Crime contra Kim Kardashian causa repercussão política na França
“Há uma urgência de segurança em Paris”, lamentou Nathalie Kousciusko-Morizet, pré-candidata à presidência pelo Partido Republicano
atualizado
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A empresária americana Kim Kardashian, 35 anos, sofreu um assalto milionário em um quarto de uma mansão em Paris na madrugada de domingo (2/10). O ataque à mão armada aconteceu quando um grupo de assaltantes vestidos de policiais invadiu o prédio e roubou dinheiro e joias, a maioria fornecidas por marcas de luxo para sua participação na Paris Fashion Week.
Pela investigação preliminar aberta pelo Ministério Público e pela Brigada de Repressão à Criminalidade, a residência foi invadida por cinco homens vestidos de policiais, mas mascarados, que segundo o testemunho da americana falavam inglês com sotaque do leste europeu. Durante o assalto, Kim teve uma arma apontada para sua cabeça.Um primeiro balanço indica que o prejuízo da ordem de R$ 35 milhões — um dos anéis que desapareceram é estimado em cerca de R$ 14 milhões.
Desde as primeiras horas da manhã, o assalto suscitou uma controvérsia política. A menos de sete meses das eleições presidenciais, políticos de oposição acusaram os governos do Partido Socialista em Paris e na França de serem negligentes em segurança pública.
“Todos os canais do mundo provavelmente, ou pelo menos nos Estados Unidos estão transmitindo o tempo todo a informação”, lamentou Nathalie Kousciusko-Morizet, pré-candidata à presidência pelo Partido Republicano, acusando as autoridades municipais e nacionais de passividade. “Há uma urgência de segurança em Paris.”
Anne Hidalgo, prefeita da capital, respondeu por meio de comunicado lamentando os acontecimentos. “Tenho toda a confiança nas forças de polícia para identificar e prender rapidamente os autores dos fatos”, afirmou. “Quero ressaltar que Kim Kardashian será sempre bem-vinda à Paris.”
Desde os atentados de 7, 8 e 9 de janeiro de 2015, seguidos dos ataques de 13 de novembro, também em Paris, e do atentado de 14 de julho, em Nice, o turismo sofre com uma perda de cerca de 10% do fluxo normal. Empresas do setor reivindicam ao governo um plano de suporte para tentar retomar a atratividade da capital francesa.