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Minha ida a Moscou: uma cidade para se divertir e apreciar

Nada do cinza e frio cenário retratado nas produções hollywoodianas. A capital russa tem arquitetura de tirar o fôlego e moradores amistosos

atualizado

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Arquivo Pessoal
bela russia
1 de 1 bela russia - Foto: Arquivo Pessoal

Embora eu fosse entusiasmada com a rica cultura e a história da Rússia, a ideia que eu tinha de Moscou era a mesma que via nos filmes com produção de Hollywood. Cenário sombrio, riqueza concentrada em mãos mafiosas, perigo, temperaturas terrivelmente baixas, dificuldades de comunicação e heranças comunistas. Ainda assim, ansiava por conhecer esse gigante do leste europeu.

Posso dizer que me surpreendi positivamente em todos os aspectos e descobri uma cidade sensacional. Uma das mais legais em que já estive.

A sorte estava ao meu lado, a começar pelo clima. Verão, temperaturas entre 17 e 28 graus, nenhuma nuvem no céu. O clima na cidade era de euforia, como se todos estivessem aproveitando ao máximo os dias antes do inverno chegar. Meu primeiro contato com os russos foi no táxi que me levaria do aeroporto ao hotel. Amistoso, o taxista foi logo me contando sobre a cidade, “casa” de uma população de 12 milhões de pessoas registradas – estima-se que chegue a 17 milhões, somados os imigrantes ilegais.

A cidade tem 2.511 quilômetros quadrados de extensão, contra 1.521 da capital paulista. É enorme. Logo fiz a pergunta básica para me precaver: é perigoso? “Em nenhuma aspecto”, ele me respondeu. “Aqui a sua segurança está garantida 24 horas por dia”, acrescentou. Pude comprovar esse fato ao esquecer uma bolsinha com passaporte e carteira no banco de uma praça. Apavorada, voltei e, para minha boa surpresa, um senhor a havia guardado.

Minha primeira parada turística foi a Praça Vermelha, lotada de turistas, e o Kremlin. Logo realizei que estávamos no mês de férias de todos os europeus. Enquanto passava, encantava-me com a linda e rica arquitetura em estilo próprio. Andando mais um pouco, fui surpreendida pela ordem e limpeza das ruas. Bonito de se ver.

Nada melhor que conhecer uma cidade e ter a sorte de ser ciceroneada por vários locais. Pudemos escutar um pouco mais da história contada pelos nativos, e visitar lugares pouco óbvios. Enquanto tomávamos um drink ao pôr do sol em um bar superlegal chamado Strelka, na margem do Rio Moscou, também pudemos apreciar a vista para a Catedral do Cristo Salvador, a qual tem uma história interessante.

Construída no século 19, em comemoração à vitoria russa sobre Napoleão Bonaparte, o monumento foi totalmente destruído com dinamite pelo regime comunista de Stalin. Um dos princípios que norteiam tal forma de governo é o ateísmo, pois o Estado se sobrepõe a religiões. Foi construído no local uma enorme piscina pública e, somente nos anos 90, os russos reconstruíram a réplica perfeita da igreja ortodoxa. Para mim, a mais bonita.

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Um drink ao pôr do sol
Monumentos de tirar o fôlego...
... e uma capital contemporânea
Come-se bem na capital Russa
Álbum de viagem, em frente ao Kremlin
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Visão noturna de Moscou

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Um drink ao pôr do sol

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Monumentos de tirar o fôlego...

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... e uma capital contemporânea

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Come-se bem na capital Russa

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Álbum de viagem, em frente ao Kremlin

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Fábrica de chocolates desativada

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Achei a região chamada Outubro Vermelho bem bacana, onde tem uma antiga fábrica de chocolates desativada. La, é possível encontrar bares, restaurantes e lojas descoladas.

Uma das atrações que mais gostei foi o parque Gorky. Bem em frente a ele tinha uma exposição do artista inglês Banksy.

Outra área legal é o Patriarch Pond, um lugar místico e lindo onde foi filmado vários clássicos russos, como Anna Karenina, inspirada na obra do escritor Leon Tolstoi.

Conhecida pelas belas mulheres, uma curiosidade tomava conta: praticamente todas elas possuem implante na boca. Descobri, pela minha amiga nativa, que o procedimento custa pouco, em torno de US$ 100, enquanto, no Brasil, ultrapassa R$ 1 mil.

Em relação à comida, tive a oportunidade de experimentar o verdadeiro strogonoff, cuja versão real achei infinitamente melhor do que a do Brasil. Também aproveitei para desfrutar do caviar russo no famoso Café Pushkin. Para os amantes da comida orgânica, natural e vegetariana, como eu, pode ser uma dificuldade encontrar onde comer, mas esses lugares existem. Comi e gostei de um restaurante chamado Jagannath, que conta com algumas unidades por Moscou.

Um fato que me conquistou na cidade: é possível comer e comprar qualquer coisa 24 horas por dia. Os restaurantes não têm pausas e funcionam até a madrugada. Muitas lojas ficam abertas full time.

Definitivamente, nada do que a mídia ocidental conta. Moscou é uma cidade para se divertir e apreciar. Espero voltar em breve!

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