Cuidado: excesso de metais pesados no organismo é uma ameaça à saúde
Médicos não costumam pedir exames para medir a presença dessas substâncias maléficas, mas estamos sujeitos a grandes concentrações delas
atualizado
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Pouco se fala sobre o problema do acúmulo de metais pesados no corpo humano. Não é comum médicos pedirem exames que atestam a quantidade deles em nosso organismo. Assim, é bem provável que a maioria da população tenha níveis elevados, devido ao nosso estilo de vida.
Convém esclarecer que alguns metais são essenciais para o bom funcionamento da saúde, como ferro, zinco, magnésio, selênio e cromo. Porém, o acúmulo de outros metais pesados, como o alumínio e o mercúrio, pode trazer deficiências e desequilíbrios.
Cheguei da minha temporada na China sentindo fraqueza, falta de clareza mental, com os hormônios alterados. Devido a minha exposição à poluição e alimentação diferente, resolvi procurar ajuda.
A primeira providência foi fazer os exames clínicos, e logo minha nutricionista me pediu para fazer o exame capilar: ele indicou intoxicação por metais pesados. Trata-se de um teste analisado nos Estados Unidos e que é feito a partir da coleta do cabelo. A análise dos elementos encontrados ali proporciona um teste indireto para a identificação do excesso, deficiência ou má distribuição fisiológica de elementos no corpo.
A pesquisa clínica indica que níveis específicos de elementos no cabelo, particularmente aqueles potencialmente tóxicos, como cádmio, mercúrio, chumbo, alumínio e arsênico, estão altamente correlacionados com desordens patológicas.
O resultado me chocou: de 0 a 10, meus níveis de metais pesados estavam entre 8 e 10, sendo os mais altos alumínio e mercúrio.
O alumínio, quando em excesso, pode desencadear problemas mentais, como demência senil, Alzheimer e até autismo em bebês ainda no ventre materno. Além disso, isso está relacionado com casos de anemia, pois prejudica a absorção de ferro pelo intestino, dificulta o transporte desse elemento no soro e desloca a ligação do ferro à transferrina, causando fadiga crônica.
O alumínio no cabelo é comumente elevado em crianças e adultos com zinco baixo e desordens de comportamento/aprendizagem tais como DDA, TDAH e autismo. Indivíduos com problemas renais ou submetidos à diálise renal também podem apresentar elevação do elemento no organismo
Possíveis fontes de alumínio incluem alguns medicamentos antiácidos, panelas, fermento de panificação, queijo processado, água potável e componentes de antiperspirantes que podem ser absorvidos, como desodorantes e sprays em geral.
Já o mercúrio pode suprimir a função biológica do selênio e causar ou contribuir para confusão do sistema imunológico em indivíduos sensíveis. Os sintomas indicadores de excesso da substância incluem: perda de apetite; redução na sensação de tato, audição e visão; fadiga; depressão; instabilidade emocional; dormência periférica e tremores; memória fraca; disfunção cognitiva; e desordens neuromusculares.
Existem registros de mercúrio no cabelo relacionados com infarto agudo do miocárdio. Em média, identificou-se que cada 1 ppm (parte por milhão) de mercúrio no cabelo pode aumentar em 9% o risco de infarto. Fontes do elemento incluem amálgama dentário, frutos do mar contaminados – principalmente peixes do topo da cadeia alimentar, como atum e robalo, entre outros –, fontes de água, agentes para clarear a pele, instrumentos (termômetros, eletrodos, baterias), queima de combustíveis fósseis, alguns fertilizantes e as indústrias de polpa, papel e ouro.
A solução é fazer uma das várias terapias de quelação oferecidas por algumas clínicas, várias delas ortomoleculares. Segundo o site News-Medical.Net, a terapia da quelação envolve a administração de agentes chelating para tratar o envenenamento tóxico do metal. Esses agentes chelating, ou chelants – ligantes dos metais no sangue e tecidos –, são usados para remover os elementos pesados do corpo nos casos de overdose, envenenamento ou acumulação. Fica a dica!