Não seja chato. Pokémon Go é o melhor lançamento da tecnologia em 2016

Atenção, antes de qualquer coisa: eu não gosto de Pokémon. Até tentei jogar os games dos monstrinhos, mas nenhuma pokebola foi capaz de me prender. Porém, reconheço que eles são parte importante da cultura geek, como a recente febre do jogo Pokémon Go mostra.

Aliás, é sobre o Pokémon Go que gostaria de falar. O game já superou outro sucesso da internet, a pornografia. É sério. O app é mais procurado que os filmes adultos no Google. O gráfico abaixo mostra o número de pesquisas dos termos nos últimos 30 dias:

No Facebook, todo mundo falou sobre Pokémon Go e, consequentemente, surgiu o grupo que resolveu falar mal, dizer que é um absurdo ver jovens correndo pelas ruas com o celular na mão e soltar o mantra dos conservadores: “Aonde vai parar essa juventude”.

Caros revoltados com Pokémon Go, é com vocês que eu quero falar. O game, que usa a tecnologia chamada de realidade aumentada, é, provavelmente, uma das coisas mais impressionantes dos últimos anos. O recurso abre espaço para uma mescla entre a realidade e a virtualidade e não à toa está causando o maior fuzuê nos países em já está disponível.

Pense por um momento nas possibilidades abertas para todas as áreas do conhecimento. Não só games, mas informações de utilidade pública podem ser disponibilizadas. Alguém usando o mapa para se locomover, pode descobrir que a região é violenta. Ou consultar restaurantes próximos. É revolucionário.

“A tecnologia é legal, o problema está no comportamento dos jovens”. Francamente, não vamos bancar os tiozões. Jovens correndo no Central Park atrás de um Vaporeon é, com perdão da palavra, do “caral***”. Isso é muito mais legal do que um bando de adolescente sentados sozinhos, mexendo em mouses e não aproveitando os espaços públicos.

 

Pokémon Go convida as pessoas a ocuparem as cidades, andarem por ela, por meio da virtualidade, experimentarem a realidade. Portanto, leave Pokémon Go alone!