Festival Brasileiro da Cerveja expõe 800 rótulos de 136 cervejarias

Começou. Depois de sete horas de deslocamento (Brasília – São Paulo – Navegantes – Blumenau), finalmente chegamos a mais uma edição do Festival Brasileiro da Cerveja. O evento começou na quarta-feira (8/3) e segue até sábado (11/3) em Blumenau-SC.

A primeira visão é linda: dois pavilhões gigantes com estandes nas extremidades, dois palcos e centenas de mesas coletivas no centro. Nesse espaço estão as cervejarias mais respeitadas do Brasil e também marcas novíssimas, que acabaram de chegar ao mercado.

Aqui, estamos bebendo da fonte. Para quem trabalha com cerveja, o festival é importante porque revela tendências, funciona como uma grande mesa de negociação, nos leva a diferentes caminhos sensoriais e, claro, é fonte inesgotável de diversão.

Chegamos com fome e muita sede.

Vamos aos fatos
O Festival Brasileiro da Cerveja está na nona edição e este ano deve receber cerca de 40 mil pessoas durante os quatro dias de evento. Os pavilhões estão deliciosamente ocupados por 136 cervejarias que, ao todo, oferecem aproximadamente 800 rótulos.

Quem passeia pelos corredores percebe que muitos estandes exibem uma grande medalha de papel. É a indicação de que naquele lugar existe uma campeã do Concurso Brasileiro de Cerveja.

A competição:
O concurso ocorre nos dias anteriores ao festival e é, na verdade, o acontecimento mais esperado pelos cervejeiros. Este ano, 332 cervejarias inscreveram 2 mil rótulos. Para avaliar e dar nota a todas essas cervejas de acordo com cada estilo, um time de 61 jurados de 20 países trabalhou incansavelmente até que a última medalha fosse anunciada.

O Rio Grande do Sul foi o Estado com o maior número de cervejas premiadas, 58 ao todo. Em seguida vem Santa Catarina, com 51 medalhas, Paraná, com 47 rótulos medalhistas, e São Paulo, com 46 cervejas vencedoras. Ao todo, 256 rótulos receberam ouro, prata ou bronze. Clique aqui para conferir a lista completa

Hora de beber!
Para aproveitar o festival ao máximo, é preciso ter estratégia. A primeira regra é beber apenas 100ml de cada cerveja. Nada de encher o copo, afinal, a intenção é provar o maior número de cervejas sem cair no chão.

Como as premiadas são mais procuradas e, normalmente, disponibilizadas em menor quantidade, escolhemos começar por elas. Entre as medalhistas, focamos primeiro nas mais leves. As cervejas do tipo Sour roubaram nossos corações e dominaram nosso paladar.

A produção de cervejas azedas é uma tendência que percebemos há cerca de dois anos e que ganhou força nesta edição. Na verdade, o movimento já está bem forte nos Estados Unidos e, aos poucos, cervejeiros mais ousados têm conseguido convencer o degustador brasileiro.

Provamos exemplares excelentes, criativos, inéditos e com ingredientes inesperados. Em vários momentos nos perguntamos: como eles conseguiram chegar a esse sabor?

O volume do próximo vídeo está baixo, mas vale a pena fazer um esforço para sentir um pouco o clima do festival.

E na próxima coluna vamos mostrar o que descobrimos sobre as Sour Ales que estão chegando com o pé na porta.