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À tarde, HBO exibe desenho adulto “Festa da Salsicha” e pais reclamam

O polêmico filme está na programação em um período no qual muitas crianças assistem TV, o que motivou protestos dos familiares

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1 de 1 sausageparty - Foto: Divulgação

O filme “Festa da Salsicha” estreou em 2016 cercado de polêmicas por ser uma animação para adultos. O assunto ressurgiu nesta semana depois que alguns pais e responsáveis perceberam que o longa está em exibição no período da manhã e da tarde, na HBO, horário em que muitas crianças assistem à televisão.

Eles ficaram preocupados que os filhos vissem o conteúdo do filme, que pode ser confundido com um desenho comum. “Atenção! Quem tem filho pequeno deve ficar atento. Esta semana estreia na programação da HBO um filme chamado “Festa da Salsicha”. Parece inofensivo porque é desenho animado, mas tem cenas de sexo grupal e das mais variadas maneiras”, avisa um texto que circula no WhatsApp.

A história é sobre alimentos que vivem em um supermercado e sonham em serem escolhidos pelos humanos, mas eles não sabem que as pessoas querem comê-los e que, no processo, serão fritos e fatiados. A censura é 16 anos, o que está indicado na grade de programação do canal, como recomenda o Ministério da Justiça.

 

Horários nos quais o filme será exibido

 

A apreensão de alguns pais e responsáveis se deve ao fato de o filme reproduzir machismo, possuir conteúdo sexual e cenas violentas. Por se tratar de um desenho animado, eles temem que isso atraia ainda mais as crianças — além do horário de exibição que facilitaria o acesso desse público.

A psicóloga especializada em neuropsicologia Ana Paula Chaves acredita que o filme não é apropriado para o público infantil. “O conteúdo é politicamente incorreto, possui sexismo e cita conflitos étnicos. Uma criança não tem maturidade emocional para acompanhar isso”, afirma.

De acordo com Ana Paula, a “Festa da Salsicha” pode gerar desconforto e até “despertar uma curiosidade fora de hora” nos mais novos. A responsabilidade sobre a exposição a esse tipo de conteúdo, porém, deve ser dos pais. “A gente não pode esperar isso do Estado ou da emissora, pai e mãe têm a responsabilidade de educar e cuidar”.

Caso a criança tenha interesse em assistir ao filme, a recomendação da psicóloga é: explicar que o longa, apesar de ser um desenho animado, é destinado ao público adulto. “Dizer: ‘não é pra sua idade’ e pronto”, aconselha.

O Metrópoles procurou a HBO para falar sobre o assunto, mas a emissora não respondeu até a última atualização desta matéria.

Veja outros filmes que causaram polêmica:

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<b>Último Tango em Paris (1972):</b> o maior escândalo em torno do filme é o estupro real da atriz Maria Schneider, que foi articulado pelo ator Marlon Brando e pelo diretor Bernardo Bertolucci
<b>Borat (2006):</b> a polêmica foi tão grande que o Ministério das Relações Exteriores do Cazaquistão (país de origem do personagem principal do filme) divulgou uma nota oficial declarando que o protagonista do filme estava representando seu povo de forma "depreciativa"
<b>Ninfomaníaca (2013):</b> do diretor dinamarquês Lars Von Trier, o longa causou desconforto pelo tema e pela quantidade de cenas de sexo. Alguns críticos até chamaram o filme de pornografia disfarçada de drama
<b>Anticristo (2009):</b> o filme, que também foi dirigido por Lars Von Trier, foi criticado pelas cenas fortes de violência e mutilação genital
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A entrevista (2014): o longa conta com alguns produtores e atores que também participaram de a "Festa da Salsicha". A maior polêmica se deve ao tema principal da comédia ser assassinar o ditador da Coreia do Norte

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Último Tango em Paris (1972): o maior escândalo em torno do filme é o estupro real da atriz Maria Schneider, que foi articulado pelo ator Marlon Brando e pelo diretor Bernardo Bertolucci

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Borat (2006): a polêmica foi tão grande que o Ministério das Relações Exteriores do Cazaquistão (país de origem do personagem principal do filme) divulgou uma nota oficial declarando que o protagonista do filme estava representando seu povo de forma "depreciativa"

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Ninfomaníaca (2013): do diretor dinamarquês Lars Von Trier, o longa causou desconforto pelo tema e pela quantidade de cenas de sexo. Alguns críticos até chamaram o filme de pornografia disfarçada de drama

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Anticristo (2009): o filme, que também foi dirigido por Lars Von Trier, foi criticado pelas cenas fortes de violência e mutilação genital

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