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A alegria de prestar um serviço desinteressado: retribuição ao planeta

Vencer o ego é um desafio diário, mas superar esse egoísmo pode nos trazer uma satisfação genuína. Que tal experimentar?

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Como boa leonina, meu desafio diário é vencer o ego. E se tem uma característica minha que me faz sofrer e ter a certeza que preciso melhorar, é o apego pelas minhas coisas misturado a uma necessidade de controle que pode ser denominado egoísmo se analisado sob certas perspectivas. Principalmente quando o foco sou eu ou o meu.

Pouco a pouco, com o passar dos anos, maturidade, consciência e humildade, consigo perceber que uma felicidade genuína me invade quando presto algum serviço a alguém, sacrifico meus desejos pessoais, doo o meu tempo, auxilio ou faço seja lá o for a algo, a outra pessoa ou à comunidade.

Servir é a nossa gratidão por viver neste planeta. Segundo a sabedoria maia, significa ajudar e apoiar os outros da forma que somente nós podemos fazer. Amor, louvor e gratidão são as mais elevadas formas de serviço e desperta a energia criativa em cada um.

Em sânscrito, “Seva” significa “serviço desinteressado” ou trabalho realizado sem qualquer pensamento de recompensa ou reembolso. Na antiga Índia, acreditava-se que a seva ajudava o crescimento espiritual de uma pessoa e, ao mesmo tempo, contribuía para a melhoria de uma comunidade. Esta é a arte de dar sem necessidade de receber, onde o ato em si é um presente para todos os envolvidos. Seva é a arte da ação abençoada.

Ram Dass explica isso lindamente: “Ajudar não é uma habilidade especial. Não é o domínio de indivíduos raros. Não está confinado a uma única parte de nossas vidas. Nós simplesmente atendemos ao chamado desse impulso natural e o seguimos aonde ele nos conduz ”.

Seva é uma ótima maneira de oferecer seu tempo e energia para algo maior do que as suas próprias questões. É colocar seus dons e talentos a serviço do amor. Prem Baba diz: “O serviço é uma ótima ferramenta de autoconhecimento. Não importa qual o seu trabalho, se existe essa consciência de serviço, você se sente pleno”.

Aprendo muito com meu marido. Ele é uma pessoa que se doa para todos e oferece um serviço desinteressado que é bonito de se ver. Bonito porque vem do coração, dá para ver que o deixa feliz, com o coração preenchido de alegria. E dá uma vontade danada de fazer igual.

Para uma pessoa que reconhece suas limitações, atingir esse objetivo pode ser mais fácil. Basta que a consciência lhe diga tratar-se de uma questão de mindset, como uma chavinha que se vira na mente. Aplicar esse mindset parece-me ser o mais complicado. Porém, é possível e compensador.

Comece com pequenas atitudes. Ofereça ajuda a alguém, sirva palavras doces ou somente atenção ao escutar. Auxilie quem precisa, preste mais atenção nas pessoas em sua volta e veja o que pode ser oferecido.

Com o tempo, suas ações podem se tornar ainda maiores e você estará apto a ajudar uma comunidade inteira. Ao entrar neste ciclo virtuoso, você estará participando da natureza divina, como um canal de amor, em conexão direta com seu eu superior e com as fontes da luz. Prepare-se para uma vida em ressonância com as melhores vibrações.

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