“Vai viver, cara”. Publicitário conta como reaprendeu a viver depois de perder a filha de 18 anos

A história do publicitário Paulo Camossa, 50 anos, ganhou as redes sociais quando decidiu compartilhar como conseguiu dar um novo sentido à própria existência depois de perder a filha Amanda, na época com 18 anos. O relato comovente foi compartilhado milhares de vezes por pessoas que se identificaram com a dor vivida por Camossa.

Em depoimento publicado na página “Vamos falar sobre luto?” , o publicitário contou que a filha – e a dor de perde-la – foi o que o ensinou a viver bem. “Ao entender a intensidade da sua existência que resolvi levar a minha na direção das coisas que me movem de verdade. É como se ela me dissesse todos os dias: ‘vai viver, cara’. ”

A menina morava com o pai desde os oito anos, depois do divórcio de um casamento que durou pouco tempo. Aos 18, já era universitária. Estava cursando publicidade, seguindo os mesmos caminhos do pai. “Ela estava, de certa forma, encaminhada, com estágios garantidos. E feliz. Até o dia em que voltou da aula, tomou sol (o porteiro do prédio me contou), falou com a Bel, a moça que trabalhava na nossa casa, e foi deitar. Eu estava no trabalho quando a mãe dela me ligou à tarde, preocupada, dizendo que ela não atendia o telefone”, relatou Camossa.

O pai não achou nada estranho. “Normal da idade, claro que está tudo bem”, pensou.  Ao voltar para casa no horário de sempre, encontrou a porta do quarto fechada, com a luz da TV ligada. Ela estava dormindo. Camossa respirou aliviado. Até quando foi dar um beijo nela. “Senti seu rosto frio. Chamei um vizinho médico, depois o SAMU. Tentamos trazê-la de volta, mas ela já havia partido. Desligou”, contou. A causa oficial da morte, segundo laudo médico, foi um edema pulmonar agudo.

Para tentar superar a dor, Camossa passou a trabalhar, dia após dia, pela memória da jovem. Editou vários vídeos e colocou todos na internet. Também montou uma playlist da vida da filha. E de uns tempos para cá passou a escrever nas redes sociais nas duas datas de Amanda (a de chegada e a de partida) textos como “25 curiosidades aleatórias sobre a Amanda Camossa”.