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Cervejaria mistura boa bebida com literatura brasileira

A Cerverbaria quer democratizar a cultura usando o rótulo da garrafa como veículo de publicação

atualizado

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1 de 1 poetica2 - Foto: Divulgação

Sentar em um bar sozinho nunca mais será solitário. É claro que hoje em dia o celular é um grande companheiro, mas aposto que até o WhatsApp vai ser esquecido quando uma garrafa de poesia ou uma dose de crônica for servida.

Fazer cerveja e conteúdo literário é a proposta da paulistana Cerverbaria, uma mistura de editora com cervejaria artesanal — nessa ordem de importância. Pela definição dos proprietários, trata-se de um local onde as pessoas fazem o que mais gostam na vida: conversam sobre cerveja e degustam literatura.

A Cerverbaria foi criada pela publicitária Caroline Freire e pelo historiador e escritor André Rosemberg. A ideia é democratizar a literatura usando o rótulo da garrafa como veículo de publicação.

“A nossa intenção era inovar em relação à literatura. Se não fosse por essa razão, a cervejaria não existiria”, explica André, que já fez parte do time da Oak Bier, outra paulistana. Com esse propósito em mente, a dupla lançou três séries: Poética, Capotão e Epistolar.

A Poética é uma Lager filtrada com 5% de teor alcoólico. Refrescante até dizer chega, perfeita para carregar poemas inéditos de Angélica Freitas, Bruna Beber, Joca Reiners Terron e Marcelino Freire.

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Cerveja poética: Lager filtrada com 5% de teor alcoólico

 

Se você é apaixonado por cerveja amarguinha e também por futebol, precisa conhecer a família Capotão. Dentro da garrafa vem uma IPA com mais cara de American Pale Ale. Do lado de fora, os três rótulos da primeira edição contam causos do esporte bretão em contos de Maurício Barros, André Sant’Anna e o próprio André Rosemberg.

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Capotão: IPA com mais cara de American Pale Ale

 

Por fim e não menos empolgante, uma Weiss mais cítrica e leve que o convencional. A turma da Epistolar é formada por quatro cronistas que publicaram nos rótulos cartas trocadas entre si. Antônio Prata escreveu para Fabrício Corsaletti; Tati Bernardi enviou o texto a Antônio Prata, e Fabrício a Tati.

A intenção era recuperar a ideia da troca de correspondências. A tipologia que usamos no rótulo é de máquina de escrever e a marca imita um carimbo dos Correios

André
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Epistolar: Weiss mais cítrica e leve que o convencional

 

Cada autor recebeu direitos autorais e um pagamento em cerveja pelos textos inéditos publicados. André e Carol ainda não sabem a periodicidade dos lançamentos, mas adiantam que querem criar novas séries de cervejas literárias e também abrir espaço para autores menos conhecidos.

Há boatos de que a próxima investida será uma Session IPA cheia de verbo. Seja qual for o estilo do escritor ou da cerveja, o jeito mais fácil de ter uma garrafa da Cerverbaria em Brasília é pelo site. Não vai comer mosca, corre lá porque o lote é pequeno!

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