Páprica Burger é uma sacada diferente e inteligente
O hambúguer mais saboroso é o Veggie. O recheio é composto por cogumelos Portobelo grelhados e gratinados com queijo minas meia cura
atualizado
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Em vez de uma loja de conveniência no posto de gasolina, uma hamburgueria. O Páprica nasce com esta bela sacada. Aproveitar um espaço onde há certo fluxo de carros e oferecer um cardápio simples, com poucas opções, para que o cliente não se perca na escolha e os seis funcionários da cozinha se concentrem e produzam bons hambúrgueres. Tudo isso embalado com ambiente leve e música ambiente alto astral.
No cardápio, três tipos de hambúgueres: Veggie, Páprica e Blue – sendo que os dois últimos podem ser servidos em pão ou em folhas de alface americana (uma versão mais light).
Há também quatro milk shakes (churros, cheesecake de morango, chocolate e framboesa com limão siciliano – R$ 22 cada um) e dois tipos de snacks — batatas fritas (R$ 10) e chips de mix de raízes (mandioca, batata baroa, batata Asterix, beterraba, batata doce e cenoura temperados com páprica doce, a R$ 12).
Foi fácil zerar o cardápio. O hambúguer mais saboroso é o Veggie (R$ 24). O recheio é composto por cogumelos Portobelo grelhados e gratinados com queijo minas meia cura e berinjela empanada. Tudo bem temperadinho e com sabor marcante, ainda mais quando você dá uma mordida completa. Aí, sente a combinação saborosa com o chutney de cebola, tomate fresco e as minifolhas.
Tanto o Páprica burger quando o Blue burger são feitos com blend de Black Angus, carne magra com uma gordura especial, que derrete quando vai ao fogo. Ambos fizeram sucesso nas minhas papilas gustativas. Mas o primeiro estava mais suculento, já que mantinha os “sucos” próprios da carne.
Ponto para os pães dos três hambúrgueres. Cada um diferente do outro: um com gergelim preto, outro feito de batata e um com brioche. Os pães estavam macios, frescos e absorviam muito bem os molhos e o caldo que saía da carne.
De snacks, as batatas vieram quentinhas, sequinhas de óleo e ainda com ervas crocantes por cima. Já o mix de raízes estava gostoso,, porém já frio e bastante quebrado. Dei azar, pois o do meu vizinho veio com as lâminas inteiras. Acho que peguei aquela leva final, meio raspa de tacho.
Modelo econômico
Não há garçons no Páprica. Você entra na fila, faz seu pedido e é anunciado minutos depois por um microfone. São seis pessoas na pequena cozinha, um caixa e um gerente bastante atencioso. A medida reduz os custos trabalhistas para os empresários e salva os 10% do seu bolso.
A loja parece um contêiner, mas não é. As chapas de ferro forram as paredes e dão um ar industrial, assim como todos os objetos de decoração, incluindo cadeiras e mesas. A extensão da loja, onde se encontram o caixa e a cozinha aberta, foi instalado um deck de madeira cercado por cachepôs de ervas. A música que rola por lá é bem boa, dando um clima alto astral para o ambiente.
Iluminárias baixas demais
Um aspecto desagradável é a iluminação. Os pendentes, muito usados em locais com este tipo de proposta, estão baixos demais, o que faz com que a luz estoure um pouco no rosto e incomode o papo na mesa.
Duas observações importantes que podem passar despercebidas pelos clientes, mas são definitivamente importantes. A qualidade do guardanapo. O papel é mais grosso. Claro que é mais caro do que o convencional, mas é mais apropriado para se lambuzar sem medo de ser feliz ao comer seu burguer.
O outro é o site. Apesar de não ter os preços por lá, o ambiente virtual é fácil e gostoso de navegar. Definitivamente, um site com informações faz toda diferença para os consumidores.
Cortês sim; omissa, não.
DEVO IR?
Sim. Você pode encontrar filas.
PONTO ALTO
O hambúrguer vegetariano.
PONTO FRACO
Iluminação desconfortável.
Páprica Burger (Eixinho L, 204 Norte, dentro do Posto Ipiranga).