Renda per capita em São Sebastião aumentou 6,71% em três anos
Valor passou de R$ 923,59 para R$ 985,18, de acordo com pesquisa da Codeplan. Houve também queda no número de moradores por residência
atualizado
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A renda per capita dos moradores de São Sebastião aumentou nos últimos três anos. O valor passou de R$ 923,59, em 2013, para R$ 985,18, em 2016. É o que mostra a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2016, divulgada nesta terça-feira (24) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). O estudo também identificou redução de 3,57 para 3,46 no número de moradores por domicílio.
Para o diretor de Estudos e Políticas Sociais da empresa pública, Bruno Cruz, o acréscimo no rendimento pode significar uma condição de vida melhor do que em outras regiões administrativas. “É uma renda mais elevada do que na Estrutural, no Itapoã e em Ceilândia, mas ainda está abaixo de Sobradinho e de outras regiões.”
São Sebastião tem 29.023 domicílios e 100.161 habitantes. Destes, 50.330 são mulheres; e 49.831, homens. Em termos porcentuais, as mulheres representam 50,25% da população; e os homens, 49,75%. A maior parte dos moradores veio de outras unidades da Federação: 53,84%. São imigrantes, principalmente, da Bahia, do Maranhão e de Minas Gerais. O índice de nascidos no DF, por sua vez, é de 46,16%.
A população é predominantemente adulta: 48,18% dos moradores têm entre 25 e 59 anos. O índice é mais que o dobro do de crianças de até 14 anos. Elas somam 22,73% do total de habitantes. Os idosos correspondem a 8,37% dos residentes na região administrativa. O levantamento foi feito em 700 residências em janeiro deste ano.
Também houve aumento populacional. Em 2011, a região administrativa concentrava 77.793 habitantes; em 2013, 98.908; e, em 2016, 100.161. De acordo com o presidente da Codeplan, Lucio Rennó, o crescimento pode ser explicado pela construção do Jardins Mangueiral, cujas primeiras residências foram entregues em 2011. “O Mangueiral pode ter estimulado o aumento na região, em que até mesmo áreas adjacentes à construção foram atrativas a novos moradores.”
Escolaridade
Predominam moradores com ensino fundamental incompleto, considerando ensino regular e educação de jovens e adultos (EJA) — 39,15%. Em relação a pessoas com ensino médio completo, o índice é de 21,78%. As que têm ensino superior completo formam 8,16%, enquanto os analfabetos, 2,47%.
A formação escolar reflete-se na renda familiar e mensal. A renda domiciliar média é de R$ R$ 3.264. A per capita soma R$ 985,1, pouco acima do salário mínimo oficial, de R$ 880. A maior parte da população atua no setor de serviços: 37,17% no comércio, 12,69% em serviços gerais e 12,02% em serviços domésticos. A construção civil representa 9,30% das ocupações.
Infraestrutura
A região tem iluminação pública em 95% dos domicílios. Além disso, 93% das casas ficam em ruas asfaltadas. As calçadas estão em 86% das residências, e os meios-fios, em 91%. O abastecimento de água está presente em 80% das moradias.
Também compareceram à apresentação da pesquisa o administrador regional interino de São Sebastião, Waldir Soares Cordeiro, e o diretor de Estudos Urbanos e Ambientais da Codeplan, Aldo Paviani.