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Rebeldes queimam ônibus durante retirada de civis em Aleppo

15 mil pessoas aguardavam para sair da cidade, homens armados e gritando “Deus é grande” queimavam os ônibus usados para a retirada

atualizado

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SANA via AP
Mideast Syria
1 de 1 Mideast Syria - Foto: SANA via AP

Diversos ônibus que levavam combatentes e familiares do leste de Alepo deixaram, neste domingo  (18/12) o último setor da cidade síria tomado por rebeldes, após um acordo entre rebeldes e forças pró-governo permitir a retomada das retiradas.

Em troca do acordo, as forças pró-governo exigiram a saída das pessoas de duas aldeias xiitas sitiadas por insurgentes. A retirada de Alepo parou na sexta-feira, após um desacordo sobre as aldeias de al-Foua e Kefraya.

A televisão estatal síria, citando seu correspondente na cidade, afirmou que os ônibus começaram a sair de Alepo neste domingo, a partir de uma praça onde mais de 15 mil pessoas se reuniram para esperar pelos ônibus. Muitos passaram a noite dormindo nas ruas em temperaturas congelantes.

De acordo com a televisão al-Manar, alguns ônibus e veículos do Crescente Vermelho também chegaram à entrada das duas vilas, nas quais a maioria dos moradores são muçulmanos xiitas, logo após o anúncio do acordo. A emissora é afiliada ao grupo libanês Hezbollah, aliado de Damasco.

No entanto, enquanto se dirigiam ao local, cinco ônibus foram atacados e queimados, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos e a mídia estatal síria. A televisão estatal mostrou imagens de chamas provenientes dos ônibus verdes, que se tornaram sinônimo de retiradas na Síria.

Vídeos transmitidos em mídias sociais mostraram homens com armas de fogo aclamando e gritando “Deus é grande”, enquanto os ônibus queimavam.

A mídia estatal disse que “terroristas armados”, um termo que usa para grupos que lutam contra o governo do presidente Bashar al-Assad, foram responsáveis pelo ataque. De acordo com a Mayadeen, televisão pró-Damasco, o grupo rebelde conhecido anteriormente como Frente Nusra estaria por trás do ataque.

De acordo com os rebeldes, uma multidão irritada, possivelmente “operários” pró-governo, seria a responsável.  Alepo havia sido dividida entre áreas do governo e dos rebeldes durante a guerra de quase seis anos, mas, após meses de intensos ataques aéreos, um avanço relâmpago do Exército sírio e seus aliados começou em meados de novembro forçou, em questão de semanas, a saída dos insurgentes do território dominado pelos rebeldes.

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