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Cervejas sem álcool: solução drástica na abstinência pós-carnaval

Passada a folia, como dizer “não” à tentação de abrir uma cervejinha logo cedo? Encontramos a solução nas cervejas sem álcool, ou quase isso

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André Vasquez/Metrópoles
cervejas sem álcool paulaner
1 de 1 cervejas sem álcool paulaner - Foto: André Vasquez/Metrópoles

Você acostuma seu corpo com todos os prazeres que o bolso puder bancar. Sem limites e sem pudores, o folião encontra a realidade inevitável na quarta, quinta ou, para os mais afortunados, na segunda-feira que vem.

Triste, quebrado e com abstinência de carboidratos, álcool e alegria, a volta à rotina exige uma readaptação brusca, imediata. Aí vem a pergunta: como se desprender do espírito carnavalesco? Como dizer “não” à tentação de abrir uma cervejinha logo cedo?

Pensando nesse drama, resolvemos apelar para uma solução drástica: as cervejas sem álcool, ou quase isso.

Pra começar, saiba que não é fácil encontrar opções. Depois de rodar por alguns mercados, conseguimos colecionar apenas quatro opções diferentes, uma delas importada.

Os preços, se você considerar que estamos falando de uma bebida que não tem álcool, também não são lá muito animadores. As nacionais custam acima de R$ 3, enquanto desembolsamos mais de R$ 18 por uma weissbier alemã. Por fim, e o principal, a experiência…. Que tragédia.

Sem expectativas
Analisar sensorialmente cervejas sem álcool deve ser uma arte, porque realmente é necessário se despir de todas as expectativas de lembranças reais do que você vai beber, comparado a cervejas alcoólicas.

Menos aromáticas, mais leves, menos saborosas… A realidade é bastante complicada. Fico me perguntando se aumentar a carga de lúpulos não poderia ser uma estratégia boa para que o resultado final dessas receitas lembrasse mais uma cerveja — mesmo que os estilos analisados (Pilsen e Weissbier) não primem por muito amargor.

Obviamente, para quem não quer ou não pode consumir álcool, mas está a fim de um sabor que lembre cerveja, tá valendo demais, não é mesmo?

André Vasquez/MetrópolesBrahma 0.0%
A Brahma lançou em 2013 sua versão sem álcool, de olho na Copa do Mundo, e garante que ela leva os mesmos ingredientes das Pilsens alcoólicas. Pode até ser, porque faz muito tempo que não tomo uma Brahma. Ainda assim, há algo de errado. No copo, ela apresenta uma cor amarelo-claro, extremamente límpida, com espuma rala e que se dissipa rapidinho. O aroma é levemente metálico, com notas florais (se você procurar bem). O sabor é bastante adocicado, com notas azedas, muito aguada. Quando esquenta, fica mais doce ainda, com notas extremamente ácidas.

André Vasquez/MetrópolesBavaria 0.0%
Mais clara e mais dourada que a Brahma, tem um pouco mais de espuma, mas que se dissipa rapidamente. No nariz, apresenta aromas agradáveis de lúpulos florais e malte Pilsen – bastante aceitável. O sabor ainda é adocicado e lembra muito a experiência de tomar malte de cevada cozido na água antes de ferver. Sério, isso é um grande elogio – é cevada! A grande surpresa da degustação.

 

 

André Vasquez/MetrópolesItaipava 0.0%
Fabricada pelo Grupo Petrópolis, ela é amarela, dourada,com formação de espuma maior e mais duradoura. No visual, é bem bonita. Mas aparências, infelizmente, enganam. O aroma é quase inexistente, excetuando-se pelo pouco de milho cozido, ou ainda o mesmo metálico apresentado na Brahma. Ainda percebi algumas notas doces tipo caramelo e amanteigado. O sabor, no entanto, é azedo e adstringente, sem qualquer lembrança de amargor. Muito azedo mesmo. Gelada, consegui tomar, mas quando esquentou, ficou intragável.

André Vasquez/MetrópolesPaulaner Weissbier non-alcoholic
Apresentando “menos de 0,5% de álcool por volume”, ela é bem feita. A cor é alaranjada e turva, e o aroma é típico de uma weiss, porém com menos complexidade: basicamente banana e um pouco de toffee. Infelizmente, a consistência se perde no sabor leve e adocicado, que também lembra banana. O retrogosto é muito rápido mas existe, o que é um grande diferencial. Fica um gostinho de pão bem gostoso. Existe uma ausência absoluta de amargor, mas sem nenhum defeito, só uma característica mesmo. Com um pouco mais de corpo do que as outras, colocamos ela em primeiro lugar. O único problema é o preço – custa quase seis vezes mais (ainda que venha com 500ml, em vez de 330ml).

Fim de papo
Seria mais legal haver mais opções de cervejas sem álcool, principalmente de mais estilos. Confesso que fui cheio de preconceitos, esperando o pior. Mas, das quatro cervejas avaliadas, duas delas (a Bavaria e a Paulaner) eu tomaria num churrasco de boa — claro, se não pudesse tomar exemplar alcoólico.

Acredite, folião, nem tudo está perdido!

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