Turquia ataca curdos no Iraque após atentado matar 37 pessoas em Ancara
A polícia, por sua vez, realizou operações de busca no sul da cidade de Adana e deteve 38 pessoas suspeitas de serem rebeldes do PKK
atualizado
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A Força Aérea da Turquia atingiu alvos rebeldes curdos no norte do Iraque nesta segunda-feira (13/3), horas depois que um atentado suicida na capital do país, Ancara, matou 37 pessoas em meio a um aumento das tensões com os militantes.
Nove aviões F-16 e dois F-4 atacaram 18 posições do grupo terrorista Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no norte do Iraque, incluindo as montanhas Qandil, onde fica a base da liderança do grupo, disse a agência de notícia estatal Anadolu. Depósitos de munições, bunkers e abrigos estavam entre os alvos atingidos.
A polícia, por sua vez, realizou operações de busca no sul da cidade de Adana e deteve 38 pessoas suspeitas de serem rebeldes do PKK, informou a agência. Quinze suspeitos de serem militantes curdos também foram detidos em Istambul, disse a Anadolu.
O ministro de Saúde, Mehmet Muezzinoglu, disse que mais três pessoas morreram durante a noite de ferimentos sofridos no ataque suicida na noite de domingo que teve como alvo ônibus, carros e pessoas que estavam em um ponto de ônibus no centro de Ancara. Cerca de 125 pessoas ficaram feridas na explosão e 71 ainda estão hospitalizadas. Destas, 15 estão em estado grave.
Uma autoridade do governo disse à Associated Press que as autoridades acreditam que o ataque foi realizado por dois terroristas – sendo um deles uma mulher – e que foi obra de militantes curdos. Ele falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar durante as investigações.
Este foi o segundo ataque atribuído a militantes curdos na capital em dois meses. No mês passado, a explosão de um carro-bomba matou 29 soldados turcos, em um ataque a um comboio militar na capital. Um pequeno grupo separatista curdo assumiu a responsabilidade por aquele ataque, que o governo diz ter sido conduzido pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão, PKK. Na época, e presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, prometeu exterminar os militantes curdos.