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Pinella é uma esquina descolada com comida apenas razoável

Em tempos de crise, um lugar que vive cheio tem seu mérito. Faz tempo que queria entender todo o hype em torno do bar Pinella. Bati ponto por lá algumas vezes nos últimos meses. Acho que consegui entender alguns dos porquês de o local fazer este sucesso todo. Até cartomante encontrei por lá. Clima descontraído […]

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Pinela Linguiça
1 de 1 Pinela Linguiça - Foto: Divulgação

Em tempos de crise, um lugar que vive cheio tem seu mérito. Faz tempo que queria entender todo o hype em torno do bar Pinella. Bati ponto por lá algumas vezes nos últimos meses. Acho que consegui entender alguns dos porquês de o local fazer este sucesso todo. Até cartomante encontrei por lá.

Clima descontraído
Primeiramente, fora… preconceito. Gravatas e dreadlocks convivem em plena harmonia. A esquina do bloco comercial é despretensiosa, cheia de bossa e se estende pela calçada. Luzes coloridas dão alegria ao espaço – que já abrigou nos anos 2000 o lendário Café da Rua 8. Por lá, rola música ao vivo. O meu dia predileto foi o de um trio de jazz, que tocava música agradável para afagar os ouvidos.

Há ainda o barulho natural e alto das conversas, principalmente, dos grupos. E o aumento do teor alcoólico é também o gatilho de elevação do volume das vozes. Isso me incomoda um pouco, pois acho que estou ficando velha. Mas é bonito ver os jovens adultos (média do público, entre 25 e 40) curtindo a vida e os espaços da cidade.

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Variedade de cervejas e geladas
O Pinella tem carta caprichada de cervejas. Um bar antenado sabe que os clientes andam deixando de lado as marcas mais tradicionais para experimentar as artesanais. Ponto pra decisão. Ainda melhor quando bons refrigeradores gelam a “breja”, que chega trincando.

Atendimento atencioso e cordial
Um salve todo especial para a atendente Joana. Simpática e atenciosa, ela domina o cardápio e faz sugestões para os indecisos. É rápida e dinâmica. Observando o salão, esta é a regra. Staff que anda bastante para melhor atender ao público. O povo gosta.

Comida: irregularidade no cardápio, no sabor e na execução
Acredite. O maior problema é a comida. A aposta forte da casa é o petisco. Todos com nomes femininos. No site, Geni (mini-sanduíches no pão de forma gratinado com muçarela, presunto de Parma, filé-mignon, mortadela, cebola crocante no molho de cerveja, R$ 28) consta como um dos pratos mais pedidos.

Foi o pior que comi. A apresentação é lastimável. O molho de cerveja, sem gosto, inunda as fatias de pão, deixando-os empapados, além de o recheio vir minguado com uma supercobertura de queijo que mascara o sabor do restante do snack.

Outro ponto de ajuste deve ser o croquete de carne (Liliane, a R$ 28). Olhei as fotos e humm…Já sabia que seria quase impossível bater o do Quatrocentos. Fui de alma aberta. Experimentei. A grossa camada de farinha seca a boca. O recheio é bom, mas poderia ter mais tempero e vir mais molhadinho.

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As batatas bravas (Luciana, a R$ 25) são quentinhas, crocantes e servidas em boa quantidade
Geni (mini-sanduíches no pão de forma gratinado com muçarela, a R$ 28) tem apresentação lastimável
O croquete de carne (Liliane, a R$ 28) tem recheio bom, mas poderia ser mais temperado e molhadinho
Os dadinhos de provolone (Gab, a R$ 28) estão entre as boas pedidas da casa
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A linguiçinha (Fernanda, a R$ 29) é bem temperada e com pouca gordura

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As batatas bravas (Luciana, a R$ 25) são quentinhas, crocantes e servidas em boa quantidade

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Geni (mini-sanduíches no pão de forma gratinado com muçarela, a R$ 28) tem apresentação lastimável

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O croquete de carne (Liliane, a R$ 28) tem recheio bom, mas poderia ser mais temperado e molhadinho

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Os dadinhos de provolone (Gab, a R$ 28) estão entre as boas pedidas da casa

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O carpaccio de rosbife (Nina, a R$ 30) é bem laminado. Porém, a mostarda que servia como molho do prato era muito, muito forte e foi colocada em grande quantidade, mascarando completamente o sabor da carne. Além disso, os pãezinhos de acompanhamento vieram frios e moles.

Porém, há sim um lado bom do cardápio. As batatas bravas (Luciana, a R$ 25) são quentinhas, crocantes e servidas em boa quantidade, acompanhadas de excelentes molhos de alho e geleia de tomate picante.

A linguiçinha (Fernanda, a R$ 29) também tem seu lugar no pódio, bem temperada e com pouca gordura. Os dadinhos de provolone (Gab, a R$ 28), o hambúrguer (Flávia, a R$ 26) e os mini-sanduíches de pão francês com recheios distintos (Luana, a R$ 25) também estão entre as minhas boas pedidas por lá. Mas confesso que não consegui entender como uma cozinha pode produzir produtos tão distintos.

O importante é que, com ajustes, acredito que esses problemas sejam superados. Vale uma modernização do cardápio de petiscos. Que a esquina mais simpática de Brasília mantenha seu charme e sua missão de levar um pouco mais de leveza ao concreto de alma de muitos lugares da capital.

Cortês sim; omissa, não.

DEVO IR?
Sim. Escolha os petiscos certos.

PONTO ALTO
Atendimento simpático. Clima descontraído.

PONTO FRACO
Irregularidade no cardápio.

Pinella (408 Norte, Bloco B, Loja 20, 3347-8334).

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