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Mulher aterroriza moradores da 115 Norte para perseguir servidor

A moça, que diz ser soropositiva, espalhou sangue na guarita e nos pilotis do Bloco G, além de quebrar veículos no estacionamento

atualizado

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simone Natalie Buoso é levada por policiais
1 de 1 simone Natalie Buoso é levada por policiais - Foto: Cleuci de Oliveira/Metrópoles

Moradores e funcionários do Bloco G da 115 Norte estão em pânico com a presença de uma mulher que passou a destruir veículos e forçar a entrada no prédio. Desde 30 de outubro, Simone Natalie Buoso, 45 anos, conseguiu invadir o edifício pelo menos em duas ocasiões e precisou ser retirada à força.

A mulher, que afirma ser portadora do vírus da Aids, já simulou desmaios, destruiu veículos e espalhou sangue na guarita onde ficam os porteiros. A confusão costuma ocorrer depois das 22h e se prolonga madrugada adentro. Os ataques, segundo Simone contou a testemunhas, seriam uma vingança a um ex-namorado, morador do bloco e servidor da Câmara dos Deputados.

A história ganhou contornos aterrorizantes, que obrigaram a administradora do condomínio a espalhar cartazes de alerta pelo prédio, orientando os moradores a tomarem cuidado com as investidas de Simone.

Em uma dessas ações, registrada na noite do último dia 31, a mulher utilizou uma marreta para destruir uma porta e conseguir invadir o prédio. Imagens foram gravadas pelas câmeras de segurança e entregues à Polícia Civil, que investiga o caso.

O síndico adotou medidas de segurança para evitar que Simone acesse o local. O portão que dá acesso à garagem passou a ser trancado a partir das 22h. Os moradores se viram obrigados a entrar pelo portão de saída, controlado pelo porteiro que fica na guarita de segurança.

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Marcas de cuspe na guarita do Bloco G
Sangue que Simone espalhou na noite de quarta (9/11)
Fachada do Bloco G da 115 Norte
Na primeira invasão ao prédio, Simone entrou pela garagem. Esse acesso foi interditado desde então
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Cartaz alerta os moradores sobre as ações de Simone

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Marcas de cuspe na guarita do Bloco G

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Sangue que Simone espalhou na noite de quarta (9/11)

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Fachada do Bloco G da 115 Norte

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Na primeira invasão ao prédio, Simone entrou pela garagem. Esse acesso foi interditado desde então

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Vandalismo e ocorrências policiais
Pelo menos dois veículos estacionados nas vagas externas foram destruídos por Simone nas noites de 3 e 4 de novembro. Um dos carros pertenceria ao suposto ex-namorado, identificado por ela como “da alta cúpula da Câmara Federal”. O servidor em questão registrou pelo menos duas ocorrências contra ela, por dano e ameaça.

“Muitas vezes, essa mulher espera a entrada e a saída dos moradores para tentar invadir o bloco. Quando não consegue, ela passa as madrugadas sentada no parquinho em frente ao prédio”, contou um dos porteiros, que pediu para não ter o nome revelado.

Em uma das três vezes em que acabou detida por tentar invadir o prédio, Simone foi levada para a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). No local, sob a custódia dos policiais, a mulher teria pedido para usar o banheiro da delegacia e destruído a pia, o espelho e a privada da unidade.

De acordo com testemunhas e policiais ouvidos pelo Metrópoles, na 5ª DP, Simone se cortou e espirrou sangue no rosto dos militares. Na ocasião, ela afirmou que era soropositiva. Por isso, um exame foi feito e constatou-se que a mulher porta o vírus HIV.

Aterrorizados
Na tarde desta quinta-feira (10), a reportagem foi ao prédio e conversou com moradores do Bloco G, que estão assustados. Rita Souza costuma passear com seu cachorro nos arredores do prédio. Ela contou ter se deparado com Simone na noite da última quarta-feira (9). “Passei a andar por aqui com medo. Estamos todos amedrontados”, afirmou.

Na mesma noite, Simone protagonizou novas cenas de terror na entrada do prédio. Zombando dos porteiros, a mulher usava as mãos para esfregar sangue e cuspe nos vidros da guarita onde estava um dos funcionários que cuida da segurança. Porteiros acionaram a Polícia Militar, mas a mulher conseguiu fugir. Ela foi encontrada pela polícia em um bar nas proximidades.

Veja vídeo

Cientes do histórico clínico da mulher, os militares acionaram uma ambulância do Corpo de Bombeiros e uma equipe de socorristas, protegidos por equipamentos para evitar contaminação. Simone resistiu, mas acabou levada para a delegacia. Uma grande confusão se formou, com a presença de pelo menos 10 PMs e quatro bombeiros. Na unidade policial, Simone não quis prestar depoimento e acabou liberada após cerca de uma hora.

A reportagem tentou entrar em contato com Simone, mas ela não atendeu às ligações. O suposto ex-namorado dela não foi localizado para comentar o caso.

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