, quando chegamos para fazer a prova, ficamos com medo de não passar. Então a mente bloqueia o conhecimento, e não passamos. A mesma coisa quando vamos competir em algum esporte. A ilusão do medo atrapalha o nosso rendimento.

Como já falei aqui, somos feitos de ondas e vibramos em determinadas frequências que ditam a nossa realidade. Na escala das frequências vibracionais, o medo aparece lá embaixo. Ele bloqueia o fluxo natural de abundância do universo. Por isso existe a necessidade do desapego, de soltar e não gerar ansiedade, culpa e vergonha. A ideia é vibrar os sentimentos mais nobres da escala vibracional.

Conforme evoluímos nossa consciência, vamos tendo noção de que o medo é apenas uma projeção, não existe verdade nele. E, quando isso acontece, perdemos o medo do próprio medo, e então ele é dissolvido.

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Osho diz que a vida começa onde termina o medo. Precisamos entender: ele é uma ilusão e caminha contra a realidade de amor incondicional que existe em tudo. O medo é uma criação e nos leva contra a maré do amor, da alegria e da realização.

E o que podemos fazer para vencer o medo? Primeiramente, ter a consciência de que ele é uma ilusão. A partir disso, devemos procurar técnicas que nos façam ser bons guerreiros perante a vida. As artes marciais são uma delas. Os maiores guerreiros foram treinados para vencer todas as barreiras do medo e ir além, através da força interior. Eles não tinham medo da morte, de enfrentar uma batalha e, portanto, ganhavam. O próprio Bruce Lee é um belo exemplo de como o kung fu o transformou em um ícone de determinação, coragem, superação e força.

Além disso, muito estudo, meditação, fé nas forças da luz e na busca da confiança em si próprio. Coragem!

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